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24/10/2017
1
Fisiopatologia e abordagem
nutricional do Diabetes Mellitus
Profa. Me. Mariana Carrapeiro
Conceito
 Grupo de doenças metabólicas caracterizadas
por hiperglicemia, devido a defeito na
secreção de insulina, na sua ação, ou ambos.
 A hiperglicemia crônica esta associada a longo
prazo com dano, disfunção e falência de
diversos órgãos, especialmente os olhos, rins,
nervos, coração e vasos sanguíneos.
(ADA, 2010; SBD, 2007)
24/10/2017
2
Glicose na circulação
Insulina
Tecidos periféricos
Glicemia
Glicose na circulação
Insulina
Tecidos periféricos
Glicemia
Glicemia
- Renais
- Oculares
- Neurológicos
- Cardiovasculares
24/10/2017
3
Classificação
 DM tipo 1: Destruição de células β, levando a 
deficiência absoluta de insulina – 5 a 10% dos casos
 DM tipo 2: Defeito na ação e/ou na secreção de 
insulina – 90 a 95% dos casos
 Diabetes Gestacional: IG com início ou diagnóstico 
durante a gestação
Classificação
 Outros tipos menos frequentes
 LADA – Latent Autoimmune Diabetes in Adults – DM I tardia
 Defeitos genéticos na função das células beta ou na ação da insulina
 Doenças do pâncreas exócrino
 Endocrinopatias 
 Induzidas por drogas (Glicocorticóides, Hormônio tireoidiano, 
Agonistas betadrenérgicos, Tiazídicos, entre outros)
 Pré-diabetes
 Glicemia de jejum alterada
 Tolerância à glicose diminuída
Fatores de risco 
para DM e DCV
24/10/2017
4
Aspectos Epidemiológicos
 >90% casos são do tipo 2  Relacionado ao estilo de vida
ocidental
 Incidência crescente especialmente nos países em
desenvolvimento (2/3 da população afetada) e em grupos
etários mais jovens.
 NO MUNDO
 2014: 382 milhões de pessoas (5,3% da população mundial).
 Em 2035: 471 milhões.
 NO BRASIL
 Média de diabetes na faixa etária de 20 a 79 anos: 11.933.580 pessoas
(5,9% da população)
 30 a 59 anos: prevalência de 2,7%
 60 a 69 anos: prevalência de 17,4%.
(SBD, 2014)
Aspectos Epidemiológicos
Principal causa de novos 
casos de insuficiência 
renal terminal.
Aumento de 2 a 4 vezes 
dos eventos/doenças 
cardiovasculares.
Principal causa de 
amputações traumáticas das 
extremidades inferiores.
Principal causa de novos 
casos cegueira em adultos 
de 20-74 anos de idade.
(ADA, 2004)
DIABETES
24/10/2017
5
Aspectos Epidemiológicos
 6ª causa mais frequente de internação
hospitalar.
 30% dos pacientes internados em unidade
coronariana intensiva são diabéticos.
 26% dos diabéticos ingressam em programas
de hemodiálise.
 23,6 milhões de americanos são diabéticos,
aproximadamente 1 em cada 4 não sabem
disso!
(ADA, 1997)
Fisiologia : Pâncreas
Pâncreas Exócrino (Ácinos):
- Íons bicarbonato
- Precursores das enzimas 
digestivas.
Pâncreas Endócrino 
(Ilhotas de Langerhans):
- Alfa (Glucagon)
- Beta (Insulina)
- Delta (Somatostatina)
- PP (polipeptídeo
pancreático)
24/10/2017
6
Fisiologia: Pâncreas
 Ingestão alimentar  absorção de nutrientes no TGI
 Glicose e outros substratos estimulam as ilhotas pancreáticas para 
secreção hormonal.
 Secreção de insulina: 
 1ª fase: secreção aguda e de curta duração.
 2ª fase: secreção menos intensa e mais prolongada. 
1ª fase
2ª fase
Diabetes Mellitus
• Diabete insulino-dependente
• Deficiência absoluta de insulina com insuficiência 
na produção
• Ocorre principalmente na infância e na 
adolescência, mas ocasionalmente em adultos
• Transtornos no metabolismo de carboidratos, 
proteínas e lipídeos
• Principalmente alterações no metabolismo da 
glicose
Definições: DM Tipo 1
24/10/2017
7
Fisiopatologia: DM Tipo 1
Insulina na 
circulação
Vasos 
sangüíneos
Células Beta Células Beta destruídas 
Destruição 
de cél. Beta 
pancreáticas
Deficiência 
de Insulina
Necessidade 
de reposição 
hormonal
Fisiopatologia: DM Tipo 1
 Auto-imune
Auto-anticorpos: antiinsulina, antidescarboxilase do
ácido glutâmico e antitirosina-fosfatases.
