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Questionário de Direito Penal I.doc

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Questionário de Direito Penal I
Waleska Carvalho Pereira
O que é Direito Penal?
Resposta:
O Direito Penal pode ser conceituado como o conjunto de normas jurídicas (regras e princípios) destinadas a combater as infrações penais (crimes e contravenções) violadoras de valores fundamentais da sociedade (bens jurídicos penalmente tutelados), mediante a imposição de sanção penal (penas e medidas de segurança). 
Segundo Rogério Greco, a finalidade do Direito Penal é a proteção dos bens jurídicos mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade. Para efetivar essa proteção utiliza-se da cominação, aplicação e execução da pena. A pena não é a alvo do direito penal. É apenas um instrumento de coerção de que se vale para a proteção desses bens, valores e interesses mais significativos da sociedade. 
Cite quatro funções do Direito Penal.
Resposta:
Proteção de bens jurídicos
Controle social, de garantia
Ético-social
Simbólica
Motivadora
Redução da violência estatal 
Promocional
O que é Dogmática Penal?
Resposta:
Segundo Munõz Conde, a Dogmática jurídico-penal parte de preceitos legais (considerados como dogmas) e procura racionalizar a interpretação e aplicação do Direito Penal, elaborando e estruturando o seu conteúdo, bem como o ordenando em um sistema. O termo dogma é aqui empregado com o sentido de uma declaração de vontade com pretensão de validade geral, visando a solução de problemas sociais.
Embora a Dogmática Penal parta de um conjunto de normas positivas (regras e princípios), não deve assumir caráter dogmático (no sentido de uma verdade inquestionável e imutável), uma vez que deve reconhecer seu caráter valorativo e essencialmente crítico. Dogma, neste sentido, representa apenas um postulado que serve de ponto de partida de uma determinada atividade. A Dogmática (obra dos juristas) pode ter, inclusive, função criadora, conduzindo ao aperfeiçoamento do direito positivo (obra dos legisladores).
O que é Política Criminal?
Resposta:
A Política Criminal possui uma análise crítica do Direito, buscando mostrar um caminho de acordo com ideais jurídico-penais, mas também critérios políticos e de oportunidade. Sua ligação com a dogmática é inevitável (ainda que se discuta o quanto), pois constantemente critérios de política-criminal intervêm, em alguma medida, na elaboração, aplicação e interpretação da lei penal. Munõz Conde considera que uma Dogmática Jurídico-Penal crítica, na medida em que oferece alternativas para a melhoria do Direito Penal, exerce uma função político-criminal. Por outro lado, segundo Lizst, o Direito Penal se coloca como limite infranqueável da Política Criminal. Essa definição parte do pressuposto de que nenhuma política criminal pode ultrapassar o limite dado pelo Direito Penal às possibilidades de incidência do poder punitivo.
O que é Criminologia?
Resposta:
A Criminologia é uma ciência interdisciplinar por excelência, que tem como objeto o estudo do crime, da pessoa do infrator e seu tratamento, da vítima e do controle social do comportamento criminoso, buscando apreender a gênese e as principais variáveis da dinâmica do crime e dos mecanismos de prevenção e controle da conduta social desviada.Segundo Antonio García a criminologia investiga também os mecanismos de controle policial e da justiça e questiona porque determinadas condutas são definidas como crimes e outras não (processos de criminalização).
Ela é uma ciência do ser (estuda o que é; empírica e baseada na análise e investigação da realidade, valendo-se do método causal-explicativo, típico das ciências sociais e adequado ao seu objeto) em oposição ao Direito Penal, que é uma ciência do dever-ser (declara o que deve ser – devido ao seu caráter normativo – o que conduz a um método lógico, abstrato e dedutivo; realiza uma análise interpretativa das fontes do direito e síntese teórica de seus dados). 
Diferencie Direito Penal:
Resposta:
fundamental e complementar; 
Direito Penal Fundamental
É composto pelas normas da parte geral do Código Penal e, excepcionalmente, por algumas de amplo conteúdo, previstas na parte especial, englobando o conjunto de normas e princípios gerais aplicáveis, inclusive às leis penais especiais, v.g., CP, art. 327.
