Prévia do material em texto
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA II Profa. Karina Jorge CRONOGRAMA SEMESTRE 08/08 – Apresentação da disciplina Aula Egito (indicação vídeo) 22/08 – Aula Grécia 05/09 – Roma 19/09 – Estudo comparativo: EGITO, GRECIA E ROMA 03/10 – NP 01 17/10 – Aula Paleocristã, Bizantina 31/11 – Aula Românica, Gótico 21/11 – NP02 28/11 – SUB 12/12 - EXAME TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II LEITURA OBRIGATÓRIA AULA DE HOJE: INTRODUÇÃO À HISTORIA DA ARQUITETURA das origens ao século XXI. José Ramón Alonso Pereira: Bookman. Pág. 29-44 PRÓXIMA AULA: Leitura para próxima aula: JORDAN, R. Furneaux. História da Arquitetura no Ocidente. Camarate: Verbo, 1985. Pág. 23-70 INTRODUÇÃO À HISTORIA DA ARQUITETURA das origens ao século XXI. José Ramón Alonso Pereira: Bookman. Pág. 46-70 TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II A N TI G U ID A D E Aprox. 3000 a.C. EGÍPCIA MICÊNICA (GRÉCIA) A N TI G U ID A D E C LÁ SS IC A ID A D E M ÉD IA ID A D E M O D ER N A SÉ C U LO X V II E X V II I C O N TE M PO RÂ N EA GREGA ROMANA PELOCRISTÃ BIZANTINA ROMANICA GÓTICO RENASCIMENTO MANEIRISMO BARROCO ROCOCÓ NEOCLÁSSICO (THAU IV) SÉC XIX: NEOGÓTICO, ART & CRAFT, ART NOUVEAU, ECLÉTICA SÉC XX: ART-DECÓ, MODERNISMO, PÓS- MODERNISMO CONTEMPORÂNEA - ATUAL TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II CRONOLOGIA ARQUITETÔNICA Séc XIV THAU II O Egito está localizado no nordeste da África, em uma região conhecida como crescente fértil – OASIS LONGITUDINAL Isso aconteceu graças ao rio Nilo. A fertilidade trazida pelo grande rio, possibilitou a fixação de povos nômades em um das regiões mais áridas da terra. Durante as cheias, entre os meses de Junho e Outubro, as águas cobriam as margens desérticas do Nilo. Quando o rio voltava ao nível normal, uma grossa camada de húmus (Limo fertilizante) era deixada nas terras. Então os Feláis (camponeses) iniciavam as semeaduras favorecidas por um terreno fertilizado e rico. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Primórdios da Arquitetura: Egito e a configuração do sistema trílico. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Inicialmente, era dividido num grande número de pequenas comunidades independentes: os nomos, que por sua vez eram liderados pelos monarcas. Essas comunidades uniram- se e formaram dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. Cidades dos mortos -Templos funerários (oeste) Cidades dos vivos(leste) . O Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Egito, Menés, unificou os dois reinos. Com ele nasceu o Estado Egípcio unificado, que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Arquitetura: Formas “Esteriométricas” simples - estrutura reticulada, elemento estrutural modular tridimensional composto principalmente de triangulações. Pirâmide – representa a síntese das forças verticais e horizontais; sentido de solidez; maciça - representa assim a idéia da concretização de uma ordem eterna. Ortogonal Ordenada Constante – concretização de um entorno constante remetendo ao eterno. Axialidade (que se relaciona com um eixo) - grandes templos do novo império. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Colunatas Egípcias – motivos da natureza Coluna é composta de: Base: ponto de ligação do fuste ao pedestal (piso) Fuste: “tronco da coluna”, parte longitudinal, mais extensa. Capitel: faz a união entre o fuste (elemento vertical) e o elemento horizontal. Geralmente é a parte mais trabalhada da coluna e é o que caracteriza o seu estilo. Tipos de colunas Egípcias: Palmiforme: flores de palmeiras Papiriforme (fechada e aberta): flores de papiros Lotiforme: flor de lotus TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Coluna Palmiforme TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II BASE FUSTE CAPITEL Coluna Papiriforme TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Papiriforme Aberta TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Papiriforme Fechada Coluna Lotiforme TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Complexos de Pirâmides – SAKKARA – DJOSER (IMOTHEP) TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II 60m 545 m 278 m 10m 140 m 118 m • Primeira pirâmide em pedra do Egito • 14 falsas portas • Apenas 01 acesso TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II • Colunatas da entrada: pilastras imitando troncos de papiriformes com 6,60 m de altura e 1,0 m de diâmetro de base (primeiras colunas em pedra conhecidas no Egito). TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Vista do Pátio interno TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Conjunto