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TI IX NOTA 10 (1)

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 Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
 Leia o texto a seguir: 
 
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que não 
vemos publicidade de legumes na TV? 
 
Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e suas 
consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor do 
Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de 
Portugal e doutor em Nutrição Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele 
participou do Seminário Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc 
Santos. Confira algumas questões levantadas. 
 
Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas populações dos 
Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça 
conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em 
países industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da 
Ásia. 
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se que essa era uma 
epidemia que atingia principalmente as populações que estavam melhorando 
economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à 
proteína. Mas não é bem assim: “O que nós estamos a viver é não só o aumento da doença 
no mundo inteiro, mas, ao contrário do que se esperava, quem é mais afetada é a 
população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal 
maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para nós da 
biologia é um paradoxo”, afirma. 
 
Somos treinados para engordar: “Nós somos uma máquina de engordar”. Isso porque a 
capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial para a 
sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. “O ser humano está 
preparado para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com excesso 
de calorias há 50 anos. Não estamos preparados biologicamente para isso”, afirma Pedro. 
 
O que mudou?: Diversas alterações demográficas causaram mudanças na alimentação: a 
entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da 
população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta 
o tempo do trabalho, o que fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os 
alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem 
tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares é mais 
fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e 
gordura – em vez de alimentos frescos. 
 
Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente não. Mas vemos diariamente 
publicidade de produtos ultraprocessados e super calóricos, não é mesmo? Pedro Graça 
chama atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram muito, enquanto 
quem trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os 
que mais sofrem com as oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica 
fácil entender como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação 
(publicidade, marketing etc.) do que o outro. 
 
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante 
décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem suficientes para prevenir a 
obesidade, porém depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso 
continuaram a subir. Essa epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou 
obesogênico. Isso significa que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação 
saudável, se não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos 
saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. 
 
 
“Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso criar 
para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante consumir 
suco de laranja”, exemplifica Pedro Graça. 
 
Disponível em <https://goo.gl/926x1l>. 
Acesso em 08 jun 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e a 
obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II. As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma 
vez que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os 
alimentos frescos. 
III. A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, 
consequentemente, aumenta a prevalência de obesidade... 
IV. A propaganda e o marketing têm influência sobre a venda de produtos industrializados e 
atingem apenas as regiões urbanas. 
 
Assim: 
Resposta Selecionada: c. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
 
 Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
 (Enade 2011). Leia o excerto a seguir: 
A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura 
atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O 
mundo assiste a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e 
também na cultura política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança 
climática, é uma ameaça real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O 
Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios que se 
acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: parte significativa da 
biodiversidade e da água doce existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; 
diversidade étnica e cultural e rica variedade de reservas naturais. O campo do 
desenvolvimento sustentável pode ser conceitualmente dividido em 3 componentes: 
sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. 
 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
 a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício 
que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e 
da preservação. 
 
 
 Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
 (Enade 2011). Leia o excerto a seguir: 
Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe trabalhadora, 
publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de rua em Londres e em 
outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar atenção para as camadas sociais 
mais desfavorecidas do país, que desde o início dos distúrbios, ficaram conhecidas no 
mundo todo pelo apelido chavs, usado pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de 
consumo da classe trabalhadora. 
 
Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da população: “Os 
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade”, diz. “Você não vai ver alguém 
assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado como forma de generalizar o 
comportamento das classes mais baixas. Meu medo não é o preconceito e, sim, a cortina de 
fumaça que ele oferece. 
 
 
Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a ideologia de 
que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não de falhas 
maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade britânica com a chegada 
de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que basicamente funciona assim: você é 
culpado pela falta de oportunidades. [...] Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela 
desigualdade”. 
 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 (adaptado). 
 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I. Chavs é um apelido queexalta hábitos de consumo de parcela da população britânica. 
II. Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de comportamento 
individual como causas de problemas sociais. 
III. Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV. As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos padrões de 
consumo vigente. 
 
É correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: e. 
 II, III e IV. 
 
 
 
 Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2007) Leia o excerto a seguir: 
Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um pedido, 
por escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o 
empréstimo do seu livro de Redação para Concurso, para fins de consulta escolar.” 
 
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando 
sapatos de verniz. 
 
