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TRABALHO grafismo

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
 
 
 
CAMILA NATANE DO NASCIMENTO 
JHENNIFER BENJAMIM DE SOUZA 
NATALIA CRIVELLI SEGANTINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O GRAFISMO INFANTIL 
Grafismo infantil segundo Luquet, Lowenfeld e Piaget 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limeira – SP 
 2018 
 
 
 
CAMILA NATANE DO NASCIMENTO 
JHENNIFER BENJAMIM DE SOUZA 
NATALIA CRIVELLI SEGANTINI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O GRAFISMO INFANTIL 
Grafismo infantil segundo Luquet, Lowenfeld e Piaget 
 
 
 
Trabalho bimestral, apresentado a 
Universidade Paulista, como parte das exigências 
para a disciplina de Psicologia construtivista com a 
orientação da Professora Liliane F. Neves Inglez de 
Souza. 
 
Limeira, 05 de Abril de 2018. 
 
 
 
 
 
 
 
SUMARIO 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 04 
2. GRAFISMO INFANTIL ............................................................................... 05 
3. TEORIA PIAGETIANA DO DESENVOLVIMENTO ................................................06 
 3.1 OS ESTAGIOS ................................................................................ 06 
3.1.1 SENSÓRIO MOTOR – (0 Á 2 ANOS) ................................... 06 
3.1.1 SENSÓRIO MOTOR – (0 Á 2 ANOS) ................................... 07 
3.1.2 PRÉ – OPERATORIO – (2 Á 7 ANOS) .................................... 07 
3.1.2 PRÉ – OPERATORIO – (2 Á 7 ANOS) .................................... 08 
3.1.3 OPERAÇÕES CONCRETAS – (7 A 12 ANOS) ........................... 08 
3.1.4 OPERAÇÕES FORMAIS – (12 ANOS) ..................................... 08 
 
4. GRAFISMO PARA PIAGET .......................................................................... 09 
5. GRAFISMO SEGUNDO LUQUET ................................................................. 09 
5.1 ESTAGIOS .................................................................................... 09 
5.1.1 REALISMO FORTUITO (2 ANOS) ......................................... 09 
5.1.1 REALISMO FORTUITO (2 ANOS) ......................................... 10 
5.1.2 REALISMO GORADO/FALHADO/FRACASSADO (3 A 4 ANOS) ...10 
5.1.3 REALISMO INTELECTUAL (4 A 12 ANOS) ............................... 11 
5.1.4 REALISMO VISUAL (12 ANOS) ............................................ 11 
6. GRAFISMO SEGUNDO LOWENFELD ............................................................ 12 
6.1 OS ESTAGIOS ...............................................................................12 
6.1.2 ESTAGIO DAS GARATUJAS (2 A 4 ANOS) ............................. 12 
6.1.3 ESTAGIO PRÉ ESQUEMATICO (4 A 7 ANOS) ............................ 13 
6.1.4 ESTAGIO ESQUEMATICO (7 A 9 ANOS) ............................... 13 
6.1.5 ESTAGIO DO REALISMO (9 A 12 ANOS) ............................... 14 
7. DESENHOS COLETADOS E ANALISES ........................................................ 15 - 22 
8. CONCLUSÃO ........................................................................................... 23 
 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 24
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Piaget deseja incansavelmente entender o sujeito epistêmico universal, 
aquele que o conhecimento é construído a partir das interações com o meio. A 
inteligência, para ele, é um processo de assimilação onde interagimos com um dado 
objeto e nos adaptamos com ele e nos acomodamos quando nos acostumados com 
aquele agente causador de equilíbrios e desequilíbrios. Durante o processo de 
desenvolvimento do ser humano existem quatro fatores que possibilitam o mesmo, e 
são eles: Experiência, Equilibração, Maturação e Transmissão social e seguindo 
disso são também quatro estágios do desenvolvimento: Sensório motor, Pré-
operatório, Operatório Motor e Operatório concreto. Que são fixos e tem caráter 
interativo, mas tem cronologia flexível. Se tratando do universo infantil em relação 
aos desenhos Piaget considera – os uma forma de se expressar, de liberdade, 
criatividade e criação; a fase pré- escolar é a fase de ouro para ele, enquanto a 
criança é livre de imposições e padrões da sociedade, à medida que cresce ela vai 
perdendo essa essência, quando é imposto que a escrita é mais importante que o 
desenho, e assim, gradativamente, vai se perdendo essa riqueza e esse habito, até 
a fase adulta onde raramente desenhamos. 
Lowenfeld ressalta a extrema importância de estimular o desenho na infância, 
e diz que não se deve perguntar a uma criança o significado do desenho dela, pois 
pode causar polissemia, então causar a impressão que você quer passar aquilo para 
as palavras, algo que é abstrato; incentiva a não criar modelos e evitar as copias, 
sempre encorajar a imaginação, inovação e originalidade. Em sua teoria existem 
quatro estágios: das Garatujas,Pré- esquemático, Esquemático e Realismo. 
Luquet afirma que é de natureza se expressar através dos desenhos e 
procura entender o que e como a criança desenha, em sua teoria são encontrados 
cinco estágios: Realismo Fortuito, Realismo Falhado, Realismo Gorado, Realismo 
Intelectual e Realismo Visual. 
Todas as teorias servem para ajudar a entender o desenvolvimento infantil, de 
acordo com as fases dos desenvolvimentos segundo Piaget é possível detectar nos 
estágios dos outros dois autores como a criança vai passando pelas fases de sua 
vida. Explicaremos em seguida detalhadamente para o melhor entendimento. 
5 
 
