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Seminario meio ambiente

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE- UNIVERCIDADE
CURSO DE PEDAGOGIA
SEMINÁRIO SOBRE POLUIÇÃO E USO DE AGROTÓXICOS
Bruna Carolina da Silva Grenho.
Luciene Tavares de Souza.
 
Rio de Janeiro
Junho/ 2013
Bruna Carolina da Silva Grenho.
Luciene Tavares.
Seminário sobre poluição e uso de agrotóxicos
Seminário apresentado ao Centro Universitário da Cidade - UNIVERCIDADE - como requisito parcial à obtenção de nota na disciplina Meio Ambiente no Curso de Pedagogia.
Professor(a): Lusanir de Souza Carvalho.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2.POLUIÇÃO
3.TIPOS DE POLUIÇÃO
3.1 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
-3.1.1 PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS 
-3.1.2 FONTES DE POLUIÇÃO
-3.1.3 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
-3.1.4 PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DO AR NA SAÚDE
3.2 POLUIÇÃO AQUÁTICA	
-3.2.1 PRINCIPAIS POLUENTES DA ÁGUA
-3.2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS
-3.2.3 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS 
-3.2.4 PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA POLUIÇÃO AQUÁTICA NA SAÚDE
-3.2.5 CONTROLE DOS NÍVEIS DE POLUIÇÃO
-3.2.6 SOLUÇÕES
3.3 POLUIÇÃO SONORA
-3.3.1 PRINCIPAIS POLUENTES SONOROS E SUAS FONTES
-3.3.2 CONSEQUENCIAS DA POLUIÇÃO SONORA
-3.3.3 EFEITOS NA SAÚDE 
-3.3.4 PREVENÇÃO
-3.3.5 SOLUÇÕES POSSÍVEIS 
-3.3.6 SOLUÇÕES POSSÍVEIS PARA SALA DE 
3.4 POLUIÇÃO VISUAL
-3.4.1 EFEITOS DA POLUIÇÃO VISUAL
-3.4.2 PREJUÍZOS
3.5 POLUIÇÃO RADIOATIVA
-3.5.1 PRINCIPAIS POLUENTES RADIOATIVOS
-3.5.2 FONTES DA POLUIÇÃO RADIOATIVA
-3.5.3 DANOS CAUSADOS PELA RADIOATIVIDADE 
-3.5.4 AS POSSÍVEIS SOLUÇÕES
3.6 POLUIÇÃO DO SOLO
-3.6.1 PRINCIPAIS POLUENTES
-3.6.2 ALGUMAS FONTES POLUIDORAS DO SOLO 
-3.6.3 CONSEQUÊNCIAS
-3.6.4 DANOS À SAÚDE
-3.6.5 COMO EVITAR
-3.6.6 DESCONTAMINAÇÃO DOS SOLOS
4. USO DE AGROTÓXICOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
-4.1IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS SOBRE A SAÚDE E O MEIO AMBIENTE 
-4.2 TRANGÊNICOS
-4.2.1 PONTOS POSITIVOS
-4.2.2 PONTOS NEGATIVOS
-4.2.3SEGURANÇA
-4.3.4 ROTULAGEM
-4.4 PROTOCOLOS
-4.5 FICALIZAÇÃO
5 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
-5.1 TIPOS DE CRIMES AMBIENTAIS
-5.2 PRINCIPAIS AGRESSÕES E LEGISLAÇÃO
-5.3 PENALIDADES
-5.4 OBSERVAÇÃO E CONSIDERAÇÕES 
6. A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
7. ABORDANDO POLUIÇÃO E USO DE AGROTÓXICOS NA SALA DE AULA
8. CONHEÇA ALGUNS PROJETOS INTERESSANTES 
9. ALGUNS PROJETOS PEDAGÓGICOS
ANEXOS
BIBLIOGRAFIA
1. INTRODUÇÃO
	O seminário em questão propõe analisar o que é e como a poluição e o uso de agrotóxicos nos afetam, como também a importância da ação docente ao abordar essa problemática, para o desenvolvimento de pensamentos sustentáveis nas crianças da geração atual. A pesquisa conta ainda com os seguintes objetivos específicos: reconhecer os diversos tipos de poluição, como o uso do agrotóxicos afeta nossa saúde e o meio ambiente e perceber a importância do educador em desenvolver cidadãos críticos e pensantes correlação aos problemas vividos na sociedade. 
	Determinando-se pela problemática, de que maneira as relações docentes podem contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável, e diminuir a poluição e o uso de agrotóxicos? , o estudo segue sua linha de considerações propondo-se a contribuir com a educação em seu mais elevado grau. Atualmente, o estudo sobre poluição tem se efetivado de suma importância, mas o que realmente tem sido realizado para solucionar esse problema? 
	Mediante a pesquisa é coerente afirmar que a escola é um ambiente capaz de acrescentar muito a uma criança. Muitos aspectos positivos ou negativos podem ser levados ao longo de sua vida acadêmica decorrente de acontecimentos vivenciados na mesma. A fim de exercer a função de auxiliar no processo de formação de um educando a escola deve
inquestionavelmente oferecer um ambiente favorável não só a formação intelectual, mas ainda a formação pessoal do discente.
	Nesse contexto, o seminário pretende destacar alguns elementos considerados de grande relevância que envolve teoria e ação. Principia–se, em seu Capítulo 2, tratando do Referencial Teórico cuja finalidade foi a de apresentar não apenas um relatório ou descrição de fatos, mas, também o de auxiliar na compreensão e exemplificar os problemas ambientais. Nesse capítulo, relataremos o significado, consequências, e medidas de prevenção, onde se propôs identificar todos os aspectos relativos à poluição e ao uso de agrotóxicos.
	No Capítulo 3 , o estudo segue relatando as leis existentes, ações governamentais , onde procura-se clarificar as diferentes propostas políticas. 
O capítulo 4 voltou ainda seu foco para os procedimentos adotados por algumas escolas e profissionais da educação para auxiliar na resolução dessa problemática. A elaboração do seminário em questão contou ainda com a elaboração de pressupostos que pretendem nortear a educação ambiental como tarefa essencial para a vida humana. 
	O aumento da população e do consumo de alimentos e de objetos pessoais fez aumentar consequentemente a criação de novas indústrias e empresas. Devido a isso se incrementaram também os problemas ambientais, como a poluição. Tal situação obrigou aos poderes públicos a se preocuparem em promover um meio ambiente de qualidade para a população. Mas isso não é um papel apenas do poder público, mas também da sociedade, das organizações e das escolas.
	Para criar a preocupação em praticar a responsabilidade ambiental deve ser feito todo um trabalho de conscientização com a sociedade e isso deve começar na escola.
	O Artigo 9º da Lei 9.795/99 para a promoção da Educação Ambiental no Brasil aborda o âmbito da educação escolar.
	O Artigo 13 da mesma lei considera a educação ambiental não-formal como toda ação e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre estas questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
	Goodfellow (2000, p.19) afirma que:
Nos últimos anos, a sociedade tem exigido que todos nós nos tornemos mais conscientes de nossa responsabilidade em relação aos recursos naturais da Terra, para assegurar que estes recursos estejam disponíveis para futuras gerações. 
	A Constituição Federal no seu Art. 225 ampara quanto a uma maior exigência da promoção da preservação do meio ambiente, quando diz:
	Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
	§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder 	público:
	V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 	métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de 	vida e o meio ambiente;
	VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 	conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
	No artigo citado acima, ressalta-se a importância da preservação do meio ambiente pelas instituições privadas e públicas, inclusive da promoção da educação ambiental em todos os lugares, seja na escola ou fora dela.
2.POLUIÇÃO
	A poluição é um problema antigo e está intimamente relacionada ao progresso da civilização. Da atividade extrativista simples, em que os nossos ancestrais apenas retiravam produtos para a sua sobrevivência através de caça e da colheita daquilo que já previamente existia na natureza, o ser humano passou para uma atividade produtiva, em que a agricultura, a pecuária e a incipiente atividade artesanal para utensílios simples procuravam modificar as condições naturais para propiciar uma sobrevivência mais confortável.
	A poluição do meio ambiente começou a existir a partir daí e logo passou a galgar escala cada vez mais alarmante. Considerada como parte necessária no progresso da civilização, a poluiçãofoi paulatinamente se tornando um problema para a saúde pública ao longo da História, até culminar na Revolução Industrial.
	Os quadros a seguir, pintados pelo impressionista Monet, retratando a ponte de Waterloo, em Londres, entre os anos 1902 e 1903, dão uma idéia da dramática transformação da cidade de Londres. De um ano para outro, a cidade apresenta, na sua paisagem, uma clara piora do cenário da qualidade do ar, com a presença de chaminés industriais e fumaças geradas por elas. Compare o quadro de 1902, onde não havia nenhuma fumaça ou chaminé industrial:
	
	E o de 1903, em que as chaminés começam a dominar a cidade:
	
