Buscar

RT17 CONTRIBUICAO SINDICAL LILIAN KATIUSCA

Prévia do material em texto

Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
 
Olá, seja bem-vindo ao Curso Ênfase. 
Estamos aqui para oferecer ensino com qualidade e excelência. 
Lembre que não é permitida a divulgação, reprodução, cópia, distribuição, 
comercialização, rateio ou compartilhamento, oneroso ou gratuito, de aulas e materiais, 
ficando a pessoa sujeita às sanções cíveis e penais. 
Confiamos em você! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
2 
www.cursoenfase.com.br 
SUMÁRIO 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................ 4 
1.1. ALÍNEA “M” DO ART. 482 DA CLT ..................................................................... 4 
1.2. CULPA RECÍPROCA ........................................................................................... 4 
1.2.1. ARTIGOS 482 E 483, AMBOS DA CLT ............................................................... 4 
1.2.2. SÚMULA Nº 14 DO TST................................................................................... 6 
1.2.3. § 2º DO ART. 18 DA LEI Nº 8.036, DE 11/05/1990 ........................................... 6 
1.2.4. INCISO I DO ART. 20 DA LEI 8.036/1990 .......................................................... 6 
2. ACORDO ENTRE AS PARTES .............................................................................. 6 
2.1. AVISO-PRÉVIO, SE INDENIZADO, E INDENIZAÇÃO DO FGTS SERÃO DEVIDOS PELA 
METADE ................................................................................................................. 8 
2.1.1. AVISO-PRÉVIO, SE INDENIZADO, SERÁ DEVIDO PELA METADE ........................ 8 
2.1.2. INDENIZAÇÃO DO FGTS SERÁ DEVIDA PELA METADE ...................................... 9 
2.2. TODAS AS DEMAIS PARCELAS SERÃO DEVIDAS INTEGRALMENTE .................... 10 
2.3. EMPREGADO PODERÁ SACAR ATÉ 80% (OITENTA POR CENTO) DOS VALORES 
DEPOSITADOS A TÍTULO DE FGTS .......................................................................... 10 
2.4. NÃO TERÁ DIREITO DE RECEBER SEGURO-DESEMPREGO ................................ 11 
3. DIFERENÇAS ENTRE CULPA RECÍPROCA E EXTINÇÃO DO CONTRATO DE 
TRABALHO POR ACORDO ENTRE AS PARTES ......................................................... 12 
3.1. CULPA RECÍPROCA ......................................................................................... 12 
3.1.1. AVISO-PRÉVIO NA CULPA RECÍPROCA .......................................................... 12 
3.1.2. FÉRIAS PROPORCIONAIS NA CULPA RECÍPROCA ........................................... 12 
3.1.3. 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO NA CULPA RECÍPROCA ............................. 13 
3.1.4. INDENIZAÇÃO DO FGTS NA CULPA RECÍPROCA ............................................. 13 
3.1.5. SAQUE DO FGTS NA CULPA RECÍPROCA ........................................................ 13 
3.1.6. SEGURO-DESEMPREGO NA CULPA RECÍPROCA ............................................. 14 
3.2. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS PARTES ........................... 14 
3.2.1. AVISO-PRÉVIO NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS 
PARTES..................................................................................................................14 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
3 
www.cursoenfase.com.br 
3.2.2. INDENIZAÇÃO DO FGTS NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS 
PARTES ................................................................................................................. 14 
3.2.3. SAQUE DO FGTS NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS 
PARTES..................................................................................................................14 
3.2.4. SEGURO-DESEMPREGO NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS 
PARTES ................................................................................................................. 15 
4. NOVO ART. 484-A DA CLT ............................................................................... 15 
5. NOVOS ARTIGOS 477-A E 477-B, AMBOS DA CLT ............................................ 16 
5.1. NOVO ART. 477-A DA CLT ............................................................................... 16 
5.2. NOVO ART. 477-B DA CLT ............................................................................... 17 
5.2.1. QUITAÇÃO PLENA ........................................................................................ 17 
5.2.2. QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL ............................................................... 17 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 18 
 
 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
4 
www.cursoenfase.com.br 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Trata-se da nona aula da disciplina Direito do Trabalho, do Curso Gratuito Reforma 
Trabalhista, ministrada pela profª. Lilian Katiusca. O tema deste bloco 9 é contribuição sindical. 
No bloco anterior, a professora falou sobre as modalidades de extinção do contrato de 
trabalho. A professora conceituou dispensa arbitrária, falou da rescisão indireta, da falência 
da empresa, do pedido de demissão e da justa causa do empregado. 
 
