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20090922115907 Thais Nunes Ass Pf PRF TRT MPU INSS Direito Administrativo apostila

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Assistente Administrativo da PF e PRF 
 
Teletransmitido Direito Administrativo 
 
Atualizada 16/09/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
1
 
Direito Administrativo 
Prof. Thais Nunes | contato@thaisnunes.com.br
 
TWITTER | http://twitter.com/ThaisNunesCWB
 
Programas do Curso 
TRT 9ª Região - Analista Administrativo 
CESPE - Edital de 11/09/2007 
1. Administração pública: princípios básicos. 
2. Poderes Administrativos: poder hierárquico; poder 
disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia. 
3. Serviços Públicos: conceito e princípios. 
4. Ato Administrativo: conceito, requisitos e atributos; 
anulação, revogação e convalidação; discricionariedade 
e vinculação. 
5. Contratos Administrativos: conceito e características. 
6. Licitação: princípios, modalidades, dispensa e inexi-
gibilidade. 
7. Servidores públicos: cargo, emprego e função públi-
cos. 
8. Lei n.º 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civis da União): Das disposições preliminares; 
Do provimento, vacância, remoção, redistribuição e 
substituição. Dos direitos e vantagens: do vencimento e 
da remuneração; das vantagens; das férias; das licen-
ças; dos afastamentos; do direito de petição. Do regime 
disciplinar: dos deveres e proibições; da acumulação; 
das responsabilidades; das penalidades. 
9. Processo Administrativo (Lei n.º 9.784/1999): das 
disposições gerais; dos direitos e deveres dos adminis-
trados. 
10. Lei n.º 8.429 de 02/06/1992: das disposições gerais; 
dos atos de improbidade administrativa. 
MPU - Técnico Área Administrativa 
FCC - Edital de 23/10/2006 
1. Atos Administrativos: conceito; requisitos; atributos; 
classificação; invalidação. 
2. Contratos Administrativos: idéia central sobre contra-
to; formalização; execução. 
3. Licitações: modalidades (Lei n.º 8.666/1993 e suas 
alterações). 
4. Servidor Público. Regime Jurídico dos Servidores 
Públicos Civis (Lei n.º 8.112/1990 e suas alterações). 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: Admi-
nistração Pública: disposições gerais; servidores públi-
cos civis. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: Normas sobre o 
Processo Administrativo no âmbito da Administração 
Pública Federal (Lei n.º 9.784, de 29/01/1999). 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: Lei de Improbi-
dade Administrativa (Lei n.º 8.429, de 02/06/1992). 
INSS - Técnico do Seguro Social 
CESPE - Edital de 26/12/2007 
1. Estado, governo e administração pública: conceitos, 
elementos, poderes e organização; natureza, fins e 
princípios. 
2. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. 
3. Organização Administrativa da União: administração 
direta e indireta. 
4. Agentes Públicos: espécies e classificação; poderes, 
deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públi-
cos; regime jurídico único: provimento, vacância, remo-
ção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; 
regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e 
administrativa. 
5. Poderes Administrativos: poder hierárquico; poder 
disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e 
abuso do poder. 
6. Ato Administrativo: validade, eficácia; atributos; ex-
tinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies 
e exteriorização; vinculação e discricionariedade. 
7. Serviços Públicos; conceito, classificação, regula-
mentação e controle; forma, meios e requisitos; delega-
ção: concessão, permissão, autorização. 
8. Controle e responsabilização da administração: con-
trole administrativo; controle judicial; controle legislativo; 
responsabilidade civil do Estado. 
9. Lei n.º 8.429/1992 (dispõe sobre as sanções aplicá-
veis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento 
ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou fun-
ção da administração pública direta, indireta ou funda-
cional e dá outras providências). 
 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO: Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal: Decreto n.º 1.171/94. 
 
Conceito e Fontes do Direito 
Administrativo 
1. Origem do Direito Administrativo - De acordo 
com Carlos Pinto Coelho Motta1, o nascimento do 
Direito Administrativo se deu somente após a Revo-
lução Francesa, com a idéia de Estado de Direito. 
Naquele momento nascia o conceito do princípio da 
legalidade, inclusive para aqueles que estavam no 
poder. 
2. Conceito de Direito Administrativo - O conceito 
varia para cada um dos doutrinadores. Primordial-
mente, sabemos que é um ramo do direito público, 
que regula a organização da atividade administrativa. 
 
 
1
 MOTTA, Carlos Pinto Coelho. Curso Prático de Direito Ad-
ministrativo. 2ª Edição. Del Rey: Belo Horizonte, 2004. 
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2
 
Hely Lopes Meirelles2 - “É o conjunto harmônico de princí-
pios que regem os órgãos, os agentes e as atividades públi-
cas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os 
fins desejados pelo Estado”. 
Maria Sylvia Zanella di Pietro3 - “É o ramo do direito públi-
co que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídi-
cas administrativas que integram a administração pública, a 
atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de 
que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza 
pública”. 
Celso Antônio Bandeira de Mello4 - “É o ramo do direito 
público que disciplina o exercício da função administrativa, 
assim como os órgãos que a desempenham”. 
 
3. Fontes do Direito Administrativo - As fontes do 
direito são os fatos jurídicos de que resultam nor-
mas. As fontes do direito não são unanimidade, as 
definições e relevância variam conforme a doutrina. 
As fontes formais do Direito podem ser principais
 
ou acessórias. A fonte principal do Direito Adminis-
trativo é a lei, ao passo que demais, fontes são 
acessórias. 
Cada país atribui importância maior ou menor a 
cada uma das fontes. Como regra geral, os países 
de tradição romano-germânica consideram a lei 
como principal fonte do direito - como no Brasil - 
deixando às demais o papel de fontes secundárias, 
na ausência de norma decorrente da lei. Já os paí-
ses que adotam o sistema da Common Law5, atri-
buem maior importância à jurisprudência. Tradicio-
nalmente, consideram-se como fontes do Direito 
Administrativo as seguintes: 
a) Lei - Entendida como o conjunto de textos edita-
dos pela autoridade superior (em geral, o poder 
Legislativo ou a Administração Pública), formulados 
por escrito e segundo procedimentos específicos. 
Lei no sentido lato sensu. 
b) Costumes - Regra não escrita que se forma pela 
repetição reiterada de um comportamento e pela 
convicção geral de que tal comportamento é obriga-
tório e necessário. Trata-se, em geral, de regras 
não escritas, introduzidas pelo uso continuado e 
com o consentimento tácito de todas as pessoas 
que as admitiram como norma de conduta. Os juris-
tas enxergam dois elementos constitutivos do cos-
tume jurídico: o material (a prática reiterada do 
comportamento costumeiro) e o subjetivo (a convic-
ção geral de que ele é necessário e obrigatório). 
 
 
2
 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 
21ª Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2008. 
3
 DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª 
Edição. Editora Atlas: São Paulo, 2004. 
4
 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Admi-
nistrativo. 
5 Common law (do inglês "direito comum") é o direito que se 
desenvolveu em certos países por meio das decisões dos tribu-
nais, e não mediante atos legislativos.c) Doutrina - A opinião dos juristas sobre uma ma-
téria concreta do direito. 
d) Jurisprudência - Conjunto de interpretações 
das normas do direito proferidas pelos tribunais 
(Poder Judiciário). 
(ESAF/2006 - Técnico da Receita Federal) A pri-
mordial fonte formal do Direito Administrativo 
no Brasil é: 
a) A lei. 
b) A doutrina. 
c) A jurisprudência. 
d) Os costumes. 
e) O vade-mécum. 
(ESAF/2000 - Técnico da Receita Federal) A fon-
te formal e primordial do Direito Administrativo 
é a (o): 
a) Motivação que a fundamenta. 
b) Povo. 
c) Parlamento. 
d) Diário Oficial. 
e) Lei. 
 