Waterloo Bridge, Gray Day, pintado por Claude Monet em 1903
	A poluição é geralmente consequência da atividade humana. É causada pela introdução de substâncias (ou de condições), que normalmente não estão no ambiente ou que nele existem em pequenas quantidades.
	Poluente é o detrito introduzido num ecossistema não adaptado a ele, ou que não suporta as quantidades que são nele introduzidas. Dois exemplos de poluentes são o gás carbônico (CO2) e fezes humanas.
	O CO2 das fogueiras do homem primitivo não era poluente, já que era facilmente reciclado pelas plantas. O mesmo gás, hoje produzido em quantidades muito maiores, é poluente e contribui para o agravamento do conhecido "efeito-estufa". Fezes humanas que são jogadas em pequena quantidade numa lagoa podem não ser poluentes, por serem facilmente decompostas por micro organismos da água. Em quantidades maiores, excedem a capacidade de reciclagem da lagoa e causam a morte da maioria dos organismos; neste caso, são poluentes.
	O termo poluição é usado quando o ritmo vital e natural em uma área ou mais da biosfera é quebrado, afetando a qualidade ambiental, podendo oferecer riscos ao homem e ao meio, dependendo da concentração e propriedades das substâncias, como a toxidade, e da característica do ambiente quanto à capacidade de dispersar os poluentes, levando-se em conta não só as consequências imediatas, mas também as de longo prazo, tanto no ambiente como no organismo humano. (SCARLATO & PONTIN, 2006, p. 10-11).
	Os problemas ambientais são causados por impactos originados por aspectos mais pontuais, mas que são ligados a um cenário maior, mais amplo. Este contexto maior abarca as atividades humanas que se encontra presente no meio urbano e rural e nos quais podemos mostrar seus efeitos geradores de impactos nos mais variados níveis do meio ambiente, tais como a poluição da água, do ar e do solo. Conforme descreve Valle (2004) “poluição ambiental pode ser definida como toda ação ou omissão do homem que, pela descarga de material ou energia atuando sobre as águas, o solo, o ar, causa um desequilíbrio nocivo, seja ele de curto, seja de longo prazo, sobre o meio ambiente… A definição do agente causador de poluição é dada como ser uma pessoa física ou jurídica de direito público ou privado, responsável direta ou indiretamente pela atividade  causadora da degradação ambiental.”
	O meio, sendo base para as condições de geração e manutenção da vida de uma maneira geral, quando sofre ações externas modificadoras, passa a ser agente de impacto à saúde dos seres vivos, como o homem, e conforme Philippi (2004):“quando se analisam os impactos ambientais sobre a saúde, entendidos aqui como efeitos da apropriação humana sobre a natureza, verifica-se que é possível distingui-los em duas escalas: uma global e outra regional…. e ainda, os efeitos de escala global constituem-se no efeito estufa, interferências na camada de ozônio, perda de biodiversidade, desertificação”.A poluição pode ser portanto definida como uma conseqüência dos atos humanos.
3.TIPOS DE POLUIÇÃO
3.1 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA 
	A poluição atmosférica é o efeito provocado na atmosfera por diferentes elementos sólidos, líquidos, ou gasosos, provenientes sobretudo da do Homem.
	Os problemas mais graves de contaminação do ar surgem nas cidades e áreas com um grande nível de industrialização, embora cada vez mais se generalizem por todo o planeta, fato que merece a nossa preocupação.
  
	A poluição do ar nas áreas urbano-industriais, ocorre devido ao fato destas regiões serem as que possuem mais focos de poluição, como os escapes dos automóveis (que emitem grandes quantidades de gases poluentes), os aquecimentos domésticos, os fumos industriais e outros, os incêndios florestais e as pulverizações com pesticidas.
	Outros fatores que também contribuem para a poluição atmosférica são: as características climáticas de cada região, a posição geográfica e os ventos dominantes.
	Os espaços propícios para a concentração da poluição atmosférica são os locais afastados do litoral e regiões abrigadas (pouco ventosas), nestes locais existe uma maior concentração de poluição, pois o ar não se movimenta e os gases acumulam-se.
	Os espaços desfavoráveis para a concentração da poluição atmosférica são as regiões litorais ou montanhosas, onde o ar é ascendente, nestes locais existe uma menor concentração de poluição.
	Nos países desenvolvidos verifica-se uma maior concentração de poluição atmosférica, devido ao grande nível de industrialização e ao modo de vida das pessoas que utilizam demasiado os automóveis, os CFC’s (clorofluorcarbonetos) , etc. No entanto este problema cada vez mais se estende aos países em desenvolvimento, devido a esses países começarem a utilizar cada vez mais automóveis e a ter cada vez mais fábricas.
3.1.1 PRINCIPAIS POLUENTES ATMOSFÉRICOS 
	Os contaminantes do ar provêm de diversas fontes, como fábricas, centrais termoeléctricas, veículos motorizados, no caso de emissões provocadas pela atividade humana, podendo igualmente provir de meios naturais, como no caso de incêndios florestais, ou das poeiras dos desertos. Os poluentes são normalmente classificados como primários ou secundários. Poluentes primários são os contaminantes diretamente emitidos no ambiente, como no caso dos gases dos automóveis, e os secundários resultam de reações dos poluentes primários na atmosfera. Neste caso, o ozônio troposférico (O3), resultante de reações fotoquímicas entre os óxidos de azoto, monóxido de carbono ou compostos orgânicos voláteis (COV).
Óxidos de enxofre (SOx)
	Os óxidos de enxofre, em especial o dióxido de enxofre (SO2), são maioritariamente emitido por vulcões, produzido em grande escala por processos industriais e pelo tráfego de veículos a motor. O enxofre é um composto abundante no carvão e petróleo, sendo que a combustão destes emite quantidades consideráveis de SO2. A contribuição dos veículos motorizados é variável, sendo responsáveis por valores na ordem dos 80% da emissão de NOx em Auckland, na Nova Zelândia, e cerca de 50% no Canadá e na União Europeia. 
	Na atmosfera, o SO2 dissolve-se no vapor de água, formando um ácido que interage com outros gases e partículas ai presentes, originando sulfatos e outros poluentes secundários nocivos. Uma maior oxidação de SO2, normalmente na presença de um catalisador, como NO2, forma H2SO4 e, assim, a chuva ácida. Esta é uma das causas de preocupação sobre o impacto ambiental da utilização destes combustíveis como fontes de energia. 
Óxidos de azoto (NOx)
	Os óxidos de azoto, em especial o dióxido de azoto (NO2) são emitidos a partir de combustão a altas temperaturas, e do sector rodoviário. A maior parte do dióxido de azoto na atmosfera é formada a partir da oxidação do óxido nítrico (NO). É um forte oxidante que reage no ar para formar corrosivo ácido nítrico, bem como a nitratos orgânicos tóxicos. Também desempenha um papel importante na atmosfera com reações que produzem ozono ao nível do solo ou smog. Uma vez que o dióxido de azoto é um poluente relacionados com o tráfego, as emissões são geralmente mais elevadas nas zonas urbanas. A média anual das concentrações de dióxido de azoto em áreas urbanas está geralmente no intervalo 10-45 ppb, e menor nas zonas rurais. Os níveis variam consideravelmente ao longo do dia, com picos ocorrendo geralmenteduas vezes por dia como uma consequência da hora de ponta do tráfego. As concentrações podem ser tão elevados como 200 ppb.
 Monóxido de carbono (CO)
	O monóxido de carbono é um produto por combustão incompleta de combustíveis como o gás natural, carvão ou madeira. Na presença de um suprimento adequado de O2 mais monóxido de carbono produzido durante a combustão é imediatamente oxidado a dióxido de carbono (CO2). Os maiores níveis de CO geralmente ocorrem em áreas com tráfego intenso congestionado. Nas cidades, 85 a 95 por cento de todas as emissões de CO geralmente são provenientes do escape dos veículos a motor. Outras fontes de emissões de CO incluem processos industriais, queima residencial de madeira para aquecimento, ou fontes naturais, como incêndios florestais. Os fogões a gás e os fumos de cigarro são as principais fontes de emissões de CO em espaços interiores. 
Compostos orgânicos voláteis (COV)
	Os compostos orgânicos voláteis (COV) são produtos químicos orgânicos que facilmente evaporam à temperatura ambiente, como ometano, benzeno, xileno, propano e butano. São chamados orgânicos porque contêm o elemento carbono nas suas estruturas moleculares, e são de especial preocupação, pois na presença do sol, sofrem reações fotoquímicas que podem originar ozono ou smog. 
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��
Uma unidade industrial Chinesa.
Partículas Finas ou Inaláveis
	As partículas finas, ou inaláveis, são uma mistura complexa de substâncias orgânicas e inorgânicas, presentes na atmosfera, líquidos ou sólidos, como poeira, fumaça, fuligem,pólen e partículas do solo. O tamanho das partículas está diretamente ligado ao seu potencial para causar problemas de saúde, sendo classificadas de acordo com o seu tamanho: PM10 - partículas com diâmetro equivalente inferior a 10μm, e PM 2,5, para partículas com diâmetro equivalente inferior a 2,5μm. As fontes primárias mais importantes destas substâncias são o transporte rodoviário (25%), processos de não-combustão (24%), instalações de combustão industriais e processos (17%), combustão comercial e residencial (16%) e o poder público de geração (15%). As partículas com menos de 10 micrometros (μm) de diâmetro podem penetrar profundamente no pulmão e causar sérios danos à saúde. 
Poluentes tóxicos
	Os poluentes atmosféricos tóxicos, são os poluentes que são conhecidos ou suspeitos de serem uma séria ameaça para a saúde humana e o ambiente. Na lista de poluentes tóxicos, constam dioxinas, amianto, tolueno e metais como cádmio, mercúrio, cromo e compostos de chumbo. A exposição a poluentes tóxicos podem produzir vários efeitos a curto prazo e, ou efeitos crônicos, a longo prazo. Os efeitos agudos incluem irritação dos olhos, náuseas, ou dificuldade em respirar, enquanto os efeitos crônicos incluem danos aos sistemas respiratório e nervoso, defeitos de nascimento, efeitos reprodutivos e cancro. O tipo e a gravidade do efeito é determinado pela toxicidade do poluente, a quantidade de poluentes, a duração e a frequência de exposição, e da saúde geral e nível de resistência ou susceptibilidade da pessoa exposta. 
3.1.2 Fontes de poluição
	As fontes de poluição atmosférica são variadas e classificadas como antropogênicas ou naturais, dependendo das causas das suas emissões, ou de acordo com a sua especificidade e dispersão territorial e temporal.
	Tipo de fonte
	Exemplos
	Antropogênicas
	Poluição gerada por carros, fábricas, aerossóis, produção de energia, evaporação de químicos voláteis, emissão de poeiras como se verifica nas industrias madeireiras e de extração mineira
	Naturais
	Emissões provenientes de vulcões, furneiras, metanos emitidos naturalmente por animais, fumos e fuligem de incêndios florestais, libertação de compostos radioativos por rochas, como no caso do rádon.
	Tipo de fonte
	Descrição
	Fontes estacionárias
	Emissões provenientes de fontes fixas, como centrais elétricas e termoelétricas, instalações de produção,incineradores, fornos industriais e domésticos, aparelhos de queima e fontes naturais como vulcões, incêndios florestais ou pântanos.
	Fontes móveis
	Emissões provenientes de fontes em movimento, como o Tráfego rodoviário, aéreo, marítimo e fluvial, incluindo as emissões sonoras e térmicas.
	Fontes em área
	Fontes localizadas numa área especifica, sendo que no caso de emissões difusas, com uma distribuição homogênea. São exemplo os grandes complexos industriais, que ocupam uma determinada área.
	Fontes em linha
	Associada a fontes móveis. Os veículos automóveis, por exemplo, são uma fonte móvel, contudo ao longo de vias rodoviárias constituem uma fonte em linha.
	