Direito Penal Complementar
É o conjunto de normas que integram o acervo da legislação penal extravagante, a exemplo da Lei de Tortura (Lei 9.455/97).
comum e especial; 
Direito Penal Comum
Aplica-se indistintamente a todas as pessoas. É o caso do Código Penal e de diversas leis penais especiais como o Decreto-Lei 3.688/1941 (Lei de Contravenções Penais), etc.
Direito Penal Especial
Aplica-se apenas às pessoas que preencham certas condições legalmente exigidas a exemplo do Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001/1969), etc.
geral e local;
Direito Penal Geral
Tem incidência em todo o território nacional. É o direito produzido pela União, ente federativo com competência legislativa para tanto (CF, art. 22, I)
Direito Penal Local
Aplica-se somente a parte delimitada do território nacional. É o Direito Penal elaborado pelos Estados-membros, desde que autorizados por lei complementar a legislar sobre questões especificas (CF, art. 22, parágrafo único).
objetivo e subjetivo;
Direito Penal Objetivo
É o conjunto de leis penais em vigor, ou seja, todas as já produzidas e ainda não revogadas.
Direito Penal Subjetivo
É o direito de punir (jus puniendi) exclusivo do Estado, o qual nasce no momento em que é violado o conteúdo da lei penal incriminadora. É um direito condicionado, como limitação temporal, espacial e modal.
material e formal.
Direito Penal Material
Também conhecido como Direito Penal Substantivo, por ele se entende a totalidade de leis penais em vigor. É o Direito Penal propriamente dito.
Direito Penal Formal
Denominado também de Direito Penal Adjetivo, é o grupo de leis processuais penais em vigor. É o Direito Processual Penal propriamente dito.
Cite quatro Princípios Reitores do Direito Penal, esclarecendo, resumidamente, em que consistem.
Resposta:
Princípio da proibição da analogia “in malam partem”: Proibição da adequação típica “por semelhança” entre os fatos.
Princípio da anterioridade da lei: Só há crime e pena se o ato foi praticado depois de lei que os define e esteja em vigor.
Princípio da irretroatividade da lei mais severa: A lei só pode retroagir para beneficiar o réu.
Princípio da fragmentariedade: O estado só protege os bens jurídicos mais importantes, assim intervém só nos casos de maior gravidade.
Em que consiste o Princípio da Reserva Legal?
Resposta:
Este princípio consiste em uma cláusula pétrea, na qual Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF/88, art. 5º, XXXIX e Código Penal (CP) art. 1º). 
Onde está alocado, no Código Penal, o Princípio da Reserva Legal?
Resposta:
art. 1.º do Código Penal
Como pode ser enunciado o Princípio da Reserva Legal?
Resposta:
O princípio da reserva legal costuma ser enunciado através da expressão latina “nullum crimen, nulla poena sine lege”, construída e divulgada no mundo jurídico pelo professor alemão Anselmo Feuerbach.
Ao comentar o Princípio da Reserva Legal, a Doutrina costuma apontar para a exigência de lei em sentido material e formal para veiculação de matéria penal. Em que consiste a expressão “lei em sentido material e formal”?
Resposta:
Lei em sentido material corresponde a todo o ato normativo, emanado por órgão do Estado, mesmo que não encarregado da função legislativa, desde que contenha uma verdadeira regra jurídica exigindo se que se revista das formalidades relativas a esta competência. (matéria reservada à lei) e formal todo o ato normativo emanado de um órgão com competência legislativa, quer contenha ou não uma verdadeira regra jurídica, exigindo se que revista das formalidades relativas a essa competência. (Lei editada em consonância com o processo legislativoprevisto na Constituição Federal).
É possível a veiculação de matéria penal por Medida Provisória (v. CF, art. 62, §1.º, I, b)?