 
 Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho 
 
Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã, 
conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma 
guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação desta 
veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível 
ignorar o que se tem manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes 
dias. 
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização encerrou-
se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, 
e a atual crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, 
como pelo que revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. 
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de 
independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o 
tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o alcance da 
violência vai longe, e em muitas direções. 
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São Paulo 
e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na relação Casa-Grande & Senzala 
das elites com os empregados, na violência da polícia que continua a ser militar, no 
 
desmando oligárquico dos que controlam aparelhos e estados, no saque catastrófico da 
natureza, na traição aos grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o 
conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem 
sido e será para muitas, livros, bibliotecas. 
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais 
urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na 
polícia), fez coisas que pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no 
ambiente e nas questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e 
supera pela esquerda num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma 
nova faixa politizada vinda da elite. 
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da colonização 
portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os portugueses não inventaram a 
escravatura, mas inauguraram o tráfico em grande escala. Dos 12 milhões de indivíduos que 
as potências europeias deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram 
traficados por Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi 
assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. 
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma 
portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. 
Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a 
exploração brutal de um território gigante, à custa do qual um território minúsculo viveu, 
como toda uma bibliografia tem mostrado de forma cada vez mais desassombrada. 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses 
faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no 
Holocausto, com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter levado ao 
extermínio de ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de um milhão. 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta: 
 
Resposta 
Selecionada: 
b. 
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram 
origem no sistema português de colonização do Brasil, cujos reflexos são 
sentidos até hoje. 
 
 
 Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
 (Enade 2010) Leia o excerto a seguir: 
 
De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se 
em regiões específicas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca 
de 80%) aconteceu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante do 
desmatamento ocorreu em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de 
Reforma Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%). 
 
Disponível em <www.imazon.org.br>. 
Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações). 
 
Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na 
Amazônia Legal está centrado: 
 
Resposta 
Selecionada: 
c. 
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que desmataram 
mais, pois muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo 
sustentável da terra. 
 
 
 Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
 Leia o texto a seguir: 
 
São Paulo, a capital mundial do grafite 
 
 
A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus a 
céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe para 
cima. Ou para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe 
média ou pela periferia. Há uma característica comum às diferentes regiões da maior cidade 
mais populosa da América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos 
muros nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando 
São Paulo na capital mundial do grafite. 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião de 
que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere cor a esse cenário. "O grafite é uma 
manifestação artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se 
impõe", dizem os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A 
dupla de artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo 
realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores e figuras 
geométricas parecidas. 
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul 
da capital paulista. "A arte não é para você gostar, é para você refletir e pensar", completa 
Thiago Mundano, 27 anos, que se autointitula “artivista”, por atrelar o grafite a ações sociais. 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas 
rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro 
Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas uma das 
maiores características dessa arte: a acessibilidade. "O fato de a arte estar na rua já é muito 
mais democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver", diz a artista 
e grafiteira Prila Paiva, 35 anos. 
Organizadocom autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande 
negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros 
autorizados. Existe um aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, "a 
adrenalina de pichar", segundo Mundano. Para ele, tudo é relativo. “Um outdoor é tão 
agressivo quanto um grafite. Eu posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a 
janela de casa e dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para 
vender lingerie”. 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-prefeito 
Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e 
privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve um acordo entre artistas e o poder 
público. Por isso, de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos 
muros grafitados. De outro, grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. 
"Nunca sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do 
grafite", contam Os Gêmeos. 
"Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em 
vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte". Mesmo assim, no final da 
gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os grafites na 
cidade, com uma pequena ficha de alguns artistas. 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido 
apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez 
tiveram a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São 
Paulo, que nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, 
de muros grafitados. "O grafite tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem 
mais aquela má impressão da arte marginal", diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além 
do reconhecimento do público, o grafite foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a 
arte urbana está presente em galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. 
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, em 2007, 
Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo 
reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de 
papelão, vidro e alumínio para os centros de reciclagem. "Percebi que essas pessoas são 
invisíveis, ninguém olha para elas", diz Mundano. 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas 
pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas refletoras 
para a noite, espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o 
projeto Pimp My Carroça. 
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil 
dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de 
São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos 
e uma consulta com um clínico geral. 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam 
uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já incontável de 
carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer um 
possa localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável. 
 
