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Resumo Sistema Endócrino

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Resumo: Fisiologia – Sistema Endócrino.
	
Conceitos Gerais.
O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas responsáveis pela produção dos hormônios que são lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Junto com o sistema nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções do nosso corpo. O hipotálamo faz a integração entre esses dois sistemas.
Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas, tecidos especializados e neurônios, que equilibram as funções biológicas do corpo, tal qual o metabolismo, o crescimento, a sexualidade, dentre outros. Também são chamados de mensageiros químicos. 
O Sistema Endócrino utiliza destes mensageiros químicos para controlar órgãos-alvo. 
Síntese e composição química dos hormônios.
Os hormônios podem ter origem proteica, peptídica, amina e esteroide. 
Proteínas e peptídeos são sintetizados pelos ribossomos, ficam armazenados nos grânulos e são liberados por exocitose. (processo biológico pelo qual a célula libera substância para o meio extracelular).
 Os Esteroides são sintetizados a partir de uma molécula de colesterol no fígado, e são secretados imediatamente após serem produzidos. 
Transporte dos hormônios.
O principal meio de transporte dos hormônios é pelo sangue. Eles podem ser transportados pelo plasma sanguíneo ou por associação a proteínas carreadoras. Esse fator depende da solubilidade do hormônio em questão. 
Hormônios proteicos e peptídicos são hidrofílicos – ou seja – são solúveis em água, portanto esses serão dissolvidos no plasma e transportados por ele. 
Esteroides e Tireóideos são lipofílicos – ou seja – são solúveis em lipídeos. Esses hormônios necessitam de uma proteína carreadora para serem transportados no sangue. Porém para penetrar na célula alvo, esses hormônios precisarão estar “livres” (sem a proteína carreadora). Eles se desassociam dessa proteína para poderem se tornar ativos. Apenas 1% estão em forma livre no sangue, os outros 99% estão associados a uma proteína. (Vão se desassociando lentamente conforme a necessidade do organismo, o restante fica associado sem exercer função enquanto estiver com ela). 
Interações dos hormônios com as células-alvo
As células-alvo são as células onde determinado hormônio vai agir. Essas células possuem receptores específicos para cada hormônio. As células que interagem com hormônios proteicos possuem receptores na membrana plasmática, já as células que interagem com hormônios esteroides possuem receptores no citoplasma ou núcleo. 
Os hormônios sempre estão em baixa concentrações no sangue, porém mesmo á níveis baixos ainda conseguem efetuar suas funções devido a alta afinidade desses receptores. A alta afinidade é a efetividade na produção e resposta por esses receptores, mesmo com concentrações hormonais pequenas. Em outras palavras, esses receptores são extremamente sensíveis e detectam/reagem rapidamente á pequenas quantidades de hormônios, não sendo necessárias grandes quantidades para que possam agir eficientemente. 
Mecanismos de Controle.
O controle das concentrações dos diversos hormônios é de suma importante para a manutenção da homeostasia – equilíbrio – do indivíduo, pois os efeitos dos hormônios são equivalentes as suas concentrações no sangue. 
A taxa de secreção influencia os índices de concentração, sendo controlada por mecanismos de feedback. 
 - Feedback Negativo: É o feedback mais comum. Basicamente o aumento de uma substância leva a diminuição da outra ou dela mesma. 
 O Hipotálamo controla a secreção de hormônios da hipófise por meio da secreção hormônios liberadores. Ele possui células com “ponto ajuste”, que comparam a concentração de hormônios no sangue com o fornecimento desses hormônios liberadores. Quando a concentração hormonal no sangue caí, o hipotálamo aumenta a liberação de hormônios liberadores. Esses hormônios liberadores causará um aumento na produção de hormônios da hipófise, consequentemente aumentando a produção de hormônio até a concentração no sangue voltar ao normal.
