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Recursos em espécies

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Recursos em espécies:
Apelação:
Prazo:
Interposição: a maioria dos recursos é interposta no próprio juízo prolator da decisão para ser feito o juízo de admissibilidade. A primeira petição apresentada é a petição de interposição, onde se limita a dizer ao juiz que está recorrendo da decisão, informando ainda que o motivo do inconformismo está nas razões, anexas. 
No processo civil, no prazo de 15 dias, deve ser entregue a petição de interposição, juntamente com a petição de razões. Já no processo penal é permitido pelo legislador a apresentação da petição de interposição e a petição de razões em prazos diferentes. O prazo para apresentar a petição de interposição é de 05 dias. 
Razões: o prazo para apresentar a petição de razões é de 08 dias após a intimação para a juntada das razões.
Contrarrazões: o prazo é sempre o mesmo das razões.
OBS: pelo rito sumaríssimo, o prazo para apelação no Juizado Especial é de 10 dias e devem ser apresentadas em peça única.
No processo penal o réu pode fazer a interposição, quando é intimado da sentença pelo oficial de justiça ou mesmo se comparecer ao fórum e apenas escrever a palavra RECORRO nos autos, devendo ser intimado seu procurador para apresentar as razões.
Caso ao ser intimado, o réu manifeste não ter a vontade de recorrer e o advogado quiser, ou se o réu quiser e o advogado não, sempre prevalece a vontade daquele que quis recorrer.
24/05/2017
Hipóteses de cabimento: Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
Art. 593, I – para inconformismo contra sentença de absolvição ou condenação proferida pelo juiz singular (1º grau).
Art. 593, II – para inconformismo contra decisões definitivas ou com força de definitivas, nas quais não caiba recurso em sentido estrito (art. 581).
Decisões interlocutórias simples (exemplo: indeferimento de prova testemunhal): não tem recurso imediato, não cabendo apelação, devendo o inconformismo ser apresentado nas alegações finais.
Decisões definitivas ou com força de definitivas: decisão definitiva encerra a relação processual, julga o mérito, mas não para condenar ou absolver o réu, e sim, para decidir uma questão incidental (ex: ação incidental de restituição de coisa apreendida). Já a decisão com força de definitiva põe fim a uma etapa do procedimento sem, contudo, julgar o mérito para condenar ou absolver o réu (ex: homologar um laudo).
Art. 593, III – das decisões do Tribunal do Júri:
Quando ocorrer nulidade posterior a pronúncia. Todas as nulidades da 2ª fase, após a pronúncia, devem ser arguidas na abertura da Sessão Plenária (art. 571, V), sob pena de preclusão. Caso o juiz não concorde com a manifestação, apenas poderá ser discutida tal nulidade na apelação se tiver sido arguida na Sessão;
 Quando for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
Quando houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
Quando for a decisão dos jurados manifestamente (muito) contrária à prova dos autos. Apesar dos jurados terem a faculdade de absolvição por clemência, caso o Ministério Público recorra de tal decisão, normalmente o Tribunal anula por estar manifestamente contrária aos autos. Entretanto, no novo júri, se novamente houver decisão manifestamente contrária aos autos, não será possível segundo recurso pelo mesmo argumento.
OBS.: deveria ser proibido também mencionar na sessão plenária sobre os motivos do desaforamento, ou também acerca da decisão de absolvição que foi anulada pelo Tribunal em grau de recurso.
Art. 593, § 1º – Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida retificação.
Art. 593, § 2º – Interposta a apelação com fundamento no nº III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança.
Art. 593, § 3º – Se a apelação se fundar no nº III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação.
Art. 593, § 4º – Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Apelação supletiva ou subsidiária:
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31 (Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão), ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público (devendo ser apresentadas as razões juntamente com a interposição).
Arrazoar em instância superior: cabível apenas em apelação e mesmo assim em apelação feita pelo réu, nos termos do § 4º do art. 600.
