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Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1 Direito Administrativo Prof. Thais Nunes | contato@thaisnunes.com.br TWITTER | http://twitter.com/ThaisNunesCWB Programas do Curso TRT 9ª Região - Analista Administrativo CESPE - Edital de 11/09/2007 1. Administração pública: princípios básicos. 2. Poderes Administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia. 3. Serviços Públicos: conceito e princípios. 4. Ato Administrativo: conceito, requisitos e atributos; anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. 5. Contratos Administrativos: conceito e características. 6. Licitação: princípios, modalidades, dispensa e inexi- gibilidade. 7. Servidores públicos: cargo, emprego e função públi- cos. 8. Lei n.º 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União): Das disposições preliminares; Do provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Dos direitos e vantagens: do vencimento e da remuneração; das vantagens; das férias; das licen- ças; dos afastamentos; do direito de petição. Do regime disciplinar: dos deveres e proibições; da acumulação; das responsabilidades; das penalidades. 9. Processo Administrativo (Lei n.º 9.784/1999): das disposições gerais; dos direitos e deveres dos adminis- trados. 10. Lei n.º 8.429 de 02/06/1992: das disposições gerais; dos atos de improbidade administrativa. MPU - Técnico Área Administrativa FCC - Edital de 23/10/2006 1. Atos Administrativos: conceito; requisitos; atributos; classificação; invalidação. 2. Contratos Administrativos: idéia central sobre contra- to; formalização; execução. 3. Licitações: modalidades (Lei n.º 8.666/1993 e suas alterações). 4. Servidor Público. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis (Lei n.º 8.112/1990 e suas alterações). NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Admi- nistração Pública: disposições gerais; servidores públi- cos civis. LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: Normas sobre o Processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal (Lei n.º 9.784, de 29/01/1999). LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: Lei de Improbi- dade Administrativa (Lei n.º 8.429, de 02/06/1992). INSS - Técnico do Seguro Social CESPE - Edital de 26/12/2007 1. Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. 2. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 3. Organização Administrativa da União: administração direta e indireta. 4. Agentes Públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públi- cos; regime jurídico único: provimento, vacância, remo- ção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa. 5. Poderes Administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder. 6. Ato Administrativo: validade, eficácia; atributos; ex- tinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 7. Serviços Públicos; conceito, classificação, regula- mentação e controle; forma, meios e requisitos; delega- ção: concessão, permissão, autorização. 8. Controle e responsabilização da administração: con- trole administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado. 9. Lei n.º 8.429/1992 (dispõe sobre as sanções aplicá- veis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou fun- ção da administração pública direta, indireta ou funda- cional e dá outras providências). ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: Decreto n.º 1.171/94. Conceito e Fontes do Direito Administrativo 1. Origem do Direito Administrativo - De acordo com Carlos Pinto Coelho Motta1, o nascimento do Direito Administrativo se deu somente após a Revo- lução Francesa, com a idéia de Estado de Direito. Naquele momento nascia o conceito do princípio da legalidade, inclusive para aqueles que estavam no poder. 2. Conceito de Direito Administrativo - O conceito varia para cada um dos doutrinadores. Primordial- mente, sabemos que é um ramo do direito público, que regula a organização da atividade administrativa. 1 MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Curso Prático de Direito Ad- ministrativo. 2ª Edição. Del Rey: Belo Horizonte, 2004. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 2 Hely Lopes Meirelles2 - “É o conjunto harmônico de princí- pios que regem os órgãos, os agentes e as atividades públi- cas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. Maria Sylvia Zanella di Pietro3 - “É o ramo do direito públi- co que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídi- cas administrativas que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”. Celso Antônio Bandeira de Mello4 - “É o ramo do direito público que disciplina o exercício da função administrativa, assim como os órgãos que a desempenham”. 3. Fontes do Direito Administrativo - As fontes do direito são os fatos jurídicos de que resultam nor- mas. As fontes do direito não são unanimidade, as definições e relevância variam conforme a doutrina. As fontes formais do Direito podem ser principais ou acessórias. A fonte principal do Direito Adminis- trativo é a lei, ao passo que demais, fontes são acessórias. Cada país atribui importância maior ou menor a cada uma das fontes. Como regra geral, os países de tradição romano-germânica consideram a lei como principal fonte do direito - como no Brasil - deixando às demais o papel de fontes secundárias, na ausência de norma decorrente da lei. Já os paí- ses que adotam o sistema da Common Law5, atri- buem maior importância à jurisprudência. Tradicio- nalmente, consideram-se como fontes do Direito Administrativo as seguintes: a) Lei - Entendida como o conjunto de textos edita- dos pela autoridade superior (em geral, o poder Legislativo ou a Administração Pública), formulados por escrito e segundo procedimentos específicos. Lei no sentido lato sensu. b) Costumes - Regra não escrita que se forma pela repetição reiterada de um comportamento e pela convicção geral de que tal comportamento é obriga- tório e necessário. Trata-se, em geral, de regras não escritas, introduzidas pelo uso continuado e com o consentimento tácito de todas as pessoas que as admitiram como norma de conduta. Os juris- tas enxergam dois elementos constitutivos do cos- tume jurídico: o material (a prática reiterada do comportamento costumeiro) e o subjetivo (a convic- ção geral de que ele é necessário e obrigatório). 2 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 21ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2008. 3 DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004. 4 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Admi- nistrativo. 