1.1. ALÍNEA “M” DO ART. 482 DA CLT 
Atenção! Não se esqueça de que, pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017, foi acrescida a 
alínea “m” no art. 482 da CLT, segundo a qual a perda, por conduta dolosa, da carteira de 
habilitação no caso de motoristas profissionais também motiva a extinção do contrato de 
trabalho por justa causa: 
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da 
profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, 
de 13/07/2017) 
 
1.2. CULPA RECÍPROCA 
A culpa recíproca – como a professora disse – é a extinção do contrato de trabalho 
tendo em vista a associação da rescisão indireta e da justa causa do empregado. 
Destaca-se que empregado e empregador contribuem, a partir da prática de conduta 
faltosa, para a extinção do contrato de trabalho. 
Não importa quem primeiro tenha praticado esta conduta. O que interessa é que, se 
analisada isoladamente a conduta do empregador e, se analisada isoladamente a conduta do 
empregado, consegue-se caracterizar e inserir estas condutas dentro dos artigos 482 e 483, 
ambos da CLT: 
 
1.2.1. ARTIGOS 482 E 483, AMBOS DA CLT 
Art. 482. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) ato de improbidade; 
b) incontinência de conduta ou mau procedimento; 
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissãodo empregador, e 
quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou 
for prejudicial ao serviço; 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
5 
www.cursoenfase.com.br 
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido 
suspensão da execução da pena; 
e) desídia no desempenho das respectivas funções; 
f) embriaguez habitual ou em serviço; 
g) violação de segredo da empresa; 
h) ato de indisciplina ou de insubordinação; 
i) abandono de emprego; 
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou 
ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de 
outrem; 
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador 
e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 
l) prática constante de jogos de azar; 
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da 
profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado. (Incluído pela Lei nº 13.467, 
de 13/07/2017) 
Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, 
devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança 
nacional. (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27/01/1966) 
Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida 
indenização quando: 
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons 
costumes, ou alheios ao contrato; 
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; 
c) correr perigo manifesto de mal considerável; 
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; 
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato 
lesivo da honra e boa fama; 
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima 
defesa, própria ou de outrem; 
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar 
sensivelmente a importância dos salários. 
§ 1º O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, 
quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do 
serviço. 
§ 2º No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao 
empregado rescindir o contrato de trabalho. 
§ 3º Nas hipóteses das letras “d” e “g”, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu 
contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não 
no serviço até final decisão do processo. (Incluído pela Lei nº 4.825, de 05/11/1965) 
 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
6 
www.cursoenfase.com.br 
1.2.2. SÚMULA Nº 14 DO TST 
Viu-se que, na culpa recíproca, tem-se que considerar a Súmula 14 do TST. Esta não 
sofreu qualquer alteração, pois a culpa recíproca, como modalidade de extinção do contrato 
de trabalho, também não sofreu qualquer alteração. 
Tratando-se de culpa recíproca, pela Súmula 14 do TST, são devidos, pela metade, 
férias proporcionais, aviso-prévio e 13º (décimo terceiro) salário: 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
 
1.2.3. § 2º DO ART. 18 DA LEI Nº 8.036, DE 11/05/1990 
Na culpa recíproca, a indenização do FGTS é devida pela metade: 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na 
conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do 
montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do 
contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos 
juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 09/09/1997) 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela 
Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
Ou seja, ao invés de esta ser paga no percentual de 40% (quarenta por cento), é paga 
no percentual de 20% (vinte por cento). 
 
1.2.4. INCISO I DO ART. 20 DA LEI 8.036/1990 
No caso de culpa recíproca, o empregado pode sacar o FGTS: 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes 
situações: 
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 24/08/2001) 
 