 
 
2. GRAFISMO INFANTIL 
É imprescindível para um individuo envolvido com crianças em seu dia a dia 
que tenha conhecimento da importância que o desenho tem na vida infantil, 
nele elas se expressão e expõem suas ideias e pensamentos, fatos 
importantes que elas querem que saibamos, dificuldades, interesses, tudo 
que signifique algo para elas. Cada fase representa um avanço em relação a 
anterior de acordo com seus desenvolvimentos cognitivos, motores e 
psíquicos; conforme a criança cresce ela desenvolve habilidades que, 
segundo Piaget, passam por estagio fixos mas dependendo da interação dela 
com o meio e á estímulos pode variar de uma para outra, e como existe essa 
variação é dificultoso dizer o inicio e o final de cada uma pois é um processo 
continuo e evolutivo; porem todas irão passar por esses estádios. E é também 
pelos desenhos que podemos analisar em qual fase/estagio estão, o que 
poderia ser adequado fazer para estimular e desenvolver certas 
competências, como o processo de criação, presente desde sempre em 
nossas vida, em todas as fases de nossa vida; o ser humano desde os 
primórdios vem evoluindo através do seu ato criador, para se comunicar criou 
a linguagem, criou o fogo, ferramentas para sobreviver; e é assim até hoje. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
3. TEORIA PIAGETIANA DO DESENVOLVIMENTO 
 
Para compreender o desenvolvimento cognitivo humano Jean Piaget 
considera que existem quatro estágios: Sensório Motor, Pré Operatório, Operações 
Concretas e Operações Formais, cada um representa uma evolução cognitiva a 
mais que o outro. Também são quatro os fatores que possibilitam esse progresso a 
maturação, Experiência, Equilibração e a transmissão social. Para entender como 
conseguimos essa aprimoração de pensamento ao longo da vida e em relação a 
nossa inteligência que, segundo ele, é um processo de adaptação, assimilação e 
acomodação, e só existe da relação do sujeito com o objeto/mundo. 
 “O conhecimento não provém nem dos objetos, 
nem da criança,mas sim das interações entre as 
crianças e os objetos (Jean Piaget)”. 
Ele criou essa teoria que é foi muito bem aceita. 
 
