Buscar

RESUMO - Teoria do delito (Juarez Tavarez)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

DISCENTE: DARA ALDENY LIMA ALVES
MATRÍCULA: 16/0117372
RESUMO- TEORIA DO DELITO: TAVAREZ, Juarez
O CONCEITO DE DELITO
O delito é definido por meio da análise de elementos constitutivos de uma conduta considerada criminosa; esses elementos são a antijuridicidade, a ação, a tipicidade e a culpabilidade. A ação é condicionante da existência do delito, é seu elemento básico e deve estar determinada na Lei. A conduta criminosa é legalmente definida por alguns componentes, sendo o conjunto deles chamado de tipo, o tipo possui as principais característica da ação quanto aos elementos objetivos e subjetivos. Contudo, é necessário que o tipo seja ligado a um fato empírico e essa relação se chama tipicidade. A antijuridicidade, por sua vez, é a “relação de antagonismo entre um fato típico e a totalidade da ordem jurídica”; uma ação típica será antijurídica quando não for permitida pelo direito. O injusto penal ou fato injusto é formado pelo conjunto do tipo e da antijuridicidade. A culpabilidade é composta pelos elementos que determinam a responsabilidade de um individuo que pratica um fato injusto. Considerando todos esses elementos, o delito é definido como uma ação típica, antijurídica e culpável.
A AÇÃO
A ação abrange a comissão (fazer) que diz respeitos aos delitos comissivos ou por ação e a omissão (não fazer), que se refere aos delitos omissivos ou por omissão. Os delitos comissivos são mais frequentes que os omissivos por isso são o modelo básico da conceituação do delito. Algumas funções da ação dentro da teoria do delito são a exclusão de fatos irrelevantes do ordenamento, fundamentação da constituição do tipo de injusto, interligar o tipo de injusto à culpabilidade, disciplinar os limites da responsabilidade subjetiva, servir de referência no concurso de agentes, no concurso de crimes e na distinção entre as fases de execução do delito. 
O INJUSTO
Tipo é o nome dado à junção dos elementos que caracterizam uma conduta penalmente proibidos na Lei. O tipo pressupõe a descrição de uma ação que viola uma norma por meio de ação causal positiva ou omissão de uma ação devida. Só se pode considerar o fato injusto se ele provocar uma antijuridicidade ou antinormatividade, assim, o injusto pode ser analisado de dois modos, primeiramente considerando a tipicidade do fato e depois analisando sua antijuridicidade, deve-se verificar se no fato existe uma norma que autorize a conduta. Os desdobramentos do injusto podem apresentar variações segundo as qualidades, o conteúdo e a forma de execução da conduta.
Pode-se identificar três modalidades de delito: os delitos comissivos dolosos, quando o ator deseja o resultado e se esforça para atingi-lo; os delitos culposos, quando o autor não deseja o resultado mas age de forma descuidada e o causa, sendo que poderia prevê-lo e evitá-lo; os delitos omissivos, quando o ator era obrigado a realizar determinada ação em face de um perigo mas não o faz ou quando não impede um resultado que era obrigado a impedir.
TIPO E ANTIJURIDICIDADE DOS DELITOS COMISSIVOS DOLOSOS
A ESTRUTURA DO TIPO
O tipo é formado pela ação e pelo objeto, a ação já foi definida, já o objeto do delito é a pessoa ou coisa sobre o qual incide a ação do agente, e pode ser uma coisa natural ou elemento normativo e varia de acordo com as características da ação. Outros elementos constitutivos do tipo são o resultado, a relação de causalidade, os critérios de imputação e os elementos subjetivos. Existem duas áreas do tipo, a objetiva e a subjetiva: os elementos subjetivos são aqueles que não dependem da vontade do agente para existir; os elementos objetivos divisem-se em normativos e descritivos, os descritivos são os que podem ser compreendidos somente pelo sentido da linguagem comum, enquanto os normativos pressupõe um juízo de valor que pode ter caráter cultural, social ou jurídico.
O RESULTADO
Os crimes de resultado podem ser entendidos como aqueles em que se pode separar claramente a ação de seus efeitos materiais. Ainda há, no entanto, muitas discordâncias em relação à definição de resultado, sendo por alguns definido como uma alteração material do mundo e por outros como um risco de alteração material do mundo. Dessa forma, estabelece-se duas definições, resultado de lesão, quando ocorre a alteração do mundo e resultado de perigo, quando há probabilidade de que essa modificação ocorra.
A IMPUTAÇÃO PELA CAUSALIDADE
Para limitar o injusto é preciso, primeiramente, determinar a relação de causalidade entre a ação e o resultado. Filosoficamente, uma coisa será causa de outra semprque que quando a primeira ocorre a segunda também ocorra, mas isso não é adequado para refletir as características da causalidade; é necessário diferenciar os elementos epistemológicos dos elementos nomológicos, os epistemológicos são relativos à explicação dos ocorridos, essas explicações formam as teorias da causalidade que tentam ilustrar as relações sequenciais entre objetos ou acontecimentos. Algumas dessas teorias são a teoria da equivalência das condições, teoria da causalidade adequada e a teoria da relevância jurídica.