Art. 600, § 4º - Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar na superior instância, serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial. Neste caso, as contrarrazões são apresentadas pelo Procurador de Justiça e não pelo Promotor do juízo natural.
Recurso em Sentido Estrito (RESE):
Prazo:
Interposição: o prazo para apresentar a petição de interposição é de 05 dias. 
Razões: o prazo para apresentar a petição de razões é de 02 dias após a intimação para a juntada das razões.
Contrarrazões: o prazo é sempre o mesmo das razões.
Juízo de retratação:
Também conhecido como efeito regressivo, somente quando a lei permitir. No Recurso em Sentido Estrito é cabível o juízo de retratação, podendo o juiz corrigir sua própria decisão, logo após as contrarrazões, devendo se manifestar sobre essa correção, antes remeter os autos ao Tribunal. Caso a outra parte recorrer de tal decisão de retratação, nova retratação não será mais cabível.
Translado de peças:
Interposição: a maioria dos recursos é interposta no próprio juízo prolator da decisão para ser feito o juízo de admissibilidade. A primeira petição apresentada é a petição de interposição, onde se limita a dizer ao juiz que está recorrendo da decisão, informando ainda que o motivo do inconformismo está nas razões, anexas. 
Hipóteses de cabimento: 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I - que não receber a denúncia ou a queixa;
II - que concluir pela incompetência do juízo;
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante;
VI - (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII - que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII - que decidir o incidente de falsidade;
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX - que impuser medida de segurança por transgressão
de outra;
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII - que revogar a medida de segurança;
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Embargos Infringentes
Interposição: 10 dias
Apresentar as razões
Nunca é interposto em primeiro Grau;
Só poderá ser interposta contra decisão colegiada;
Recurso exclusivo da defesa.		 MP NÃO PODE valer-se deste!
Hipótese De Cabimento
Decisão colegiada não unânime desfavorável ao Réu.
Neste caso, tais embargos serão julgados por 05 desembargadores, os 03 + 02.
Divergência Parcial Na Decisão Dos Desembargadores
Ex.: Em 1º grau foi condenado em uma pena de 06 anos. Desta condenação ele apresenta Apelação e neste, na primeira tese ele pede a absolvição. Como tese alternativa pede a redução da pena.
Na votação temos:
Relator: Absolvição – negou 	Redução: negou
Revisor: Absolvição – negou	Redução: provimento
Vogal: Absolvição – negou	Redução: negou
Neste caso cabe embargos infringentes para a tese de redução de pena, afinal, apenas esta ouve divergência. Art. 619.
        Parágrafo único.  Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser interpostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
Recurso De Agravo Em Execução
Decisões proferidas em sede de execução penal.
Previsão Legal: Art. 197 da LEP – 7210/84
PROCESSAMENTO: 5 para interpor, 2 para razões.
TRASLADO PEÇAS: sempre será traslado.
JUIZO DE RETRATAÇÃO: caberá tal.
Habeas Corpus
Não é uma forma de recurso, mas sim um remédio Constitucional. Pode ser como Peça Inicial ou para rebater uma decisão.
Natureza Jurídica: não é recurso, mas de ação (postulado incialmente);
Conceito: Remédio utilizado para resguardar o direito de Liberdade, que venha sofrer lesão ou ameaça de lesão por conta de uma ilegalidade ou abuso de poder. Pode-se aplicar tanto ao paciente preso ou aquele que possivelmente poderá ser preso.
Espécies:
Preventivo: quando há ameaça ao direito de liberdade (se deferido o pedido, o Juiz expede um salvo conduto), e;
Repressivo: quando já houve lesão ao direito de liberdade. (se procedente o pedido, o Juiz expede o alvará de soltura).
Ao impetrar com HC preventivo, e neste período o paciente for preso, basta informar ao Tribunal e o HC será transformado automaticamente em Repressivo.
Impetrante: que impetra, quem postula;
Paciente: pessoa para a qual se postula o HC.