Administração Pública na 
Constituição Federal 
Capítulo VII - Da Administração Pública 
Seção I - Disposições Gerais 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade, publicidade
 
e eficiência
 
e, também, ao 
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n.º 19 de 1998)
 
Princípios Básicos da Administração 
1. Legalidade - O princípio da legalidade determina 
que a administração (e os administradores), além 
de não poder atuar contra a lei ou além da lei, so-
mente pode agir segundo a lei. 
2. Impessoalidade - Princípio segundo o qual a 
administração se move pelo interesse público e não 
por interesses pessoais. 
3. Moralidade - O princípio da moralidade pública 
contempla a determinação jurídica da observância 
de preceitos éticos produzidos pela sociedade, 
variáveis segundo as circunstâncias de cada caso. 
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4. Publicidade - Como regra geral, os atos pratica-
dos pelos agentes administrativos não devem ser 
sigilosos. Portanto, há ressalvas legalmente estabe-
lecidas e decorrentes de razões de ordem lógica, 
como os atos governamentais que envolvem segu-
rança do Estado ou que tratam de assuntos que 
envolvem a vida privada e a intimidade das pesso-
as. No entendimento do Supremo Tribunal Federal: 
“A publicidade e o direito à informação não podem 
ser restringidos com base em atos de natureza 
discricionária, salvo quando justificados, em casos 
excepcionais, para a defesa da honra, da imagem e 
da intimidade de terceiros ou quando a medida for 
essencial para a proteção do interesse público” 
(STF/RMS 23036 - DJ 25/08/2006). 
5. Eficiência - O princípio da eficiência é o que 
impõe à administração pública e a seus agentes a 
persecução do bem comum, por meio do exercício 
de suas competências de forma imparcial, neutra, 
transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e 
sempre em busca da qualidade, rimando pela ado-
ção dos critérios legais e morais necessários para 
melhor utilização possível dos recursos públicos, de 
maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se 
maior rentabilidade social. Mais especificamente, é 
a aplicabilidade prática da noção de administração 
gerencial. 
Princípios Doutrinários I mplícitos 
A doutrina moderna6 tem considerado outros prin-
cípios, além daqueles previstos no caput do artigo 
37 da Constituição Federal. Assim, segue abaixo os 
princípios doutrinários da Administração Pública. 
1. Supremacia do Interesse Público Sobre o 
Particular - O interesse público deve ser conceitu-
ado como interesse resultante do conjunto dos inte-
resses que os indivíduos pessoalmente têm quando 
considerado em sua qualidade de membros da 
sociedade. Desta maneira, discorre Luiz Alberto 
Araújo7: "O princípio da supremacia do interesse 
público sobre o privado, coloca os interesses da 
Administração Pública em sobreposição aos inte-
resses particulares que com os dela venham even-
tualmente colidir". Ligado ao princípio de suprema-
cia do interesse público - também chamado de 
princípio da finalidade pública - está o princípio da 
indisponibilidade do interesse público que, se-
gundo Celso Antonio Bandeira de Mello, "significa 
que sendo interesses qualificados como próprios da 
coletividade - internos ao setor público - não se 
encontram à livre disposição de quem quer que 
seja, por inapropriáveis. 
 
 
6
 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional Administra-
tivo. Editora Atlas: São Paulo, 2005. DI PIETRO, Maria S-
ylvia Zanella. Direito Administrativo. 17ª Edição. Editora 
Atlas: São Paulo, 2004. 
7
 ARAUJO, Luiz Alberto David. NUNES JUNIOR, Vidal Serrano. 
Curso de Direito Constitucional. 4ª Edição. Editora São 
Paulo: Saraiva, 2001. 
O próprio órgão administrativo que os representa 
não tem disponibilidade sobre eles, no sentido de 
que lhe incumbe apenas curá-los - o que é também 
um dever - na estrita conformidade do que dispuser 
a intentio legis8". 
2. Presunção de Legitimidade - Esse princípio, 
que alguns chamam de princípio da presunção de 
legalidade (ou veracidade), abrange dois aspectos: 
de um lado, a presunção de verdade, que diz res-
peito à certeza dos fatos. De outro lado, a presun-
ção da legalidade, pois, se a Administração Pública 
se submete à lei, presume-se, até prova em contrá-
rio, que todos os seus atos sejam verdadeiros e 
praticados com observância das normas legais 
pertinentes. Trata-se de presunção relativa (juris 
tantum9) que, como tal, admite prova em contrário. 
3. Especialidade - Dos princípios da legalidade e 
da indisponibilidade do interesse público decorre, 
dentre outros, o princípio da especialidade, concer-
nente à idéia de descentralização administrativa. 
Quando o Estado cria pessoas jurídicas públicas 
administrativas - as autarquias - a lei que cria a 
entidade estabelece com precisão as finalidades 
que lhe incumbe atender, de tal modo que não cabe 
aos seus administradores afastar-se dos objetivos 
definidos na lei, isto precisamente pelo fato de não 
terem a livre disponibilidade dos interesses públi-
cos. Embora esse princípio seja normalmente refe-
rido às autarquias, não há razão para negar a sua 
aplicação quanto às demais pessoas jurídicas da 
administração pública. 
4. Controle ou Tutela - Na estruturação da Admi-
nistração Pública há uma desconcentração e des-
centralização de competência e poderes visando 
sempre a especialização e a eficiência. Para tanto, 
são criados órgãos e pessoas jurídicas, que terão 
certa independência funcional, financeira e adminis-
trativa. Surge, por conseguinte, o dever e a neces-
sidade de se controlar e fiscalizar esses órgãos e 
pessoas administrativas, com o objetivo de certificar 
a fiel observância de seus fins institucionais. 
5. Auto-Tutela - Enquanto pela tutela, a Adminis-
tração exerce controle sobre outra pessoa jurídica 
por ela mesma instituída, pela auto-tutela o controle 
se exerce sobre os próprios atos, com a possibili-
dade de anular os ilegais e revogar os inconvenien-
tes ou inoportunos, independentemente de recurso 
ao Poder Judiciário. 
6. Hierarquia - Os órgãos da Administração Públi-
ca são estruturados de tal forma que se cria uma 
relação de coordenação e subordinação entre uns e 
outros, cada qual com atribuições definidas na lei. 
 
 
8 Intentio Legis: A finalidade da lei. 
9 Juris Tantum: Somente de direito, a admitir prova em contrá-
rio. 
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Desse principio, que só existe relativamente às 
funções administrativas (não em relação às legisla-
tivas e judiciais), decorre uma série de prerrogati-
vas para a Administração como a revisãodos atos 
dos subordinados, a delegação e avocação de atri-
buições e as punições. Já para o subordinado sur-
ge o dever de obediência. 
7. Razoabilidade - O princípio da razoabilidade 
impõe que a Administração Pública, ao atuar no 
exercício do poder discricionário, terá de obedecer 
a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em 
sintonia com o senso normal de pessoas equilibra-
das e com as finalidades que presidiram a outorga 
da competência exercida. 
8. Proporcionalidade - O princípio da proporcio-
nalidade tem o objetivo de coibir excessos, por 
meio da aferição da compatibilidade entre os meios 
e os fins da atuação administrativa, para evitar res-
trições desnecessárias ou abusivas. Por força deste 
princípio, não é lícito à Administração Pública valer-
se de medidas restritivas ou formular exigências 
aos particulares além daquilo que for estritamente 
necessário para a realização da finalidade pública 
almejada. 
9. Motivação - O princípio da motivação determina 
que a autoridade administrativa deve apresentar as 
razões que a levaram a tomar uma decisão. A moti-
vação é uma exigência do Estado de Direito, ao 
qual é inerente, entre outros direitos dos adminis-
trados, o direito a uma decisão fundada, motivada, 
com explicitação dos motivos. Sem a explicitação 
dos motivos torna-se extremamente difícil aferir a 
correção daquilo que foi decidido. 
10. Continuidade do Serviço Público - Por esse 
princípio entende-se que o serviço público, sendo a 
forma pela qual o Estado desempenha funções 
essenciais ou necessárias à coletividade, não pode 
ser interrompido. Dele decorrem conseqüências 
importantes como, por exemplo, a necessidade de 
institutos como a suplência, a delegação e a substi-
tuição para preencher as funções públicas tempora-
riamente vagas. 
11. Segurança Jurídica - O princípio da segurança 
jurídica ou da estabilidade das relações jurídicas 
impede a desconstituição injustificada de atos ou 
situações jurídicas, mesmo que tenha ocorrido al-
guma inconformidade com o texto legal durante sua 
constituição. Muitas vezes, o desfazimento do ato 
ou da situação jurídica por ele criada pode ser mais 
prejudicial do que sua manutenção, especialmente 
quanto a repercussões na ordem social. 
12. Economicidade - Seguindo a linha de orienta-
ção da finalidade pública dos atos da Administra-
ção, temos como desdobramento do princípio da 
economicidade que, incorporado literalmente pelo 
caput do artigo 70 da Constituição Federal, nada 
mais traduz do que o dever de eficiência do admi-
nistrado na gestão do dinheiro público. 
 
Alguns doutrinadores, como Maria Sylvia Zanella di 
Pietro e Alexandre de Moraes, não consideram a 
economicidade como um princípio da administração 
pública, já que o preceito estaria embutido no con-
ceito do princípio da eficiência. 
I - os cargos, empregos
 
e funções públicas
 
são 
acessíveis aos brasileiros que preencham os requi-
sitos estabelecidos em lei, assim como aos estran-
geiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional n.º 19 de 1998)
 
Cargo & Emprego Público 
Agente Público 
É toda pessoa, vinculada ou não ao Estado, que 
presta serviço ao mesmo, de forma permanente ou 
ocasional. É a parte humana do Estado. A doutrina 
majoritária classificou os vários tipos de agentes 
públicos em 5 modalidades (Agentes Políticos, A-
gentes Honoríficos, Agentes Delegados, Agentes 
Credenciados e Agentes Administrativos). 
Agentes Políticos
 
São os que ocupam os cargos principais na estrutu-
ra constitucional, em situação de representar a 
vontade política do Estado. São chamados, pelo 
art. 39 § 4º da CF/88, de “membros de poder”. São 
os componentes do Governo nos seus primeiros os 
escalões, investidos em cargos, funções, mandatos 
ou comissões, por nomeação, eleição, designação 
ou delegação para o exercício de atribuições consti-
tucionais. 
Esses agentes atuam com plena liberdade funcio-
nal, desempenhando suas atribuições com prerro-
gativas e responsabilidades próprias, estabelecidas 
na Constituição e em leis especiais. Não são servi-
dores ou empregados públicos, nem se sujeitam ao 
regime jurídico estabelecido pela Constituição Fe-
deral de 1988 para os servidores públicos. Têm 
normas específicas para sua escolha, investidura, 
conduta e processo por crimes funcionais e de res-
ponsabilidade, que lhes são privativos. 
Nesta categoria encontram-se os Chefes do Execu-
tivo (Presidente da República, Governadores e 
Prefeitos) e seus auxiliares imediatos (Ministros e 
Secretários de Estado e de Município), os membros 
das Corporações Legislativas (Senadores, Deputa-
dos e Vereadores), os membros do Poder Judiciário 
(ministros, desembargadores e juizes), os membros 
do Ministério Público (Procuradores da República, 
Procuradores de Justiça e Promotores Públicos), os 
membros dos Tribunais de Contas (Ministros, Audi-
tores e Conselheiros), os representantes diplomáti-
cos e demais autoridades que atuam com indepen-
dência funcional no desempenho de atribuições 
governamentais, judiciais ou quase-judiciais, estra-
nhas ao quadro do servidor público. 
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5
 
Agentes Honoríficos
 
São particulares que colaboram com o poder públi-
co voluntária ou compulsoriamente (pessoas que 
são requisitadas). Cidadãos convocados, designa-
dos ou nomeados para prestar, transitoriamente, 
determinados serviços ao Estado, em razão de sua 
condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua 
notória capacidade profissional, mas sem qualquer 
vínculo empregatício ou estatutário e, normalmente 
sem remuneração. Tais serviços constituem o cha-
mado múnus público, ou serviços públicos relevan-
tes. 
Agentes Credenciados
 
São os que recebem a incumbência da Administra-
ção para representá-la em determinado ato ou pra-
ticar certa atividade específica, mediante remune-
ração do Poder Público credenciante. Nesta cate-
goria podemos elencar alguns dos peritos que atu-
am no poder judiciário mediante credenciamento, 
bem como os tradutores juramentados e leiloeiros 
oficiais. 
Agentes Delegados
 
Particulares que exercem atividade pública median-
te poder delegado pelo governo. São particulares 
que recebem a incumbência da execução de de-
terminada atividade ou serviço público e o realizam 
em nome próprio, por sua conta e risco, mas se-
gundo as normas do Estado e sob a permanente 
fiscalização do delegante. Esses agentes não são 
servidores públicos, nem honoríficos, nem repre-
sentantes do Estado. Todavia, constituem uma 
categoria à parte de colaboradores do Poder Públi-
co. Nessa categoria encontram-se os concessioná-
rios e permissionários de serviços públicos, os ser-
ventuários de ofícios ou cartórios não estatizados, 
todos os terceirizados e as demais pessoas que 
recebem delegação para a prática de alguma ativi-
dade estatal ou serviço de interesse coletivo. 
Agentes Administrativos
 
São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou 
às suas entidades autárquicas e fundacionais, ou 
ainda às empresas públicas e sociedades de eco-
nomia mista por relações profissionais, sujeitos à 
hierarquia funcional e ao regime jurídico da entida-
de estatal a que servem. São os servidores (civis 
ou militares) e empregados públicos, bem como os 
temporários. A Constituição Federal admite as se-
guintes modalidades: servidores públicos
 
de car-
go efetivo (concursados), servidores públicos de 
cargo em comissão, empregados públicos
 
e tem-
porários. 
TEMPORÁRIOS 
Contratação por excep-
cional necessidade 
pública. Assinam con-
trato de trabalho por 
tempo determinado. 
Legislação: Contra-
tação regulamentadapela Lei n.° 8.745/1993. 
CARGO PÚBLICO 
1. Criado por lei (ordi-
nária), que define a 
modalidade do cargo e 
os requisitos para in-
gresso. 
2. Civil ou Militar. 
3. Preenchido pelos 
Servidores
 
Públicos, 
que obedecerão a 
CF/88 e os Estatutos. 
Cargo Efetivo: In-
EMPREGO PÚBLICO 
1. Criado por lei (ordi-
nária), que define a 
modalidade do empre-
go e os requisitos para 
ingresso. 
2. Somente Civil. 
3. Preenchido pelos 
Empregados
 