Fontes pontuais
	Casos especiais de fontes emissoras, cuja análise e tratamento apresenta particularidades especificas, como no caso da chaminé de uma central térmica, os incêndios florestais ou as erupções vulcânicas podem ser consideradas como fonte pontual, pois são limitadas no tempo.
3.1.3 CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
O Smog
 	As condições geográficas e meteorológicas também são muito importantes para o agravamento ou diminuição do efeito da poluição do ar.
	 “Smog” define-se como uma combinação de fumo e de nevoeiro em áreas urbano-industriais.
	O Smog surge em situações de nevoeiro, a sua formação é favorecida pelos focos de poluição, que aumentam o número de núcleos de condensação (poeiras ou partículas diversas) na atmosfera saturada ou quase saturada.
	As consequências do Smog são:
-  A inversão térmica, ou seja, o aumento da temperatura durante o dia, e em condições de grande arrefecimento noturno.
-  O Smog provoca diretamente nas pessoas asma, bronquite, problemas respiratórios e cardíacos.
- A concentração de fumos à superfície.
	Algumas cidades que sofreram o Smog:
-         Los Angeles, é uma cidade que sofre grandes problemas de contaminação pelo smog.
-         Londres, foi onde ocorreu a situação mais grave, no ano de 1952, devido à conjugação de vários fenómenos meteorológicos.
 
As Chuvas Ácidas
 	As chuvas ácidas formam-se coma libertação de dióxido de enxofre e de óxido de azoto (provenientes de fábricas e automóveis) para a atmosfera. Esses gases que foram libertados para a atmosfera são levados pelos ventos para as nuvens.
	A combinação destes gases com o oxigênio e o vapor de água contido nas nuvens, dá origem a ácido sulfúrico e ácido nítrico, ou seja, formam-se as chuvas ácidas.
	Com a precipitação, as chuvas ácidas originam  a acidificação dos solos, que vai prejudicar a agricultura e as espécies de árvores e plantas que vão nascer. Outra consequência é a destruição da vegetação e a contaminação da água, que é muito prejudicial para a vegetação assim como para os animais.
	As chuvas ácidas embora afetem mais as regiões industrializadas da América do Norte (EUA e Canadá) e da Europa (Alemanha , Áustria, Polônia, República Checa, Escandinávia), devido à emissão de dióxido de enxofre e à queima de petróleo e carvão,são um problema global visto que os ventos transportam as partículas poluentes.
 
O Efeito de Estufa
 
	Uma das consequências da poluição atmosférica é o Efeito de Estufa. O sol é constituído por radiações ultravioletas, infravermelhos, entre outras que atravessam a atmosfera, mas nem todas chegam à superfície, pois a mesma absorve, difunde e reflete parte dessa radiação (função de filtro).
	A crescente emissão de dióxido de carbono é prejudicial, pois o CO2 permite a passagem da radiação solar para  terra mas depois funciona como uma barreira, não deixando sair o calor que é refletido pela superfície terrestre, então o calor fica concentrado formando o Efeito de Estufa.
Este fenômeno atinge mais os países desenvolvidos, por serem os maiores emissores de dióxido de carbono.
Na atualidade as regiões menos desenvolvidas e industrializadas também são afetadas por este problema, devido à queima das florestas tropicais e fenômenos naturais (erupções vulcânicas). Este processo tem duas consequências:
-  O aquecimentoglobal do planeta, o que pode provocar a fusão do gelo das regiões polares e a subida dos oceanos, com a submersão das regiões litorais.
- Alterações climatéricas que poderão acelerar o avanço da dos desertos (desertificação).
 Principais países emissores de gases do efeito estufa:
1. Estados Unidos 45,8%
2. China 11,9 %
3. Indonésia 7,4%
4. Brasil 5,4 %
5. Rússia 4,8%
6. Índia 4,5%
7. Japão 3,1%
8. Alemanha 2,5 %
9. Malásia 2,1%
10. Canadá 1,8%
A destruição da camada de ozônio
 	A existência de ozônio na estratosfera é vital para a Terra, pois absorve grande parte da radiação ultravioleta. O ozônio é assim indispensável, protegendo-nos do excesso de radiação ultravioleta, embora ao nível do solo seja prejudicial para a saúde e para o ambiente.
	A destruição da camada de ozônio provocada pelo cloro origina variações do clima (aquecimento global) e poderá acabar com a vida na terra.
	Tem-se assistido à destruição da camada de ozônio, ou seja, o aumento do “buraco” na camada de ozônio, esta situação é mais preocupante nos polos pois corre-se o risco de derreter os polos, aumentando desta forma o nível médio das águas do mar.
	Atualmente tenta-se substituir os CFC (muito prejudiciais para a camada de ozônio), por outros que não provoquem danos ambientais, pois se a camada de ozônio é destruída será o fim da vida na terra.
 
Alterações Climáticas
	Durante as últimas décadas o homem tem transformado as paisagens e a própria natureza:
 
A poluição atmosférica está conseguindo alterar o clima do planeta
- Aumento do Efeito Estufa
- Aumento Global das temperaturas 
- Degelo das Calotas Polares
-Subida no nível das águas do mar
 
Toda esta cadeia de problemas põe em perigo oplaneta e o próprio homem
e destrói as florestas tropicais.Também tem contribuído para as alterações climáticas e para o avanço dos desertos (desertificação).
 
