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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PATOLOGIA Professor Esp. Antônio Arlen da Silva Freire Cirurgião-Dentista – ESF/SEMSA Mestrando em Disfunções Temporomandibulares e dor Orofacial FACULDADE META DISCIPLINA: PATOLOGIA GERAL ODONTOLOGIA REVISANDO... Prof. Antônio Arlen da S. Freire Faculdade Meta MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Célula tende a sofrer adaptações; Estímulo patológico: Lesão celular. (FILHO, 2013) Causas: ENDÓGENAS EXÓGENAS GENÉTICA RESPOSTA IMUNE FATORES EMOCIONAIS FATORES FÍSICOS FATORES QUÍMICOS AGENTES BIOLÓGICOS DESVIOS DA NUTRIÇÃO MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA A lesão celular resulta de alterações bioquímicas nos componentes das células! AS ESTRUTURAS MAIS VULNERÁVEIS ÀS AGRESSÕES SÃO: MITOCÔNDRIAS DESEQUILIBRIO NA HOMEOSTASIA DO CÁLCIO DANOS ÀS MEMBRANAS CELULARES DANOS AO DNA E ÀS PROTEÍNAS MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA DANOS E DISFUNÇÕES MITOCONDRIAIS • REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ATP ATVIDADE DA BOMBA DE SÓDIO NA MEMBRANA PLASMÁTICA É REDUZIDA ACÚMULO INTRACELULAR DE SÓDIO E ÁGUA TUMEFAÇÃO CELULAR, BOLHAS. MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA • DESEQUILÍBRIO DO CÁLCIO AUMENTO DO CÁLCIO DENTRO DA CÉLULA ATIVA VÁRIAS ENZIMAS FOSFOLIPASES PROTEASES ENDONUCLEASES MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA • DANOS ÀS MEMBRANAS VÁRIOS MECANISMOS PODEM CAUSAR DANOS ÀS MEMBRANAS SÍNTESE DE FOSFOLIPÍ DIOS DEGRADAÇÃO DOS FOSFOLIPÍDIOS ALTERAÇÃO DO CITOESQUELETO PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO DE LIPÍDIOS MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA • DANO AO DNA E PROTEÍNA CAUSA APOPTOSE MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Normalmente as células encontram-se em estado normal; Diante do estresse ou estímulo patológico, podem sofrer adaptação; Se a capacidade de se adaptar for excedida ou se o estresse for muito nocivo, haverá a lesão celular. Diante da lesão, a célula pode retornar ao estado normal se o estímulo for removido (lesão reversível); Se o agente lesivo for grave, resultará em lesão irreversível e consequente morte da célula afetada. (KUMAR; ABBAS; ASTER, 2013). MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA ADAPTAÇÕES CELULARES São alterações reversíveis em resposta às agressões. Apresenta várias formas distintas. 1. HIPERTROFIA 2. HIPERPLASIA 3. ATROFIA 4. METAPLASIA MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Hipertrofia: É o aumento do tamanho das céulas que resulta em aumento do tamanho do órgão; Há a presença apenas de células aumentadas. O aumento do tamanho da célula NÃO é devido ao edema, mas sim da quantidade aumentada de proteínas e de organelas; MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Hipertrofia:FISIOLÓGICA PATOLÓGICA MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Hiperplasia É o aumento do número de céulas que resulta no aumento do tamanho do órgão; O aumento do número de células é estimulado por fatores de crescimento. Pode ser fisiológica ou patológica FISIOLÓGICA Hiperplasia Hormonal. Ex.: Proliferação do Epitélio Glandular da mama durante a puberdade e gravidez PATOLÓGICA Excesso de hormônios ou fatores de crescimento Ex.: Hiperplasia endometrial MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Hiperplasia MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Atrofia: É a redução do tamanho de um órgão ou tecido ocasionada pela diminuição do número ou tamanho das células. Embora as células atróficas tenham sua função diminuída, elas não estão mortas. As causas incluem Diminuição da carga de trabalho Perda de inervação Diminuição do suprimento sanguineo Nutrição inadequada Perda de estimulação endócrina Envelhe cimento MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Atrofia: Mecanismo Diminuição da síntese proteica devido a redução da atividade metabólica Degradação proteica aumentada por deficiência nutricional e desuso - ativação de enzimas Em muitas situações, a atrofia é acompanhada também pelo aumento da autofagia MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Atrofia: MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Metaplasia: É uma alteração na qual um tipo celular é substituído por outro tipo celular; Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinado estresse é substituído por outro tipo celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. MECANISMO GERAL DE AGRESSÃO E DEFESA Metaplasia: RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCAIS RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCAIS RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCALIZADAS As agressões localizadas podem provocar respostas sistêmicas Estas consistem em reações inespecíficas destinadas à adaptação do organismo frente a uma agressão: Seja para facilitar os mecanismos de fuga física, seja para eliminar o agente agressor ou minimizar seus efeitos lesivos. Mecanismos de respostas sistêmicas às agressões: Mudança de síntese de proteínas no fígado Alterações metabólicas Alteração do apetite e do sono Febre Resistência à dor Modulação da resposta imune RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCALIZADAS Alteração metabólica Liberação de Adrenalina GLICOGENÓLISE Aumenta GLICEMIA Trabalho CARDÍACO e VASODILATAÇÃO arteriolar dos músculos esqueléticos POSSIBILITA A FUGA DO INDIVÍDIO RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCALIZADAS Alteração do apetite e do sono: Citocinas agem sobre o sistema nervoso central inibindo a fome e o apetite. RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCALIZADAS Febre: Desregulação dos centros termorreguladores; Neurônios