Públi-
cos, que obedecerão a 
CF/88, a CLT e a Lei 
n.º 9.962/2000. 
Emprego com ingres-
so via concurso público. 
Emprego com livre 
admissão e livre demis-
são. Somente para os 
casos de direção, chefia 
e assessoramento. 
Assinam um contrato de 
trabalho por tempo inde-
terminado. 
II - a investidura em cargo ou emprego público de-
pende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a 
natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomea-
ções para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
III - o prazo de validade
 
do concurso público será 
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual 
período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital 
de convocação, aquele aprovado em concurso pú-
blico de provas ou de provas e títulos será convo-
cado com prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, na carreira; 
Comentário - O STJ decidiu, em 2008, que o can-
didato aprovado em concurso público dentro do 
número de vagas previsto no edital tem o direito à 
nomeação, como pode ser verificado na questão 
abaixo (19/04/2009): 
(CESPE/2009 - Técnico Judiciário do TRT 17ª 
Região/ES) O Superior Tribunal de Justiça entende 
que o candidato aprovado em concurso público 
dentro do limite das vagas previstas em edital tem 
direito à nomeação. 
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V - as funções de confiança, exercidas exclusi-
vamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, 
e os cargos em comissão, a serem preenchidos 
por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assesso-
ramento; (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n.º 19 de 1998)
 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à 
livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e 
nos limites definidos em lei específica; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
Comentário - O STF já definiu em inúmeras juris-
prudências que o direito de greve é uma norma 
constitucional de eficácia limitada. Porém, há um 
novo entendimento do sobre o assunto, como pode 
ser verificado na questão abaixo: 
(CESPE/2008 - Agente Técnico Jurídico do 
MPE/AM) O direito de greve de servidor público 
ainda não foi devidamente regulamentado. Sendo 
assim, segundo entendimento do STF, aos casos 
de greve desses servidores devem ser aplicadas, 
no que couber, as mesmas normas do exercício do 
direito de greve da iniciativa privada. 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
pregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por 
tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público; 
Conceitos Financeiros 
Constituição Federal - Art. 39 § 4º O membro de 
Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros 
de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais 
serão remunerados exclusivamente por subsídio
 
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de 
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou outra espécie remunera-
tória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no 
art. 37, X e XI. 
Lei n.º 8.112/1990 - Art. 40. Vencimento
 
é a retri-
buição pecuniária pelo exercício de cargo público, 
com valor fixado em lei. 
Lei n.º 8.112/1990 - Art. 41. Remuneração
 
é o 
vencimento do cargo efetivo, acrescido das vanta-
gens pecuniárias permanentes estabelecidas em 
lei. 
Proventos
 
- É o nome do “salário” dos inativos. 
Pensão
 
- É o nome do “salário” dos pensionistas. 
X - a remuneração dos servidores públicos e o sub-
sídio de que trata o § 4º do art. 39 somente pode-
rão ser fixados ou alterados por lei específica, ob-
servada a iniciativa privativa em cada caso, assegu-
rada revisão geral anual, sempre na mesma data e 
sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de 
cargos, funções e empregos públicos da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional, dos mem-
bros de qualquer dos Poderes da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, dos de-
tentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos 
Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados 
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Go-
vernador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio 
dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargado-
res do Tribunal de Justiça, limitado a noventa intei-
ros e vinte e cinco centésimos por cento do subsí-
dio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públi-
cos; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n.º 41 de 2003)
 
TABELA10 Poder Executivo 
Poder 
Legislativo 
Poder 
Judiciário 
Esfera 
Federal 
Subsídio 
dos Minis-
tros do STF 
Subsídio 
dos Minis-
tros do STF 
Subsídio dos 
Ministros do 
STF 
Esfera 
Estadual 
e Distrito 
Federal 
Subsídio do 
Governador 
Subsídio 
dos Depu-
tados Esta-
duais e 
Distritais 
Subsídio dos 
Desembar-
gadores do 
Tribunal de 
Justiça 
 
Esfera 
Municipal 
 
Subsídio do 
Prefeito 
Subsídio do 
Prefeito ****** 
Definições sobre o Teto de Poder Executivo 
1. Agentes do poder Executivo Federal: não superi-
or ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal. 
2. Agentes do poder Executivo Estadual: não supe-
rior ao subsídio mensal, em espécie, do Governa-
dor do Estado. 
3. Agentes do poder Executivo do Distrito Federal: 
não superior ao subsídio mensal, em espécie, do 
Governador do Distrito Federal. 
 
 
10
 TAMEZ, Carlos André Silva. PRADO, Leandro Cadenas do. 
Ética na Administração Pública. 2ª Edição. Editora Impe-
tus: Niterói/RJ, 2004, p. 130. 
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4. Agentes do poder Executivo Municipal: não supe-
rior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito 
Municipal. 
Definições sobre o Teto de Poder Legislativo 
1. Agentes do poder Legislativo Federal: não supe-
rior ao subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal. 
2. Agentes do poder Legislativo Estadual: não su-
perior ao subsídio mensal, em espécie, dos Depu-
tados Estaduais. 
3. Agentes do poder Legislativo do Distrito Federal: 
não superior ao subsídio mensal, emespécie, dos 
Deputados Distritais. 
4. Agentes do poder Legislativo Municipal: não su-
perior ao subsídio mensal, em espécie, do Prefeito 
Municipal. 
Definições sobre o Teto de Poder Judiciário 
1. Ministros dos demais Tribunais Superiores (STJ - 
TST - TSE - STM): subsídio não superior à 95% do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Su-
premo Tribunal Federal (artigo 93, inciso V da 
CF/88). 
2. Desembargadores do Tribunal de Justiça, mem-
bros do Ministério Público Estadual, Procuradores 
Estaduais e Defensores Públicos Estaduais: subsí-
dio não superior a 90,25% do subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Fede-
ral. 
3. Agentes do poder Judiciário Estadual: não supe-
rior ao subsídio mensal, em espécie, dos Desem-
bargadores do Tribunal de Justiça. 
4. Agentes do poder Judiciário Federal: subsídio 
não superior ao subsídio mensal, em espécie, dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislati-
vo e do Poder Judiciário não poderão ser superio-
res aos pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 
de 1998)
 
Vinculação - “É a relação de comparação vertical, 
diferente da equiparação, que é a relação horizon-
tal. Vincula-se um cargo inferior, isto é, de menores 
atribuições e menor complexidade, com outro supe-
rior, para efeito de retribuição, mantendo-se certa 
diferença de vencimentos entre um e entre outro, 
de sorte que, aumentando-se os vencimentos de 
um, o outro também fica automaticamente majora-
do, para guardar a mesma distância preestabeleci-
da”. 
Equiparação - 11“É a comparação de cargos de 
denominação e atribuições diversas, considerando-
os iguais para fins de se lhes conferirem os mes-
mos vencimentos”. 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por 
servidor público não serão computados nem acu-
mulados para fins de concessão de acréscimos 
ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n.º 19 de 1998)
 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de 
cargos e empregos públicos são irredutíveis, res-
salvado
 
o disposto nos incisos XI e XIV deste arti-
go e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 
19 de 1998)
 
Art. 37 inciso XI - Teto remuneratório. 
 
Art. 37 inciso XIV - Proibição de cálculo de adi-
cionais e gratificações sobre benefícios já concedi-
dos. 
 
Art. 39 § 4º - Limitação aos valores dos subsí-
dios. 
 
Art. 150 inciso II - Vedação ao tratamento desi-
gual entre contribuintes (tributos) por razão profis-
sional. 
 
Art. 153 inciso III e § 2º inciso I - Dispõe sobre 
o Imposto de Renda. 
XVI - é vedada a acumulação
 
remunerada de car-
gos públicos, exceto, quando houver compatibilida-
de de horários, observado em qualquer caso o dis-
posto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
 
a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
b) a de um cargo de professor com outro técnico 
ou científico; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n.º 19 de 1998)
 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões regula-
mentadas; (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n.º 34 de 2001)
 
Estatuto dos Servidores Civis da União 
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Cons-
tituição, é vedada a acumulação
 
remunerada de 
cargos públicos. 
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, 
empregos e funções em autarquias, fundações 
públicas, empresas públicas, sociedades de eco-
nomia mista da União, do Distrito Federal, dos Es-
tados, dos Territórios e dos Municípios. 
 
