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COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL EM TEMPOS DE CRISES PROF.: NODJA MARIA HOLANDA CAVALCANTI GUIMARÃES TURMA: ADMINISTRAÇÃO NOTURNO EQUIPE Anna Kévila da Silva Lima Maria Luana de Abreu Goes Moacyr Martins de Oliveira Francisca Naiane Ferreira Cordeiro Silas Abud Loyola Tamilla Kessia Freitas Lima Rubinalva Lopes Cavalcante da Costa INTRODUÇÃO A comunicação não é útil, é indispensável; não é despesa, é investimento; é um processo permanente. (Edson Vaz Musa, em Portas Abertas) Hoje, a Comunicação Empresarial é considerada uma ferramenta fundamental no desenvolvimento das instituições. A comunicação transmitida de forma adequada, aos diversos públicos de uma empresa, é essencial para o seu reconhecimento perante a sociedade. A Comunicação é indispensável em todo e qualquer momento. E toda empresa está sujeita a passar por uma crise. Nesses momentos, é fundamental comunicar o erro ou saber se defender, além de informar como corrigi-lo ou, pelo menos, demonstrar aos públicos de interesse e à imprensa a disponibilidade para executar tal tarefa. Em tempos de crise, o conhecimento sobre os tipos de públicos para quem devemos comunicar, e o que deve ser comunicado, se torna ainda mais efetivo. E o planejamento também repercute de forma total, pois certamente terá permitido identificar possíveis fragilidades e riscos sobre os quais já deveriam ter sido desenvolvidas ações de prevenção ou mesmo de como lidar. As crises não devem ser vistas apenas como grandes catástrofes. Com os meios de comunicação e a rapidez da informação, nos dias atuais, qualquer boato pode ganhar dimensões de uma grande crise. Por isso, podemos entender a crise de várias formas. Lopes assegura que “qualquer coisa negativa que escape ao controle da empresa e ganhe visibilidade” tem potencial para virar uma crise. Já Mitroff descreve a crise como algo que “não pode ser completamente contido dentro das paredes de uma organização”. DESENVOLVIMENTO A comunicação nas organizações, deve assumir um papel estratégico. Para isso, deve estar integrada ao planejamento estratégico da empresa e fazer parte da agenda da alta direção e do chão de fábrica, e também dos stakeholders (públicos de interesse) da organização. O planejamento é fundamental para que as ações não venham ao acaso, como soluções de última hora, sendo a principal arma de uma organização, especialmente em situações de crise. O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras e decisões que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro desse raciocínio, pode-se afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos e desafios estabelecidos para a empresa. O papel da comunicação no gerenciamento da crise é estabelecer o relacionamento com os públicos estratégicos como, por exemplo, funcionários, clientes, acionistas e imprensa, além de fazer o mapeamento dos riscos e de identificar situações de emergência, conflitos ou crises, bem como o monitoramento da percepção e das atitudes do público, sem se esquecer da avaliação dos resultados e elaboração de campanhas para fortalecimento da imagem da empresa. A construção do relacionamento passa, obrigatoriamente, por este entendimento: Se a crise for inevitável, seu gerenciamento fica mais fácil a partir da cultura de conversação. Mais do que dispor de um Departamento de Comunicação muito bem estruturado, é fundamental que a organização tenha uma cultura de comunicação, que inclui: • Falar e ouvir; • Conversar; • Considerar a opinião de seus públicos de interesse etc. Além disso, a empresa precisa reconhecer a função da comunicação – exercida por todos dentro do ambiente organizacional –, e seus impactos sobre sua imagem e sua reputação. O Gerenciamento de crises é uma ferramenta dentro dessas novas atribuições da Comunicação, que chega para amparar e indicar novos caminhos no relacionamento das empresas com seus públicos e a mídia. Gerenciar crises deve ser uma estratégia de comunicação, pois “[...] todos estão mais vulneráveis aos olhos do público. Tanto no que se refere à divulgação de informações sobre determinada empresa ou produto, quanto no alcance geográfico destas informações”. No contexto de gerenciamento de crises empresariais, devemos: 1. Fazer da informação oferecida à sociedade um objetivo estratégico; 2. Valorizar o ponto de vista social da informação, entendendo que o interesse público não está necessariamente associado ao sucesso técnico; 3. Antecipar-nos quanto aos acontecimentos e difundir a informação antes que se converta em notícia; 4. Profissionalizar o Departamento de Informações com especialistas em Comunicação; 5. Não deixar ninguém sem resposta; 6. Fornecer informações não somente em caso de crises mas também em situações de normalidade; 7. Assumir a informação como uma atividade necessária e como uma responsabilidade social; 8. Não avaliar a informação pelo tamanho da notícia ou de seu emissor; 9. Aceitar que as boas notícias não são, de fato, notícias; 10. Nem sempre, deixar prevalecer o rigor sobre a pressa, pois uma informação oferecida a tempo pode neutralizar uma notícia sensacionalista. É importante observar a necessidade de ter definido com clareza o que deve ser feito nessas situações, de modo a contemplar cada um dos públicos de interesse, observando o tempo adequado para que as respostas e ações sejam desencadeadas. Isso inclusive costuma merecer atenção redobrada da parte das organizações nos planos de gestão de crise, documento elaborado com as orientações sobre como agir nos casos de situações adversas. O da Petrobras, por exemplo, especifica quem deve ser envolvido, a partir de uma classificação de crises de âmbito local, regional, nacional ou internacional. E sobre os tempos, apresenta orientações sobre quando deve ocorrer a primeira comunicação e as demais, até que a crise seja controlada ou superada CONCLUSÃO A comunicação, seja em empresas, organizações ou entidades, pode e deve estar em constante crescimento. É preciso investir para que os stakeholders e a sociedade em geral sejam bem informados sobre as empresas, suas ações positivas e negativas. Essa pratica contribui para o aumento da credibilidade da organização, o que em longo prazo representa maior confiança dos consumidores e acionistas nos seus produtos e/ou serviços. O Gerenciamento de Crise, além de ser uma ferramenta de relacionamento com os públicos e de controle das crises, também é uma boa oportunidade para a empresa conhecer seus pontos fracos e investir em melhorias. Também podemos destacar que as empresas ainda relutam em investir em comunicação, principalmente com ações especificas. Nem sempre as organizações têm consciência do fato da existência de uma assessoria de imprensa ser suficiente e que esta deve estar atenta às novidades e ser treinada para realizar o trabalho de relacionamento com os públicos, bem como ter acesso à direção da empresa e participar da tomada de decisão. O trabalho deve ser feito em equipe e agrega todos os setores da organização. O que podemos perceber é que, no Brasil, a cultura de prevenção às crises ainda tem muito que avançar, mas quem já utiliza ou já precisou do Gerenciamento de Crises sabe da necessidade de estarpreparado. O gerenciamento é um aprendizado constante, nenhuma empresa estará a salvo das crises por tê-lo, mas com certeza as que estiverem preparadas irão ter um desempenho mais eficiente e eficaz. “Nem tudo é tão bom que não possa ser melhorado” (Degas)
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