3.1 OS ESTÁGIOS: 
3.1.1 Sensório motor – (0 á 2 anos) 
 
 É dividido em 6 sub - estádios: 
1º. Exercício reflexo – com um mês de vida o bebe começa a exercer seus 
primeiros reflexos que posteriormente irão formar os esquemas; 
2º. Reações circulares primarias – até os quatro meses de vida, a formação 
dos primeiros hábitos, quando o bebe começa a coordenar dois esquemas 
juntos, em relação ao seu corpo, como chupar a mão, levar objetos na 
boca, etc.; 
3º. Reações circulares secundarias – até oito meses o bebe repete 
comportamentos que surtiram algum efeito estabelecendo relação com o 
que ela faz e o que acontece em relação a objetos; 
7 
 
 
4º. Coordenação de esquemas secundários - até onze meses começa a 
utilizar de meios conhecidos para algo novo; 
5º. Diferenciação dos esquemas de ação – até dezoito meses há uma 
variação das condições de exploração, como utilizar um objeto ou um 
meio para pegar outro ou chegar a algo; 
6º. Início da interiorização – após dezoito meses quando começa a parar e 
pensar para fazer algo. 
 
 É o período em que a criança explora o mundo pelos sentidos (tato, olfato, visão, 
paladar e audição) ela quer cheirar, tocar, sentir com todas as partes do corpo, 
se admira com os sons, etc. É nessa fase que observamos também a grande 
questão que, segundo a filosofia, difere o homem dos animais, a questão de 
espantar-se com o mundo; 
 Nessa fase os reflexos hereditários se transformam em esquemas de 
conhecimento (esquema de sugar, pegar, etc.); 
 Começa a ter noções de espaço (ao engatinhar) de objeto, de causalidade e 
tempo (pela ação) construindo uma inteligência prática, que segundo Jean, vem 
antes da linguagem; 
 Sua percepção vai aumentando e como consequência ela vai compreendendo as 
coisas ao seu redor; 
 Construção de objeto concreto - com 8 meses se você esconder um objeto na 
frente do bebe ele irá procura-lo, mas caso esconda longe do campo de visão, 
ela vai pensar que o objeto deixou de existir. Com 11 a 18 meses ela se desloca 
atrás, mas em pouco tempo desiste. Com 24 meses cria a noção da existência 
dos objetos, ele vai procurar até acha-lo; 
 Criança realiza a diferenciação entre objetos e o próprio corpo. 
 
3.1.2 Pré-operatório (2 a 7 anos) 
 
 Esta fase é marcada pelo aparecimento da linguagem oral, na qual a criança 
utiliza simbologia a ações, pessoas e objetos; 
 Pensamento egocêntrico, ela sente dificuldade em se colocar no lugar do outro, 
tudo se destina para si, dificultando a interação, ela se torna não-flexível; 
8 
 
 
 Atribuição de sentimentos, sensações e intenções á objetos e outros, chamada 
de animismo, ela imputa ’vida’’ no que representado; 
 Nessa fase a criança tem a crença de que as coisas simplesmente acontecem, 
sem precisar de uma explicação lógica, ou tudo foi feito pelo homem/divindade; é 
o chamado Artificialismo; 
 Exploram aspectos práticos e funcionais, como ao invés de chamar algo pelo 
nome ela diz o que aquele objeto faz, ex: isso é para tomar leite (xícara); 
 A criança ainda não é capaz de perceber que é possível retomar o pensamento 
ao ponto de partida, assim tornando as ações não reversíveis. 
 
3.1.3 Operações concretas – (7 a 12 anos) 
 
 Conquista da reflexão; 
 Intuições elementares: a criança é capaz de fazer e desfazer mentalmente 
ações, com isso ela entender que algo poderia ter tomado outro caminho, ou 
seja, ela pensa antes de agir, conquistando o item acima; 
 Há um declínio do egocentrismo então é mais cooperativa e propensa a trabalhar 
em grupo; 
 Faz operações como classificação (coleções figurais, não figurais, operatória, é a 
inclusão de classes), seriação (ordenar grandezas crescentes e decrescentes) e 
compensações simples (conhecimento físico e lógico matemático); 
 Compreende jogos de regras; 
 Adquiri a noção de permanecia. 
 