2. ACORDO ENTRE AS PARTES 
Agora, no bloco de nº 9, estudar-se-á a inserção no texto da CLT de uma nova forma 
de extinção do contrato de trabalho: a extinção por acordo entre as partes. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
7 
www.cursoenfase.com.br 
Além de todas as modalidades de extinção do contrato de trabalho conceituadas na 
aula anterior, haverá, a partir de 11/11/2017, a extinção do contrato de trabalho por acordo 
entre as partes. 
Então, não se está tratando de uma mera alteração do texto da CLT, mas de uma 
inserção e do reconhecimento de uma nova forma de extinção do contrato de trabalho. 
A extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes era uma circunstância 
prática que foi regulamentada e traduzida no novo art. 484-A da CLT: 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 
1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da 
conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do 
inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o 
ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
➢ Como ficam as parcelas trabalhistas e as parcelas rescisórias na extinção do 
contrato de trabalho por acordo entre as partes? 
De acordo com o novo art. 484-A da CLT, já que as partes concordaram em extinguir o 
vínculo empregatício1, assim como, na culpa recíproca, há a divisão de algumas parcelas2, na 
extinção do contrato de trabalho poracordo entre as partes, há a mesma situação: algumas 
parcelas serão devidas pela metade3. 
 
1O empregado quer sair, mas não quer pedir demissão, e seu empregador quer dispensá-lo, mas não 
quer arcar com o pagamento de todas as despesas rescisórias. 
2Ou seja, algumas parcelas são devidas pela metade. 
3Cuidado para quem for fazer concurso público cujo edital for publicado após a publicação da Lei 
13.467/2017, em que já serão consideradas as novas regras trabalhistas para não confundirem culpa recíproca 
com extinção do contrato por acordo entre as partes. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
8 
www.cursoenfase.com.br 
 
2.1. AVISO-PRÉVIO, SE INDENIZADO, E INDENIZAÇÃO DO FGTS SERÃO DEVIDOS PELA 
METADE 
2.1.1. AVISO-PRÉVIO, SE INDENIZADO, SERÁ DEVIDO PELA METADE 
Assim como ocorre na culpa recíproca (Súmula nº 14 do TST), o aviso-prévio também 
será devido pela metade na extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes 
(alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT): 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
Contudo, houve uma ressalva no texto da alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da 
CLT. O aviso-prévio só será devido pela metade na extinção do contrato de trabalho por 
acordo entre as partes se indenizado. 
Muito cuidado com isto, porque não se pode afirmar que, na extinção do contrato de 
trabalho por acordo entre as partes, o aviso-prévio, trabalhado ou indenizado, será cumprido 
pela metade. Não é este o texto da alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT. 
Se o aviso-prévio for indenizado na extinção do contrato de trabalho por acordo entre 
as partes, ele será devido pela metade. 
Já para a culpa recíproca, não há tipo de aviso-prévio especificado na Súmula nº 14 do 
TST. Não se sabe se o aviso-prévio é o trabalhado ou o indenizado. Porém, na alínea “a” do 
inciso I do novo art. 484-A da CLT, sabe-se. 
 
Aqueles que não farão concurso público e estão acompanhando para fins de atualização do Direito do 
Trabalho, pensem que a prática que existia em que o empregado não quer pedir demissão, mas quer sair, e que 
o empregador não quer dispensar seu empregado, mas quer ficar sem ele, foi regulamentada por esta forma de 
extinção do contrato de trabalho. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
9 
www.cursoenfase.com.br 
➢ Quer dizer que, se o aviso-prévio, na extinção do contrato de trabalho por 
acordo entre as partes, for trabalhado, ele terá que ser cumprido integralmente? 
Sim, porque o texto da alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT define 
expressamente que o aviso-prévio, na extinção do contrato de trabalho por acordo entre as 
partes, será devido pela metade apenas se indenizado. 
Se fosse o contrário (se o aviso prévio, trabalhado e indenizado, fosse devido pela 
metade na extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes), haveria a ressalva 
no texto da alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT. Não é isso o que há. 
No texto da alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT, há apenas a regra segundo 
a qual o aviso-prévio, se indenizado na extinção do contrato de trabalho por acordo entre as 
partes, será devido pela metade. 
 