 
11
 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional 
Positivo. 15 ª Edição. Editora Malheiros: São Paulo, 1998. 
Pág. 659. 
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§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica 
condicionada à comprovação da compatibilidade de 
horários. 
XVII - a proibição de acumular estende-se
 
a em-
pregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, 
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder público; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
XVIII - a administração fazendária e seus servido-
res fiscais terão, dentro de suas áreas de compe-
tência e jurisdição, precedência sobre os demais 
setores administrativos, na forma da lei; 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fun-
dação, cabendo à lei complementar, neste último 
caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
 
Autarquia - Criada por lei 
Empresa Pública - Autorizada por lei 
Sociedade de Economia Mista - Autorizada por 
lei 
 
Fundação Pública - Autorizada por lei + lei 
complementar para definir as áreas de sua atuação 
XX - depende de autorização legislativa, em cada 
caso, a criação de subsidiárias das entidades men-
cionadas no inciso anterior, assim como a partici-
pação de qualquer delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legis-
lação, as obras, serviços, compras e alienações 
serão contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a 
todos os concorrentes, com cláusulas que estabe-
leçam obrigações de pagamento, mantidas as con-
dições efetivas da proposta, nos termos da lei, o 
qual somente permitirá as exigências de qualifica-
ção técnica e econômica indispensáveis à garantia 
do cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ativi-
dades essenciais ao funcionamento do Estado, 
exercidas por servidores de carreiras específicas, 
terão recursos prioritários para a realização de suas 
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive 
com o compartilhamento de cadastros e de infor-
mações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 42 
de 2003)
 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de 
autoridades ou servidores públicos. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e 
III
 
implicará a nulidade do ato e a punição da auto-
ridade responsável, nos termos da lei. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depen-
de de aprovação prévia em concurso público de pro-
vas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza 
e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo 
em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de 
até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do 
usuário
 
na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: (Redação dada pela E-
menda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
I - as reclamações
 
relativas à prestação dos ser-
viços públicos em geral, asseguradas a manuten-
ção de serviços de atendimento ao usuário e a 
avaliação periódica, externae interna, da qualida-
de dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n.º 19 de 1998)
 
II - o acesso
 
dos usuários a registros administrati-
vos e a informações sobre atos de governo, ob-
servado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a hon-
ra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente 
de sua violação; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públi-
cos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva-
das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à seguran-
ça da sociedade e do Estado; 
III - a disciplina da representação
 
contra o exer-
cício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou 
função na administração pública. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
§ 4º Os atos de improbidade
 
administrativa impor-
tarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da 
função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação pre-
vistas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição 
para ilícitos praticados por qualquer agente, servi-
dor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressal-
vadas as respectivas ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
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Teoria do Risco Administrativo 
Pessoas Jurídicas de Direito Público e de Direi-
to Privado Prestadoras de Serviços Públicos 
perante Terceiros 
1. A responsabilidade é denominada como objeti-
va, porque independe de dolo ou culpa. No dolo, o 
agente atua com a intenção de causar o dano e na 
culpa, o agente não tem a intenção do dano, mas 
age com imperícia, imprudência e negligência. 
2. Há doutrinas que defendem que quando a con-
duta é omissiva, a responsabilidade da pessoa 
jurídica deve ser considerada subjetiva. Na res-
ponsabilidade subjetiva, somente haverá o paga-
mento de indenização se for provado dolo ou culpa 
por parte do agente causador. 
(CESPE/2009 - Carreira de Diplomata IRBr) Com 
relação à responsabilidade civil do Estado no 
direito brasileiro, julgue o item a seguir: 
Tratando-se de ato omissivo do poder público, a 
responsabilidade civil é subjetiva, pelo que exige 
dolo ou culpa. Assim, somente será caracterizada 
a omissão, que gera o dever do Estado de indeni-
zar, se houver, por parte deste, prévio dever legal 
de agir. 
(CESPE/2009 - Analista Judiciário do TRT 17ª 
Região/ES) Julgue o item a seguir, acerca da 
responsabilidade civil do Estado: 
O Estado não responde civilmente pelos danos 
causados por atos praticados por agrupamentos 
de pessoas ou multidões, por se tratar de atos de 
terceiros que caracterizam uma excludente de 
causalidade, salvo quando se verificar omissão do 
poder público em garantir a integridade do patri-
mônio danificado, hipótese em que a responsabili-
dade civil é subjetiva. 
(CESPE/2009 - Analista Administrativo do 
TRE/GO) Um caminhão trafegava por uma ro-
dovia mantida pela União quando sofreu um 
acidente com capotagem. A velocidade empre-
endida pelo motorista era a permitida, e a capo-
tagem foi causada pelos bruscos movimentos 
realizados para desviar de uma série de bura-
cos presentes na pista. O acidente danificou o 
caminhão e gerou a perda de toda a carga. 
Com base nessa situação, analise as asserti-
vas: 
1. Houve culpa exclusiva da vítima. 
2. A responsabilização do Estado ocorrerá na for-
ma subjetiva. 
3. No caso presente, a identificação do agente 
público causador do dano é de fácil identificação, o 
que possibilita ao Estado valer-se de ação regres-
siva, caso seja obrigado a indenizar a vítima. 
 
3. Há que se provar o nexo causal. Nexo causal ou 
nexo de causalidade nada mais é do que a prova 
de que o dano foi proveniente do agente público. 
Esta prova, bem como o valor da indenização, é 
definida através de um processo judicial movido 
pelo terceiro (vítima). 
4. Há jurisprudências que admitem a excludente 
de culpabilidade da pessoa jurídica por culpa ex-
clusiva da vitima (terceiro prejudicado), culpa recí-
proca, fenômenos naturais e outras variáveis. 
(CESPE/2007 - Procurador Jurídico da Prefeitu-
ra de Rio Branco) Acerca da responsabilidade 
civil do Estado, julgue o item seguinte: 
No âmbito da responsabilidade civil do Estado, a 
Constituição Federal de 1988 adotou a teoria do 
risco administrativo. Dessa forma, a responsabili-
dade objetiva será afastada se o Estado compro-
var, como matéria de defesa, a ausência do nexo 
causal entre o dano e a ação do Estado, como, por 
exemplo, a culpa exclusiva da vítima ou de terceiro 
ou, ainda, força maior ou caso fortuito. 
 
Agente perante as Pessoas Jurídicas de Direito 
Público e de Direito Privado Prestadoras de 
Serviços Público 
1. As pessoas jurídicas agem através de seus 
agentes, que depois responderão em Ação de 
Regresso ou Regressiva. Na Ação de Regresso, a 
responsabilidade do agente é subjetiva, porque 
depende de dolo ou culpa. 
2. Ação de Regresso significa reaver o valor pago 
na indenização que foi paga ao terceiro. O proces-
so mais usado para apurar este tipo de responsa-
bilidade é aquele previsto na Lei de Improbidade 
Administrativa - Lei n.º 8.429/1992. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições 
ao ocupante de cargo ou emprego da administra-
ção direta e indireta que possibilite o acesso a in-
formações privilegiadas. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e finan-
ceira dos órgãos e entidades da administração dire-
ta e indireta poderá ser ampliada mediante contra-
to, a ser firmado entre seus administradores e o 
poder público, que tenha por objeto a fixação de 
metas de desempenho para o órgão ou entidade, 
cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de de-
sempenho, direitos, obrigações e responsabilida-
de dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
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(ESAF/2006 - Analista Administrativo da ANEEL) 
A autonomia gerencial, financeira e orçamentá-
ria dos órgãos e entidades da administração 
direta e indireta poderá ser ampliada mediante: 
a) Termo de parceria. 
b) Protocolo de intenções. 
c) Contrato de gestão. 
d) Convênio. 
e) Consórcio. 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas 
públicas e às sociedades de economia mista, e 
suas subsidiárias, que receberem recursos da Uni-
ão, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municí-
pios para pagamento de despesas de pessoal ou 
de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Consti-
tucional n.º 19 de 1998)
 
Regra Geral - Os empregados das empresas 
públicas, sociedades de economia mista e suas 
subsidiárias NÃO se subordinam ao teto remunera-
tório do artigo 37 XI da Constituição Federal. 
 