 Idiopático
Ausência de marcadores de autoimunidade contra
as células beta.
 Cetoacidose e graus variáveis de deficiência de
insulina.
80% dos casos surgem antes do 30 anos.
24/10/2017
8
Fisiopatologia: DM Tipo 1
 Fatores genéticos (predisponentes)
 Fatores ambientais (precipitantes)
Ex.: Vírus, substâncias químicas, constituintes da
dieta (Soro albumina bovina – exposição precoce
ao leite de vaca)
 Fatores imunológicos (perpetuadores)
Diabetes Mellitus
DM tipo I:
2. Metabolismo
CHO PTN LIP
Glicose Aa Ac. graxos
•Energia (3ª)
•Construção de 
células e tecidos
•Produção de 
glicose
•Excedente: TGL
•Energia (2ª)
•Membranas 
celulares
•Hormônios
•Energia (1ª)
•Células dependentes 
exclusivas- tecido 
nervoso e hemácias
•Controle da glicemia
•Construção de 
glicogênio
•Excedente: TGL
Metabolismo de Macronutrientes
24/10/2017
9
Diabetes Mellitus
DM tipo I:
2. Metabolismo
Metabolismo de Macronutrientes
Ausência ou 
indisponibilidade
de glicose 
↑ degradação de 
TGL
↓ Piruvato ↓ Oxalacetato
↑ acetil-CoA
↑ ↑ ↑ CORPOS CETÔNICOS
CETOACIDOSE
↓ pH sanguíneo
Cetonemia
Cetonúria
24/10/2017
10
Diabetes Mellitus
• Quando uma grande quantidade de acetil-CoA é produzida 
pela oxidação de ácidos graxos no fígado, parte é convertida 
em :
– Acetoacetato
– Β- hidroxibutirato
– Acetona → VOLATILIZADA NOS PULMÕES
• CORPOS CETÔNICOS → são utilizados por outros tecidos 
para produção de Acetil-CoA e consequentemente produção 
de energia
– Músculo esquelético
– Músculo cardíaco
– Cortex renal
CORPOS CETÔNICOS (ácido)
Fisiopatologia: DM Tipo 1 Fisiopatologia: DM Tipo 1
Ausência ou 
indisponibilidade 
de glicose 
↑ degradação de 
TGL
↓ Piruvato ↑ Degradação de 
PTN
PERDA DE PESO
24/10/2017
11
indisponibilidade 
de glicose 
↑ ↑ ↑ GLICOSE 
SANGUÍNEA
GLICOSÚRIA LESÕES RENAIS
DESIDRATAÇÃO
SEDE EXCESSIVA
Fisiopatologia: DM Tipo 1
AUSÊNCIA DE 
INSULINA
↑ ↑ ↑ GLICOSE 
SANGUÍNEA
CÉLULAS NÃO 
CONSEGUEM UTILIZAR A 
GLICOSE PARA 
PRODUÇÃO DE ENERGIA
FOME EXCESSIVA
Fisiopatologia: DM Tipo 1
24/10/2017
12
Fisiopatologia: DM Tipo 1
HEMOGLOBINA GLICOSE
HEMOGLOBINA 
GLICOSILADA - ESTÁVEL
ALTAS CONCENTRAÇÕES 
DE GLICOSE 
↑↑ HEMOGLOBINA 
GLICOSILADA
↓ HEMOGLOBINA 
DISPONÍVEL AO 
TRANSPORTE DE 
OXIGÊNIO
CANSAÇO E 
DESÂNIMO
Diabetes Mellitus
• Poliúria
• Polidipsia
• Polifagia
• Emagrecimento rápido
• Fraqueza
• Fadiga
• Irritabilidade
Sintomas: DM Tipo 1
24/10/2017
13
Diabetes Mellitus
• Defeitos na ação e secreção da insulina. 
– Ambos presentes quando a hiperglicemia se manifesta
– Pode haver predomínio de um deles.
• Pode ocorrer em qualquer idade, geralmente diagnosticado 
após os 40 anos.