5 Common law (do inglês "direito comum") é o direito que se desenvolveu em certos países por meio das decisões dos tribu- nais, e não mediante atos legislativos.c) Doutrina - A opinião dos juristas sobre uma ma- téria concreta do direito. d) Jurisprudência - Conjunto de interpretações das normas do direito proferidas pelos tribunais (Poder Judiciário). (ESAF/2006 - Técnico da Receita Federal) A pri- mordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil é: a) A lei. b) A doutrina. c) A jurisprudência. d) Os costumes. e) O vade-mécum. (ESAF/2000 - Técnico da Receita Federal) A fon- te formal e primordial do Direito Administrativo é a (o): a) Motivação que a fundamenta. b) Povo. c) Parlamento. d) Diário Oficial. e) Lei. Administração Pública na Constituição Federal Capítulo VII - Da Administração Pública Seção I - Disposições Gerais Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, morali- dade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal n.º 19 de 1998) Princípios Básicos da Administração 1. Legalidade - O princípio da legalidade determina que a administração (e os administradores), além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, so- mente pode agir segundo a lei. 2. Impessoalidade - Princípio segundo o qual a administração se move pelo interesse público e não por interesses pessoais. 3. Moralidade - O princípio da moralidade pública contempla a determinação jurídica da observância de preceitos éticos produzidos pela sociedade, variáveis segundo as circunstâncias de cada caso. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3 4. Publicidade - Como regra geral, os atos pratica- dos pelos agentes administrativos não devem ser sigilosos. Portanto, há ressalvas legalmente estabe- lecidas e decorrentes de razões de ordem lógica, como os atos governamentais que envolvem segu- rança do Estado ou que tratam de assuntos que envolvem a vida privada e a intimidade das pesso- as. No entendimento do Supremo Tribunal Federal: “A publicidade e o direito à informação não podem ser restringidos com base em atos de natureza discricionária, salvo quando justificados, em casos excepcionais, para a defesa da honra, da imagem e da intimidade de terceiros ou quando a medida for essencial para a proteção do interesse público” (STF/RMS 23036 - DJ 25/08/2006). 5. Eficiência - O princípio da eficiência é o que impõe à administração pública e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre em busca da qualidade, rimando pela ado- ção dos critérios legais e morais necessários para melhor utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior rentabilidade social. Mais especificamente, é a aplicabilidade prática da noção de administração gerencial. Princípios Doutrinários I mplícitos A doutrina moderna6 tem considerado outros prin- cípios, além daqueles previstos no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Assim, segue abaixo os princípios doutrinários da Administração Pública. 1. Supremacia do Interesse Público Sobre o Particular - O interesse público deve ser conceitu- ado como interesse resultante do conjunto dos inte- resses que os indivíduos pessoalmente têm quando considerado em sua qualidade de membros da sociedade. Desta maneira, discorre Luiz Alberto Araújo7: "O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, coloca os interesses da Administração Pública em sobreposição aos inte- resses particulares que com os dela venham even- tualmente colidir". Ligado ao princípio de suprema- cia do interesse público - também chamado de princípio da finalidade pública - está o princípio da indisponibilidade do interesse público que, se- gundo Celso Antonio Bandeira de Mello, "significa que sendo interesses qualificados como próprios da coletividade - internos ao setor público - não se encontram à livre disposição de quem quer que seja, por inapropriáveis. 6 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Administra- tivo. Editora Atlas: São Paulo, 2005. DI PIETRO, Maria S- ylvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004. 7 ARAUJO, Luiz Alberto David. NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora São Paulo: Saraiva, 2001. O próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles, no sentido de que lhe incumbe apenas curá-los - o que é também um dever - na estrita conformidade do que dispuser a intentio legis8". 2. Presunção de Legitimidade - Esse princípio, que alguns chamam de princípio da presunção de legalidade (ou veracidade), abrange dois aspectos: de um lado, a presunção de verdade, que diz res- peito à certeza dos fatos. De outro lado, a presun- ção da legalidade, pois, se a Administração Pública se submete à lei, presume-se, até prova em contrá- rio, que todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes. Trata-se de presunção relativa (juris tantum9) que, como tal, admite prova em contrário. 3. Especialidade - Dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público decorre, dentre outros, o princípio da especialidade, concer- nente à idéia de descentralização administrativa. Quando o Estado cria pessoas jurídicas públicas administrativas - as autarquias - a lei que cria a entidade estabelece com precisão as finalidades que lhe incumbe atender, de tal modo que não cabe aos seus administradores afastar-se dos objetivos definidos na lei, isto precisamente pelo fato de não terem a livre disponibilidade dos interesses públi- cos. Embora esse princípio seja normalmente refe- rido às autarquias, não há razão para negar a sua aplicação quanto às demais pessoas jurídicas da administração pública. 4. Controle ou Tutela - Na estruturação da Admi- nistração Pública há uma desconcentração e des- centralização de competência e poderes visando sempre a especialização e a eficiência. Para tanto, são criados órgãos e pessoas jurídicas, que terão certa independência funcional, financeira e adminis- trativa. Surge, por conseguinte, o dever e a neces- sidade de se controlar e fiscalizar esses órgãos e pessoas administrativas, com o objetivo de certificar a fiel observância de seus fins institucionais. 5. Auto-Tutela - Enquanto pela tutela, a Adminis- tração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela mesma instituída, pela auto-tutela o controle se exerce sobre os próprios atos, com a possibili- dade de anular os ilegais e revogar os inconvenien- tes ou inoportunos, independentemente de recurso ao Poder Judiciário. 6. Hierarquia - Os órgãos da Administração Públi- ca são estruturados de tal forma que se cria uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições definidas na lei. 8 Intentio Legis: A finalidade da lei. 9 Juris Tantum: Somente de direito, a admitir prova em contrá- rio. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 4 Desse principio, que só existe relativamente às funções administrativas (não em relação às legisla- tivas e judiciais), decorre uma série de prerrogati- vas para a Administração como a revisãodos atos dos subordinados, a delegação e avocação de atri- buições e as punições. Já para o subordinado sur- ge o dever de obediência. 7. Razoabilidade - O princípio da razoabilidade impõe que a Administração Pública, ao atuar no exercício do poder discricionário, terá de obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal de pessoas equilibra- das e com as finalidades que presidiram a outorga da competência exercida. 