Exceção - Aplica-se às empresas públicas, soci-
edades de economia mista e suas subsidiárias que 
receberem recursos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal oudos Municípios para pagamento 
de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proven-
tos de aposentadoria decorrentes do art. 40
 
ou dos 
arts. 42 e 142
 
com a remuneração de cargo, em-
prego ou função pública, ressalvados os cargos 
acumuláveis na forma desta Constituição, os car-
gos eletivos e os cargos em comissão declarados 
em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído 
pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998)
 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites 
remuneratórios de que trata o inciso XI do caput 
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório 
previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitu-
cional n.º 47 de 2005)
 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput 
deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às 
respectivas Constituições e Lei Orgânica, como 
limite único, o subsídio mensal dos Desembargado-
res do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por 
cento do subsídio mensal dos Ministros do Supre-
mo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto 
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Es-
taduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 47 de 2005)
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional, no exercício de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 
de 1998)
 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta-
dual
 
ou distrital, ficará afastado de seu cargo, 
emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afasta-
do do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul-
tado optar pela sua remuneração; 
Comentário - O Supremo Tribunal Federal tem 
jurisprudência favorável no sentido de que o servi-
dor eleito para o cargo de Vice-Prefeito gozará do 
mesmo benefício do servidor eleito para Prefeito. 
SERVIDOR PÚBLICO INVESTIDO NO MANDATO 
DE VICE-PREFEITO. Aplicam-se-lhe, por analogia, 
as disposições contidas no inciso II do art. 38 da 
Constituição Federal. (ADI 199, Rel. Min. Maurício 
Corrêa, julgamento em 22/04/98, DJ de 07/08/98) 
III - investido no mandato de Vereador, havendo 
compatibilidade de horários, perceberá as vanta-
gens de seu cargo, emprego ou função, sem pre-
juízo da remuneração do cargo eletivo, e, não ha-
vendo compatibilidade, será aplicada a norma do 
inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento pa-
ra o exercício de mandato eletivo, seu tempo de 
serviço será contado para todos os efeitos legais, 
exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no ca-
so de afastamento, os valores serão determinados 
como se no exercício estivesse. 
Seção II - Dos Servidores Públicos 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, no âmbito de sua competên-
cia, regime jurídico único
 
e planos de carreira 
para os servidores da administração pública direta, 
das autarquias e das fundações públicas. 
Comentário - O caput do art. 39 foi suspenso devi-
do uma liminar em ADIn (Medida Liminar 2135-4). 
Assim, enquanto a Ação Direta de Inconstitucionali-
dade, que questiona a validade ou não da Emenda 
Constitucional 19/98 não for julgada, está em vigor 
o Regime Jurídico Único. 
ADIN - “O Tribunal, por maioria, vencidos os Se-
nhores Ministros Nelson Jobim, Ricardo Lewan-
dowski e Joaquim Barbosa, deferiu parcialmente a 
medida cautelar para suspender a eficácia do artigo 
039, caput, da Constituição Federal, com a redação 
da Emenda Constitucional n.º 19, de 04 de junho de 
1998, tudo nos termos do voto do relator originário, 
Ministro Néri da Silveira, esclarecido, nesta assen-
tada, que a decisão - como é próprio das medidas 
cautelares - terá efeitos ex nunc, subsistindo a 
legislação editada nos termos da emenda declara-
da suspensa”. 
Acórdão DJ 07/03/2008 
Informação datada de 16/09/2009 - “Aguardando 
Julgamento” 
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(CESPE/2009 - Auditor de Tecnologia da Infor-
mação do TCU) Acerca da administração públi-
ca, julgue os itens que se seguem. 
Atualmente, em razão de decisão do Supremo Tri-
bunal Federal, a União, os estados, o Distrito Fede-
ral (DF) e os municípios devem instituir, no âmbito 
de suas competências, regime jurídico único e pla-
nos de carreira para os servidores da administração 
pública direta, das autarquias e das fundações pú-
blicas. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento
 
e dos 
demais componentes do sistema remuneratório 
observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a 
complexidade dos cargos componentes de cada 
carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal man-
terão escolas de governo para a formação e o aper-
feiçoamento dos servidores públicos, constituindo-
se a participação nos cursos um dos requisitos para 
a promoção na carreira, facultada, para isso, a ce-
lebração de convênios ou contratos entre os entes 
federados. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo 
público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, 
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, po-
dendo a lei estabelecer requisitos diferenciados 
de admissão quando a natureza do cargo o exi-
gir. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 
19 de 1998)
 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, 
higiene, transporte e previdência social, com reajus-
tes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, 
sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, 
para os que percebem remuneração variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remune-
ração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
XII - salário-família pago em razão do dependente 
do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a 
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, 
facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva 
de trabalho; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencial-
mente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário supe-
rior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do nor-
mal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego 
e do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em 
lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercí-
cio de funções e de critério de admissão por motivo 
de sexo, idade, cor ou estado civil; 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários 
Estaduais e Municipais serão remunerados exclusi-
vamente por subsídio fixado em parcela única, ve-
dado o acréscimo de qualquer gratificação, adicio-
nal, abono, prêmio, verba de representação ou 
outra espécie remuneratória, obedecido, em qual-
quer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
§ 5º Lei da União, dos Estados,do Distrito Federal 
e dos Municípios poderá estabelecer a relação en-
tre a maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto 
no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
publicarão anualmente os valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios disciplinará a aplicação de recur-
sos orçamentários provenientes da economia com 
despesas correntes em cada órgão, autarquia e 
fundação, para aplicação no desenvolvimento de 
programas de qualidade e produtividade, treina-
mento e desenvolvimento, modernização, reapare-
lhamento e racionalização do serviço público, inclu-
sive sob a forma de adicional ou prêmio de produti-
vidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n.º 19 de 1998)
 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos orga-
nizados em carreira poderá ser fixada nos termos 
do § 4º. (Redação dada pela EC n.º 19 de 1998)
 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, 
é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo e solidário, mediante contribuição do 
respectivo ente público, dos servidores ativos e 
inativos e dos pensionistas, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o 
disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 41 de 2003)
 
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Sistemas de Previdência da Constituição 
Art. 40 - Servidores Públicos Civis de Cargo Efetivo 
Art. 42/142 - Servidores Públicos Militares 
Art. 201/202 - RGPS (Regime Geral da Previdência 
Social), aplicável aos empregados da iniciativa pri-
vada, Empregados Públicos e Servidores Civis de 
Cargo Comissionado. 
Lei n.º 10.887 de 18 de junho de 2004 
Art. 4º A contribuição social do servidor público 
ativo
 
de qualquer dos Poderes da União, incluídas 
suas autarquias e fundações, para a manutenção 
do respectivo regime próprio de previdência social, 
será de 11%
 
(onze por cento), incidente sobre a 
totalidade da base de contribuição. 
Art. 5º Os aposentados
 
e os pensionistas
 
de 
qualquer dos Poderes da União, incluídas suas 
autarquias e fundações, contribuirão com 11%
 