• Pacientes não dependem de insulina exógena para 
sobreviver
– Podem necessitar de tratamento com insulina para obter 
controle metabólico adequado
• A maioria dos pacientes com essa forma de DM apresenta 
sobrepeso ou obesidade
• Cetoacidose rara, ocorre quando se associa a outras 
condições como infecções.
Diabetes MellitusDefinições: DM Tipo II Diabetes Mellitus
• Múltiplos fatores: base genética + fatores ambientais
• Falha no uso apropriado da insulina em combinação com 
deficiência relativa desse hormônio
• Base genética: 
– Defeitos na ligação dos 
receptores de insulina
– ↓ do número de 
receptores de insulina
– Declínio da ação da 
insulina sobre pós-
receptores
• Fatores ambientais:
– Obesidade
– Hipertensão
– Dislipidemias
– Estilo de vida sedentário
– Tabagismo
– Histórico de DM 
Gestacional.
Causas: DM Tipo II
24/10/201714
Diabetes Mellitus
• O sobrepeso e o sedentarismo levam ao aumento de 
glicose e ácidos graxos livres (AGL)
• Glicose + AGL – produção de energia: ↑ na formação 
de radicais livres (estresse oxidativo). 
• As células musculares e os adipócitos podem se 
proteger desta condição, produzindo resistência à ação 
da insulina com o objetivo de reduzir a entrada de 
glicose e AGL nas células. 
• As células β e o endotélio são tecidos não dependentes 
de insulina, sendo assim a sobrecarga de glicose e AGL 
nestas células provoca estresse oxidativo que induz a 
disfunção endotelial e das células β. 
Fisiopatologia: Diabetes Tipo 2 Diabetes Mellitus
• Disfunção endotelial → doenças cardiovasculares. 
• Disfunção das células β → alteração na secreção de 
insulina. 
• Resistência insulínica → AGRAVANTE DO QUADRO → maior 
requerimento secretório de insulina para a manutenção das 
concentrações plasmáticas normais de glicose.
• Hiperglicemia pós-prandial:
– Tolerância diminuída à glicose (IGT). 
– Induz ao stress oxidativo.
• A persistência desta condição provoca exaustão das células 
β
• Desenvolvimento de doenças cardiovasculares
Fisiopatologia: Diabetes Tipo 2
24/10/2017
15
Fisiopatologia: Diabetes Tipo 2
Resistência 
à insulina
Produção 
hepática de 
glicose
Captação de 
glicose pelos 
tecidos periféricos
Hiperglicemia
Secreção 
deficiente de 
insulina
Glucagon
Insulina
Diabetes Mellitus
• Alguns sintomas semelhantes ao DM I:
– Polidipsia
– Poliúria
– Fraqueza, fadiga
• Sintomas são mais leves e nem sempre percebidos 
pelo paciente
• 1/3 dos pacientes não têm consciência do diagnóstico
• Quadro progressivo: quando ocorre o diagnóstico, 50% 
da função das células β já foi perdida
– ADA – recomenda a partir dos 45 anos, triagem 
diagnóstica de 3 em 3 anos
– Principalmente → IMC > 25 kg/m²
Sintomas: Diabetes Tipo 2
24/10/2017
16
Fatores de risco: DM Tipo II
 Idade  45 anos
 Excesso de peso (IMC 
25 kgm2)
 Obesidade central
 Mulheres: CC ≥ 88 cm
 Homens: CC ≥ 102 cm
 Antecedentes familiares
 Hipertensão arterial (>
130-85 mmHg)
 Nível sangüíneo de
colesterol (≥200 mg/dL)
 Nível sangüíneo de
triacilgliceróis (≥ 150
mg/dL)
Sociedade Brasileira De Diabetes (2002)
Principais Características:
DM Tipo 1 DM Tipo 2
Auto-imune Resistência à insulina
Herança associada ao sistema HLA 
(antígeno leucocitário humano)
Herança poligênica
1ª e 2ª décadas de vida Mais frequente após os 40 anos
Indivíduo magro Indivíduo obeso, sedentário e com HA
Descompensação: cetoacidose
diabética
Descompensação: coma hiperosmolar
Ambos os sexos Ambos os sexos
24/10/2017
17
Diagnóstico – ADA, SBD, OMS
Teste oral de tolerância à Glicose (TOTG): o paciente recebe uma carga de 
75 g de glicose, em jejum, e a glicemia é medida antes e 120 min após. 