3.1.4 Principais consequências da poluição do ar na saúde:
Problemas de curto prazo (nos dias de alta concentração de poluentes):
- Irritação nas mucosas do nariz e dos olhos;
- Irritação na garganta (com presença de ardor e desconforto);
- Problemas respiratórios com agravamento de enfisema pulmonar e bronquite;
Problemas de médio e longo prazo (15 a 30 anos vivendo em locais com muita poluição):
- Geração de problemas pulmonares e cardiovasculares;
- Desenvolvimento de cardiopatias (doenças do coração);
- Diminuição da qualidade de vida;
- Diminuição da expectativa de vida (em até dois anos);
- Aumento das chances de desenvolver câncer, principalmente de pulmão;
- Alteração nos níveis de hormônios nos homens e na qualidade do sêmen;
- A inalação de metais pesados, presentes em áreas de muita circulação de veículos, pode provocar doenças do coração, Parkinson , Mal de Alzheimer, e distúrbio de ansiedade.
- Enfraquecimento do sistema imunológico, diminuindo o poder de ação do organismo em combater vírus, bactérias e outros microorganismos.
	As soluções possíveis para estes problemas
 	Os cientistas têm vindo apelar para a intervenção dos governantes e das populações em geral, devido ao agravamento dos problemas relacionados com a atmosfera.
 	Para combater o smog, as chuvas ácidas, o aumento do efeito de estufa, a destruição da camada de ozono e alterações climáticas, foram adoptadas medidas de preservação da Natureza, tais como:
 A redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera;
A utilização de filtros nas chaminés das fábricas;
A promoção de energias alternativas, não poluentes;
 A eliminação da utilização de CFC;
A utilização de tecnologias “limpas”.
A promoção da reciclagem;
 A reutilização de determinados produtos, por exemplo a utilização de garrafas de vidro em substituição das de plástico descartáveis;
A redução na utilização de determinados produtos mais poluentes, como o plástico.
3.2 POLUIÇÃO AQUÁTICA	
A poluição das águas gera efeitos dramáticos em todo o ecossistema
A questão da disponibilidade de água de qualidade é muito séria já que, basicamente, todos os organismos vivos são dependentes da água, mesmo que de forma indireta. Assim, o desperdício é apenas um dos fatores que fazem com que esta temática seja motivo de preocupação no que se diz respeito à manutenção da vida, a médio e longo prazo.
	O lançamento de detritos na água de rios e oceanos e a contaminação dos lençóis freáticos por componentes orgânicos oriundos do chorume de lixo e cemitérios; vinhoto resultante da fabricação do açúcar e do álcool; vazamento de tanques de armazenamento subterrâneo de gasolina; agrotóxicos e fertilizantes; rejeitos e aterros industriais, dentre outros, são alguns fatores que comprometem a qualidade da água. O uso da água para resfriar equipamentos de indústrias e usinas, como as termelétricas, sendo liberadas novamente no ambiente, também gera impactos significativos, já que muitos organismos são sensíveis a este aumento da temperatura (em torno de 15° C).
	A industrialização, aliada à nossa forma de consumo, fez com que, por exemplo, nos habituássemos ao uso dos plásticos e detergentes em nosso dia a dia. Formando camadas que bloqueiam a passagem da energia solar e oxigênio, comprometem todo um sistema complexo de relação entre os organismos. Além disso, a asfixia de animais com esses polímeros e a permeabilização das penas das asas de determinadas aves são outras consequências visíveis.
	O aumento da disponibilidade de nutrientes na água causada, por exemplo, pelo lançamento de esgoto, promove algo parecido com o que foi dito anteriormente: o excesso de nutrientes permite um aumento significativo de algas e cianobactérias, com consequente redução de oxigênio e bloqueio da luz solar em razão da presença destas na superfície. Nessas condições, plantas enraizadas passam a ter dificuldade para efetuar a fotossíntese, prejudicando seu crescimento; e animais não resistem à falta de oxigênio e alimento. Com a morte desses organismos, bactérias e seres bentônicos se proliferam, utilizando o pouco oxigênio restante e, ainda, alguns liberando toxinas. Esse fenômeno é conhecido por eutrofização.
	Além desse fator, o despejamento de esgoto elimina na água uma série de patógenos, comprometendo a saúde do ambiente e de quem tem contato ou ingere essa água ou os alimentos que nela vivem.
3.2.1 PRINCIPAIS POLUENTES DA ÁGUA	
- Resíduos e detritos - o lixo sólido na água impossibilitam a entrada de luz, causando a morte nas plantas aquáticas. Assim, o oxigênio dissolvido na água irá diminuir, o que pode comprometer a sobrevivência dos outros seres vivos;
- Produtos químicos - como ácidos, adubos, pesticidas e detergentes, são lançados na água, provocando a sua poluição. Os acidentes com petroleiros ou a limpeza dos seus tanques deitam ao mar grandes quantidades de petróleo, o que dá origem às chamadas marés negras. Como resultado, as praias ficam poluídas e morrem muitos peixes e aves;
- Matéria orgânica - é formada pelos detritos que constituem os esgotos de habitações, de criação de gado e também de algumas indústrias: lacticínios, azeite, têxteis e papel. A decomposição desta matéria orgânica em excesso esgota o oxigênio dissolvido na água, causando a morte dos seres vivos aquáticos;
- Aquecimento das águas - as águas usadas para refrigeração nas indústrias saem aquecidas para o exterior. Este desequilíbrio na temperatura pode provocar a morte de alguns seres vivos e o desenvolvimento exagerado de outros.
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Causas da poluição da água (poluentes)
3.2.2 Classificação das Fontes Poluidoras
- Fontes tópicas (localizadas): São identificadas e controladas mais facilmente do que as difusas (dispersas), cujo controlo eficiente é ainda um desafio.
- Fontes difusas (dispersas): São identificadas pelas zonas que se encontram afastadas das fontes aquáticas, como, as zonas urbanas, zonas residenciais, industriais, pecuárias, agrícolas e casas rurais. Essas zonas causampoluição na água, através dos esgotos domésticos e hospitalares, explorações pecuárias, explorações agrícolas, minas e centrais energéticas, erosão e transportes de sedimentos e efluentes industriais.
3.2.3 Consequências da poluição das águas
-Marés vermelhas
	Em alguns casos, a eutroficação pode levar à grande proliferação de dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), causando o fenômeno conhecido como maré vermelha, devido à coloração que os dinoflagelados conferem à água. As marés vermelhas causam a morte de milhares de peixes, principalmente porque os dinoflagelados competem com eles pelo oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na água.
-Reaproveitamento dos esgotos
	A melhor solução para o problema dos esgotos é seu reaproveitamento. Eles devem ser tratados de modo que os micro-organismos sejam mortos, e as impurezas, eliminadas. A água proveniente de esgotos, uma vez removidas as impurezas, pode ser reaproveitada. Os resíduos semissólidos, resultantes do tratamento dos esgotos, podem ser utilizados como fertilizantes, enquanto o gás metano, produzido pela putrefação da matéria orgânica, pode ser utilizado como combustível.
O problema dos resíduos industriais e agrícolas
	O lançamento de resíduos industriais nas águas constitui um sério problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergentes, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática. Outras formas de poluição se caracterizam pelas queimadas e lixo em locais indevidos.
- Poluição por mercúrio
Um problema que vem atingindo proporções preocupantes em certas regiões brasileiras, particularmente na Amazônia, é o da poluição dos rios pelo mercúrio. Esse metal é utilizado pelos garimpeiros para a separação de ouro de minério bruto. Grandes quantidades de mercúrio, lançadas nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenam e matam diversas formas de vida. Peixes envenenados pelo metal, se consumidos pelo homem. Podem causar sérios danos ao sistema nervoso.
-Poluição por fertilizantes e agrotóxicos
	O desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição das águas. Fertilizantes sintéticos e agrotóxicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas), usados em quantidades abusivas nas lavouras, poluem o solo e as águas dos rios, onde intoxicam e matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
3.2.4 PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS DA POLUIÇÃO AQUÁTICA NA SAÚDE
	A água poluída pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde humana, tais como: febre tifóide, cólera, disenteria, meningite e hepatites A e B.
	Pode ser igualmente por vetores de contaminação por  doenças  transportadas por mosquitos, como paludismo,  dengue,  malária,  doença do sono,  febre amarela. Pode conter parasitas como verminoses, enquanto a escasses da água pode gerar ou potenciar doenças como a lepra,tuberculose, tétano e difteria. 
	As águas poluídas por efluentes líquidos industriais podem causar contaminação por metais pesados que geram tumores hepáticos e de tiróide, alterações neurológicas, dermatoses, rinites alérgicas, disfunções gastrointestinais, e hepáticas. No caso de contaminação por mercúrio, podem ocorrer anúria e diarreia sanguinolenta.
	A dengue é uma doença que se propagam somente na água. Porém, essa água tem que estar parada e limpa para a criação do inseto. 
3.2.5 Controle dos níveis de poluição 
Água para consumo humano
	A Purificação da água é o processo de remoção de contaminantes químicos e biológicos da água bruta. O objetivo é produzir água própria para uma finalidade específica, sendo que a maior parte da água é purificada para consumo humano, mas pode ser concebido para uma variedade de outros fins, inclusive para atender às exigências da medicina, farmacologia, química e aplicações industriais. Em geral, os métodos utilizados incluem processo físico, como a filtração e sedimentação, processos biológicos, tais como filtros de areia lento ou lodos activados, processo químico, como a floculação e cloração e a utilização de radiação electromagnética, como a luz ultravioleta.21 22
Águas residuais
	O tratamento de efluentes residenciais, ocorrem nas ETAR's (Estações de Tratamento, onde se procede à eliminação de contaminantes de águas residuais de origem doméstica, ou as provenientes da Escorrência superficial, maioritariamente água da chuva. O processo inclui operações físicas, químicas e processos biológicos para remover físicos, químicos e biológicos contaminantes, com o objetivo de reduzir a carga de poluentes. Numa ETAR as águas residuais passam por vários processos de tratamento com o objetivo de separar ou diminuir a quantidade da matéria poluente da água. 
	