Resposta:
Somente a lei em sentido estrito, emanada do Poder Legislativo, mediante o procedimento adequado, poderá criar tipos e impor penas, é inquestionável que a medida provisória não é lei porque não nasce no Legislativo. 
Medida provisória não é lei (TEMER, Michel. Elementos de direito constitucional, 1989, p. 153-154)
É possível a veiculação de matéria penal por Lei Delegada (v. CF, art. 68, §1.º, II)?
Resposta: A lei delegada não pode veicular matéria penal, pois a Constituição Federal veda, em seu art. 68, § 1º, que sejam objeto de delegação as matérias reservadas à legislação sobre direitos individuais, o que conduz à conclusão da incompatibilidade desse processo legislativo com a matéria de Direito Penal.
Que se quer expressar com a exigência de lei estrita?
Resposta: A qual propõe dois aspectos, tanto consistindo em a lei ser a lei penal a única forma de incriminar quanto a situação em que não se permite a analogia com vistas à incriminar, ela deve ser uma lei formal e material . 
Visto tal enunciado, a lei é estrita no sentido de ser apenas a lei penal incriminadora e, por esse propósito, não se pode utilizar a analogia para tipificar condutas.
Que se quer expressar com a exigência de lei escrita?
Resposta:A lei escrita deve estar disposta nos códigos não só pelo sistema positivo adotado pelo Brasil, mas também pelo reconhecimento de que, já prévia, deve constar na lei de forma que haja acesso a qualquer cidadão.
Há, assim, objeto certo no qual a lei será procurado, os códigos e a forma determinada, a escrita, abolindo, com isso, a forma de transmissão oral da lei, este é o indeferimento a leis criadas pelo costume. 
Que se quer expressar com a exigência de lei certa?
Resposta: A lei certa expressa a necessidade de a lei não deixar dúvidas sobre seu teor, possibilitando que qualquer cidadão compreenda, ela deve ser taxativa, esta é uma vedação a analogia. 
Que se quer expressar com a exigência de lei anterior?
Resposta:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
O teor da norma contida no artigo 1.º do Código Penal desdobra-se em dois enunciados tidos como garantias fundamentais no direito penal: a) o princípio da legalidade (reserva legal) e b) o da anterioridade da lei penal.
Em que consiste o Princípio da Anterioridade?
Resposta:
Consiste em, que o crime e a pena devem estar definidos em lei prévia ao fato
Por tal princípio, a norma penal (diga-se, a mais severa) só se aplica aos fatos praticados a partir de sua vigência. Novamente neste ponto a Constituição Federal recepcionou tal garantia penal, pois prevista no inc. XL do seu art. 5.º.
Diz-se de tal princípio que ele implica também na irretroatividade da lei penal, já que ela não alcançará os fatos praticados antes de sua vigência, ainda que venham a ser futuramente tidos como crime.
No entanto, surge situação interessante quando a lei penal mais severa entra em vigor no momento em que esta sendo praticado o crime continuado (art. 71 do Código Penal). Aquele que, por uma questão de política criminal, o legislador entendeu pela punição de apenas um dos delitos contidos na cadeia delitiva, majorando, contudo, a sanção dele, diante da pluralidade de fatos.
Como pode ser enunciado o Princípio da Anterioridade?
Resposta:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
Em que consiste o Princípio da Insignificância?
Resposta: 
A aplicação do princípio da insignificância ao fato cujo agente tenha praticado ato infracional equiparado a delito penal sem significativa repercussão social, lesão inexpressiva ao bem jurídico tutelado e diminuta periculosidade de seu autor, neste principio não se preocupa com as coisas pequenas; o magistrado não deve se preocupar com as coisas insignificantes.
Quais são os vetores apontados pela Jurisprudência para reconhecimento do Princípio da Insignificância?
Resposta:
(a) a mínima ofensividade da conduta do agente,
(b) a nenhuma periculosidade social da ação, 
(c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 
(d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada 
 
Em que consiste o Princípio da Confiança?