Parâmetro Valores Diagnóstico
Glicemia de jejum De 110 a 126mg/dL Pré-diabetes
> 126 mg/dL Diabetes
Glicemia casual > 200 mg/dL Diabetes
TTOG >140 mg/dL após 2 h Diabetes
+ Presença de sintomas e sinais clínicos clássicos de Diabetes
+ Presença de glicose e corpos cetônicos na urina
Diagnóstico
 Hemoglobina Glicada (HbA1c):
 Percentual da hemoglobina que sofre glicação não
enzimática
 Correlação direta com a evolução das complicações
microvasculares.
 Reflexo dos últimos 6 meses.
24/10/2017
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Diagnóstico – Pré-diabetes
Obs.: A1C = Hemoglobina Glicada
Complicações Agudas do DM
 Hiperglicemia
 Cetoacidose diabética (DM1)
( glicose celular   produção hepática,  lipólise 
Cetose + Hiperglicemia  Acidose, desidratação)
 Coma hiperosmolar (DM2)
( glicose celular   produção hepática 
Hiperglicemia Desidratação)
choque, edema cerebral, trombose venosa profunda,
infecções, síndrome do desconforto respiratório
24/10/2017
19
Complicações Agudas do DM
 Hipoglicemia:
 Erro na dosagem de medicamentos
 Excesso de exercícios
glicopenia cerebral (distúrbios de comportamento,
convulsão e coma)
Complicações Crônicas do DM
 Microangiopatias
 Retinopatia
 Nefropatia
 Neuropatia
 Macroangiopatias
coronárias, cerebrais e 
de membros inferiores
 Aterosclerose
 doenças vasculares 
periféricas
 Hipertensão
 Acidente vascular 
cerebral
Duração da doença
Susceptibilidade individual
Fatores agravantes
24/10/2017
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Complicações Crônicas do DM
 Principal causa de morbidade e mortalidade 
 Hiperglicemia crônica conduz aos danos celulares e 
teciduais
 ↑↑↑ Glicose → favorece reações prejudiciais ao 
organismo
 Formação dos AGEs (produtos de glicação avançada):
 AGEs modificam as propriedades químicas e funcionais 
das mais diversas estruturas biológicas. 
 Geração de radicais livres, da formação de ligações 
cruzadas com proteínas ou de interações com receptores 
celulares 
Fundamentos do Tratamento no DM
 Mudanças no estilo de vida
 Plano alimentar
 Atividade Física
 Suspender o tabagismo
 Adequação de peso
 Farmacoterapia
 Medicamentos orais (DM Tipo 2)
 Insulinoterapia (DM Tipo 1)
24/10/2017
21
Fundamentos do Tratamento no DM
 O DM2 pode ser prevenido ou, pelo menos, 
retardado, através de intervenção em 
portadores de pré-diabetes.
 Alterar seu estilo de vida, com modificação 
dos hábitos alimentares
 Perda ponderal (redução de ao menos 5% a 
10% do peso corporal) caso apresentem 
sobrepeso ou obesidade.
Diabetes Mellitus
• INSULINA BASAL: 0,5 a 1UI/hora ao longo do dia 
para controle da glicemia durante o jejum e entre 
as refeições
•
Tratamento no DM Tipo 1
24/10/2017
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Diabetes Mellitus
• INSULINA BASAL: 0,5 a 1UI/hora ao longo do dia 
para controle da glicemia durante o jejum e entre 
as refeições
• Glargina e Detemir – análogos, bastante 
eficientes no controle glicêmico noturno em a 
redução da Hb glicada
• NPH – insulina humana, mais utilizada na prática 
clínica
Tratamento no DM Tipo 1 Diabetes Mellitus
• SECREÇÃO EM BOLUS: após ingestão 
alimentar em 2 fases
Tratamento no DM Tipo 1
24/10/2017
23
Diabetes Mellitus
• Análogos de ação rápida e ultra-rápida
– Boa aproximação do perfil fisiológico
– Sistema de Infusão contínua 
– Regra Geral: 15g de CHO – 1 UI
Tratamento no DM Tipo 1
Diabetes Mellitus
DM tipo II:
Tratamento no DM Tipo 2
24/10/2017
24
Objetivos da Dietoterapia no DM
 Manter estado nutricional adequado
 Controlar os níveis glicêmicos
 Adequar a ingestão alimentar às necessidades
do paciente
 Prevenir/controlar fatores de riscos para DCV
 Prevenir complicações agudas do DM
 Atender às características individuais do
paciente
 Necessidades nutricionais estabelecidas a partir de uma 
avaliação nutricional detalhada.