Tratamento de efluentes Industriais
	O Tratamento de Efluentes Industriais abrange os mecanismos e processos utilizados para o tratamento de águas que foram contaminadas, de alguma forma por antropogénicas atividades industriais ou comerciais antes da sua libertação no ambiente ou a sua reutilização. Geralmente os efluentes possuem altas concentrações de poluentes convencionais como óleo ou graxa, poluentes tóxicos, como por exemplo, metais pesados, compostos orgânicos voláteis, ou outros poluentes, como amônia, precisam de tratamento especializado. Algumas destas instalações pode instalar um pré-tratamento para eliminar o sistema de componentes tóxicos e, em seguida, enviar os efluentes pré-tratados para o sistema municipal.
3.2.6 SOLUÇÕES
	Com o objetivo de buscar soluções para os problemas dos recursos hídricos da Terra, foi realizado no Japão, em março de 2003, o III Fórum Mundial de Água. Políticos, estudiosos e autoridades do mundo todo aprovaram medidas e mecanismos de preservação dos recursos hídricos. Estes documentos reafirmam que a água doce é extremamente importante para a vida e saúde das pessoas e defende que, para que ela não falte no século XXI, alguns desafios devem ser urgentemente superados: o atendimento das necessidades básicas da população, a garantia do abastecimento de alimentos, a proteção dos ecossistemas e mananciais, a administração de riscos, a valorização da água, a divisão dos recursos hídricos e a eficiente administração dos recursos hídricos.
	Embora muitas soluções sejam buscadas em esferas governamentais e em congressos mundiais, no cotidiano todos podem colaborar para que a água doce não falte. A economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada cidadão. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer drásticas consequências num futuro pouco distante.
	Dicas de economia de água: Feche bem as torneiras, regule a descarga do banheiro, tome banhos curtos, não gaste água lavando carro ou calçadas, reutilize a água para diversas atividades, não jogue lixo em rios e lagos, respeite as regiões de mananciais.
	Dicas para ajudar a diminuir a poluição das águas: não jogar lixos em rios, praias, lagos, etc. Não descartar óleo de fritura na rede de esgoto. Não utilizar agrotóxicos e defensivos agrícolas em áreas próximas à fontes de água. Não lançar esgoto doméstico em córregos. Não jogar produtos químicos, combustíveis ou detergentes nas águas.
3.3 POLUIÇÃO SONORA
	A poluição sonora refere-se ao efeito danoso provocado por sons em determinado volume que supera os níveis considerados normais para os seres humanos. Pode-se, contudo, assumir outros parâmetros de análise para esse tipo de poluição, tomando como base o impacto dos ruídos dos motores de embarcações na comunicação de cetáceos, o estouro de rojões para animais como bovinos, cães e gatos ou mesmo a interferência de ruídos urbanos da comunicação das aves.1 Diferentemente de outros tipos de poluição, a poluição sonora não deixa resíduo, possui um menor raio de ação, não é transportada através de fontes naturais e é percebida somente por um sentido: a audição. Tudo isso faz com que muitos subestimem seus efeitos, aindaque ela possa trazer graves danos à saúde humana e de outros animais.
	O som é definido como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga de forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos. Sons de qualquer natureza podem se tornar prejudiciais à saúde ou mesmo insuportáveis quando emitidos em grande volume e, nesses casos, diz-se que determinado som possui nível elevado de pressão sonora, ou elevada intensidade. O termo ruído, por sua vez, pode ser utilizado em vários contextos. É algo inoportuno, indesejável, que pode prejudicar a percepção de um sinal ou gerar desconforto. Trata-se de um atributo qualitativo, não quantitativo. Quantitativamente mede-se, no caso de um determinado som, o seu nível de pressão sonora.
	Fala-se de ruído na comunicação quando existe qualquer fator externo à fonte emissora e receptora que prejudique a compreensão de uma mensagem. Quando se faz referência a um factor interferente sonoro, o termo barulho é mais adequado. A sensibilidade a sons intensos pode variar de pessoa para pessoa. O ruído sonoro, em geral, é o som prejudicial à comunicação. Pode ser constituído por grande número de vibrações acústicas com relações de amplitude e fase muito altas, o que torna o seu nível de pressão sonoro bastante elevado prejudicando assim os seres vivos em geral. A perda da audição é o efeito mais frequentemente associado a qualquer som, seja ele ruidoso ou não, musical ou não, que possua níveis elevados de pressão sonora, ou seja, que ultrapasse os limites de tolerância cientificamente já estabelecidos para o ouvido humano, para a maioria das pessoas, de formagaussiana. Esses limites de tolerância estão explicitados em diversas tabelas que relacionam os níveis de pressão sonora de sons, ruidoso ou não, e o tempo em que, sendo ultrapassado por alguém que se exponha ao mesmo, se poderá sofrer lesões auditivas.
 	Entende-se por exposição o contacto de forma desprotegida a determinados níveis de pressão sonora por tempo e dose suficientes para provocar a lesão auditiva (quando são ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos). Tal fato dá-se quando "de forma desprotegida" porque entende-se que alguém que esteja protegido (usando protetores auditivos corretamente dimensionados ao risco auditivo, que é determinado através de medições conhecidas como dosimetrias) não estará em exposição ao agente agressor, (no máximo encontrar-se-á em risco de exposição).
	Esta situação está presente em várias atividades da vida diária em que o contato com sons intensos, de forma desprotegida, voluntária (ex.:uso de equipamentos de música amplificada) ou involuntária (poluição sonora com altos níveis de pressão sonora).
	Tecnicamente, não só o ruído como qualquer som, quer tenha significado ou não, quer contenha mensagem ou não, possui uma determinável quantidade de energia que pode ser proveniente de processos ou atividades e que se propaga pelo ambiente em forma de ondas, desde a fonte produtora até o ouvido do receptor a velocidade determinável e variando sua intensidade e pressão na dependência da distância e do meio físico.
	A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que um som deve ficar em até 50 db (decibéis – unidade de medida do som) para não causar prejuízos ao ser humano. A partir de 50 db, os efeitos negativos começam. Alguns problemas podem ocorrer a curto prazo, outros levam anos para serem notados.
	Exemplo de alguns sons considerados como ruídos simples do nosso dia-a-dia e seu nível sonoro em decibéis (dB). A partir do nível de pressão sonora de 85 dB são potencialmente danosos aos ouvidos, se o contacto com esses sons, sejam eles ruidosos ou não, durar mais de 480 minutos (8 horas):
-o ruído de uma sala de estar chega a 40dB;
-um grupo de amigos conversando em tom normal chega a 55dB;
o ruído de um escritório chega a quase 64dB;
-um caminhão pesado em circulação chega a 74dB;
-em creches foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB;
-o tráfego de uma avenida de grande movimento pode chegar aos 85dB;
-trios elétricos num carnaval fora de época tem em média de 110 dB;
-o tráfego de uma avenida com grande movimento em obras com britadeiras até 120dB;
-bombas recreativas podem proporcionar até 140dB;
-discoteca a intensidade sonora chega até 130dB.
-um estádio cheio de vuvuzelas pode chegar até 140dB
3.3.1 PRINCIPAIS POLUENTES SONOROS E SUAS FONTES
	O som é um fenômeno físico ondulatório periódico, resultante de variações da pressão num meio elástico que se sucedem com regularidade. O som pode ser representado por uma série de compressões e rarefações do meio em que se propaga, a partir da fonte sonora. Não há deslocamento permanente de moléculas, ou seja, não há transferência de matéria, apenas de energia.
	Uma boa analogia é a de uma rolha flutuando em um tanque de água. As ondas da superfície da água se propagam e a rolha apenas desce, sem ser levada pelas ondas.
	Ruído é "qualquer sensação sonora indesejável". Há quem vá além, que considera o ruído como "um som indesejável que invade nosso ambiente, ameaçando nossa saúde, produtividade, conforto e bem-estar". A ação perturbadora do som depende:
· De suas características, como intensidade e duração;
· Da sensibilidade auditiva, variável de pessoa para pessoa;
· Da necessidade de concentração, como estudar;
· Da fonte causadora, que pode ser atrativa, como uma discoteca.
Ruído nas Ruas
	O trânsito é o grande causador do ruído na vida das grandes cidades. As características dos veículos barulhentos são o escapamento furado ou enferrujado, as alterações no silencioso ou no cano de descarga, as alterações no motor e os maus hábitos ao dirigir - acelerações e freadas bruscas e o uso excessivo de buzina.
	Nas principais ruas da cidade de São Paulo, os níveis de ruído atingem de 88 a 104 decibéis. Isto explica por que os motoristas profissionais são o principal alvo de surdez adquirida. Nas áreas residenciais, os níveis de ruído variam de 60 a 63 decibéis - acima dos 55 decibéis estabelecidos como limite pela Lei Municipal de Silêncio.
Ruído nas Habitações
	Condicionadores de ar, batedeiras, liquidificadores, enceradeiras, aspiradores, máquinas de lavar, geladeiras, aparelhos de som e de massagem, televisores, secadores de cabelo e tantos outros eletrodomésticos que podem estar presentes numa mesma residência, funcionando simultaneamente e somando seus indesejáveis decibéis.
Ruído nas Indústrias
	É dos mais importantes o papel da indústria na poluição sonora. Depois da Primeira Grande Guerra, foi que se verificou o aumento das doenças profissionais, notadamente a surdez, além do aparecimento de outras moléstias, devidas ao desenvolvimento espantoso trazido pelo surto industrial.
	Em alguns países europeus, como a Suécia e a Alemanha, onde os dados estatísticos retratam fielmente a realidade, é impressionante o número de operários que, nas indústrias, devido ao ruído, vêm sofrendo perda de audição.
	Visando a proteção dos trabalhadores das fábricas, em 1977 os Estados Unidos estabeleciam o ruído máximo de 90 dB para a duração diária de 8 horas. Verificou-se com a adoção desse limite, um quinto dos operários ficava sujeito a deficiências auditivas. Por isso a Holanda e outros países baixaram o limite para 80 dB.
Ruído dos Aviões
	A partida e a chegada de aviões a jato são acompanhadas de ruídos de grande intensidade que perturbam sobremaneira os moradores das imediações.
3.3.2 CONSEQUENCIAS DA POLUIÇÃO SONORA
-Efeitos na audição do homem
	A capacidade auditiva de um indivíduo pode limitar-se a 60%. Todavia, por ser ele ainda capaz de ouvir a própria voz e certos barulhos rotineiros, não se preocupa com a surdez. A perda total de audição pode acontecer se a pessoa fica sujeita diariamente, durante 8 horas seguidas, a sons com intensidade superior a 85 dB, como os registradores em discotecas fábricas de armamentos e aeroportos.