3.1.4 Operações formais (12 anos) 
 
 Principal característica reside no fato de que o pensamento se torna livre das 
limitações da realidade concreta. 
 Operar mentalmente sobre coisas que não existem na realidade, ideias, 
questionar. O cognitivo e afetivo estão entrelados; 
 A criança torna-se capaz de raciocinar logicamente, ocorrendo a liberação do 
pensamento e dos encadeamentos do mundo preciso, que permite ao 
9 
 
 
adolescente ponderar e trabalhar não só com a realidade concreta, mas também 
com a realidade fazível; 
 Cálculos e percepção sem precisar do palpável; 
 
4 GRAFISMO PARA PIAGET 
 
Para ele é após o período sensório motor que a criança cria uma capacidade 
cognitiva de representação, após todo o desenvolvimento desse estagio como 
noções de espaço, tempo, mundo, objeto concreto, a criança será capaz de 
representar algo que queira e utiliza, entre outros meios, o desenho. 
Então Piaget pensa no desenho como uma parte do desenvolvimento 
humano, não só como ato criativo, espontâneo e divertido, mas como uma função do 
pensamento, uma característica importante para nós que designa a evolução. Uma 
manifestação simbólica que surge no estágio pré-operatório. 
Embora não tenha se dedicado profundamente nos estudos do grafismo ele 
menciona os dois autores que falaremos a seguir... 
 
5 GRAFISMO SEGUNDO LUQUET 
 
George Luquet nos diz que o desenho tenta imitar a realidade, pois as 
crianças desenham para se divertir consequentemente desenhando aquilo que faz 
parte da experiência que elas vivem “A princípio, para a criança, o desenho não é 
um traçado executado para fazer uma imagem, mas um traçado executado 
simplesmente para fazer linhas. (Luquet, 1969 pg.145)”. O desenho vai passando de 
imaginação para de observação e representam o real se baseando assim nas 
tendências do realismo. Ele separou o desenvolvimento em cinco estágios: 
 
5.1 OS ESTÁGIOS: 
5.1.1 Realismo Fortuito (2 anos) 
 
 Involuntário: a criança desenha sem intenção ou significado, apenas pelo prazer 
dos movimentos que faz e do que vê no papel; 
10 
 
 
Desenha linhas aleatórias e amplas sem se preocupar com a imagem formada, 
pois não tem a consciência de representação, que aquilo que ela está rabiscando 
pode representar algo; 
Desenha com o corpo; 
 Voluntario: ainda sem intenção, mas enxerga seus traços parecidos com objetos 
conhecidos; 
Surge a intenção; 
Criança começa a nomear seus desenhos, dizendo o que está desenhando; 
Descobre ao acaso uma analogia entre o rabisco e as formas e assim passa para 
o estágio posterior; 
 
5.1.2 Realismo Gorado/ fracassado/falhado (3 a 4 anos) 
 
 A criança começa a tentar reproduzir os objetos e formas porem aparenta ser 
bem diferente; 
 Representa com fracassos e sucessos; 
 Desenhos desordenados e sem relações entre si; 
 Pode exagerar ou omitir; 
 Há uma falta de coordenação tanto no desenho como nos pensamentos e ações. 
 Não é possível agrupar os elementos do desenho, são individuais; 
 Os elementos são representados justapostos; 
 É comum ter formas radiais (figura humana representada apenas pela cabeça, 
sem troco, parecido com um sol), formas badamecogirinas e badamecos que são 
respectivamente figuras humanas onde braços e pernas saem da cabeça e 
depois evolui saindo do corpo; 
 Como por exemplo: um chapéu muito acima da cabeça, um sorriso enorme em 
um rosto pequeno, um cachorro maior que o humano, cada parte do desenho ter 
um elemento sem nexo com os outro, etc.; 
 Deixa destacado o que julga ser de maior importância. 
 
 
 
 
11 
 
 
5.1.3 Realismo Intelectual(4 A 12 ANOS) 
 
 Nesse momento, a criança estampa todo o conhecimento que possui sobre o 
objeto 
 Há presença de transparência, em que ela representa tudo que acontece com o 
objeto e o que possui em si, utiliza para mostrar os moveis de uma casa ou como 
mesmo os órgãos que temos dentro do corpo humano, peixes dentro de um lago, 
etc. 
 A criança desenha cenas inteiras, com aquilo que sabe e o que quer representar; 
 É ainda nesse estágio em que se inicia as primeiras observações de projeção e 
distância, que será representada com maior clareza no próximo estágio. 
 