Disponível em <https://goo.gl/zuZU2e>. 
Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. Apesar de haver controvérsias quanto a aceitação do grafite e da pichação como formas 
de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está 
aumentando, como a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II. O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se 
trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes oficialmente 
reconhecidas. 
III. De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis aos outdoors e deveria 
haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações. 
IV. A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da 
arte urbana. 
 
Está correto o que se afirma em: 
Resposta Selecionada: d. 
 I e IV. 
 
 
 Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
 Leia o texto a seguir: 
 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
 
Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, assinaram 
nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta contra a mudança 
climática, que incluirá reduções de suas emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. 
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases poluentes por parte 
da China e mais um pelos EUA. Pelo acordo, os EUA pretendem cortar entre 26% e 28% as 
emissões de gases em até 11 anos, ou seja, até 2025, o que representa um número duas 
vezes maior que as reduções previstas entre 2005 e 2020. 
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar 
antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia produzida no país vai ter origem 
em fontes limpas e renováveis. Estados Unidos e China representam juntos 45% das 
emissões planetárias de CO2, um dos gases apontado como culpado pela mudança 
climática. A União Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a 
reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os níveis de 1990. 
 
Disponível em <https://goo.gl/srpqzq>. 
Acesso em 14 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I. O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 2030 significa que 
a poluição proveniente do país continuará em crescente aumento por mais uma década. 
II. Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União Europeia será 
responsável por um corte maior nos volumes de gases poluentes emitidos do que o corte 
dos dois países, uma vez que reduzirá 40% das emissões. 
III. Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da emissão dos 
gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das emissões planetárias em 2025. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
Resposta Selecionada: a. 
Nenhuma afirmativa está correta. 
 
 
 Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Energia eólica no Brasil 
 
No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas 
barragens hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que 
devastou a economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a 
necessidade urgente do país em diversificar suas fontes de energia. 
 
[...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em 
1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de 
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como 
eólica, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). [...] Desde a criação do Proinfa, 
a produção de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW 
em 2011 (quantidade suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil 
residências). 
 
[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de 
Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 
140GW. 
 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo 
com os meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é 
exatamente quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à 
energia gerada por hidrelétricas,a maior fonte de energia elétrica do país. 
 
Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográficas fechando ou minimizando 
o uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa 
razão, esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição 
geográfica dos recursos hídricos existentes no país. 
 
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No 
entanto, quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia. 
 
Disponível em < https://goo.gl/zGP0ZM> 
Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações) 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I. De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda 
de cidades com até 400 mil habitantes. 
II. Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do 
país. 
III. De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
 
Assim: 
 
 
Resposta Selecionada: b. 
Apenas a afirmativa II está correta. 
 
 
 Pergunta 10 
1 em 1 pontos 
 
 Leia o texto a seguir: 
 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas. 
Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade 
moderna. Também influenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, 
que interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior produtividade e pela 
consequente elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas 
profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e uma nova relação desta com 
a natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas 
ao meio ambiente. 
 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são 
encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com consequências 
para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando possíveis 
impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de gestão para a 
diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do 
material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a 
reciclagem é um elemento importante para a minimização de resíduos em lixões e aterros 
sanitários. 
 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais inapropriados 
constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma 
correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a qualidade de vida das 
pessoas e do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos sólidos 
perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT - NBR 1004 de 2004, que faz uma 
classificação dos resíduos. Os resíduos são classificados em Classe I quando se trata de 
resíduos sólidos perigosos (classificados pelo seu grau de risco a saúde pública) e Classe II 
quando são resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e Classe 
II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois fazem 
parte do licenciamento pelo órgão ambiental competente. 
 
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho 
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de 
inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano 
Nacional para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a 
partir de informações como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e 
destinação final, enviadas trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução 
CONAMA Nº 313/2002). 
 
Disponível em < https://goo.gl/06swDe>. 
Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas: 
I. O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do 
consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
II. A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do 
acondicionamento, armazenamento e destinação final dos resíduos classificados como 
perigosos. 
III. A resolução CONAMA Nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para Gerenciamento de 
Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial para que exista a 
redução da geração de resíduos sólidos. 
 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta: 
Resposta Selecionada: e.

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