8. Proporcionalidade - O princípio da proporcio- nalidade tem o objetivo de coibir excessos, por meio da aferição da compatibilidade entre os meios e os fins da atuação administrativa, para evitar res- trições desnecessárias ou abusivas. Por força deste princípio, não é lícito à Administração Pública valer- se de medidas restritivas ou formular exigências aos particulares além daquilo que for estritamente necessário para a realização da finalidade pública almejada. 9. Motivação - O princípio da motivação determina que a autoridade administrativa deve apresentar as razões que a levaram a tomar uma decisão. A moti- vação é uma exigência do Estado de Direito, ao qual é inerente, entre outros direitos dos adminis- trados, o direito a uma decisão fundada, motivada, com explicitação dos motivos. Sem a explicitação dos motivos torna-se extremamente difícil aferir a correção daquilo que foi decidido. 10. Continuidade do Serviço Público - Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode ser interrompido. Dele decorrem conseqüências importantes como, por exemplo, a necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substi- tuição para preencher as funções públicas tempora- riamente vagas. 11. Segurança Jurídica - O princípio da segurança jurídica ou da estabilidade das relações jurídicas impede a desconstituição injustificada de atos ou situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido al- guma inconformidade com o texto legal durante sua constituição. Muitas vezes, o desfazimento do ato ou da situação jurídica por ele criada pode ser mais prejudicial do que sua manutenção, especialmente quanto a repercussões na ordem social. 12. Economicidade - Seguindo a linha de orienta- ção da finalidade pública dos atos da Administra- ção, temos como desdobramento do princípio da economicidade que, incorporado literalmente pelo caput do artigo 70 da Constituição Federal, nada mais traduz do que o dever de eficiência do admi- nistrado na gestão do dinheiro público. Alguns doutrinadores, como Maria Sylvia Zanella di Pietro e Alexandre de Moraes, não consideram a economicidade como um princípio da administração pública, já que o preceito estaria embutido no con- ceito do princípio da eficiência. I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requi- sitos estabelecidos em lei, assim como aos estran- geiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emen- da Constitucional n.º 19 de 1998) Cargo & Emprego Público Agente Público É toda pessoa, vinculada ou não ao Estado, que presta serviço ao mesmo, de forma permanente ou ocasional. É a parte humana do Estado. A doutrina majoritária classificou os vários tipos de agentes públicos em 5 modalidades (Agentes Políticos, A- gentes Honoríficos, Agentes Delegados, Agentes Credenciados e Agentes Administrativos). Agentes Políticos São os que ocupam os cargos principais na estrutu- ra constitucional, em situação de representar a vontade política do Estado. São chamados, pelo art. 39 § 4º da CF/88, de “membros de poder”. São os componentes do Governo nos seus primeiros os escalões, investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para o exercício de atribuições consti- tucionais. Esses agentes atuam com plena liberdade funcio- nal, desempenhando suas atribuições com prerro- gativas e responsabilidades próprias, estabelecidas na Constituição e em leis especiais. Não são servi- dores ou empregados públicos, nem se sujeitam ao regime jurídico estabelecido pela Constituição Fe- deral de 1988 para os servidores públicos. Têm normas específicas para sua escolha, investidura, conduta e processo por crimes funcionais e de res- ponsabilidade, que lhes são privativos. Nesta categoria encontram-se os Chefes do Execu- tivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros e Secretários de Estado e de Município), os membros das Corporações Legislativas (Senadores, Deputa- dos e Vereadores), os membros do Poder Judiciário (ministros, desembargadores e juizes), os membros do Ministério Público (Procuradores da República, Procuradores de Justiça e Promotores Públicos), os membros dos Tribunais de Contas (Ministros, Audi- tores e Conselheiros), os representantes diplomáti- cos e demais autoridades que atuam com indepen- dência funcional no desempenho de atribuições governamentais, judiciais ou quase-judiciais, estra- nhas ao quadro do servidor público. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5 Agentes Honoríficos São particulares que colaboram com o poder públi- co voluntária ou compulsoriamente (pessoas que são requisitadas). Cidadãos convocados, designa- dos ou nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao Estado, em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua notória capacidade profissional, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente sem remuneração. Tais serviços constituem o cha- mado múnus público, ou serviços públicos relevan- tes. Agentes Credenciados São os que recebem a incumbência da Administra- ção para representá-la em determinado ato ou pra- ticar certa atividade específica, mediante remune- ração do Poder Público credenciante. Nesta cate- goria podemos elencar alguns dos peritos que atu- am no poder judiciário mediante credenciamento, bem como os tradutores juramentados e leiloeiros oficiais. Agentes Delegados Particulares que exercem atividade pública median- te poder delegado pelo governo. São particulares que recebem a incumbência da execução de de- terminada atividade ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas se- gundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Esses agentes não são servidores públicos, nem honoríficos, nem repre- sentantes do Estado. Todavia, constituem uma categoria à parte de colaboradores do Poder Públi- co. Nessa categoria encontram-se os concessioná- rios e permissionários de serviços públicos, os ser- ventuários de ofícios ou cartórios não estatizados, todos os terceirizados e as demais pessoas que recebem delegação para a prática de alguma ativi- dade estatal ou serviço de interesse coletivo. Agentes Administrativos São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais, ou ainda às empresas públicas e sociedades de eco- nomia mista por relações profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico da entida- de estatal a que servem. São os servidores (civis ou militares) e empregados públicos, bem como os temporários. A Constituição Federal admite as se- guintes modalidades: servidores públicos de car- go efetivo (concursados), servidores públicos de cargo em comissão, empregados públicos e tem- porários. TEMPORÁRIOS Contratação por excep- cional necessidade pública. Assinam con- trato de trabalho por tempo determinado. Legislação: Contra- tação regulamentadapela Lei n.