Resposta:
Baseia na premissa de que é natural que todos esperem por parte das demais pessoas comportamentos responsáveis e em consonância com o ordenamento jurídico, almejando evitar danos a terceiros.
Em que espécie de crime o Princípio da Confiança costuma ser apontado como um limitador do dever de cuidado?
Resposta:
Para enfrentar os problemas resultantes dos crimes praticados na direção de veículo automotor.
Em que consiste o Princípio da Responsabilidade Penal Subjetiva? 
Resposta:
Nenhum resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem não o tenha produzido por dolo ou culpa.
Em que consiste o Princípio do ne bis in idem?
Resposta:
Para a prática de uma única infração penal, deverá haver somente uma punição criminal, impossibilitando a existência de duas ou mais punições.
Em que consiste o Princípio da Intervenção Mínima?
Resposta:
Sua principal função é orientar e limitar o poder incriminador do Estado. Considera um ato como crime, somente se constituir proteção a determinado bem jurídico. Se recorre ao Direito Penal, apenas quando os meios de controle estatal e jurídicos foram insuficientes.
Em que consiste o Princípio da Subsidiariedade?
Resposta:
Consiste, em que o Direito Penal funciona como um executor de reserva, entrando em cena somente quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, portanto, menos invasivos da liberdade individual não forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado. 
Em que consiste o Princípio da Fragmentariedade?
Resposta:
Estabelece que nem todos os ilícitos configuram infrações penais, mas apenas os que atentam contra valores fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e da sociedade.
Em que consiste o Princípio da Alteridade?
Resposta:
O Princípio da Alteridade foi desenvolvido por Claus Roxin, e, em síntese, consiste no comando segundo o qual ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si mesmo. Ou seja, uma conduta, para ser penalmente relevante, deve transcender seu autor e atingir bem jurídico de outrem. Nesse sentido, é atípica a conduta do agente que pratica autolesão. Ainda, entende alguns que, por força do princípio em comento, o crime de porte de drogas para consumo pessoal, previsto no art. 28 da lei 11.343/2006, é um indiferente penal, pois tem como objeto jurídico a saúde pública, e, em tese, o agente estaria prejudicando a si próprio quando do uso de entorpecente.
Em que consiste o Princípio da Proporcionalidade?
Resposta:
Destina-se ao legislador, quando for criar uma norma com base na previsão de um fato abstrato, que leve em consideração a constituição de uma pena proporcional a prática antijurídica. Num segundo momento, quando se tratar de fatos concretos, o Estado-juiz, aplicador da lei penal, deve ter em mente aplicar pena proporcional, dentro dos critérios objetivos e subjetivos, ao injusto praticado.
Em que consiste o Princípio da Intranscendência?
Resposta:
Ninguém pode ser responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa.
Em que consiste o Princípio da Ofensividade?
Resposta:
Não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico.
Em que consiste o Princípio da Imputação Pessoal?
Resposta: 
O Direito Penal não pode castigar um fato cometido por agente que atue sem culpabilidade. Não se admite a punição em casos de inimputabilidade, não consciência da ilicitude ou casos de inexigibilidade de conduta diversa. O fundamento da responsabilidade penal pessoal é a culpabilidade (nulla poena sine culpa).
Em que consiste o Princípio daIsonomia?
Resposta:
Consiste na obrigação de tratar igualmente aos iguais, e desigualmente aos desiguais, na medida de suas desigualdades.
Conceitue Fonte do Direito.	
Resposta:
O órgão e a forma de exteriorização são exemplos de fontes do Direito Penal. Podemos citar o caso da União, um órgão que legisla privativamente sobre direito civil, comercial, processual, eleitoral, do trabalho, dentre outros. A existência de leis, costumes, jurisprudências e/ou doutrinas também são exemplos de fontes.
No Direito Penal, fonte representa não só a origem, mas também as formas de manifestação da lei penal. Por tal motivo, as fontes são divididas em fontes materiais e formais.
Quais são as espécies de fontes do Direito Penal?
Resposta:
São fontes material e formais.