 Individualizar em situações especiais
Necessidades Nutricionais
Recomendações de ingestão
Energia De acordo com necessidade individuais
Carboidratos 60 a 70% CHO + AGMI
Proteínas 15 a 20%
Gorduras Totais
- Ácidos graxos saturados
- Ácidos graxos poliinsaturados
~30% 
<10%
Até 10%
Fibras Mínimo 20g/dia
Colesterol <300 mg/dia
Fonte: SBD 2013-2014
24/10/2017
25
Recomendações Gerais
 Carboidratos:
 Prioridade: quantidade total e qualidade.
 Não é necessário restringir o consumo de
sacarose.
 Adoçantes: considerar o limite diário de ingestão.
 Contagem de carboidratos: melhora no controle
glicêmico
Recomendações Gerais
 Proteínas:
 Metabolismo menos afetado
 Ingestão diária recomendada para indivíduos
saudáveis.
 Controle mais rigoroso em indivíduos nefropatas.
 Gorduras:
 Limitar a ingestão da gordura saturada, trans e de
colesterol risco de DCV.
 Ácidos graxos polinsaturadosômega 3 podem ser
benéficos para redução de TG.
24/10/2017
26
Recomendações Gerais
 Fibras:
 Contribuem para o controle da glicemia e para o
metabolismo de lipídios, pois diminuem a absorção de
glicose e colesterol.
 Vitaminas e Minerais:
 2-4 porções de frutas
 3-5 porções de hortaliças
 Não confirmado benefício da suplementação com
micronutrientes.
Diabetes Mellitus
• Crianças e adolescentes:
• adequado crescimento e desenvolvimento. 
• Evitar: açúcares refinados, de absorção rápida
• Alimentação equilibrada:
• CHO : 50% a 60% do VET
• PTN: 15% do VET 
• LIP 30% do VET
Recomendações Gerais
24/10/2017
27
Diabetes Mellitus
• Crianças e adolescentes
• Regra de Holliday (SBD 2013-2014)
• • 100 kcal/kg ate 10 kg de peso corpóreo;
• • 1.000 + (kg−10) × 50 em crianças com massa entre 10 
kg e 20 kg
• • 1.500 + (kg−20) × 20 em crianças com mais de 20 kg.
• Um aumento de 10%-20% no calculo calórico e 
justificado se a atividade física for mais intensa. 
• Estimula-se o consumo de fibras, mediante ingestão de 
legumes, vegetais e frutas
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• Crianças e adolescentes
• Insulina para correção das concentrações glicêmicas (“bolus
de correcao”). 
• Esse calculo e feito dividindo-se 1.800 pela quantidade 
diaria de insulina e o resultado indica aproximadamente 
quanto de glicemia uma unidade de insulina e capaz de 
baixar.
• Exemplo: a criança recebe 20 U de insulina/dia 
• 1.800/20 = 90 
• para cada 1 unidade de insulina consegue baixar 90 mg/dl
Recomendações Gerais
24/10/2017
28
Diabetes Mellitus
• DM Tipo II
• ADA – CHO de grãos integrais, frutas, vegetais e leite e derivados 
nas versões desnatadas
• Controle do peso :
• Restrição calórica moderada – 250 a 500 calorias a menos do que a 
ingestão habitual – calculada a partir de histórico alimentar
• Perda de peso moderada – paciente obeso que perde cerca de 5 a 
10% do peso já tem resultados positivos na melhora da glicemia , 
perfil lipídico e pressão arteirial
• Dietas extremamente hipocalóricas – somente em internação 
hospitalar 
• Dietas com baixo teor de gordura e rica em vegetais mostraram 
resultados positivos na sensibilidade à insulina e controle glicêmico
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• DM tipo II:
• Pacientes com Obesidade Mórbida
• Cirurgia cirurgia bariátrica: pode ser considerada 
para diabéticos tipo 2 com IMC > 35 kg/m2, 
especialmente se o diabético tem comorbidades
de difícil controle, com terapia farmacológica, 
alimentar e estilo de vida saudável
• Pode ser o único tratamento eficaz → perda de 
peso e melhora do controle glicêmico
• Riscos do procedimento cirurgico
Recomendações Gerais
24/10/2017
29
Diabetes Mellitus
• DM tipo II:
• Fracionamento das refeições
• Realizar o café da manhã
• Distribuir os alimentos fonte de CHO entre as refeições
• Não pular refeições
• Plano alimentar individualizado, respeitando as 
preferências do paciente
• Resultados positivos sobre o perfil lipídico e sobre à 
sensibilidade à insulina pós-prandial
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• DM tipo I ou tipo II:
• Diabéticos adultos: uma dose ou menos para mulheres 
• duas doses ou menos para homens.