° 8.745/1993. CARGO PÚBLICO 1. Criado por lei (ordi- nária), que define a modalidade do cargo e os requisitos para in- gresso. 2. Civil ou Militar. 3. Preenchido pelos Servidores Públicos, que obedecerão a CF/88 e os Estatutos. Cargo Efetivo: In- EMPREGO PÚBLICO 1. Criado por lei (ordi- nária), que define a modalidade do empre- go e os requisitos para ingresso. 2. Somente Civil. 3. Preenchido pelos Empregados Públi- cos, que obedecerão a CF/88, a CLT e a Lei n.º 9.962/2000. Emprego com ingres- so via concurso público. Emprego com livre admissão e livre demis- são. Somente para os casos de direção, chefia e assessoramento. Assinam um contrato de trabalho por tempo inde- terminado. II - a investidura em cargo ou emprego público de- pende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea- ções para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso pú- blico de provas ou de provas e títulos será convo- cado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Comentário - O STJ decidiu, em 2008, que o can- didato aprovado em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital tem o direito à nomeação, como pode ser verificado na questão abaixo (19/04/2009): (CESPE/2009 - Técnico Judiciário do TRT 17ª Região/ES) O Superior Tribunal de Justiça entende que o candidato aprovado em concurso público dentro do limite das vagas previstas em edital tem direito à nomeação. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 6 V - as funções de confiança, exercidas exclusi- vamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assesso- ramento; (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal n.º 19 de 1998) VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) Comentário - O STF já definiu em inúmeras juris- prudências que o direito de greve é uma norma constitucional de eficácia limitada. Porém, há um novo entendimento do sobre o assunto, como pode ser verificado na questão abaixo: (CESPE/2008 - Agente Técnico Jurídico do MPE/AM) O direito de greve de servidor público ainda não foi devidamente regulamentado. Sendo assim, segundo entendimento do STF, aos casos de greve desses servidores devem ser aplicadas, no que couber, as mesmas normas do exercício do direito de greve da iniciativa privada. VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em- pregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; Conceitos Financeiros Constituição Federal - Art. 39 § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remunera- tória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. Lei n.º 8.112/1990 - Art. 40. Vencimento é a retri- buição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Lei n.º 8.112/1990 - Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vanta- gens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. Proventos - É o nome do “salário” dos inativos. Pensão - É o nome do “salário” dos pensionistas. X - a remuneração dos servidores públicos e o sub- sídio de que trata o § 4º do art. 39 somente pode- rão ser fixados ou alterados por lei específica, ob- servada a iniciativa privativa em cada caso, assegu- rada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da adminis- tração direta, autárquica e fundacional, dos mem- bros de qualquer dos Poderes da União, dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos Municípios, dos de- tentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Go- vernador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargado- res do Tribunal de Justiça, limitado a noventa intei- ros e vinte e cinco centésimos por cento do subsí- dio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públi- cos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) TABELA10 Poder Executivo Poder Legislativo Poder Judiciário Esfera Federal Subsídio dos Minis- tros do STF Subsídio dos Minis- tros do STF Subsídio dos Ministros do STF Esfera Estadual e Distrito Federal Subsídio do Governador Subsídio dos Depu- tados Esta- duais e Distritais Subsídio dos Desembar- gadores do Tribunal de Justiça Esfera Municipal Subsídio do Prefeito Subsídio do Prefeito ****** Definições sobre o Teto de Poder Executivo 1. Agentes do poder Executivo Federal: não superi- or ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 2. Agentes do poder Executivo Estadual: não supe- rior ao subsídio mensal, em espécie, do Governa- dor do Estado. 3. Agentes do poder Executivo do Distrito Federal: não superior ao subsídio mensal, em espécie, do Governador do Distrito Federal. 10 TAMEZ, Carlos André Silva. PRADO, Leandro Cadenas do. Ética na Administração Pública. 2ª Edição. Editora Impe- tus: Niterói/RJ, 2004, p. 130. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7 4. Agentes do poder Executivo Municipal: não supe- rior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal. Definições sobre o Teto de Poder Legislativo 1. Agentes do poder Legislativo Federal: não supe- rior ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 2. Agentes do poder Legislativo Estadual: não su- perior ao subsídio mensal, em espécie, dos Depu- tados Estaduais. 3. Agentes do poder Legislativo do Distrito Federal: não superior ao subsídio mensal, emespécie, dos Deputados Distritais. 4. Agentes do poder Legislativo Municipal: não su- perior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito Municipal. Definições sobre o Teto de Poder Judiciário 1. Ministros dos demais Tribunais Superiores (STJ - TST - TSE - STM): subsídio não superior à 95% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su- premo Tribunal Federal (artigo 93, inciso V da CF/88). 2. Desembargadores do Tribunal de Justiça, mem- bros do Ministério Público Estadual, Procuradores Estaduais e Defensores Públicos Estaduais: subsí- dio não superior a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Fede- ral. 3. Agentes do poder Judiciário Estadual: não supe- rior ao subsídio mensal, em espécie, dos Desem- bargadores do Tribunal de Justiça. 4. Agentes do poder Judiciário Federal: subsídio não superior ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislati- vo e do Poder Judiciário não poderão ser superio- res aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) Vinculação - “É a relação de comparação vertical, diferente da equiparação, que é a relação horizon- tal. Vincula-se um cargo inferior, isto é, de menores atribuições e menor complexidade, com outro supe- rior, para efeito de retribuição, mantendo-se certa diferença de vencimentos entre um e entre outro, de sorte que, aumentando-se os vencimentos de um, o outro também fica automaticamente majora- do, para guardar a mesma distância preestabeleci- da”. Equiparação - 11“É a comparação de cargos de denominação e atribuições diversas, considerando- os iguais para fins de se lhes conferirem os mes- mos vencimentos”. XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acu- mulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n.