(on-
ze por cento), incidentes sobre o valor da parcela 
dos proventos de aposentadorias e pensões con-
cedidas de acordo com os critérios estabelecidos 
no art. 40 da Constituição Federal e nos arts. 2º e 
6º da Emenda Constitucional n.º 41, de 19 de de-
zembro de 2003, que supere o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social.
 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de pre-
vidência de que trata este artigo serão aposenta-
dos, calculados os seus proventos a partir dos va-
lores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação 
dada pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003)
 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia pro-
fissional ou doença grave, contagiosa ou incurá-
vel, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 41 de 2003)
 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de ida-
de, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição; (Redação dada pela Emenda Consti-
tucional n.º 20 de 1998)
 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo 
mínimo de dez anos de efetivo exercício no servi-
ço público e cinco anos no cargo efetivo em que 
se dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n.º 20 de 1998)
 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de 
contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco a-
nos de idade e trinta de contribuição, se mulher; 
(Redação dada pela EC n.º 20 de 1998)
 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e 
sessenta anos de idade, se mulher, com proven-
tos proporcionais ao tempo de contribuição. 
(Redação dada pela EC n.º 20 de 1998)
 
PRAZOS Homem Mulher 
aposentadoria 
“por tempo de 
contribuição” 
60 anos de 
idade + 35 
anos de con-
tribuição 
55 anos de 
idade + 30 
anos de con-
tribuição 
aposentadoria 
“por idade” 
65 anos de 
idade 
60 anos de 
idade 
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, 
por ocasião de sua concessão, não poderão exce-
der a remuneração do respectivo servidor, no cargo 
efetivo em que se deu a aposentadoria ou que ser-
viu de referência para a concessão da pensão. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 20 
de 1998)
 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadori-
a, por ocasião da sua concessão, serão considera-
das as remunerações utilizadas como base para as 
contribuições do servidor aos regimes de previdên-
cia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma 
da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n.º 41 de 2003)
 
Comentário - O artigo 201 da CF/88 dispõe sobre 
o Regime Geral da Previdência Social (RGPS). 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios 
diferenciados
 
para a concessão de aposentadoria 
aos abrangidos pelo regime de que trata este arti-
go, ressalvados, nos termos definidos em leis com-
plementares, os casos de servidores: 
I - portadores de deficiência; 
II - que exerçam atividades de risco; 
III - cujas atividades sejam exercidas sob condi-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a in-
tegridade física. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 47 de 2005)
 
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribu-
ição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao 
disposto no § 1º, III, "a", para o professor que com-
prove exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério
 
na educação infantil e 
no ensino fundamental e médio. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 20 de 1998)
 
PRAZOS Homem Mulher 
magistério na 
função de pro-
fessor (a) 
55 anos de 
idade + 30 
anos de con-
tribuição 
50 anos de 
idade + 25 
anos de con-
tribuição 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes 
dos cargos acumuláveis na forma desta Constitui-
ção, é vedada a percepção de mais de uma apo-
sentadoria à conta do regime de previdência previs-
to neste artigo. (Redação dada pela Emenda Cons-
titucional n.º 20 de 1998)
 
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§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de 
pensão por morte, que será igual: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional n.º 41 de 2003)
 
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor 
falecido, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201, acrescido de setenta por 
cento da parcela excedente a este limite, caso 
aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela 
Emenda Constitucional n.º 41 de 2003)
 
II - ao valor da totalidade da remuneração do ser-
vidor no cargo efetivo em que se deu o falecimen-
to, até o limite máximo estabelecido para os bene-
fícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da 
parcela excedente a este limite, caso em ativida-
de na data do óbito. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 41 de 2003)
 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios 
para preservar-lhes, em caráter permanente, o va-
lor real, conforme critérios estabelecidos em lei. 
(Redação dada pela EmendaConstitucional n.º 41 
de 2003)
 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou 
municipal será contado para efeito de aposentado-
ria e o tempo de serviço correspondente para efeito 
de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional n.º 20 de 1998)
 
§ 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma 
de contagem de tempo de contribuição fictício. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 20 de 
1998)
 
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma 
total dos proventos de inatividade, inclusive quando 
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos 
públicos, bem como de outras atividades sujeitas a 
contribuição para o regime geral de previdência 
social, e ao montante resultante da adição de pro-
ventos de inatividade com remuneração de cargo 
acumulável na forma desta Constituição, cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela E-
menda Constitucional n.º 20 de 1998)
 
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de 
previdência dos servidores públicos titulares de 
cargo efetivo observará, no que couber, os requisi-
tos e critérios fixados para o regime geral de previ-
dência social. (Incluído pela Emenda Constitucional 
n.º 20 de 1998)
 
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de 
cargo em comissão declarado em lei de livre nome-
ação e exoneração bem como de outro cargo tem-
porário ou de emprego público, aplica-se o regime 
geral de previdência social. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional n.º 20 de 1998)
 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, desde que instituam regime de previ-
dência complementar para os seus respectivos 
servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, 
para o valor das aposentadorias e pensões a serem 
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o 
limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n.º 20 de 1998)
 
§ 15. O regime de previdência complementar de 
que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa 
do respectivo Poder Executivo, observado o dispos-
to no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por 
intermédio de entidades fechadas de previdência 
complementar, de natureza pública, que oferecerão 
aos respectivos participantes planos de benefícios 
somente na modalidade de contribuição definida. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 41 
de 2003)
 
Comentário - O artigo 202 da CF/88 define regras 
para os planos de previdência complementar. 
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa 
opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser apli-
cado ao servidor que tiver ingressado no serviço 
público até a data da publicação do ato de institui-
ção do correspondente regime de previdência com-
plementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 
20 de 1998)
 
§ 17. Todos os valores de remuneração considera-
dos para o cálculo do benefício previsto no § 3° 
serão devidamente atualizados, na forma da lei. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 2003)
 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de 
aposentadorias e pensões concedidas pelo regime 
de que trata este artigo que superem o limite máxi-
mo estabelecido para os benefícios do regime geral 
de previdência social de que trata o art. 201, com 
percentual igual ao estabelecido para os servidores 
titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 41 de 2003)
 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha 
completado as exigências para aposentadoria vo-
luntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por 
permanecer em atividade fará jus a um abono de 
permanência equivalente ao valor da sua contribui-
ção previdenciária até completar as exigências para 
aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 
2003)
 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo 
mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço 
público e cinco anos no cargo efetivo em que se 
dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de con-
tribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de 
idade e trinta de contribuição, se mulher; 
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§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regi-
me próprio de previdência social para os servidores 
titulares de cargos efetivos, e de mais de uma uni-
dade gestora do respectivo regime em cada ente 
estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 41 de 
2003)
 
Comentário - O art. 142 § 3º, inciso X comenta 
sobre os servidores da Forças Armadas. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo 
incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de 
aposentadoria e de pensão que superem o dobro 
do limite máximo estabelecido para os benefícios 
do regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, 
na forma da lei, for portador de doença incapacitan-
te. (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 47 de 
2005)
 
Art. 41. São estáveis após três anos
 
de efetivo 
exercício os servidores nomeados para cargo de 
provimento efetivo em virtude de concurso público. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 
de 1998)
 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 
de 1998)
 
I - em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional n.º 
19 de 1998)
 
II - mediante processo administrativo em que lhe 
seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela E-
menda Constitucional n.º 19 de 1998)
 
III - mediante procedimento de avaliação periódica 
de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda 
Constitucional n.º 19 de 1998)
 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do 
servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao car-
go de origem, sem direito a indenização, aproveita-
do em outro cargo ou posto em disponibilidade com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19 
de 1998)
 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desneces-
sidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, 
com remuneração proporcional ao tempo de servi-
ço, até seu adequado aproveitamento em outro 
cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
n.º 19 de 1998)
 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilida-
de, é obrigatória a avaliação especial de desempe-
nho por comissão instituída para essa finalidade. 
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 19 de 
1998)
 