5.1.3 Realismo visual (12 anos) 
 Abandona a transparência e desenha apenas objetos visíveis; 
 Começa a particularizar as formas que antes eram mais gerais, desenham mais 
detalhadamente; 
 Entre os oito e nove anos, a criança consegue guardar mentalmente as 
proporções do objeto do jeito que ela vê e tem domínio do tamanho em função 
da distância; 
 Ela consegue desenhas cenas completas com toda a representação coerente e 
também com perspectiva; 
 Muitos afirmam que nesta fase ocorre o empobrecimento do desenho pois ao 
chegar na adolescência pode se observar um novo modo de desenhar eu foca 
em ser um tipo de trabalho artístico e não mais uma forma de expressão, pura e 
com finalidade em si mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
6 GRAFISMO SEGUNDO LOWENFELD 
Victor Lowenfeld acredita ser de extrema importância que os pais e 
educadores compreendam as fases do grafismo a fim de intervir de forma 
adequada e estimulante em cada uma delas, ele afirma que se soubermos 
entender as formas como as crianças desenham podemos atingir seus modos 
de comportamento no modo como ela cresce e se desenvolve facilitando e 
ajudando esses processos. 
“[...] através da compreensão da forma, como o jovem desenha, e dos métodos que 
usa para retratar seu meio, podemos penetrar em seu comportamento e 
desenvolver a apreciação dos vários complexos modos como ele cresce e se 
desenvolve” Lowenfeld (1977, p. 51). 
 
6.1 OS ESTÁGIOS: 
 
6.1.2 Estagio das Garatujas (2 a 4 anos) 
 
 Onde tudo se inicia, as primeiras manifestações da criança sobre o papel; 
 Rabiscos sem intenção, controle e de forma desordenada; 
 Faz pelo prazer, pelo efeito que vê e pela dinâmica que exerce; 
 Explora o movimento do seu corpo e o espaço; 
 Aos poucos a criança vai percebendo seus traços e consequentemente vai os 
organizando e controlando; 
 Vai do rabisco para as formas controladas gradativamente; 
 Rabiscação longitudinal - Primeiro começa a aparecer, no meio dos rabiscos, 
começos símbolos, como início de uma forma fechada, bolinhas, traços retos, 
etc.; 
 Rabiscação – nomeia os desenhos, traça aquilo presente na vida dela e o que 
imagina, a figura humana é mais perceptível, em formas de palito, não abandona 
as garatujas, é o início da fase seguinte... 
 
 
13 
 
 
6.1.3 Estagio Pré-esquemático (4 a 7 anos) 
 
 Nessa fase a criança começa a adquirir consciência de formas e começa a 
realizar tentativas de representar o mundo em sua volta; 
 Ao reproduzir, os traços surgem desorganizados e desproporcionais (em relação 
a espaço utilizado), carecendo de uma ideia de proporção diferentes; 
 Nessa fase as crianças indicam suas prioridades naquilo observado por elas, 
além de buscar símbolos que representam determinada ação ou objeto, que tem 
mudanças constantemente; 
 É o início para um amadurecimento da representação mental ordenada; 
 Nos desenhos são representados exageros e omissões; 
 O uso da cor nesse estágio pode ser considerado de determinada importância no 
sentido em que criança estabelece uma relação entre cor x objeto representado, 
onde lhe possa transmitir sensação de prazer ao realizar a atividade; 
 
6.1.4 Estagio esquemático (7 a 9 anos) 
 
 O conceito de forma e objeto se desenvolve; 
 Desenhos são descritivos, representativos e organizados; 
 A criança usa muita legenda nessa fase; 
 Os elementos são dispostos um ao lado do outro e tende a serem retos; 
 Consegue construir cenas (faz do desenho uma história) pois acabam de 
descobrir a existência de uma ordem definida, ou seja, cada coisa está no seu 
lugar e em ordem; 
 A criança usa uma base para fazer os desenhos, como o chão e a grama; 
 Tende a desenhar sobre o que entende das coisas e usa muito a imaginação e 
criatividade; 
 É possível detectar a coisa que elas mais gostam de desenhar; 
 Figuras geométricas muito presentes; 
 Superposição e transparência no desenho; 
 