º 19 de 1998) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, res- salvado o disposto nos incisos XI e XIV deste arti- go e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) Art. 37 inciso XI - Teto remuneratório. Art. 37 inciso XIV - Proibição de cálculo de adi- cionais e gratificações sobre benefícios já concedi- dos. Art. 39 § 4º - Limitação aos valores dos subsí- dios. Art. 150 inciso II - Vedação ao tratamento desi- gual entre contribuintes (tributos) por razão profis- sional. Art. 153 inciso III e § 2º inciso I - Dispõe sobre o Imposto de Renda. XVI - é vedada a acumulação remunerada de car- gos públicos, exceto, quando houver compatibilida- de de horários, observado em qualquer caso o dis- posto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Consti- tucional n.º 19 de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regula- mentadas; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n.º 34 de 2001) Estatuto dos Servidores Civis da União Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Cons- tituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. § 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de eco- nomia mista da União, do Distrito Federal, dos Es- tados, dos Territórios e dos Municípios. 11 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15 ª Edição. Editora Malheiros: São Paulo, 1998. Pág. 659. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 8 § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários. XVII - a proibição de acumular estende-se a em- pregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) XVIII - a administração fazendária e seus servido- res fiscais terão, dentro de suas áreas de compe- tência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fun- dação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) Autarquia - Criada por lei Empresa Pública - Autorizada por lei Sociedade de Economia Mista - Autorizada por lei Fundação Pública - Autorizada por lei + lei complementar para definir as áreas de sua atuação XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades men- cionadas no inciso anterior, assim como a partici- pação de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legis- lação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabe- leçam obrigações de pagamento, mantidas as con- dições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualifica- ção técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ativi- dades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de infor- mações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 42 de 2003) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da auto- ridade responsável, nos termos da lei. II - a investidura em cargo ou emprego público depen- de de aprovação prévia em concurso público de pro- vas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela E- menda Constitucional n.º 19 de 1998) I - as reclamações relativas à prestação dos ser- viços públicos em geral, asseguradas a manuten- ção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externae interna, da qualida- de dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitu- cional n.º 19 de 1998) II - o acesso dos usuários a registros administrati- vos e a informações sobre atos de governo, ob- servado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a hon- ra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públi- cos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva- das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à seguran- ça da sociedade e do Estado; III - a disciplina da representação contra o exer- cício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 4º Os atos de improbidade administrativa impor- tarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação pre- vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servi- dor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressal- vadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9 Teoria do Risco Administrativo Pessoas Jurídicas de Direito Público e de Direi- to Privado Prestadoras de Serviços Públicos perante Terceiros 1. A responsabilidade é denominada como objeti- va, porque independe de dolo ou culpa. No dolo, o agente atua com a intenção de causar o dano e na culpa, o agente não tem a intenção do dano, mas age com imperícia, imprudência e negligência. 2. Há doutrinas que defendem que quando a con- duta é omissiva, a responsabilidade da pessoa jurídica deve ser considerada subjetiva. Na res- ponsabilidade subjetiva, somente haverá o paga- mento de indenização se for provado dolo ou culpa por parte do agente causador. (CESPE/2009 - Carreira de Diplomata IRBr) Com relação à responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro, julgue o item a seguir: Tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa. Assim, somente será caracterizada a omissão, que gera o dever do Estado de indeni- zar, se houver, por parte deste, prévio dever legal de agir. (CESPE/2009 - Analista Judiciário do TRT 17ª Região/ES) Julgue o item a seguir, acerca da responsabilidade civil do Estado: O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados por agrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos de terceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvo quando se verificar omissão do poder público em garantir a integridade do patri- mônio danificado, hipótese em que a responsabili- dade civil é subjetiva. (CESPE/2009 - Analista Administrativo do TRE/GO) Um caminhão trafegava por uma ro- dovia mantida pela União quando sofreu um acidente com capotagem. A velocidade empre- endida pelo motorista era a permitida, e a capo- tagem foi causada pelos bruscos movimentos realizados para desviar de uma série de bura- cos presentes na pista. O acidente danificou o caminhão e gerou a perda de toda a carga. Com base nessa situação, analise as asserti- vas: 1. Houve culpa exclusiva da vítima. 2. A responsabilização do Estado ocorrerá na for- ma subjetiva. 3. No caso presente, a identificação do agente público causador do dano é de fácil identificação, o que possibilita ao Estado valer-se de ação regres- siva, caso seja obrigado a indenizar a vítima. 3. Há que se provar o nexo causal. Nexo causal ou nexo de causalidade nada mais é do que a prova de que o dano foi proveniente do agente público. Esta prova, bem como o valor da indenização, é definida através de um processo judicial movido pelo terceiro (vítima). 4. Há jurisprudências que admitem a excludente de culpabilidade da pessoa jurídica por culpa ex- clusiva da vitima (terceiro prejudicado), culpa recí- proca, fenômenos naturais e outras variáveis. (CESPE/2007 - Procurador Jurídico da Prefeitu- ra de Rio Branco) Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte: No âmbito da responsabilidade civil do Estado, a Constituição Federal de 1988 adotou a teoria do risco administrativo. Dessa forma, a responsabili- dade objetiva será afastada se o Estado compro- var, como matéria de defesa, a ausência do nexo causal entre o dano e a ação do Estado, como, por exemplo, a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro ou, ainda, força maior ou caso fortuito. Agente perante as Pessoas Jurídicas de Direito Público e de Direito Privado Prestadoras de Serviços Público 1. As pessoas jurídicas agem através de seus agentes, que depois responderão em Ação de Regresso ou Regressiva. Na Ação de Regresso, a responsabilidade do agente é subjetiva, porque depende de dolo ou culpa. 