Organização Administrativa 
da União 
1. Teoria Geral do Estado 
Antes de adentrarmos as regras do Regime Jurídi-
co Administrativo, cumpre-nos delimitar alguns con-
ceitos básicos de Teoria Geral do Estado. Sabemos 
que o estado submete seus atos em relação aos 
cidadãos. Ele (o Estado) também reconhece os 
direitos individuais e observa o direito por ele mes-
mo instituído. São elementos do Estado o povo 
(componente humano), o território (sua base física) 
e um governo soberano e independente (é seu 
elemento condutor, que detém e exerce o poder 
absoluto de autodeterminação e auto-organização 
emanado do povo). 
Há uma divisão política do território nacional - União, 
Estados, Distrito Federal, Municípios e Territórios - e 
também uma estrutura de Poderes (Legislativo, Exe-
cutivo e Judiciário). Destes poderes fluem as entida-
des da administraçãopública. No geral, todo órgão 
ou entidade está subordinada a um dos três poderes, 
com exceção do Ministério Público e do Conselho 
Nacional do Ministério Público onde há discussões 
doutrinárias. Estas entidades vão desempenhar fun-
ções específicas determinadas em lei. 
União: Pessoa Jurídica (entidade) 
Órgãos do 
Poder EXE-
CUTIVO da 
União 
Presidência da República 
Ministérios 
 
Função: Administrar a sociedade e a 
máquina pública. 
Órgãos do 
Poder LE-
GISLATIVO 
da União 
Câmara dos Deputados 
Senado Federal 
Tribunal de Contas da União - TCU 
 
Função: Legislar e outras atividades 
correlatas. 
Órgãos do 
Poder JUDI-
CIÁRIO da 
União 
STF - Supremo Tribunal Federal 
STJ - Superior Tribunal de Justiça 
STM - Superior Tribunal Militar 
TST - Tribunal Superior do Trabalho 
TSE - Tribunal Superior Eleitoral 
TRF - Tribunal Regional Federal (5) 
TRT - Tribunal Regional do Trabalho (24)
 
TRE - Tribunal Regional Eleitoral (27) 
CNJ - Conselho Nacional de Justiça 
 
Função: Julgar os litígios da sociedade. 
Outros Ór-
gãos 
MPU - Ministério Público da União 
CNMP - Conselho Nacional do Ministério 
Público da União 
 
Função: Fiscalizar a aplicação da lei. 
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2. Administração Pública 
Administração Pública, segundo o autor Alexandre de 
Moraes12, pode ser definida objetivamente como “a 
atividade concreta e imediata que o Estado desen-
volve para assegurarem os interesses coletivos e 
subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pes-
soas jurídicas aos quais a Lei atribui o exercício da 
função administrativa do Estado”. 
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o 
conceito de administração pública divide-se em dois 
sentidos: "Em sentido objetivo, material ou funcio-
nal, a administração pública pode ser definida como 
a atividade concreta e imediata que o Estado desen-
volve, sob regime jurídico de direito público, para a 
consecução dos interesses coletivos. Em sentido 
subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Ad-
ministração Pública, como sendo o conjunto de ór-
gãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa do Estado". 
Em sentido objetivo, é a atividade administrativa 
executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, 
com base em sua função administrativa. É a gestão 
dos interesses públicos, por meio de prestação de 
serviços públicos. É a administração da coisa pública 
(res publica). Já no sentido subjetivo é o conjunto 
de agentes, órgãos e entidades designadas para 
executar atividades administrativas. 
Assim, administração pública em sentido material é 
administrar os interesses da coletividade e em senti-
do formal é o conjunto de entidade, órgãos e agentes 
que executam a função administrativa do Estado. 
3. Regime Jurídico Administrativo 
Regime Jurídico da Administração Pública, se-
gundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, é um termo 
utilizado para designar, em sentido amplo, os regi-
 
 
12
 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. Editora 
Atlas: São Paulo, 2007. 
mes de direito público e de direito privado a que pode 
submeter-se o Estado descrito acima. 
Já a expressão Regime Jurídico Administrativo, é 
reservada tão somente para abranger o conjunto de 
traços ou conotações, que tipificam o direito adminis-
trativo, colocando a Administração Pública numa 
posição privilegiada na relação jurídica-
administrativa. Significa dizer então que o regime 
administrativo resume-se em duas palavras: prerro-
gativas (privilégios) e sujeições (restrições). A par 
dessas prerrogativas que colocam a administração 
em posição de supremacia perante o particular, exis-
tem as sujeições ou restrições que limitam sua ativi-
dade a determinados fins e princípios, sob pena de 
nulidade do ato administrativo praticado e até, em 
certos casos, de responsabilização da autoridade 
pública que o praticou ou o editou. Citam-se entre tais 
restrições, o princípio da impessoalidade administra-
tiva determinando a observância, por exemplo, de 
concurso público para ingresso de pessoal no serviço 
público, licitação pública para aquisição de bens ou 
serviços de particulares, ater-se ao princípio da estri-
ta legalidade, dar publicidade aos atos administrati-
vos e outras restrições que limitam a atividade admi-
nistrativa. 
4. Teoria do Órgão Público 
O Estado é pessoa jurídica de direito público e, como 
tal, não dispõe de vontade própria. Por isto, atua 
através de pessoas físicas chamadas Agentes Públi-
cos. Daí surgiram diversas teorias para explicar as 
relações do Estado com os seus agentes, como a 
teoria do mandato e a teoria da representação, entre 
as quais, a teoria do órgão, ou teoria do órgão públi-
co. Pela teoria do órgão público, a pessoa jurídica (o 
Estado) manifesta sua vontade através de seus ór-
gãos específicos, de tal modo que quando os agen-
tes que os compõem manifestam a sua vontade, é 
como se o próprio Estado o fizesse. A ação de um 
agente no cumprimento do seu dever é imputada à 
pessoa jurídica que ela serve. Esta situação é defini-
da por alguns doutrinadores como Teoria da Imputa-
ção ou Teoria da Imputação Volitiva. 
(CESPE/2007 - Procurador Federal - AGU) De 
acordo com os postulados extraídos da teoria 
do órgão, aplicável à administração pública, 
julgue os itens seguintes. 
1. As ações dos entes políticos - como União, 
estados, municípios e DF - concretizam-se por in-
termédio de pessoas físicas, e, segundo a teoria do 
órgão, os atos praticados por meio desses agentes 
públicos devem ser imputados à pessoa jurídica de 
direito público a que pertencem. 
2. Foi o jurista alemão Otto Gierke quem estabe-
leceu as linhas mestras da teoria do órgão e indicou 
como sua principal característica o princípio da 
imputação volitiva. 
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16
Segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro, o órgão pú-
blico é definido como “uma unidade que congrega 
atribuições exercidas pelos agentes públicos que o 
integram com o objetivo de expressar a vontade do 
Estado”. Na realidade, o órgão não se confunde com 
a pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes 
integrantes. A pessoa jurídica é o todo, enquanto os 
órgãos são parcelas integrantes do todo. O órgão 
também não se confunde com a pessoa física, o 
agente público, porque congrega funções que este 
vai exercer. 
Para o doutrinador Hely Lopes Meirelles, os órgãos 
públicos são “centros de competência instituídos para 
o desempenho de funções estatais, através de seus 
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a 
que pertencem. São unidades de ação, com atribui-
ções específicas na organização estatal”. 
Assim, cada órgão, como centro de competência 
governamental ou administrativa, tem necessaria-
mente funções, cargos e agentes, mas é distinto 
desses elementos, que podem ser modificados, 
substituídos ou retirados sem supressão da unidade 
orgânica, o que explica porque a alteração de fun-
ções, a vacância de cargos ou a mudança de seus 
titulares não acarreta a extinção do órgão. 
Portanto, os órgãos integram a estrutura do Estado e 
das demais pessoas jurídicas como partes desses 
corpos vivos, dotados de vontade e capazes de exer-
cer direitos e contrair obrigações para a consecução 
de seus fins institucionais. Por isso, os órgãos pú-
blicos não têm personalidade jurídica nem vonta-
de própria que são atributos do corpo e não das

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