	Oruído de 140 dB pode destruir totalmente o tímpano, provocando o que se denomina "estouro do tímpano".
	Quando o nível de ruído atinge 100 dB pode causar o "trauma auditivo" e a consequente surdez. Ao nível de 120 dB, além de lesar o nervo auditivo, provocam, no mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do nervosismo.
-Limites de intensidade
	Ruído com intensidade de até 55 dB não causa nenhum problema.
	Ruídos de 56 dB a 75 dB pode incomodar, embora sem causar malefícios à saúde.
	Ruídos de 76 dB a 85 dB pode afetar a saúde, e acima dos 85 dB a saúde será afetada, a depender do tempo da exposição. Uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após 2 anos, problemas auditivos.
-Surdez Profissional
	Sua ocorrência depende de características ligadas ao homem (hospedeiro), ao meio e ao agente (barulho). Para que ocorram casos de surdez profissional, é necessário que haja uma exposição considerável ao ruído, isto é, a exposição a níveis elevados durante um longo período, sendo dois fatores interligados.
As perdas auditivas causadas pelo barulho excessivo podem ser divididas em três tipos:
-Trauma Acústico
	Embora esta denominação seja polêmica, adota-se o conceito de trauma acústico como sendo a perda auditiva de instalação repentina, causada pela perfuração do tímpano, acompanhada ou não da desarticulação dos ossículos do ouvido médio, ocorrida geralmente após a exposição a barulhos de impacto, de grande intensidade (tiro, explosão, etc.), com grandes deslocamentos de ar.
-Surdez temporária
	Também conhecida como mudança temporária do limiar de audição, ocorre após uma exposição a um barulho intenso, por um curto período de tempo.
-Surdez permanente
	A exposição repetida dia após dia, a um barulho excessivo, pode levar o indivíduo a uma surdez permanente.
Obs.: É importante lembrar que um fator de grande importância, em qualquer tipo de perda de audição, é a suscetibilidade individual. Indivíduos que se encontram num mesmo local ruidoso podem se comportar de maneira diferente. Alguns são extremamente sensíveis ao ruído e outros parecem não ser atingidos pelo mesmo. Deve ser considerado que há perda natural de audição com a idade. (presbiacusia)
3.3.3 Efeitos na saúde
- Reações generalizadas ao stress
	A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que o início do estresse auditivo se da sob exposições dá 55 dB.
-Reações físicas
	Os ruídos aumentam a pressão sangüínea, o ritmo cardíaco e as contrações musculares. São capazes de interromper a digestão, as contrações do estômago, o fluxo da saliva e dos sucos gástricos.
	Provocam maior produção de adrenalina e outros hormônios, aumentando, no sangue, o fluxo de ácidos graxos e glicose. No que se refere ao ruído intenso e prolongado ao qual o indivíduo habitualmente se expõe, resultam mudanças fisiológicas mais duradouras, até mesmo permanentes, incluindo desordens cardiovasculares, de ouvido-nariz-garganta e, em menor grau, alterações sensíveis na secreção de hormônios, nas funções gástricas, físicas e cerebrais.
	Em casos de estresse crônico (permanente) nos trabalhadores, tem sido constatado efeitos psicológicos, distúrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléias, irritabilidade, instabilidade emocional, redução da libido, ansiedade, nervosismo, hipertensão, perda de apetite, sonolência, insônia, aumento de prevalência da úlcera, distúrbios vitais, consumo de tranquilizantes, perturbações labirínticas, fadiga, redução de produtividade, aumentos dos números de acidentes, de consultas médicas e do absenteísmo.
- Alterações mentais e emocionais
	As reações na esfera psíquica dependem das características do agente, do meio, e das condições emocionais do hospedeiro, no momento da exposição. As reações podem manifestar-se através de irritabilidade, ansiedade, excitabilidade, desconforto, medo, tensão e insônia.
-Efeitos sobre o rendimento no trabalho
	Tem sido observado que em certos tipos de atividades, como as de longa duração e que requerem contínua e muita atenção, um nível acima de 90 dB afeta desfavoravelmente a produtividade, bem como a qualidade do produto
	Calcula-se que um indivíduo normal precisa gastar aproximadamente 20% de energia extra para realizar uma tarefa, sob efeito de um ruído perturbador intenso.
-Efeitos sobre a comunicação
	Um dos efeitos do barulho facilmente notado é sua influência sobre a comunicação oral.
	O barulho intenso provoca o mascaramento da voz. Este tipo de interferência atrapalha a execução ou o entendimento de ordens verbais, a emissão de avisos de alerta ou perigo e pode ser causa indireta de acidentes.
	Para acontecer que um operário não entenda bem as instruções essenciais para o funcionamento adequado de certo equipamento e, em consequência sofra um acidente. Pode também ocorrer o caso de impossibilidade de avisar uma pessoa prestes a se acidentar. Em locais com muito ruído há, muitas vezes o problema de interferência com os sinais de alarme, o que pode ocasionar sérios acidentes.
-Efeitos dos ruídos em plantas e animais
	Segundo os zoólogos, as maiores dificuldades de adaptação dos animais ao cativeiro decorrem principalmente do barulho artificial das grandes cidades.
	Por outro lado, comprova-se que nos locais de muito ruído é mais acentuada a presença de ratos e baratas, agentes potenciais de transmissão de doenças.
	As vibrações sonoras produzidas por motores de avião provocam a mudança de postura das aves e diminuição de sua produtividade.
	Pesquisadores dos EUA, estudando os efeitos do ruído sobre as plantas, fizeram uma experiência com as do gênero Coleus, possuidoras de grandes folhas coloridas e flores azuis. Doze dessas plantas, submetidas continuamente ao ruído de 100 dB, após seis dias apresentaram a redução de 47% em seu crescimento por causa, segundo os cientistas, da estridência persistente, que as fez perder grande quantidade de água através das folhas.
-Efeitos sobre a aprendizagem 
	A preocupação com o meio ambiente, a saúde e a qualidade de  vida é temática que tem ocupado espaço no seio da Sociedade. A poluição sonora tem se tornando um problema sério,exigindo   atitudes  e meios   de  controle  que  minimizem   seus  efeitos.  A  exposição   ao  ruído ocupacional  em  sala  de  aula  pode  trazer prejuízos à saúde auditiva e interferir diretamente no rendimento  físico  e mental do profissional, diminuindo seu ritmo de trabalho e dificultando o processo de ensino­aprendizagem dos alunos. 
	O fato de terem de se esforçar e, às vezes, nem assim conseguirem escutar direito o que os professores dizem é apenas um dos elementos que levam os alunos a perderem a concentração. Os sons do mundo lá fora são um forte atrativo que acaba provocando a troca constante do foco de atenção dos alunos. "Se 10 pessoas gritam 'gol', é natural que os alunos queiram saber de quem foi o gol e, aí, param de ouvir o professor", exemplifica João Gualberto Baring, professor de acústica da Universidade de São Paulo e coordenador da Comissão de Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre Desempenho Acústico de Edificações.
	Além disso, o excesso de ruído funciona como um estimulante, contribuindo para a agitação dos alunos. Diversos estudos comprovam que pessoas expostas a muito barulho apresentam altos índices de cortisol e adrenalina no organismo, hormônios relacionados ao estresse.
	Estudos do escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam ainda que a exposição a ruídos de fundo entre 55 e 65 decibéis resulta em uma perda de 20% da capacidade cognitiva. Acima de 75 decibéis, essa perda ficaria entre 70% e 85%. O relatório também mostra que ruídos mais constantes, como o de automóveis em uma autoestrada, podem ser menos prejudiciais do que os mais fortes, como o de aviões passando. Perdas na capacidade de memorização e compreensão da leitura, entretanto, ocorrem em qualquer situação.
	O ruído intenso e ininterruptocausa tensão nervosa que, a longo prazo, pode ocasionar de surdez até os mais graves distúrbios neuropsíquicos, sem contar os riscos de hipertensão e enfarte; também reduz as resistências físicas do homem e inibe a concentração mental, criando estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular.
	Segundo   OITICICA   &  GOMES   (2004),   maior   atenção   deve   ser   dada   aos   espaços educacionais,   exigindo­se  um melhor  controle  das  condições  acústicas  das  salas  de  aula, colaborando  para  a  redução  do  nível de estresse do Professor, pois a redução dos níveis de pressão  sonora  possibilitam uma melhor desempenho de Professores e discentes, resultando em maior objetividade das atividades de ensino­aprendizagem desenvolvidas  na sala de aula.
3.3.4 Prevenção
	A principal medida para se prevenir dos efeitos da poluição sonora se configura, num primeiro momento, na imediata redução do ruído e demais sons poluentes na fonte emissora. Pode-se ainda reduzir do período de exposição e, quando isso não for possível, neutralizar do risco pelo uso de proteção adequada (em geral, com o uso de protetores auriculares) A longo prazo, a principal medida é a educação da população, a fim de que todos possam ter ciência dos danos gerados pela vida numa sociedade onde o barulho é gerado de forma indiscriminada. No caso de bares, shows e festas, por exemplo, caberia manter o som em um volume adequado.
3.3.5 Soluções Possíveis 
- Conscientização da população com o barulho, principalmente de buzinas, perto de hospitais, igrejas, escolas, asilos, hospícios, etc.
- Fiscalização próxima de órgãos públicos para que não ocorra barulho.
- Projetos para reeducar a população e para educar as crianças desde cedo.
- Respeitar o projeto PSIU ( Programa de Silêncio Urbano).
- Incluir forro acústico em casas noturnas como: bares, baladas, pubs e bares. 
- Definir nível máximo de decibéis para casas noturnas. 
3.3.6 Soluções Possíveis para Sala de Aula
	Para cada projeto é preciso analisar as condições do ambiente onde a escola está ou será construída. Ainda assim, algumas recomendações são válidas:
- Considerar barreiras que abafem o som da rua 
- Garantir distância das salas para as quadras e pátio
- Evitar construções em U, com as salas construídas num semicírculo em volta da quadra ou pátio
- Evitar janelas com abertura para o pátio ou o corredor
- Preferência por móveis com pés emborrachados
- Materiais que absorvam transmissão dos sons
Reforma
- Microfones aumentam a competição com os ruídos externos
- Janelas fechadas e vidros duplos exigem gastos com ar-condicionado e cuidados na instalação para que não gerem mais ruídos
- Mudanças no forro e nas paredes podem reduzir parte das interferências, mas materiais inapropriados podem deteriorar construção 
	