2.1.2. INDENIZAÇÃO DO FGTS SERÁ DEVIDA PELA METADE 
Além do aviso-prévio indenizado, a indenização do FGTS também será devida pela 
metade na extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes (alínea “b” do inciso I 
do novo art. 484-A da CLT): 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 
1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
Esta é uma característica comum entre a extinção do contrato de trabalho por acordo 
entre as partes e a culpa recíproca (§ 2º do art. 18 da Lei 8.036/1990): 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na 
conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do 
montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do 
contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos 
juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 09/09/1997) 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela 
Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
➢ Quais as situações em que a indenização do FGTS será devida pela metade? 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
10 
www.cursoenfase.com.br 
Há duas no texto do § 2º do art. 18 da Lei 8.036/1990: culpa recíproca e extinção do 
contrato de trabalho por força maior4. 
De acordo com o § 2º do art. 18 da Lei 8.036/1990, a indenização do FGTS é devida 
pela metade em duas situações: culpa recíproca e extinção do contrato de trabalho por força 
maior. 
Agora, há mais uma hipótese em que a indenização do FGTS será devida pela metade5. 
Não é a Lei 8.036/1990 que traz esta disposição, mas a alínea “b” do inciso I do novo art. 484-
A da CLT, a partir da inserção dos novos dispositivos referentes à nova extinção do contrato 
de trabalho – por acordo entre as partes. 
Portanto, não se trata de uma alteração da Lei 8.036/1990. Diz respeito à inserção de 
novas regras no texto da CLT, que traz mais uma hipótese em que a indenização do FGTS será 
devida pela metade. 
 
2.2. TODAS AS DEMAIS PARCELAS SERÃO DEVIDAS INTEGRALMENTE 
Além disso, outro efeito da extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes 
é o de que todas as demais parcelas serão devidas integralmente: férias simples, férias 
vencidas, férias proporcionais, saldo de salário, horas extras, 13º (décimo terceiro) salário6 
(inciso II do novo art. 484-A da CLT): 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 13.467,de 
13/07/2017) 
 
2.3. EMPREGADO PODERÁ SACAR ATÉ 80% (OITENTA POR CENTO) DOS VALORES 
DEPOSITADOS A TÍTULO DE FGTS 
Outra novidade incluída pela Reforma Trabalhista é a de que o empregado poderá 
sacar até 80% (oitenta por cento) dos valores depositados a título de FGTS na extinção do 
contrato de trabalho por acordo entre as partes (§ 1º do novo art. 484-A da CLT): 
 
4A força maior, no Direito do Trabalho, está associada a fenômenos da natureza, a circunstâncias de 
imprevisibilidade por parte do empregador (ex.: catástrofes naturais). 
5Ou seja, ao invés de o empregador pagar 40% (quarenta por cento) ao seu empregado, ele pagará 20% 
(vinte por cento). 
6Parcelas normais da extinção do contrato de trabalho. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
11 
www.cursoenfase.com.br 
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da 
conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do 
inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
Cuidado com as provas objetivas. Na culpa recíproca, por força do inciso I do art. 20 da 
Lei 8.036/1990, o FGTS pode ser sacado integralmente: 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes 
situações: 
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 24/08/2001) 
 
2.4. NÃO TERÁ DIREITO DE RECEBER SEGURO-DESEMPREGO 
Por fim, o empregado não terá direito de receber seguro-desemprego na extinção do 
contrato de trabalho por acordo entre as partes (§ 2º do novo art. 484-A da CLT): 
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o 
ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
Destaca-se que não era preciso haver previsão expressa, pois, de acordo com o inciso 
II do art. 7º da CF/1988, o seguro-desemprego só é devido no caso de desemprego 
involuntário: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
Quando se fala em extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes, 
automaticamente, percebe-se a voluntariedade do empregado em extinguir este contrato. A 
relação de emprego está sendo extinta, porque o empregado também quer sua extinção. 
Portanto, não se justifica haver o reconhecimento do pagamento de seguro-desemprego na 
extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes. 
Dito isso, não se pode esquecer que o seguro-desemprego só é devido no caso de 
desemprego involuntário (inciso II do art. 7º da CF/1988). A extinção do contrato de trabalho 
por acordo entre as partes não se enquadra como hipótese de desemprego involuntário, ou 
seja, não há que se falar em pagamento de seguro-desemprego na extinção do contrato de 
trabalho por acordo entre as partes. 
 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
12 
www.cursoenfase.com.br 
3. DIFERENÇAS ENTRE CULPA RECÍPROCA E EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
POR ACORDO ENTRE AS PARTES 
 Culpa Recíproca Acordo entre as partes 
Aviso Prévio Pela metade Se indenizado, pela metade 
Férias Proporcionais Pela metade 
13º salário Pela metade 
Indenização do FGTS Pela metade Pela metade 
Saque do FGTS Integral Até 80% (oitenta por cento) 
Seguro-Desemprego Não recebe Não recebe 
 
3.1. CULPA RECÍPROCA 
3.1.1. AVISO-PRÉVIO NA CULPA RECÍPROCA 
A professora reitera que a Súmula 14 do TST não identifica o aviso-prévio: 
Súmula nº 14 do TST 
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o 
empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo 
terceiro salário e das férias proporcionais. 
Pode ser o trabalhado ou o indenizado. A Súmula 14 do TST não o definiu. 
O aviso-prévio, na culpa recíproca, é devido pela metade e não se sabe se é o 
trabalhado, o indenizado ou qualquer um deles. Na regra, qualquer um deles é devido pela 
metade, já que não houve esta especificação. 
 