Que é fonte material ou de produção? Exemplifique.
Resposta:
Quando pensamos em fonte da criação da norma, ou seja, provinda da União, estamos nos referindo à matéria. A exteriorização e produção do Direito são responsabilidade deste ente estatal.
Que são fontes formais ou de cognição? Classifique e exemplifique.
Resposta:
São os modos pelos quais o Direito Penal se revela ou se manifesta. O modo e a forma de como o Direito é exteriorizado.
Fonte Formal Imediata
Diz respeito a lei penal, ou seja, a norma; ou seja, as leis penais que existem. Segundo o princípio de legalidade, descrito abaixo, não há crime sem definição da lei anterior, nem pena sem prévio aviso legal. 
Fontes Formais Mediatas
De maneira geral, quando se trata de princípios gerais do direito e costumes. Quando a lei se omite, abre a possibilidade da aplicação desses princípios gerais do Direito, a jurisprudência, a doutrina e os costumes, que são fontes formais imediatas. A lei autoriza esses princípios.
São os costumes, os princípios gerais de direito e os atos administrativos.
Existe diferença entre norma e proposição legal? Esclareça.
Resposta:
Embora intimamente relacionados, os conceitos de norma jurídica e de proposição legal não se confundem. Norma jurídica é um comando positivado pelo Estado; proposição legal, a estrutura lógica da norma. 
As normas de direito são formuladas pelo poder estatal, ou por este reconhecida, tendo caráter imperativo, não obstante posição contrária de autores como Binding, negando a imperatividade da regra de direito. Já as proposições legais são frutos da ciência jurídica, e não prescrevem nada por si, apenas transcrevendo o sentido da norma jurídica.
O conjunto das normas jurídicas vigentes num determinado Estado forma o ordenamento jurídico, que é o arsenal de que pode valer-se o jurista.
A proposição é um juízo revelador da norma jurídica, consistindo esta num imperativo geral, abstrato, bilateral e coativo.
Aponte a diferença entre lei penal incriminadora e permissiva.
Resposta:
Lei penais incriminadoras: tem por escopo definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, desse modo, o seu não cumprimento se sujeita a penalidade.
Permissivas:
Podem ser:
Justificantes: afasta a ilicitude da conduta do agente, por exemplo: arts. 23, 24 e 25 do CP.
Exculpantes: elimina a culpabilidade, isentando o agente de pena, por exemplo: art. 26 “caput” e 28 do CP.
O que se entende por costume?
Resposta:
Os costumes são a maneira cultural de uma sociedade manifestar-se. A partir da repetição, constituem regras que, embora não escritas como as leis, tornam-se observáveis pela própria constituição de fato da vida social.
Quais são os elementos do costume?
Resposta: 
Interpretativos, negativos e integrativos.
Diferencie costume de hábito.
Resposta:
Hábito é conjunto de actos pessoais praticados. Podem ir ao encontro das normas de convivência da sociedade ou não, dependendo do contexto social em que a pessoa encontrasse inserida. Costume é conjunto de hábitos, considerados fundamentais a vida e, praticados por uma sociedade, constituindo traços característicos sociais da sociedade em causa e, que vão sendo transmitidos as gerações futuras.
Que vem a ser costume contra legem? 
Resposta:
São os costumes contra a lei, não tendo, pois, o condão de revogá-la (p. ex.: jogo do bicho).
Que vem a ser costume secundum legem? 
Resposta: 
São conforme a lei, auxiliam o interprete a esclarecer o conteúdo de elementos ou circunstâncias do tipo penal (p. ex.: ato obsceno – CP, art. 233)
Que vem a ser costume praeter legem?
Resposta:
Estes estão além da lei, suprem lacunas da lei, possibilitando o surgimento de causas supralegais de exlusão da ilicitude (p. ex.: circuncisão empregada como rito religioso pelos israelitas).
O costume revoga a lei?
Resposta:
Os costumes, por mais consagrados que sejam em dada sociedade, não revogam leis.