enviam sinais a outros neurônios e ao organismo para que haja maior produção de calor; Há estímulo para a contração muscular; Quando temperatura atinge o nível de regulação, ela se estabiliza; Cessada a ação do agressor, os neurônios voltam ao estado normal - sudorese; RESPOSTAS SISTÊMICAS ÀS AGRESSÕES LOCALIZADAS Resistência à dor: Produção de endorfinas; Modulação da Resposta Imune: Durante a reação de fase aguda, há tendência à imunossupressão; MORTE CELULAR MORTE CELULAR “OCORRE COM A PERSISTÊNCIA DO DANO, ONDE A CÉLULA NÃO CONSEGUE SE RECUPERAR E MORRE”. Kummar; Abbas; Aster (2013, p. 6) ALTERAÇÕES DAS SUB- ESTRUTURAS CELULARES Característas morfológicas da Lesão Celular Reversível TUMEFAÇÃO CELULAR DEGENERAÇÃO GORDUROSA • Falência das bombas de íons, levando à incapacidade de manter homeostasia • Manifesta-se pelo aumento dos vacúolos lipídicos no citoplasma ALTERAÇÕES DAS SUB- ESTRUTURAS CELULARES Característas morfológicas da Lesão Celular Reversível MORTE CELULAR MORTE CELULAR Persistindo o dano, ocorre a morte celular; Há dois tipos de morte celular 1. NECROSE; 2. APOPTOSE; MORTE CELULAR NECROSE É o tipo de morte celular que está associado ao rompimento da membrana e extravasamento dos conteúdos celulares; Os conteúdos que extravasam sempre iniciam uma reação com o intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente. Tal reação é denominada de INFLAMAÇÃO. MORTE CELULAR NECROSE MORTE CELULAR PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE DE COAGULAÇÃO NECROSE DE LIQUEFAÇÃO NECROSE CASEOSANECROSE GANGRENOSA NECROSE GORDUROSA NECROSE FIBRINOIDE PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE DE COAGULAÇÃO É a forma de necrose na qual a arquitetura dos tecidos mortos é preservada, apresentando textura firme; É a necrose típica dos infartos (exceto em cérebro).PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE DE LIQUEFAÇÃO É observada em infecções bacterianas ou infecções fúngicas; A liquefação digere completamente as células mortas, resultando em transformação do tecido em uma massa viscosa líquida (pus). PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE GANGRENOSA Não é um padrão específico de necrose, no entanto, ainda é comumente utilizado na prática clínica; É um tipo de necrose de coagulação que envolve um membro, comumente a perna, que perdeu o suprimento sanguíneo. PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE CASEOSA É encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa; O termo caseoso (semelhante a queijo) é derivado da aparência friável branco-amarelada. PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE GORDUROSA É a necrose resultante da liberação de lipases que escapam do pâncreas e liquefazem as membranas dos adipócitos do peritôneo; Ocorre diante da pancreatite aguda. PADRÕES DE NECROSE TECIDUAL NECROSE FIBRINOIDE Só é visível ao microscópio. Ocorre diante de reações imunes. Ex.: Artrite reumatoide, Febre reumática... MORTE CELULAR APOPTOSE É um tipo de morte celular induzido por um programa de suicídio estritamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas. Significa “cair fora”. A membrana plasmática permanece intacta, mas tornam-se alvos atraentes para os fagócitos. Rapidamente, as células mortas são removidas antes que seus conteúdos extravasem, assim, não há reação inflamatória no hospeiro. MORTE CELULAR APOPTOSE Difere da NECROSE, pois: Na apoptose, NÃO há perda da membrana plasmática NÃO há extravasamento dos conteúdos celulares NÃO há reação inflamatória no hospedeiro Apoptose, na maioria das vezes, é induzida fisiologicamente para remoção de células supérfluas ou desnecessárias. Já necrose é sempre patológica MORTE CELULAR APOPTOSE Apoptose funciona para eliminar células potencialmente prejudiciais e células que tenham sobrevivido mais que sua utilidade Ou Funciona como um evento patológico, quando as células são lesadas de modo irreparável (geralmente quando a lesão afeta o DNA ou as proteínas das células). ASSIM, PODEMOS CLASSIFICAR DUAS CAUSAS PARA OCORRÊNCIA DE APOPTOSE: APOPTOSE QUE OCORRE EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS OU EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS MORTE CELULAR APOPTOSE EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS Funciona para eliminar células que não são mais necessárias. É importante nas seguintes condições fisiológicas: Perda celular em populações celulares proliferativas; Morte de células que já tenham cumprido seu papel; Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos; Morte celular induzida por linfócitos T citotóxicos. MORTE CELULAR APOPTOSE EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS A apoptose elimina células que estão geneticamente alteradas ou lesadas de modo irreparável. A morte por apoptose é responsável pela perda de células em várias condições: Lesão de DNA; Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas; Lesão celular em certas infecções. MORTE CELULAR APOPTOSE CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS São depósitos patológicos de sais de cálcio em células e tecidos; QUANDO O DEPÓSITO OCORRE EM TECIDOS MORTOS, É CHAMADO DE CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA. QUANDO O DEPÓSITO OCORRE EM TECIDOS NORMAIS, É CHAMADO DE CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA. CALCIFICAÇÕES PATOLÓGICAS CALCIFICAÇÕES METASTÁTICAS OCORRE SEMPRE QUE HÁ HIPERCALCEMIA. EX.: AUMENTO DO PARATORMÔNIO DEVIDO A DISTÚRBIO DE PARATIREOIDES; DISTÚRBIOS RELACIONADOS À VITAMINA D, INSUFICIÊNCIA RENAL, ETC. TUMOR MARROM DO PARATIREOIDISMO REFERÊNCIA Kumar; Abbas; Aster. Patologia Básica. 9.ed. Elsevier: Rio de Janeiro, 2013. pag. 01-28
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