 1 - Queda de concentração de hormônio no sangue > 2 - Liberação de hormônios liberadores pelo hipotálamo > 3 - Aumento na síntese de hormônios da hipófise > 4 - Aumento na síntese de hormônio > 5 - Concentração de hormônio no sangue sobe. 
 O aumento de algumas substâncias também pode desencadear feedback negativo para alguns hormônios, como no caso da Glicose X Insulina. Quando as concentrações de glicose sobem, ocorre um feedback negativo para que ela seja diminuída, aumentando assim a secreção de Insulina.
 - Feedback Positivo: É um feedback raro de ocorrer. Basicamente, o aumento de uma substância leva ao aumento de outra. (contrário do feedback negativo). Exemplo de feedback positivo: Aumento de LH devido ao aumento de estrógeno durante a prenhes. 
Hipotálamo
O hipotálamo é a região onde ocorre a maior troca de ações entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, sendo o centro de controle do sistema autônomo. Ele produz os “hormônios liberadores”, que influenciam a hipófise a produzir hormônios, que podem causar efeitos diretos, ou serem tróficos (Hormônios Tróficos: influenciam a produção de hormônios pelo tecido-alvo endócrino periférico [demais localidades corporais]). 
Hipófise
A Hipófise está localizada logo abaixo do hipotálamo. É responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo. É dividida em 2 regiões chamadas de Adeno -hipófise (lobo anterior) e Neuro-hipófise (lobo posterior), possuindo funcionalidades diferentes. 
Neuro-hipófise: É um prolongamento do hipotálamo (os copos celulares desses neurônios estão no hipotálamo e seus axônios formam o lobo posterior). Os neurônios neurossecretores não inervam outros neurônios, o produto secretado é liberado no sangue e pode agir longe dos neurônios. 
*A neuro-hipófise não produz hormônios propriamente ditos, ela secreta hormônios produzidos pelo hipotálamo (pois é formada pelos axônios dos neurônios em que o seu corpo celular está localizado no hipotálamo).
Os principais hormônios secretados pela neuro-hipófise são a Ocitocina e Vasopressina. Esses hormônios ficam armazenados nos grânulos dentro dos neurônios neurossecretores. 
Mecanismo de liberação: Se inicia com a despolarização do hipotálamo (via aferente), o potencial de ação chega ao terminal nervoso onde estão localizados os grânulos com os hormônios, ocorre então a despolarização da membrana, abrindo os canais de cálcio (entra cálcio, libera hormônio) [Processo de Exocitose].
Hormônios secretados: 
- Ocitocina (Hormônio associado a amamentação, dentre outras funções)
Principal efeito: contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos na glândula mamária
- Vasopressina (também chamado de hormônio antidiurético, ou ADH)
Principais efeitos: Aumento retenção de água pelos rins, controle de balanço hídrico do organismo e contração do musculo liso dos vasos sanguíneos. 
O controle de secreção da Vasopressina é resultado de alterações na osmolaridade plasmática, via osmorreceptores localizados no hipotálamo. Em situações de perda de água, ocorre aumento da osmolaridade do sangue, levando à sensação de sede e liberação do ADH pela neuro-hipófise. O resultado dessas alterações é uma maior ingestão hídrica pelo indivíduo e maior retenção de água pelos rins, revertendo a situação de déficit de água. Em situações onde ocorre queda da pressão arterial, a vasopressina também é liberada na tentativa de elevar a pressão arterial à custa da vasoconstrição arteriolar. (contração do musculo liso dos vasos sanguíneos)
Adeno-Hipófise
Principais hormônios produzidos: 
Hormônio do Crescimento (GH – Somatotrofina) 
Prolactina (PRL – Leite Humano)
Hormônio Estimulante da tireoide (TSH - Tireotrofina)
Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Hormônio Luteinizante (LH)
Corticotrofina 
	