 
 
14 
 
 
 
6.1.5 Estagio do Realismo (9 a 12 anos) 
 
 Nesse estagio o desenho tem mais atuação com o real, conquanto ainda exista 
bastante simbologia; 
 criança tem maior percepção a seu respeito; 
 O realismo é evidente também pelo terminativo do uso de formas geométricas, 
havendo maior correspondência com o natural 
 Fixa a atenção em minúcias e surge a evidenciação de gostos; 
 
 Os desenhos de representação humana são envolvidos a detalhes como 
acessórios, roupas e marcas. 
 Abandono da transparência, uso de borracha e preocupação com a perfeição do 
desenho 
 Muitos autores consideram que nesta fase ocorre o empobrecimento do 
desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
7. A SEGUIR OS DESENHOS COLETADOS E SUAS RESPECTIVAS ANALISES: 
 
Desenho 1 
Produção infantil de criança do sexo feminino – 2 anos 
 
 Segundo os atores Luquet e Lowenfeld esse desenho se encaixa nos 
estágios de Garatujas e realismo fortuito involuntário, onde em ambos a 
crianças faz rabiscos desordenados e sem intenção, apenas visando o prazer 
dos movimentos que faz e do efeito que esta sendo produzido. 
 
 De acordo com Piaget a criança que desenhou esta na fase sensório motora, 
onde já desenvolveu seu esquema de “pegar” e de espaço e como está 
descobrindo o mundo pelos seus sentidos fica fascinada com o resultado do 
que ela faz no papel.a figura humana é inexistente ou imaginaria e as cores 
16 
 
 
tem um papel secundário, ou seja, a parte principal é o contraste pois não há 
intenção 
Desenho 2 
Produção infantil do sexo masculino - 4 anos 
 Segundo Luquet esse desenho se encaixa no realismo intelectual pois o 
desenho já é bem organizado como o Sol lá em cima e as pessoas a baixo 
dele com isso conseguindo representar distancias e usar base de referência 
(a grama), há também a transparência. 
 
 Segundo Lowenfeld esse desenho se encaixa na transição da fase pré-
esquemática para a esquemática pois apesar de usar uma base de 
referência, ter transparência no desenho características do esquemático, as 
17 
 
 
pessoas do desenho estão muito acima da grama, flutuando, e o arco-íris 
esta perto demais da cabeça 
 
 De acordo com Piaget a criança que desenhou se encontra na fase pré-
operatória, pois já faz representações e tem pensamento animista ao “dar 
vida” ao sol, algo que não tem rosto, boca, nariz. Podemos também perceber 
que ela é presa a qualidades perceptivas ao desenhar um arco-íris junto ao 
Sol, é de se esperar que ela não saiba que o arco-íris existe quando chove, 
mas se algum dia ela viu os dois juntos ela os desenhou assim, ela também 
descobre a relação desenho-pensamento-realidade. As cores são usadas 
relacionadas com o emocional e é o inicio das relações com o espaço. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Desenho 3 
Produção infantil do sexo masculino – 4 anos 
 Segundo Luquet esse desenho faz parte do Realismo gorado por apresentar 
elementos justapostos, a figura humana representada porpartes de palito 
aonde uma mão tem mais “dedos” que a outra, sem pés, uma flor disposta 
acima do humano, e não tem presença de linha de base. 
 Segundo Lowenfeld o desenho esta na fase Pré-esquemática onde a criança 
acaba de descobrir as formas geométricas e seus traços são 
desproporcionais e desorganizados e há presença de exageros 
 De acordo com Piaget essa criança se encontra nas fases pré – operatória 
esse menino utiliza simbologia, ações e objetos. É o inicio das operações 
concretas e faz o jogo simbólico.
19 
 