3.4 POLUIÇÃO VISUAL
	Dá-se o nome de poluição visual ao excesso de elementos ligados à comunicação visual(como cartazes, anúncios,  propagandas,  banners,  totens, placas, etc) dispostos em ambientes urbanos, especialmente em centros comerciais/shoppings centers e de serviços. Acredita-se que, além de promover o desconforto espacial e visual daqueles que transitam por estes locais, este excesso enfeia as cidades modernas, desvalorizando-as e tornando-as apenas um espaço de promoção do fetiche e de trocas comerciais. Acredita-se que o problema, porém, não é a existência da propaganda, mas o seu descontrole.
	Também é considerada poluição visual algumas atuações humanas sem estar necessariamente ligada a publicidade tais como o grafite, pichações, fios de eletricidade e telefônicos, as edificações com falta de manutenção, o lixo exposto não orgânico, e outros resíduos urbanos.1
	Normalmente, ela se soma aos outros tipos de poluição: do ar, das águas e a luminosa, principalmente com esta última.
	Apesar de tantos transtornos gerados pela poluição visual, poucas providências são tomadas para solucionar esse problema. Um dos motivos é que a própria população muitas vezes não percebe os prejuízos e a agressão causados por esse processo. 
	
	Diferentemente dos outros tipos de poluição, como atmosférica, das águas, do solo e sonora, que geram problemas mais perceptíveis, a poluição visual gera transtornos, principalmente psicológicos, que muitas vezes não são notados pelas pessoas. 
	Políticas Públicas devem ser criadas com o objetivo de solucionar o problema da poluição visual. Alguns municípios aplicam normas que proíbem a excessiva quantidade de anúncios espalhados pela cidade, determinando que lojas e outros pontos comerciais adequem suas fachadas de forma que proporcionem um local agradável para a população que transita por esses espaços.
3.4.1 Efeitos da poluição visual 
	A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um agente que participa ativamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. A profusão da propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica da cultura de massas pós-moderna.
	Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudam suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao usuário.
3.4.2 Prejuízos 
	Uma das maiores preocupações sobre a poluição visual em vias públicas de intenso tráfego, é que pode colaborar para acidentes automobilísticos. Muitos países possuem legislações específicas para controle de sinalizações em diversas categorias de vias.2Alguns psicólogos também afirmam que os prejuízos não se restringem à questão material mas atingiriam também a saúde mental dos usuários, na medida em que sobrecarregaria o indivíduo de informações desnecessárias. 
3.5 POLUIÇÃO RADIOATIVA
	A poluição radioativa ocorre quando há o aumento dos níveis naturais de radiação através da utilização de elementos radioativos naturais ou artificiais.
	O uso de radiação para os mais diversos fins tem se intensificado nas últimas décadas, uma vez que esta é uma poderosa fonte de energia. A radiação tem sido utilizada especialmente na medicina, engenharia cicil, indústria armamentista e espacial. Reatores nucleares são utilizados nas usinas nucleares para produção de energia elétrica e térmica.
	Experiências com ogivas atômicas realizadas a vários anos geram grande quantidade de resíduos radioativos, os quais são transportados para a atmosfera e espalham-se pela superfície do planeta, no ar, água e solo, aumentando a radioatividade natural. Explosões nucleares experimentais como as realizadas pela França nos atóis do Indo-Pacífico (Bikini, Muroroa, etc), disponibilizam elevados índices de radiação residual no ambiente marinho, onde são feitos os testes. Mais de quinhentas explosões já foram detonadas nos oceanos, subsolos e na atmosfera nas últimas 3 décadas por países da Europa e dos EUA.
	Tanto na fase de obtenção, purificação e concentração dos combustíveis nucleares (principalmente urânio e tório), como durante a fase de operação de usinas nucleares, grande quantidade de lixo radioativo é produzido. No resfriamento dos reatores utilizam-se água dos mares e rios, a qual é devolvida ao ambiente, contaminada pela radiação e aquecida (poluição térmica).
	Com o aumento do número de reatores nucleares em uso no planeta, a crescente quantidade de resíduos radioativos oriundos dessa atividade já se encontram em situação alarmante. Muitos países recolhem seus resíduos radioativos em containers blindados, lançando-os no oceano, fora dos limites da plataformacontinental, a milhares de metros de profundidade.
	Assim como ocorrem com os pesticidas, poluição industrial e orgânica, os organismos também acumulam e concentram radioatividade nos seus tecidos, muitas vezes em níveis extremamente elevados.
	No oceano as algas podem apresentar uma radioatividade de 1.000 a 5.000 vezes superior à da água circundante. Os animais que se alimentam dessas algas tendem a concentrar ainda mais tais substâncias. Os fatores de bioacumulação variam muito de acordo com o tipo de organismos e de substâncias envolvidas. Os maiores fatores de concentração biológica ocorrem em moluscos em contato com o Zinco 65, Manganês 54, Ferro 32 e Plutônio, podendo atingir a cifra de 10.000 vezes.
	A radiação natural na superfície da Terra está em torno de 100 a 150 mrem (unidade de medida da radiação) por ano, concentração esta considerada inofensiva para o homem, que pode suportar sem perigo aparente até 1000mrem por ano.
	Os oceanos também possuem sua radioatividade natural, gerada principalmente por compostos radioativos como o potássio 40 e o rubídio 87, além dos compostos originados urânio e tório. Nos armamentos nucleares, a fissão e a fusão nuclear gera mais de 200 subprodutos radioativos, cujos efeitos são diversos.
3.5.1 PRINCIPAIS POLUENTES RADIOATIVOS
	Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que, além de apresentar uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado pelo organismo de forma semelhante ao cálcio. (Meia-vida é o intervalo de tempo no qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a capacidade de emitir radiatividade.)
	A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar nos exemplos abaixo:
• iodo 131 - 8 dias;
• iodo 129 - 10 milhões de anos;
• estrôncio 90 - 28 anos.
	Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de leite e ovos contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade emitida pode alterar a atividade da medula óssea na produção de células sangüíneas, com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia ou mesmo a adquirir leucemia. 
	O iodo radiativo (I129; I131), outro perigoso poluente, aloja-se em especial na tireóide, reduzindo-lhe a atividade, além de provocar processos de cancerização nessa glândula). Entende-se por que, depois do vazamento da usina nuclear de Chernobyl (na Ucrânia, república da então União Soviética), em abril de 1986, foi proibido o consumo de leite natural e de determinados legumes não só na área diretamente afetada, mas também em países vizinhos, como a Polônia e a Itália. Muitos europeus, para se defenderem da radiação, passaram a ingerir iodo comum juntamente com a água. Essa substância aloja-se na tireóide, "saturando-a" e diminuindo a possibilidade de concentração de iodo radiativo na glândula. 
	O perigo da radiatividade pôde ser tristemente comprovado no Brasil, em setembro de 1987. Uma bomba de césio (equipamento usado para tratamento de câncer), abandonada nas antigas instalações de uma clínica, no centro de Goiânia, foi aberta a golpes de marreta num ferro-velho. A fonte radiativa, uma pequena pastilha, com pó de césio 137, ficou exposta durante vários dias e foi intensamente manuseada, contaminando mais de duzentos pessoas. Cerca de vinte adoeceram gravemente algumas morreram. Muitas áreas da cidade ficaram contaminadas e várias casas tiveram até de ser demolidas. 
	Os elementos radiativos, entretanto, quando bem manipulados, podem ser muito úteis ao homem. Por exemplo, o césio 137 er o cobalto 60 são muito utilizados em tratamento de tumores cancerosos ou em bombas que se prestam à esterilização de insetos nocivos à agricultura.
3.5.2 FONTES DA POLUIÇÃO RADIOATIVA
- substâncias radioativas naturais: são as substâncias que se encontram no subsolo, e que acompanham alguns materiais de interesse econômico, como petróleo e carvão, que são trazidas para a superfície e espalhadas no meio ambiente por meio de atividades mineratórias;
- substâncias radioativas artificiais: substâncias que não são radioativas, mas que nos reatores ou aceleradores de partículas são “provocadas”.
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3.5.3 Danos causados pela radioatividade
	  Os efeitos ambientais causados pela poluição nuclear ou contaminantes radioativos são os efeitos biológicos, as quais não se referem apenas ao homem, mas a qualquer forma de vida.
	Um dos efeitos ambientais mais marcantes é o que se refere  a  penetração de contaminantes radioativos nas cadeias alimentares. As substâncias radioativas, se introduzidas no meio ambiente, atingindo a cadeia alimentar, apresenta um efeito cumulativo. Pode-se exemplificar com: as algas, que alimentam peixes e armazenam iodo; as plantas do epinociclo acumulam estrôncio e os animais podem acumular diversos contaminantes radioativos em determinados órgãos.
	Na alimentação dos seres humanos, contaminantes radioativos são introduzidos no cardápio diário, como o césio 137, o qual não existia originalmente na natureza, tendo sido encontrado em quantidades anormais no alho e na pimenta preta. Deve-se observar que geralmente no Brasil os vegetais consumidos apresentam atividades devidas ao césio 137 inferiores a 0,01 Bq/Kg. A elevação dessas concentrações deve-se ao fato desses alimentos serem oriundos da porção mais setentrional do Brasil, a qual está mais exposta a poeira radioativa gerada no decorrer de várias décadas de testes nucleares atmosféricos no hemisfério norte.
	Encontra-se, por toda a superfície terrestre radionuclídios artificiais devido a precipitação dos radionuclídios na superfície do planeta, gerado por explosões nucleares. A poeira radioativa artificial, a qual a humanidade atualmente está exposta se deve aos testes nucleares atmosféricos que ocorreram em profusão entre 1952 e 1963.
            Um outro fator de contaminação radioativa trata-se dos acidentes nucleares que têm grandes impactos onde ocorreu. Porém este fato não garante a segurança dos que estão distantes, tendo em vista que os radionuclídios podem ser transportados para o resto do mundo através da comercialização de alimentos contaminados, levando prejuízo a saúde destas populações.
            Os radionuclídeos que se encontram na atmosfera incorporam-se na biosfera, por meio das plantas, do solo e da água, e por diferentes rotas contaminam o ambiente e os alimentos. A incorporação de radionuclídeos na dieta nutricional humana se dá principalmente pelo leite e pela carne.
	É possível perceber então que os efeitos da poluição nuclear nas cadeias alimentares são sentidos em escala global, desconhecendo fronteiras políticas, econômicas e até geográficas.
	Ainda existe a poluição não nuclear provocada pelas operações das usinas nucleoelétricas. Essa poluição é a poluição térmica.Para usinas nucleares típicas são empregados setecentos milhões de litros de água por dia para operação do condensador de vapor no intuito de garantir que a elevação da temperatura no ambiente seja pequena. Tal volume é captado de rios ou lagos artificiais. Mesmo empregando torres de refrigeração a água aquecida que retorna ao ambiente aquático pode provocar efeitos negativos na fauna e flora local.
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criança afetada pela radiação
	O contato contínuo à radiação causa danos aos tecidos vivos, tendo como principais efeitos a leucemia, tumores, queda de cabelo, diminuição da expectativa de vida, mutações genéticas, lesões a vários órgãos etc.
 