Que são princípios gerais de direito?
Resposta:	
São valores fundamentais que inspiram a elaboração e preservação do ordenamento jurídico. Também não podem ser usados para tipificação de condutas e cominação de penas, mas são a fonte básica de criação da lei penal (p. ex.: princípio da proibição do locupletamento indevido). 
O que é analogia ou integração analógica? Ela é sempre possível no direito penal?
Resposta:
É a aplicação, ao caso não previsto em lei, de lei reguladora de caso semelhante. 
No Direito Penal, somente pode ser utilizada em relação às normas penais não incriminadoras ou permissivas, em respeito ao princípio da reserva legal. 
Seu fundamento repousa na exigência de igual tratamento aos casos semelhantes.
Em que consiste o Princípio da Vedação do Emprego da Analogia in malam partem?
Resposta:
É aquela pela qual aplica-se ao caso omisso uma lei maléfica ao réu, disciplinadora de caso semelhante. Não é admitida, como já dito, em homenagem ao princípio da reserva legal.
A analogia é fonte formal mediata do Direito Penal? Justifique.
Resposta:
A analogia não é fonte formal mediata do Direito Penal, mas método pelo qual se aplica a fonte formal imediata.
	
Que é interpretação? É correto entende-la como efeito do ato de interpretar?
Resposta:
Interpretação é a tarefa mental que procura estabelecer a vontade da lei, ou seja, o seu conteúdo e significado, sim.
Que é hermenêutica? É correto entende-la como teoria da interpretação?
Resposta: 
É a ciência que disciplina esse estudo, sim.
Que é exegese? É correto entende-la como atividade interpretativa?
Resposta:
 É a atividade prática de interpretação da lei, sim.
Em que consiste a interpretação gramatical, literal ou sintática?
Resposta:
É a que flui da acepção literal das palavras contidas na lei. Despreza quaisquer outros elementos que não os visíveis na singela leitura do texto legal. É a mais precária, em face da ausência de técnica científica.
Em que consiste a interpretação lógica ou teleológica?
Resposta:
É aquela realizada com a finalidade de desvendar a genuína vontade manifestada na lei, nos moldes do art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. É mais profunda e, conseqüentemente, merecedora de maior grau de confiabilidade.
Em que consiste a interpretação autêntica ou declarativa?
Resposta:
É aquela que resulta da perfeita sintonia entre o texto da lei e a sua vontade. Nada resta a ser retirado ou acrescentado.
Em que consiste a interpretação restritiva?
Resposta:
É a que consiste na diminuição do alcance da lei, concluindo-se que a sua vontade, manifestada de forma ampla, não corresponde ao que precisamente se tencionava. A lei disse mais do que desejava (plus dixit quam voluit). 
Em que consiste a interpretação extensiva?
Resposta:
É a que se destina a corrigir uma fórmula legal excessivamente estreita. A lei disse menos do que desejava (minus dixit quam voluit). Amplia-se o texto da lei, para amoldá-lo à sua efetiva vontade.
A bigamia abrange a poligamia e a extorsão mediante seqüestro abrange a extorsão mediante cárcere privado. Que tipo de interpretação conduz a referidos resultados?
Resposta: 
Extensiva
Em que consiste a interpretação progressiva?Resposta:
É a que busca amoldar a lei à realidade atual. Evita a constante reforma legislativa e se destina a acompanhar as mudanças da sociedade. É o caso do conceito de ato obsceno, diferente atualmente do que era há algumas décadas.
Diferencie analogia, interpretação extensiva e interpretação analógica.
