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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
COORDENAÇÃO DE ENSINO TÉCNICO
Laboratório de Química Orgânica – T2 - M1
Profª Ana Maria de Rezende Machado
Data da prática: 18/09/2017
Isis Larissa de Souza Marcelino
Sarah Bastos de Paula Nagem
Tamara Vitória da Silva Jorge
Determinação da Viscosidade
Belo Horizonte
Setembro, 2017
INTRODUÇÃO
Os líquidos, assim como os gases, são consideradas fluidos, isto é, “que podem fluir”. Uma de suas principais características é não possuírem formas próprias tendendo sempre a assumir a forma do recipiente que os contém. Um líquido ideal não oferece qualquer resistência a uma eventual mudança de forma. Entretanto, em qualquer líquido real existe certa resistência às mudanças de forma e ao movimento de qualquer porção do líquido. Nos fluidos, o efeito de oposição ao movimento relativo recebe o nome de viscosidade.¹
Então, por definição, viscosidade é a resistência apresentada por um fluido à alteração de sua forma, ou aos movimentos internos de suas moléculas umas em relação às outras. A viscosidade de um fluido indica sua resistência ao escoamento, logo, a fluidez representa o inverso a viscosidade.¹
Existem alguns fatores que influenciam na determinação da viscosidade, como pressão, tempo, volume, constituição química dos produtos, forças intermoleculares e tamanho da cadeia. Embora as forças intermoleculares exerçam papel importante na determinação da viscosidade, outro fator que também influencia bastante é o tamanho da cadeia. A presença de cadeias longas de átomos em substâncias, como por exemplo o óleo, influenciam na ‘flexibilidade’ da cadeia, tornando-as mais ‘moles’ e então, essas cadeias podem ficar misturadas umas às outras. Ou seja, quanto maior a cadeia, mais ela se mistura e maior é a sua viscosidade.2
Com relação à temperatura, é importante ressaltar que a viscosidade dos líquidos diminui com o aumento da temperatura e é diretamente proporcional ao tempo.
Os viscosímetros são aparelhos que medem a viscosidade dos líquidos. Geralmente, eles medem a viscosidade a partir do tempo gasto por uma quantidade definida de certo líquido para fluir através de um raio e comprimentos conhecidos. Os viscosímetros mais comuns são os de Engler, Ostwald e os de Saybolt-Furol.1
Outro método é o do viscosímetro de esfera descendente. Este consiste de um tubo cilíndrico cheio com o fluido de viscosidade que se deseja descobrir. Deixa-se cair uma pequena esfera de densidade e raio conhecidos através do tubo cilíndrico. Determina-se a velocidade de queda da esfera com o auxílio de graduações presentes no tubo do viscosímetro.1
Nas indústrias, a viscosidade é muito utilizada no preparo de substâncias como tintas, óleos, detergentes, entre outros. A importância se dá, por exemplo, na produção de óleos lubrificantes, uma vez que, um óleo mais viscoso protege mais as peças do motor, pois é mais resistente ao movimento entre as peças, de modo que nao escorra com facilidade e se mantenha trabalhando entre elas. Porém, um óleo muito viscoso pode pesar o movimento das peças e dificulta o bom trabalho do motor.³
O objetivo da prática foi verificar a influência da variação de temperatura nas medidas de viscosidade.
2. METODOLOGIA OU PARTE EXPERIMENTAL 
2.1. MATERIAIS 
Proveta 100 mL;
Béquer;
Seixos; 
Placa de Petri;
Espátula de haste longa;
Banho-maria;
Geladeira;
Pipeta de Pasteur;
Papel toalha;
Termômetro;
Cronômetro; 
 