3.1.2. FÉRIAS PROPORCIONAIS NA CULPA RECÍPROCA 
As férias proporcionais, na culpa recíproca, são devidas pela metade, de acordo com a 
Súmula 14 do TST. 
 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
13 
www.cursoenfase.com.br 
3.1.3. 13º (DÉCIMO TERCEIRO) SALÁRIO NA CULPA RECÍPROCA 
A Súmula 14 do TST não fala 13º (décimo terceiro) salário proporcional pela metade, 
mas sabe-se que, na prática, o proporcional é devido pela metade, pois o 13º (décimo terceiro) 
salário integral é direito adquirido do empregado e se aplica analogicamente a mesma regra 
das férias simples e das férias vencidas7. 
Além disso, a Súmula 14 do TST menciona o 13º (décimo terceiro) salário8. 
 
3.1.4. INDENIZAÇÃO DO FGTS NA CULPA RECÍPROCA 
Na culpa recíproca, a indenização do FGTS é devida pela metade (§ 2º do art. 18 da Lei 
8.036/1990): 
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na 
conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do 
montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do 
contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos 
juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 09/09/1997) 
§ 2º Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, reconhecida pela 
Justiça do Trabalho, o percentual de que trata o § 1º será de 20 (vinte) por cento. 
 
3.1.5. SAQUE DO FGTS NA CULPA RECÍPROCA 
Na culpa recíproca, o FGTS pode ser sacado integralmente por força do inciso I do art. 
20 da Lei 8.036/1990: 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes 
situações: 
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 24/08/2001) 
 
7Para quem for fazer concurso público – especialmente Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) –, se 
atenham à literalidade da Súmula 14 do TST. A prática não é cobrada em prova objetiva de TRTs e de Ministério 
Público (MP). Então, muito cuidado com isso. 
8As questões objetivas cobradas em concurso público, exame da OAB etc. não pedem para especificar o 
tipo de 13º (décimo terceiro) salário devido. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
14 
www.cursoenfase.com.br3.1.6. SEGURO-DESEMPREGO NA CULPA RECÍPROCA 
Não há recebimento de seguro-desemprego na culpa recíproca. A professora lembra 
que o seguro-desemprego só é devido no caso de desemprego involuntário (inciso II do art. 
7º da CF/1988) e a culpa recíproca9 não é caracterizada como modalidade deste: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
 
3.2. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS PARTES10 
3.2.1. AVISO-PRÉVIO NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS PARTES 
O aviso-prévio, se indenizado, será devido pela metade na extinção do contrato de 
trabalho entre as partes (alínea “a” do inciso I do novo art. 484-A da CLT): 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
 
3.2.2. INDENIZAÇÃO DO FGTS NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE 
AS PARTES 
A indenização do FGTS também será devida pela metade na extinção do contrato de 
trabalho entre as partes (alínea “b” do inciso I do novo art. 484-A da CLT): 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 
1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
 
3.2.3. SAQUE DO FGTS NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE AS 
PARTES 
O saque do FGTS é de até 80% (oitenta por cento) na extinção do contrato de trabalho 
entre as partes (§ 1º do novo art. 484-A da CLT): 
 
9Nem a extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes. 
10Nova forma de extinção do contrato de trabalho e um dos grandes destaques da Reforma Trabalhista. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
15 
www.cursoenfase.com.br 
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da 
conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do 
inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
 
3.2.4. SEGURO-DESEMPREGO NA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ENTRE 
AS PARTES 
Não há recebimento de seguro-desemprego na extinção do contrato de trabalho entre 
as partes (§ 2º do novo art. 484-A da CLT): 
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o 
ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
 
4. NOVO ART. 484-A DA CLT 
O novo art. 484-A da CLT não se trata de uma alteração, mas da inserção de uma nova 
regra referente à extinção do contrato de trabalho. Então, não se trata de algo que já existia 
e que sofreu modificação. Houve uma inserção na CLT. Esta é, integralmente, uma novidade. 
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e 
empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 
1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas11. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da 
conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do 
inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por 
cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o 
ingresso no Programa de Seguro-Desemprego12. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
 