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menino vítima de desastre radioativo
3.5.4 As possíveis soluções
	Para se evitarem os efeitos desastrosos da radiação atômica, o lixo atômico deve ser colocado em recipientes extremamente resistentes e de longa duração.
	Esses recipientes podem então ser enterrados em formações geológicas rasas ou profundas, ou ainda estocados em instalações especialmente construídas na superfície da Terra.
	Como, entretanto, essas soluções não são totalmente seguras e não resolvem o problema, pesquisam-se formas dereaproveitar totalmente os resíduos.
	Os defensores do uso da energia nuclear acham que vale a pena correr riscos por esse tipo de energia, especialmente no caso de países onde outras fontes energéticas não são suficientes. Nesse caso, é necessário aumentar a segurança em relação às usinas e ao lixo atômico.
	Outros cientistas, menos otimistas, acham que os benefícios da energia atômica não compensam os riscos que ela representa. Para eles, as usinas poderiam funcionar, mas apenas para pesquisas, em número limitado e não para gerar energia. O melhor, segundo eles, seria concentrar as pesquisas em outros campos, como a energia solar, por exemplo, e aproveitar ao máximo a energia hidrelétrica, em países onde ela é abundante.
	Quando a outras formas de poluição radiativa, podem ser dadas as seguintes recomendações: a nível individual, não assistir televisão em cores muito de perto e limitar o uso de raios X aos casos de grande necessidade. A nível de sociedade, deveriam ser proibidos testes nucleares e o que seria ideal, armas nucleares, mediante acordo entre as superpotências.
3.6 POLUIÇÃO DO SOLO
	A poluição do solo consiste numa das formas de poluição, que afeta particularmente a camada superficial da crosta terrestre, causando malefícios diretos ou indiretos à vida humana, à natureza e ao meio ambiente em geral. Consiste na presença indevida, no solo, de elementos químicos estranhos, como os resíduos sólidos ou efluentes líquidos produzidos pelo homem, que prejudiquem as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
	Existem vários tipos de poluição no solo. Existe poluição do meio urbano e do meio rural. A poluição do meio urbano é mais prejudicial, porque habitam mais pessoas na cidade do que nos campos.
	A contaminação do solo é determinada considerando a presença natural de substâncias potencialmente perigosas, tais como alguns metais pesados, produtos químicos e resíduos nucleares.
3.6.1 PRINCIPAIS POLUENTES
	Os poluentes do solo podem classificar-se em dois tipos: endógenos, ou próprios ao mesmo solo, e exógenos, ou de origem exterior ao solo. Os poluentes mais problemáticos são os que resultam da poluição exógena causada pela ação humana.
-Poluentes de origem agrícola
	A contaminação do solo, nas áreas rurais, dá-se sobretudo pelo uso indevido de agrotóxicos (defensivos agrícolas), técnicas arcaicas de produção (a exemplo do subproduto da cana-de-açúcar, o vinhoto; dos curtumes e a criação de porcos).
	Os Agrotóxicos são substâncias que os agricultores colocam nas plantações. Eles impedem que insetos e outros pragas acabem com a produção. Que controlam fungos. São como uma vacina contra as doenças das plantas.Os fertilizantes servem para fazer as plantas crescerem mais fortes.
	Os principais agrotóxicos são os pesticidas e os herbicidas. Cada um mata um tipo de praga. Os principais fertilizantes são os fosfatos e nitratos, que vão se acumulando no solo e poluindo cada vez mais.
-Produtos Químicos
 	A poluição do solo também pode ser ocasionada por produtos químicos lançado nele sem os devidos cuidados. Isso ocorre, muitas vezes, quando as indústrias se desfazem do seu lixo químico. Algumas dessas substâncias químicas utilizadas na produção industrial são poluentes que se acumulam no solo.
-Aterros sanitários
	Uma das formas de se lidar com os resíduos urbanos é a destinação de locais de depósito para os mesmos, denominados aterros.Em geral, um aterro sanitário deve ter vida útil de, no mínimo, 10 anos mas alguns não chegam a durar esse tempo.
	A área para instalação do aterro deve ser criteriosamente avaliada, levando-se em conta principalmente a condição das águas no local, deve-se evitar a possibilidade de contaminação dos lençóis freáticos, a ausência de populações próximas é muito importante, assim como a sua localização quer a nível de acessos quer a nível de arejamento (zonas altas).
	Os resíduos, antes de serem depositados em aterro, devem ser devidamente compactados a fim de economizar espaço útil.
	O fundo e os lados dos aterros são vedados com duas camadas de telas impermeáveis de forma a evitar passagem das águas dos resíduos (lixiviados) para o solo.
-Incineração
	A incineração dos resíduos é feita em fornos especiais. O processo de incineração, entretanto, envolve a utilização de filtros e redutores de emissão de gases tóxicos, entre os quais monóxido de carbono, dióxido de carbono e dióxido de enxofre.
	Assim, o processo de Co-Incineração implica adaptações mínimas nas cimenteiras.
	Numa primeira fase, os resíduos industriais perigosos são enviados para uma estação de pré-tratamento. Os lixos com pouco poder calorífico são fluidizados (trituração, dispersão e separação dos materiais ferrosos); os resíduos líquidos são impregnados com serradura e submetidos a uma possível centrifugação (no caso de possuírem grandes quantidades de água); os resíduos termo fusíveis, alcatrão e betumes, são rearmazenados em lotes.
	Numa segunda fase os resíduos são levados para as cimenteiras. Em caso de acidente de transporte, os impactos ambientais serão muito menores do que antes do tratamento dos mesmos.
	Nas cimenteiras são pulverizados para o forno tirando partido do seu poder calorífico (Ex: combustíveis) ou utilizados como matéria-prima substituta na produção de cimento.
3.6.2 ALGUMAS FONTES POLUIDORAS DO SOLO 
- Inseticidas
- Solventes
- Detergentes
- Remédios e outros produtos farmacêuticos
- Herbicidas
- Lâmpadas fluorescentes
- Componentes eletrônicos
- Tintas
- Gasolina, diesel e óleos automotivos
- Fluídos hidráulicos
- Fertilizantes
- Produtos químicos de pilhas e baterias
3.6.3 CONSEQUÊNCIAS
	Uma das principais consequências é a infertilização do solo para plantação e a contaminação da água. A terra se torna improdutiva e não se tem como plantar nenhum outro tipo de plantação.
-Desfertilização do solo
-Saturação do solo
-Deposição ou infiltração no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes
-Contaminação do solo com metano e dióxido de carbono
-Perda das funções e qualidades do solo devido à introdução de poluentes
-Alteração da tipografia
-Perda da fauna
-Alteração da densidade e consistência do solo
-Alteração da aptidão para drenagem natural
-Alteração do solo em profundidade
-Alterações da qualidade da água à superfície e em correntes
-Lixiviação de contaminantes de instalações, em particular lixiviados de aterros
-Fugas de Tanques
-Deposição com impregnação de líquidos poluentes
-Aplicação direta de resíduos da terra, como por exemplo lamas de esgoto
-Produção e migração de gás nos aterros conduzindo ao aumento de temperatura dos solos
-Contaminação dos solos através do movimento ascendente dos lixiviados por ação capilar, sob determinadas condições climatéricas
-Substâncias como lixo, esgoto, agrotóxicos e outros tipos de poluentes produzidos pela ação do homem,também provocam sérios efeitos no meio ambiente.
-Poluentes depositados no solo sem nenhum tipo de controle causam a contaminação dos lençóis freáticos (ocasionando também a poluição das águas), produzem gases tóxicos, além de provocar sérias alterações ambientais como, por exemplo, a chuva ácida.
-O lixo depositado em aterros é responsável pela liberação uma substância poluente que mesmo estando sob o solo, em buracos “preparados” pra este fim, vaza promovendo a contaminação do solo.
	Um outro problema grave que ocorre nestes aterros é a mistura do lixo tóxico com o lixo comum. Isto ocorre pelo fato de não haver um processo de separação destes materiais. Como consequência disso, o solo passa a receber produtos perigosos e com grande potencial de contaminação misturados com o lixo comum.
	O solo tem em sua composição: ar, água, matéria orgânica e mineral. Toda esta sua estrutura é que possibilita o desenvolvimento das mais diversas espécies de plantas que conhecemos. É do solo que retiramos a maior parte de nossa alimentação direta ou indiretamente,

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