A IMPUTAÇÃO OBJETIVA COMO LIMITE DA CAUSALIDADE
Nesse caso, é preciso que a conduta do agente além de ter causado determinado resultado, lesão ou perigo de lesão do bem jurídico, tenha criado um risco para que aquele resultado, lesão ou perigo ocorresse. Isso se dá porque o direito penal foca nos riscos que o ordenamento jurídico não possa tolerar, seja em virtude de uma extensão ou de sua natureza.
A IMPUTAÇÃO SUBJETIVA
Outro limite para a intervenção penal se dá ante a intensidade subjetiva do agente de adentrar a área do ilícito e, deste modo, causar lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Esse limite constitui os elementos da imputação subjetiva que é formada pelo dolo e por outras características.
O DOLO
O dolo é a “consciência e vontade de realizar os elementos objetivos do tipo, tendo como objetivo final a lesão ou perigo concreto de lesão do bem jurídico”. Há dois tipos de dolo, direito, quando o a gente deseja o resultado e eventual, quando não queria mas assumiu o risco de produzir o resultado. 
ERRO DE TIPO
O erro de tipo é caracterizado quando o agente não tem conhecimento dos elementos objetivos do tipo ou possui falsamente, o erro de tipo exclui o dolo, no entanto, não impede que a atividade culposa seja cogitada; pode-se dizer que o erro de tipo é um erro de percepção do agente.
TIPOS E ANTIJURIDICIDADES DOS DELITOS CULPOSOS
O tipo dos delitos culposos é formado pela ação descuidada, pelo resultado, pela ralação de causalidade e pela imputação do resultado ao agente. A ação descuidada é a que extrapola o risco autorizado, isso ocorrerá quando o ordenamento jurídico não puder suportar o perigo que a conduta do agente provocar; essa ação pode ser classificada em diferentes modos, incluindo os modos legais, as que regulam profissões e atividades que dependem de autorização estatal, e os modos não legais, referem-se às atividades em que se deve evitar criar ou aumentar riscos inadequados para o bem jurídico de terceiros.
TIPO E ANTIJURIDICIDADE DOS DELITOS OMISSIVOS
Os delitos omissivos são diferenciados entre omissivos próprios e omissivos impróprios, os próprios dizem respeito a uma norma determinativa, e os impróprios são relativos a uma norma proibitiva. Os delitos omissivos próprios estão determinados em Lei devido a uma norma determinativa, enquanto os delitos omissivos impróprios são estão previstos na Lei, eles derivam dos crimes comissivos, no entanto, cometidos por um agente que assume um papel de garantidor.
A CULPABILIDADE
Roxin define a culpabilidade por meio da acessibilidade normativa, assim é, o agente é culpável quando estava em condições de obedecer a norma e mesmo assim não o fez. No entanto, a culpabilidade deve ser definida a partir da análise da possibilidade de o agente ser excluídos das consequências jurídicas do crime mesmo tendo cometido um fato injusto. Além disso, a culpabilidade é a consequência de um juízo de inapropriação entreo agente e as determinações da ordem jurídica.
A CULPABILIADE DOS DELITOS COMISSIVOS DOLOSOS
A culpabilidade dos crimes comissivos dolosos é formada pela imputabilidade, consciência potencial da antijuridicidade e pela exigibilidade de comportamento conforma a norma.
IMPUTABILIDADE
A imputabilidade diz respeito a capacidade de compreensão e autodeterminação do agente ante as normas criminalizadoras. Não há imputabilidade quando o agente não é completamente capaz de entender a ilicitude do fato ou de determinar-se segundo essa compreensão.
A CONSCIÊNCIA POTENCIAL DO INJUSTO
Também não há culpabilidade quando o ator não tiver consciência de que sua conduta é ilícita, deste modo, se o agente não conhece a norma ou conhece falsamente ele incorrerá em erro de proibição. Existem dois tipos de erro, quanto à norma proibitiva e quanto aos elementos da causa de justificação, neste caso seria quando o agente não sabe que a conduta é um crime u quando acredita que o ordenamento permita a conduta naquele momento.
A EXIGIBILIDADE DE OUTRA CONDUTA
Segundo o autor, a culpabilidade deveria ser excluída sempre que o agente estivesse em um contexto em que não pudesse ter uma conduta que se adequasse à norma. Isso ocorre em casos, por exemplo, de coação irresistível ou obediência hierárquica, ou ainda, no caso de necessidade exculpante. 
A CULPABILIDADE DOS DELITOS CULPOSOS
Nos delitos culposos a culpabilidade abarca os fatos dolosos, a previsibilidade e evitabilidade subjetiva do resultado. 
A CULPABILIDADE DOS DELITOS OMISSIVOS
Nesse caso, a culpabilidade deve abranger o conhecimento da ilicitude com os contornos e dimensão dos crimes comissivos, no entanto, fazendo a devida adequação das modalidades de erro à qualidade da norma determinativa. Aqui o erro que ocorre é o erro de mandamento e os crimes próprios são aqueles em que o ator conhece a norma determinativa e a punibilidade do fato caso não execute a ação que lhe foi mandada; enquanto os crimes impróprios são aqueles em que o agente deve conhecer a norma determinativa e de impedir certo resultado como uma consequência do dever do garantidor.

Outros materiais