2. Ação de Regresso significa reaver o valor pago na indenização que foi paga ao terceiro. O proces- so mais usado para apurar este tipo de responsa- bilidade é aquele previsto na Lei de Improbidade Administrativa - Lei n.º 8.429/1992. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administra- ção direta e indireta que possibilite o acesso a in- formações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e finan- ceira dos órgãos e entidades da administração dire- ta e indireta poderá ser ampliada mediante contra- to, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de de- sempenho, direitos, obrigações e responsabilida- de dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 10 (ESAF/2006 - Analista Administrativo da ANEEL) A autonomia gerencial, financeira e orçamentá- ria dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante: a) Termo de parceria. b) Protocolo de intenções. c) Contrato de gestão. d) Convênio. e) Consórcio. § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da Uni- ão, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí- pios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- tucional n.º 19 de 1998) Regra Geral - Os empregados das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias NÃO se subordinam ao teto remunera- tório do artigo 37 XI da Constituição Federal. Exceção - Aplica-se às empresas públicas, soci- edades de economia mista e suas subsidiárias que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal oudos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. § 10. É vedada a percepção simultânea de proven- tos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, em- prego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os car- gos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitu- cional n.º 47 de 2005) § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargado- res do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supre- mo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Es- taduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 47 de 2005) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta- dual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandato de Prefeito, será afasta- do do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul- tado optar pela sua remuneração; Comentário - O Supremo Tribunal Federal tem jurisprudência favorável no sentido de que o servi- dor eleito para o cargo de Vice-Prefeito gozará do mesmo benefício do servidor eleito para Prefeito. SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO NO MANDATO DE VICE-PREFEITO. Aplicam-se-lhe, por analogia, as disposições contidas no inciso II do art. 38 da Constituição Federal. (ADI 199, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 22/04/98, DJ de 07/08/98) III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta- gens de seu cargo, emprego ou função, sem pre- juízo da remuneração do cargo eletivo, e, não ha- vendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento pa- ra o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - para efeito de benefício previdenciário, no ca- so de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse. Seção II - Dos Servidores Públicos Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competên- cia, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. Comentário - O caput do art. 39 foi suspenso devi- do uma liminar em ADIn (Medida Liminar 2135-4). Assim, enquanto a Ação Direta de Inconstitucionali- dade, que questiona a validade ou não da Emenda Constitucional 19/98 não for julgada, está em vigor o Regime Jurídico Único. ADIN - “O Tribunal, por maioria, vencidos os Se- nhores Ministros Nelson Jobim, Ricardo Lewan- dowski e Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 039, caput, da Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional n.º 19, de 04 de junho de 1998, tudo nos termos do voto do relator originário, Ministro Néri da Silveira, esclarecido, nesta assen- tada, que a decisão - como é próprio das medidas cautelares - terá efeitos ex nunc, subsistindo a legislação editada nos termos da emenda declara- da suspensa”. Acórdão DJ 07/03/2008 Informação datada de 16/09/2009 - “Aguardando Julgamento” Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11 (CESPE/2009 - Auditor de Tecnologia da Infor- mação do TCU) Acerca da administração públi- ca, julgue os itens que se seguem. Atualmente, em razão de decisão do Supremo Tri- bunal Federal, a União, os estados, o Distrito Fede- ral (DF) e os municípios devem instituir, no âmbito de suas competências, regime jurídico único e pla- nos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações pú- blicas. § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; II - os requisitos para a investidura; III - as peculiaridades dos cargos. § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal man- terão escolas de governo para a formação e o aper- feiçoamento dos servidores públicos, constituindo- se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a ce- lebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, po- dendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exi- gir. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajus- tes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remune- ração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XV - repouso semanal remunerado, preferencial- mente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário supe- rior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do nor- mal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXX - proibição de diferença de salários, de exercí- cio de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusi- vamente por subsídio fixado em parcela única, ve- dado o acréscimo de qualquer gratificação, adicio- nal, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qual- quer caso, o disposto no art. 37, X e XI. § 5º Lei da União, dos Estados,do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação en- tre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recur- sos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treina- mento e desenvolvimento, modernização, reapare- lhamento e racionalização do serviço público, inclu- sive sob a forma de adicional ou prêmio de produti- vidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos orga- nizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Redação dada pela EC n.