Autoridade coatora: Aquela que está restringindo o direito de liberdade e locomoção.
HC com liminar, caso esta seja indeferida, o HC continuará sendo julgado. Só após HC ser julgado é que caberá outro. Súmula 691 STF.
08/06/2017
O habeas corpus não admite dilação probatória, não podendo fazer prova no curso da instrução do habeas corpus, devendo vir tudo documentado na inicial.
Hipóteses de cabimento: A coação considerar-se-á ilegal (art. 648 do CPP):
I - quando não houver justa causa, seja esta ausência na prisão, no inquérito policial ou no processo. Para o IP é necessário haver a aparência de tipicidade. Para o processo é necessário haver indícios mínimos de autoria e materialidade. Para a prisão é necessário que esta prisão seja legal, ou seja, ter os requisitos para a preventiva, ou para a temporária;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei (excesso de prazo na formação da culpa). A jurisprudência diz que tem que ser olhado caso a caso, em relação a suas especificidades. Somente ficará comprovado o excesso de prazo se houver desídia por parte do Judiciário ou pelo Ministério Público. 
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
Se estiver cessada a coação, o HC estará prejudicado por perda do objeto.
O habeas corpus pode ser concedido de ofício, desde que a autoridade seja competente para tanto, não cabendo, neste caso, o princípio da inércia, não sendo necessário ser provocado. 
Processamento:
Inicial;
Liminar – em até 72 horas após a inicial, de forma monocrática;
Informações da autoridade coatora - prazo depende do regimento interno;
Vista ao MP (parecer) – prazo de 48 horas;
Julgamento na primeira pauta livre
14/06/2017
Revisão Criminal
Natureza Jurídica: tem natureza de ação, sendo uma ação autônoma de impugnação, sendo necessário que o processo esteja findo. É usada para desconstituir a garantia da coisa julgada, podendo apenas ser usada pela Defesa. A absolvição não pode ser desconstituída. A condenação criminal, mesmo depois do trânsito em julgado, em situações excepcionalíssimas, pode ser desconstituída.
Pressuposto: haver sentença condenatória transitada em julgado. Sem ela não pode ser ajuizada a ação de revisão criminal.
Tempo: no processo criminal, a revisão criminal não tem prazo limite para ser ajuizada, mesmo após o cumprimento da pena, para resgatar o status de dignidade, inclusive após a morte do réu pelo CADI.
Legitimidade: tal ação pode ser proposta pelo réu ou pelo CADI, sem a necessidade de advogado, assim como o habeas corpus. Uma pequena parte da doutrina diz que o Ministério Público tem legitimidade desde que seja em favor do réu.
Reformatio in pejus: é vedada em sede de revisão criminal.
Julgar além do pedido: é permitido julgar além do pedido da parte, desde que seja para melhorar.
Competência: 1ª Instância nunca julga a revisão criminal. A revisão criminal deve ser proposta em relação à sua origem, ou seja, na instância imediatamente superior.
Efeitos: não tem efeito suspensivo na ação de revisão criminal. Se julgada procedente, em sede de absolvição, apaga todos os efeitos da condenação, sejam eles os principais quanto os secundários.
Hipóteses de cabimento:
Sentença contrária ao texto expresso na lei
Sentença contrária à evidência dos autos
Sentença condenatória baseada em provas falsas (maioria das revisões) – a revisão criminal não permite dilação probatória. Será necessário se valer de um procedimento de produção antecipada de prova, no juízo cível, em caso de oitiva de novas testemunhas, sendo que o processo será entregue para parte, que irá propor a revisão criminal com a prova produzida.
Surgimento de novas provas de inocência (maioria das revisões) – podendo ser até provas já existentes antes da condenação.
Novas provas de circunstâncias que autorizem a diminuição da pena (exemplo: arrependimento posterior)
No caso de lei posterior benéfica que diminui a pena, não se faz necessária a revisão criminal, sendo que o próprio juiz da execução penal tem competência para reestruturar a pena com base na nova lei.

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