 A atividade da Adeno-hipófise é controlada por hormônios liberadoressecretados pelo hipotálamo, que chegam na Adeno-hipófise pelo sistema vascular.
 Hormônios Hipotalâmicos (liberadores) que atuam na Adeno-hipófise: 
 *Esses hormônios vêm do hipotálamo e estimulam a Adeno-hipófise a produzir os hormônios da lista anterior.
1. Hormônio liberador de corticotrofina (CRH): estimula a secreção de Corticotrofina
2. Hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH): estimula a secreção FSH e LH
3. Hormônio liberador de tireotrofina (TRH): estimula a secreção do TSH
4. Dopamina: inibe a secreção da PRL e TSH
5. Somatostatina: inibe a secreção GH
6. Hormônio liberador do hormônio do crescimento(GHRH): estimula a secreção GH
 		 				
Glândulas Endócrinas
Glândula da Tireoide
Localizada caudalmente a traqueia, é composta por dois lobos, um de cada lado da traqueia, conectados por uma porção estreita de tecido (istmo).
É formada por células foliculares arranjadas em formato de folículos preenchidos de coloide (principal forma de armazenamento dos hormônios tireoideanos). Possui Células Parafoliculares (também chamadas de Células ‘C’), localizadas fora dos folículos, que secretam Calcitonina (hormônio importante para regulação do cálcio)
A síntese hormonal na glândula da tireoide necessita de Iodo (Transportados do TG e capturados pelas células foliculares em forma de Iodeto), e Tirosina (formada na célula folicular e secretada no lúmen folicular.) 
O Iodeto se liga a Tirosina, formando a Tirosina Iodada (pode ser Monoiodotirosina ou Di-Iodotirosina) 
• A junção de duas moléculas di-iodotirosina formará uma molécula de Tetraiodotirosina ou Tireonina (Conhecida como T4)
• Junção de uma molécula de Monoiodotirosina e uma de Di-iodotirosina formará uma molécula de Tri-iodotireonina (Conhecida como T3)
Esses hormônios (T3 e T4) ficam armazenados no Lúmen Acinar extracelular até sua liberação - coloide. (A tireoide possui reserva hormonal) 
Esses hormônios são lipossolúveis, portanto seu transporte é feito por proteínas plasmáticas transportadoras. A principal proteína relacionada a esse transporte é a TBG (Tireoglobulina). As TBG possuem alta afinidade por esses hormônios, sendo encontrada em baixa concentração plasmática, porém ausente em gatos. Na ausência da TBG, o transporte é feito pela Albumina, encontrada em alta concentração plasmática, porém possuí pouca afinidade pelos hormônios. A maior parte do T3 e T4 circulantes está vinculado a uma proteína, apenas uma pequena quantidade está livre, atuando em células-alvo.
Esses hormônios possuem ação determinantes no metabolismo basal, porém é difícil definir seus efeitos fisiológicos. Eles interferem no metabolismo de carboidratos (aumentando a absorção intestinal de glicose), são aliados ao GH, sendo necessários para o crescimento e desenvolvimento normais devido ao aumento na absorção de aminoácidos, causam Lipólise (reduz os níveis plasmáticos de colesterol). No sistema nervoso atua no desenvolvimento normal do feto e do neonato, podendo causar inibição da atividade mental cause falte o hormônio. Em adultos é fundamental para o funcionamento normal, caso falte causará letargia. (inconsciência profunda/constante). No sistema cardiovascular, ele aumenta a FC, força de contração e débito cardíaco. 
TSH – Tireotrofina 
É o hormônio regulador da atividade da tireoide. Sua secreção é regulada pelas concentrações dos hormônios tireoidianos (T3 e T4). Quando o T3 e T4 estão em excesso, o hipotálamo inibe a síntese de TRH (hormônio liberador da tireotrofina, esse hormônio é quem promove a secreção de Tireotrofina/TSH na hipófise). A inibição do TRH implica na diminuição da secreção do TSH. 
A incapacidade na quantidade ideal de secreção de hormônios da tireoide pode estar relacionada devido a deficiência de Iodo na dieta, podendo ser tratado com sal iodado. Essa incapacidade pode causar aumento da glândula (Bócio).
O HIPOTIREODISMO é comum em cães, pode ser causado por deficiência de Iodo, tumores na hipófise/hipotalâmicos, defeitos no transporte de T4, congênito ou por reação imune contra a tireoide. Os sintomas se iniciam em animais com 2 ou 3 anos, causando letargia, obesidade e bradicardia. O hipotireoidismo tem predisposição racial.
O HIPERTIREODISMO é comum em gatos. Suas causas podem estar na hiperplasia da tireoide, acometendo gatos idosos, sem predileção de raça. Causa perda de peso, polifagia (necessidade anormal de ingerir alimentos), polidipsia (excessiva sensação de sede), poliúria (excesso urinário), hiperatividade, taquicardia.

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