• 1 dose (15g de etanol):
• 150 ml de vinho (1 taça) 
• 360 ml de cerveja (1 lata pequena) 
• 45 ml de destilados (1 dose com dosador padrão)
• Deve ser ingerido com carboidrato antes e/ou durante o 
uso da
• bebida, sendo necessário em alguns casos, ajuste na dose 
de insulina
Recomendações Gerais
24/10/2017
30
Diabetes Mellitus
• Adoçantes não nutritivos: considerar o nível
diário aceitável de ingestão, estabelecido pela
Food and Drug Administration (FDA).
• Os edulcorantes não são essenciais ao
tratamento do diabetes como a medicação
oral/insulina e monitoração da glicemia, mas
podem favorecer o convívio social e flexibilidade
do plano alimentar.
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• PACIENTES INTERNADOS
• Antes de qualquer cirurgia a glicemia deverá ser 
mantida em uma faixa entre 100 e 200 mg/dL
• Pacientes críticos : 
– Glicemia pré-prandial o mais próximo possível de 90-
130mg/dL
– Glicemia pós-prandial : abaixo de 180mg/dL
• Insulina conforme necessário
Recomendações Gerais
24/10/2017
31
Recomendações Gerais
 Para pacientes internados:
 Considerar sintomas gastrointestinais na decisão
do tipo de dieta (consistência, exclusão de
alimentos específicos)
 Dietas enterais específicas para pacientes
diabéticos.
Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• As Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes -
Indivíduos com diabetes podem se beneficiar com a 
melhora do controle glicêmico e lipídico
• Ômega 3 
• A hipertrigliceridemia está associada a doenças 
cardiovasculares em indivíduos diabéticos.
• O consumo de óleo de peixe favorece a redução de 
triglicerídeos plasmáticos nesses pacientes. 
• Entretanto, poderá ocorrer ligeiro aumento no LDL-C
Recomendações Gerais
24/10/2017
32
Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Soja: Muitos estudos em humanos e animais 
sugerem que a soja tem efeitos benéficos no 
DM.
• A soja pode reduzir o colesterol plasmático em 
pacientes diabéticos tipo 2, entretanto, não 
esta claro se esse efeito é decorrente da 
composição de aminoácidos, isoflavonas ou 
fibras presentes na soja.
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Psillium (Plantago ovata - uma erva nativa da 
Ásia, do Mediterrâneo e do Norte da África.)
• Em pacientes diabéticos tipo 2, a adição de 
psillium na dieta pode melhorar o controle 
glicêmico e lipídico . 
Recomendações Gerais
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33
Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Goma Guar ( nativa da Índia)
• Fibra solúvel extraída do 
endosperma do vegetal de espécie 
Cyamoposis tetragonolobus, tem demonstrado 
diminuir as concentrações de insulina e glicose 
pós prandiais em pacientes com diabetes 
mellitus tipo 2.
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Batata Yacon
• O yacon e uma raiz tuberosa, 
oriunda da região andina; 
• Rica fibras alimentares soluveis e prebioticos, 
como fruto-oligossacarideos (FOS) e inulina.
Recomendações Gerais
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Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Aveia
• A aveia, rica em fibras solúveis, pode reduzir a 
resposta glicêmica pós-prandial em diabéticos 
tipo 2.
• Além disso, tem a capacidade de aumentar a 
síntese de ácidos biliares e reduzir a absorção 
de colesterol, diminuindo o colesterol LDL
Recomendações Gerais Diabetes Mellitus
• Alimentos Funcionais:
• Banana verde
• A massa da banana verde é rica em fibras e 
amido resistente (AR), um tipo de carboidrato 
não digerido pelo organismo que apresenta 
funções fisiológicas na regulação intestinal, no 
controle da glicemia e no retardo do 
esvaziamento gástrico. 
Recomendações Gerais
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Importância da educação
nutricional no DM
 Mudança comportamental traz benefícios
metabólicos comprovados.