Resposta: Entende-se por interpretação analógica o processo de averiguação do sentido da norma jurídica, valendo-se de elementos fornecidos pela própria lei, através de método de semelhança. E estas, também não se confundem com a interpretação extensiva, que é o processo de extração do autêntico significado da norma, ampliando-se o alcance das palavras legais, a fim de se atender a real finalidade do texto. Assim, na analogia não há norma reguladora para a hipótese, sendo diferente da interpretação extensiva, porque nesta existe uma norma regulando a hipótese, de modo que não se aplica a norma do caso análogo. Não mencionando, tal norma, expressamente essa eficácia, devendo o intérprete ampliar seu significado além do que estiver expresso. Diferentes também da interpretação analógica, onde existe uma norma regulando a hipótese (o que não ocorre na analogia) expressamente (não é o caso da interpretação extensiva), mas de forma genérica, o que torna necessário o recurso à via interpretativa.
	
Em que consiste o Princípio da Continuidade das Leis?
Resposta:
Quando uma lei não se destina a uma vigência temporária, ela tem vigência indeterminada até que uma lei posterior venha a modificá-la ou revogá-la.
Que é Direito Penal Intertemporal?
Resposta:
Diante da possibilidade de a lei ser revogada, situações de conflito podem se instaurar. Surge, assim, o direito penal intertemporal, para dirimir os problemas de aplicação da lei no tempo.
Diferencie vigência, eficácia e aplicabilidade?
Resposta:
Vigência é o tempo que a lei leva para entrar em vigor, o tempo que para sociedade conhecer a lei. 
A eficácia, por sua vez, significa que a norma cumpriu a finalidade a que se destinava, pois, foi socialmente observada, tendo solucionado o motivo que a gerou. Uma lei é eficaz quando cumprida a sua função social.
E a aplicabilidade por sua vez, é colocar a lei em prática. 
Em que consiste o Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Mais Severa?
Resposta:
Constitui um direito subjetivo de liberdade, com fundamento no artigo 5º, XXXVI e XL, da Constituição Federal diz aquele que a lei não prejudicará o direito adquirido; diz este que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; a lei mais benigna prevalece sobre a mais severa.
Em que consiste a novatio legis incriminadora? Ela alcança situações anteriores? Esclareça. 
Resposta:
Ocorre quando um indiferente penal em face de lei antiga é considerado crime pela posterior; a lei que incrimina novos fatos é irretroativa, uma vez que prejudica o sujeito.
Em que consiste a lex gravior? Ela alcança situações anteriores? Eslareça.
Resposta:
É a que, de qualquer modo, implica em tratamento mais rigoroso às condutas já classificadas como infrações penais, com aumento de pena, agravante, supressão de atenuante, aumento de prazo, etc. Por ser mais grave, também só se aplica a fatos futuros, ou seja, após a sua entrada em vigor.
Em que consiste a abolitio criminis? Ela alcança situações anteriores? Eslareça.
Resposta:
Abolitio criminis é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso. Prevista no CP, art. 2º, tem natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade.
Alcança todos os efeitos penais da norma, revogando totalmente o preceito penal. Sobrevém, contudo, os efeitos civis de eventual condenação.
Em que consiste a lex mitior? Ela alcança situações anteriores? Eslareça.
Resposta:
É a que se verifica quando, ocorrendo sucessão de leis penais no tempo, o fato previsto como crime ou contravenção penal tenha sido praticado na vigência de lei anterior, e o novel instrumento legislativo seja mais vantajoso ao agente.
Em que consiste a lex tertia? Ela alcança situações anteriores? Eslareça.
Resposta:
É quando ocorre o conflito entre duas leis penas sucessivas no tempo, cada uma com partes favoráveis e desfavoráveis ao agente. Discute-se a possibilidade de o juiz aplicar uma combinação de leis, buscando a parte favorável dos dispositivos, extraindo o máximo de benefício ao réu, ou seja, se seria possível a criação de uma lei híbrida.
Esse também é o entendimento jurisprudencial do STJ. Em seara militar, o CPM proíbe expressamente a combinação de lei (Decreto-Lei 1.001/1969, art. 2º, §2º).
Em que consiste a ultratividade? Quando ela se aplica?
Resposta:
Consiste na lei benéfica, ou seja, quando o crime foi praticado durante a vigência de uma lei, posteriormente revogada por outra prejudicial ao agente, subsistem os efeitos da lei anterior, mais favorável.

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