2.2. AMOSTRAS
Detergente;
Óleo; 
3. PROCEDIMENTOS
Encha um béquer com 100 mL de detergente e coloque na geladeira por 20 minutos;
Meça a temperatura do detergente do béquer;
Encha uma proveta de 100 mL com o detergente do béquer;
Jogue um seixo dentro da proveta e use um cronômetro para marcar quanto tempo o seixo gasta para alcançar o fundo da proveta;
Retire o seixo com uma espátula de haste longa, coloque o detergente num béquer para por na geladeira novamente;
 Repita o processo 3 vezes e anote os resultados na Tabela 1;
Encha um béquer com 100 mL de detergente e coloque no banho-maria por 20 minutos;
Meça a temperatura do detergente do béquer;
Encha uma proveta de 100 mL com o detergente do béquer;
Jogue um seixo dentro da proveta e use um cronômetro para marcar quanto tempo o seixo gasta para alcançar o fundo da proveta;
Retire o seixo com uma espátula de haste longa, coloque o detergente num béquer para por no banho-maria novamente;
 Repita o processo 3 vezes e anote os resultados na Tabela 1;
Encha uma proveta com 100 mL de detergente em temperatura ambiente e meça a temperatura.
Jogue um seixo dentro da proveta e use um cronômetro para marcar quanto tempo o seixo gasta para alcançar o fundo da proveta;
Retire o seixo com uma espátula de haste longa;
Repita o processo 3 vezes e anote os resultados na Tabela 1;
Repita os processos com o óleo vegetal;
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A partir dos resultados obtidos durante a prática, completou-se a tabela abaixo:
Tabela 1 – Tempo de descida do seixo em cada amostra
	
EXPERIMENTO
	TEMPO DE DESCIDA (S)
	
	DETERGENTE
	ÓLEO
	
	TEMPERATURA AMBIENTE
	QUENTE
	FRIO
	TEMPERATURA AMBIENTE
	QUENTE
	FRIO
	
	
	
	
	
	
	
	TEMPERATURA (°C)
	26,5
	65–62
	11–17
	26
	53–33
	11–22,5
	1
	39,66
	2,46
	111
	2,9
	1,72
	4,9
	2
	37,94
	2,59
	84
	2,9
	1,82
	4,5
	3
	38,84
	2,25
	69
	3,04
	1,92
	3,68
	MÉDIA
	38,81
	2,45
	88
	2,94
	1,82
	4,36
Pela tabela 1 acima, é possível identificar que o detergente possui maior viscosidade que o óleo vegetal, uma vez que o tempo de descida do seixo no detergente foi maior que no óleo vegetal. 
Observa-se também que, à medida que a temperatura aumenta, o tempo de descida do seixo é menor. Isso acontece, pois, a viscosidade é inversamente proporcional à temperatura. Outros fatores que interferem na viscosidade de uma substância, além da temperatura, são a composição química do produto, o volume do recipiente e a pressão.
Houve uma grande variação do tempo nas temperaturas que também sofreram grandes variações, ou seja, nas temperaturas quentes e frias das duas amostras. 
Em temperaturas ambientes, os tempos não sofrem muita variação, pois não houve mudança na temperatura. Logo, a discrepância entre as temperaturas se dá ao erro do operador.
5. CONCLUSÃO
Pelo fim do experimento e estudo dos dados, pode-se concluir que os fluidos apresentam diferentes viscosidades, e é possível observar essas diferenças a partir do tempo de escoamento de cada um. Entre os fluidos estudados, óleo vegetal e detergente, o segundo apresentou maior tempo de descida do seixo, sendo assim, o mais viscoso. Com relação às temperaturas, observou-se que em baixas temperaturas os seixos apresentaram maiores tempos de descida, enquanto em temperaturas mais altas, menores tempos de descida. Conclui-se então que a viscosidade é inversamente proporcional à temperatura, e diretamente proporcional ao tempo. 
REFERÊNCIAS
1. MACHADO, A.M.D.R; VIDIGAL,M.C.S; SANTOS,M.S.D – Química Orgânica, Belo Horizonte,2006 .
2. KOTZ, J.C; TREICHEL, P.M; WEAVER, G.C – Química Geral e Reações Químicas, Brasil,2008 –6° edição.
3. Viscosidade, disponível em: <www.totalbr.com.br/blog/viscosidade.html>, acesso em 22 de setembro de 2017.

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