 Potencial de prevenção das complicações.
 Dificuldades do paciente em alterar o seu
estilo de vida.
 Multiplicidade de ações terapêuticas requer
atendimento multiprofissional.
Diabetes Mellitus
• CHO → maior efeito na glicemia
• Objetivo → manter a glicemia dentro dos 
limites convenientes
• Anotar todos os alimentos consumidos e as 
quantidades (em medida caseira) para 
descobrir quanto de carboidrato se está 
ingerindo.
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
• Medir a glicemia mais vezes, em diferentes 
horários, de acordo com o esquema 
estabelecido pela equipe.
• Essa é única maneira de saber a resposta 
individualdos alimentos, bem como se seu 
plano alimentar e tratamento estão no 
caminho certo.
• Sua glicemia mostra quando e quais 
mudanças são necessárias.
Contagem de carboidratos Diabetes Mellitus
• Método 1 – lista de equivalente 
• + simples
• Método 2 – Contagem em gramas de 
Carboidratos
• + preciso
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
• Método 1 – lista de equivalente 
• Os alimentos são agrupados de forma que
• cada porção do alimento escolhido pelo 
paciente corresponda a 15g de carboidrato
• Grupo de alimentos - porções de uso habitual 
de nossa realidade e são formados com base 
na função nutricional e na composição 
química.
Contagem de carboidratos Diabetes Mellitus
• Método 1 – lista de equivalente 
• 1 substituto = 15g de carboidrato
• 2 substitutos = 30g de carboidrato
• 3 substitutos = 45g de carboidrato
• 4 substitutos = 60g de carboidrato
• Pela regra geral: 
• 1 substituto de CHO = 15g de CHO = 1 UI
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
• DM tipo I: 8. Contagem de Carboidratos
• Método 1 – lista de equivalente 
•
Grupo de alimentos Alimento Porção (medida 
caseira)
Substituto de CHO
Grãos, feijões, 
vegetais
Arroz branco 
cozido
2 colheres de sopa 1
Feijão cozido 4 colheres de sopa 1
Aveia 2 colheres de sopa 1
Frutas/sucos de 
fruta
Caqui 1 unidade pequena 1
Iogurte/leite/substit
utos do leite
Leite integral copo duplo cheio 
(240ml)
1
Combinações de 
alimentos/lanches
Cheeseburger 1 unidade 2
doces Brigadeiro 2 unidades pequenas 1
Contagem de carboidratos
• Método 1 – Lista de equivalentes
• EXEMPLO DE UMA REFEIÇÃO
Alimento Substitutos de CHO
4 colheres de sopa (rasas) de arroz 2
2 colheres de sopa de feijão 0,5
2 pires de verduras e legumes 0
1 bife pequeno 0
1 caqui pequeno 1
Total
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
• Método 2 – Contagem em gramas de 
Carboidratos
• consiste em somar os gramas de CHO de cada 
alimento por refeição, obtendo-se informações 
em tabelas e rótulos dos alimentos
• Pode-se, de acordo com a preferência do 
paciente e com os CHO pré definidos por 
refeição, utilizar qualquer alimento (incentivo a 
alimentação saudável). 
Contagem de carboidratos Diabetes Mellitus
• Método 2 – Contagem em gramas de 
Carboidratos
• EXEMPLO DE UMA REFEIÇÃO
Alimento CHO (g)
4 colheres de sopa (rasas) de arroz 20
2 colheres de sopa de feijão 8
2 pires de verduras e legumes 0
1 bife pequeno 0
1 caqui pequeno 17
Total
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
• Método 2 – Contagem em gramas de 
Carboidratos
• FIBRA
• > 5g de fibra /porção
• Subtrair a quantidade de fibra do total de CHO
• EXEMPLO
• Alimento tem 45 g de CHO e 5 g de fibras
• Total de CHO = 40g 
Contagem de carboidratos Diabetes Mellitus
• Comparação dos Métodos: Contagem de 
Carboidratos
•Alimento CHO (g) Substitutos de CHO
4 colheres de sopa (rasas) 
de arroz
20 2
2 colheres de sopa de 
feijão
8 0,5
2 pires de verduras e 
legumes
0 0
1 bife pequeno 0 0
1 caqui pequeno 17 1
Total 45 3,5
UI 3 UI 3,5 UI
Contagem de carboidratos
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Diabetes Mellitus
Fonte: SBD 2009
Contagem de carboidratos

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