 
Desenho 4 
Produção infantil do sexo masculino -6 anos 
 Segundo Luquet se encaixa no Realismo intelectual, pois ela desenha aquilo 
que tem conhecimento, seu aniversário, representada pelo bolo e vela. Foca 
nos detalhes de seu corpo e tem uma noção sobre tamanhos 
 Segundo Lowenfeld se encaixa no Estagio esquemático, na qual a criança 
desenha e descreve seu desejo. De forma organizada, construí uma cena 
(seu aniversário) mais ainda é de relação duvidosa aquele acontecimento. 
 De acordo com Piaget a criança esta no estagio Pré-operatorio para 
operatório, pois a criança desenha apenas uma pessoa o simbolizando, 
levando-o para o Egocentrismo, não tendo interação com outras pessoas. Ao 
desenhar ela quis representar uma importância no momento para ela, no caso 
seu aniversário. 
20 
 
 
. 
 Desenho 5 Desenho 6 
 
 
 Segundo Lowenfeld esses desenhos se encaixam no estagio Esquemático em 
transição para o realismo, pois há abundante uso da imaginação e pelo uso da 
legenda explicativa, para poder entender o desenho como a criança quer que nós 
entendamos características do primeiro, mas não há a transparência e é 
perceptível o uso do lápis de escrever e da borracha buscando a perfeição do 
desenho e traços perfeitos, características do realismo. 
 
 Segundo Luquet esse desenho se encaixa no Realismo Intelectual pois há uso 
de legendas, ela consegue representar distancias,profundidade e posições e há 
figura esquemática.é através desde que elas chegam as figurações reais. 
Produção infantil do sexo feminino – 8 anos Produção infantil do sexo feminino – 8 anos 
21 
 
 
 
 De acordo com Piaget a criança se encontra no final das Operações concretas 
pois há um maior destaque nas roupas cores, diferenciações como no olho que 
indicam que o personagem é do sexo feminino,ou seja, há a consciência da 
diferenciação do sexo nessa fase, há o abandono da linha de base (grama, chão) 
e utilizam a superposição como a pedra no canto do segundo desenho e elas se 
apegam mais as formas geométricas 
22 
 
 
Desenho 7 
Produçao infantil do sexo feminino – 10 anos 
 
 Segundo Luquet esse desenho se encaixa no Realismo intelectual, pois 
ela desenha a cena completa com atenção, projeção e distância, tem base 
no chão para desenhar aquilo que tem real certeza 
 Segundo Lowenfeld se encaixa no Realismo, no qual a criança foca nos 
detalhes na reprodução humana, apesar dela ainda representar a 
simbologia no coração e flor, ela age com êxito a finalidade de linhas 
geométricas de forma a desenhar plenamente igual com o natural. 
 De acordo com Piaget essa criança esta na fase Operatório concreto, 
onde ela retrata o que ela sabe que é real, apesar de retratar rosto no sol, 
a criança tenta representar seu conhecimento na organização do desenho. 
 
23 
 
 
8. Conclusão 
 
Referimo-nos ao grafismo infantil, pesquisado, analisado e interpretado por teóricos 
da psicologia e da educação. Dessa forma é possível criar diálogo entre os vários 
pontos de vista de alguns dos pesquisadores dessa área: Piaget, Luquet e 
Lowenfeld a fim de ocasionar reflexões sobre o grafismo infantil como meio de 
linguagem da criança. 
Cada gesto e movimento têm significações simbólicas, capazes de contribuir para o 
desenvolvimento humano assim se nos atribuirmos a esses conhecimentos 
conseguimos entender melhor as crianças e ajuda-las no seu desenvolvimento em 
todas as partes. É de extrema importância que se saiba a maneira correta de 
estimula-las e analisando os desenhos isso se torna uma tarefa bem mais fácil
24 
 
 
 
Bibliografia 
 
LUQUET, G. H. O desenho infantil. Porto: Editora do Minho, 1969 
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, W. L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São 
Paulo: Mestre Jou,1977 
 SSD Pillotto, MK Silva, L Mognol - Revista Linhas, 2007 - revistas.udesc.br 
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969. 
ALEXANDROFF, Marlene Coelho. Os caminhos paralelos do desenvolvimento do 
desenho e da escrita. Constr. psicopedag., São Paulo , v. 18, n. 17, p. 20-41, dez. 2010 . 
 Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
69542010000200003&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 abr. 2018. 
 Pedagogia ao Pé da Letra. (3 de maio de 2013). Fonte : 
https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/

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