11As férias proporcionais e o 13º (décimo terceiro) salário proporcional serão devidos integralmente. 
12Como a professora disse há pouco, nem se precisava do § 2º do novo art. 484-A da CLT. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
16 
www.cursoenfase.com.br 
5. NOVOS ARTIGOS 477-A E 477-B, AMBOS DA CLT 
Aproveitando o ensejo, há outros dois novos dispositivos no texto da CLT que não estão 
tratando especificamente da extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes, mas 
são novas regras que devem ser mencionadas para que se tenha em mente a amplitude destas 
transformações trabalhistas. 
Os novos artigos 477-A e 477-B, ambos da CLT, também não sofreram uma mera 
alteração, mas foram inseridos na CLT. Portanto, são novidades. 
 
5.1. NOVO ART. 477-A DA CLT 
Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas13 ou coletivas equiparam-se para 
todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de 
celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação. 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 13/07/2017) 
Entretanto, quanto ao novo art. 477-A da CLT, há alguns pensadores do Direito do 
alegando sua inconstitucionalidade, pois o inciso I do art. 7º da CF/1988 traz, como um dos 
direitos fundamentais dos trabalhadores urbanos e rurais, a proibição da dispensa em massa: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
A CLT, a partir do novo art. 484-A14, equipara as dispensas imotivadas, para fins de 
reconhecimento dos efeitos trabalhistas, às rescisões individuais, plúrimas e coletivas. 
Como nas rescisões plúrimas e nas rescisões coletivas há a extinção (bastante precisa) 
do contrato de trabalho com dois ou mais empregados, o que parece, a princípio, prejudicial. 
No entanto, não o será, pois o empregador poderá se sentir à vontade para rescindir 
coletivamente estes contratos de trabalho, para extinguir um contrato de trabalho plúrimo. 
 
13Contratos plúrimos são aqueles em que há pluralidade de empregados contratados em um mesmo 
instrumento. As regras contratuais e as condições de trabalho são comuns para todos os empregados inseridos 
na condição de contratados por esta(s) empresa(s). 
14Ou seja, a partir da Reforma Trabalhista. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
17 
www.cursoenfase.com.br 
Isto é, a regraconstitucional segundo a qual é proibida a dispensa em massa (é proibida 
a automação15) foi flexibilizada. O empregador sequer precisa da autorização de entidade 
sindical mediante celebração de instrumento coletivo. 
 
5.2. NOVO ART. 477-B DA CLT 
Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, 
plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja 
quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo 
disposição em contrário estipulada entre as partes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
13/07/2017) 
 
5.2.1. QUITAÇÃO PLENA 
➢ Onde ficam os princípios da indisponibilidade e da irrenunciabilidade? 
Se for feito um acordo considerando o Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, 
será considerado que houve quitação plena dos direitos decorrentes da relação empregatícia. 
Ou seja, o pagamento integral de todas as parcelas trabalhistas, o que significa dizer que o 
empregado não poderá questioná-las judicialmente em momento posterior. 
 
5.2.2. QUITAÇÃO PLENA E IRREVOGÁVEL 
A quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia parece 
o Termo de Eficácia Liberatória Geral, celebrado mediante uma comissão de conciliação 
prévia. 
A quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia 
significa que o empregado aceita, recebe, assina como tendo recebido – diante de um 
Programa de Demissão Voluntária ou Incentivada – e não poderá questionar em momento 
posterior. 
 
15Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de 
sua condição social: 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
Ou seja, a substituição de um número muito grande de trabalhadores por máquinas, o que traria 
também o desemprego em massa. 
 Direito do Trabalho – Contribuição Sindical 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
18 
www.cursoenfase.com.br 
Exceto se houver disposição em contrário estipulada entre as partes. Ou seja, deve ser 
feita ressalva neste termo de rescisão do contrato de trabalho, em relação às parcelas 
consideradas quitadas, para que o empregado possa questioná-las em momento posterior. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A professora fará a leitura dos novos artigos 507-A e 507-B, ambos da CLT, no próximo 
bloco e espera você, bem como espera que as aulas estejam contribuindo para sua 
atualização, seu aprendizado e para que você possa se sentir motivado (a) a estudar cada dia 
mais. 
Até a próxima!

Continue navegando