º 19 de 1998) Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 12 Sistemas de Previdência da Constituição Art. 40 - Servidores Públicos Civis de Cargo Efetivo Art. 42/142 - Servidores Públicos Militares Art. 201/202 - RGPS (Regime Geral da Previdência Social), aplicável aos empregados da iniciativa pri- vada, Empregados Públicos e Servidores Civis de Cargo Comissionado. Lei n.º 10.887 de 18 de junho de 2004 Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de 11% (onze por cento), incidente sobre a totalidade da base de contribuição. Art. 5º Os aposentados e os pensionistas de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, contribuirão com 11% (on- ze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões con- cedidas de acordo com os critérios estabelecidos no art. 40 da Constituição Federal e nos arts. 2º e 6º da Emenda Constitucional n.º 41, de 19 de de- zembro de 2003, que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social. § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de pre- vidência de que trata este artigo serão aposenta- dos, calculados os seus proventos a partir dos va- lores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia pro- fissional ou doença grave, contagiosa ou incurá- vel, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida- de, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Consti- tucional n.º 20 de 1998) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no servi- ço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitu- cional n.º 20 de 1998) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco a- nos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela EC n.º 20 de 1998) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proven- tos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela EC n.º 20 de 1998) PRAZOS Homem Mulher aposentadoria “por tempo de contribuição” 60 anos de idade + 35 anos de con- tribuição 55 anos de idade + 30 anos de con- tribuição aposentadoria “por idade” 65 anos de idade 60 anos de idade § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exce- der a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que ser- viu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadori- a, por ocasião da sua concessão, serão considera- das as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdên- cia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) Comentário - O artigo 201 da CF/88 dispõe sobre o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este arti- go, ressalvados, nos termos definidos em leis com- plementares, os casos de servidores: I - portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condi- ções especiais que prejudiquem a saúde ou a in- tegridade física. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 47 de 2005) § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribu- ição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que com- prove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) PRAZOS Homem Mulher magistério na função de pro- fessor (a) 55 anos de idade + 30 anos de con- tribuição 50 anos de idade + 25 anos de con- tribuição § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constitui- ção, é vedada a percepção de mais de uma apo- sentadoria à conta do regime de previdência previs- to neste artigo. (Redação dada pela Emenda Cons- titucional n.º 20 de 1998) Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13 § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) II - ao valor da totalidade da remuneração do ser- vidor no cargo efetivo em que se deu o falecimen- to, até o limite máximo estabelecido para os bene- fícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em ativida- de na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o va- lor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela EmendaConstitucional n.º 41 de 2003) § 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentado- ria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de pro- ventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela E- menda Constitucional n.º 20 de 1998) § 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisi- tos e critérios fixados para o regime geral de previ- dência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nome- ação e exoneração bem como de outro cargo tem- porário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previ- dência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal n.º 20 de 1998) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o dispos- to no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) Comentário - O artigo 202 da CF/88 define regras para os planos de previdência complementar. § 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli- cado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de institui- ção do correspondente regime de previdência com- plementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998) § 17. Todos os valores de remuneração considera- dos para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 2003) § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máxi- mo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria vo- luntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribui- ção previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con- tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 14 § 20. Fica vedada a existência de mais de um regi- me próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma uni- dade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003) Comentário - O art. 142 § 3º, inciso X comenta sobre os servidores da Forças Armadas. § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitan- te. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 47 de 2005) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela E- menda Constitucional n.º 19 de 1998) III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao car- go de origem, sem direito a indenização, aproveita- do em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desneces- sidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de servi- ço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) § 4º Como condição para a aquisição da estabilida- de, é obrigatória a avaliação especial de desempe- nho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998) Organização Administrativa da União 1. Teoria Geral do Estado Antes de adentrarmos as regras do Regime Jurídi- co Administrativo, cumpre-nos delimitar alguns con- ceitos básicos de Teoria Geral do Estado. Sabemos que o estado submete seus atos em relação aos cidadãos. Ele (o Estado) também reconhece os direitos individuais e observa o direito por ele mes- mo instituído. São elementos do Estado o povo (componente humano), o território (sua base física) e um governo soberano e independente (é seu elemento condutor, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo). Há uma divisão política do território nacional - União, Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios - e também uma estrutura de Poderes (Legislativo, Exe- cutivo e Judiciário). Destes poderes fluem as entida- des da administraçãopública. No geral, todo órgão ou entidade está subordinada a um dos três poderes, com exceção do Ministério Público e do Conselho Nacional do Ministério Público onde há discussões doutrinárias. Estas entidades vão desempenhar fun- ções específicas determinadas em lei. União: Pessoa Jurídica (entidade) Órgãos do Poder EXE- CUTIVO da União Presidência da República Ministérios Função: Administrar a sociedade e a máquina pública. Órgãos do Poder LE- GISLATIVO da União Câmara dos Deputados Senado Federal Tribunal de Contas da União - TCU Função: Legislar e outras atividades correlatas. Órgãos do Poder JUDI- CIÁRIO da União STF - Supremo Tribunal Federal STJ - Superior Tribunal de Justiça STM - Superior Tribunal Militar TST - Tribunal Superior do Trabalho TSE - Tribunal Superior Eleitoral TRF - Tribunal Regional Federal (5) TRT - Tribunal Regional do Trabalho (24) TRE - Tribunal Regional Eleitoral (27) CNJ - Conselho Nacional de Justiça Função: Julgar os litígios da sociedade. Outros Ór- gãos MPU - Ministério Público da União CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público da União Função: Fiscalizar a aplicação da lei. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 15 2. Administração Pública Administração Pública, segundo o autor Alexandre de Moraes12, pode ser definida objetivamente como “a atividade concreta e imediata que o Estado desen- volve para assegurarem os interesses coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pes- soas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da função administrativa do Estado”. Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos: "Em sentido objetivo, material ou funcio- nal, a administração pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desen- volve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos. Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Ad- ministração Pública, como sendo o conjunto de ór- gãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado". Em sentido objetivo, é a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É a administração da coisa pública (res publica). Já no sentido subjetivo é o conjunto de agentes, órgãos e entidades designadas para executar atividades administrativas. Assim, administração pública em sentido material é administrar os interesses da coletividade e em senti- do formal é o conjunto de entidade, órgãos e agentes que executam a função administrativa do Estado. 3. Regime Jurídico Administrativo Regime Jurídico da Administração Pública, se- gundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, é um termo utilizado para designar, em sentido amplo, os regi- 12 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. Editora Atlas: São Paulo, 2007. mes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se o Estado descrito acima. Já a expressão Regime Jurídico Administrativo, é reservada tão somente para abranger o conjunto de traços ou conotações, que tipificam o direito adminis- trativo, colocando a Administração Pública numa posição privilegiada na relação jurídica- administrativa. Significa dizer então que o regime administrativo resume-se em duas palavras: prerro- gativas (privilégios) e sujeições (restrições). A par dessas prerrogativas que colocam a administração em posição de supremacia perante o particular, exis- tem as sujeições ou restrições que limitam sua ativi- dade a determinados fins e princípios, sob pena de nulidade do ato administrativo praticado e até, em certos casos, de responsabilização da autoridade pública que o praticou ou o editou. Citam-se entre tais restrições, o princípio da impessoalidade administra- tiva determinando a observância, por exemplo, de concurso público para ingresso de pessoal no serviço público, licitação pública para aquisição de bens ou serviços de particulares, ater-se ao princípio da estri- ta legalidade, dar publicidade aos atos administrati- vos e outras restrições que limitam a atividade admi- nistrativa. 4. Teoria do Órgão Público O Estado é pessoa jurídica de direito público e, como tal, não dispõe de vontade própria. Por isto, atua através de pessoas físicas chamadas Agentes Públi- cos. Daí surgiram diversas teorias para explicar as relações do Estado com os seus agentes, como a teoria do mandato e a teoria da representação, entre as quais, a teoria do órgão, ou teoria do órgão públi- co. Pela teoria do órgão público, a pessoa jurídica (o Estado) manifesta sua vontade através de seus ór- gãos específicos, de tal modo que quando os agen- tes que os compõem manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse. A ação de um agente no cumprimento do seu dever é imputada à pessoa jurídica que ela serve. Esta situação é defini- da por alguns doutrinadores como Teoria da Imputa- ção ou Teoria da Imputação Volitiva. (CESPE/2007 - Procurador Federal - AGU) De acordo com os postulados extraídos da teoria do órgão, aplicável à administração pública, julgue os itens seguintes. 1. As ações dos entes políticos - como União, estados, municípios e DF - concretizam-se por in- termédio de pessoas físicas, e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem. 2. Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabe- leceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou como sua principal característica o princípio da imputação volitiva. Assistente Administrativo da PF e PRF Teletransmitido Direito Administrativo Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 16 Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, o órgão pú- blico é definido como “uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado”. Na realidade, o órgão não se confunde com a pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes integrantes. A pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parcelas integrantes do todo. O órgão também não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque congrega funções que este vai exercer. Para o doutrinador Hely Lopes Meirelles, os órgãos públicos são “centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São unidades de ação, com atribui- ções específicas na organização estatal”. Assim, cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessaria- mente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica, o que explica porque a alteração de fun- ções, a vacância de cargos ou a mudança de seus titulares não acarreta a extinção do órgão. Portanto, os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas jurídicas como partes desses corpos vivos, dotados de vontade e capazes de exer- cer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. Por isso, os órgãos pú- blicos não têm personalidade jurídica nem vonta- de própria que são atributos do corpo e não das
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