de Gizeh: grupo de tumbas reais (2723-2563 a.C) TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Queops (Keops) Quefrén (Kefren) Mikerino Queops: maior massa de pedra já erguida pelo homem 230 x 230 m com altura de 146,6 m Quefren: 215 x 215 m com altura de 143,5 Mikerino: altura de 66 m • Pirâmide: tumba • Templo Funerário: cultos e oferendas aos mortos • Calçada: levava ao templo do vale • Templo do Vale: situado junto ao rio, de onde o cadáver era recebido para sua purificação e mumificação. O desejo em concretizar uma ordem eterna era essencial para demonstrar a continuidade da vida após a morte; as tumbas e os templos funerários eram tidos como as moradas da eternidade, sendo portanto a obra mais importante no Antigo Egito. Assim como o Egito era um “oasis” axialmente organizado entorno do Rio Nilo e ortogonalmente estruturado, os templos serão da mesma forma representados. Os templos em geral estavam orientados para o lado Este de forma que do seu interior podia-se ver o nascer do sol através da porta de entrada, localizada entre duas torres – denominadas Pilon – que representavam a entrada para o céu por onde passaria o Deus Sol e seu representante na terra – o Faraó. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Um milênio após a construção do complexo de Gize, (1511-1548 a.C), começam a desaparecer as massas megalíticas e o sistema de estrutura trilítica passa a ser o tema dominante A planta do templo era constituída basicamente de três partes: um pátio de colunas, uma sala hipóstila (sala de colunas) e um santuário, organizados axialmente Nos templos maiores poderia haver dois pátios e duas ou mais salas hipóstilas. Enquanto o pátio era aberto ao céu e ao sol – não tinha teto - as salas hipóstilas eram cobertas com tetos decorados com estrelas pintadas. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II IMPERIO ANTIGO: PIRAMIDES IMPERIO NOVO: TEMPLOS FUNERÁRIOS INCRUSTADOS OU ENTERRADOS NAS LATERAIS DAS MONTANHAS, NA FORMA DE TEMPLO SUBTERRANEO OU CRIPTAS Templo da rainha Hatshepsut, em Deir-el-Bahari Precursor das grandes estruturas trilíticas TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Primeiro Terraço Segundo Terraço Pórtico Norte Pórtico Oeste Capela de Anubis (Deus da Vida após a Morte ) Capela de Hathor (Deusa das mulheres: amor, fertilidade) Terceito Terraço Templo de Horajti (Sol no horizonte) Capela Funerária e Câmara de Oferendas Santuário Abú Simbel – Ramsés II - um conjunto de dois templos talhados nas falésias rochosas e construídos para Ramsés II e sua esposa Nefertari. TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II A fachada do templo é dominada por quatro estátuas sentadas do enorme Faraó (cada um com mais de 20 metros) TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II 1. Terraço 2. Estátuas de Ramsés II (4un) 3. Capela ao deus Tot (da sabedoria) 4. Capela ao deus Sol 5. Corredor entrada 6. Hall - 8 estátuas monumentais de Ramsés II apóiam o espaço de 52m de largura e 57 m de altura. 7. Salas de festivais à Ramsés II 8. Sala hipóstila - 4 pilares em motivos florais sustentam a sala decorada com imagens de Ramsés e sua esposa fazendo oferendas aos deuses . 9. Vestíbulo com três portas de chumbo que dão acesso ás 3 capelas 10. Capela de Ramsés II 4 TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II No centro, sob a entrada a figura do deus Rá (sol) TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II O grande hall com 57 m de altura e 52 m de largura é apoiado com 8 pilares de estátuas de Ramsés II Templo de Nefertari – Abu Simbel A fachada do templo é um Pilon recuando, com seis estátuas de 10 metros de altura talhadas na rocha – três de Ramsés e três de Nefertari TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II hall - Ele é apoiado por seis pilares que carregam a cabeça da deusa Hathor. (deusa das mulheres – fertilidade) A parede oriental traz imagens de Ramsés 2 em batalha. Outras cenas de parede mostram Ramses 2 e Nefertari oferecendo sacrifícios aos deuses. vestíbulo Capela TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Cabeça da deusa Athor (deusa da feminilidade) nos pilares (06) no Hall Hipóstilo TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Medinet-Abú – templo de Ramsés III (1198-1166 a.C.), próximo a Tebas 300 m 200 m 10m H = 18m 160 m 130 m 6 m espessura TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Pilon Principal do Templo TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II Colunas Papiriformes fechadas Vídeo: “O Nilo, rio dos deuses” TEORIA DE HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO II