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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS TOLEDO/PR 2014 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA MATHEUS ALLAN MAIOR MATHEUS PIASECKI PEDRO VINICIUS DE SIQUEIRA THIAGO HENRIQUE JORIS EXPERIÊNCIA DE REYNOLDS TOLEDO/PR 2014 Relatório entregue como requisito parcial de avaliação da disciplina de Laboratório de Engenharia Química I do curso de Engenharia Química da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus Toledo. Profª Dra. Márcia Teresinha Veit. 1 RESUMO A análise de escoamentos é uma atividade extremamente importante em nível científico e tecnológico, dependendo de forças de viscosidade e inerciais em seu estudo. O número de Reynolds quantifica o tipo de escoamento, classificando-o em três tipos: laminar, intermediário e turbulento. O experimento tem como objetivo observar os três tipos de escoamento e calcular o número de Reynolds para os três regimes. Para isso, utilizou-se um módulo experimental composto por tubulações com e sem estrangulamento, empregando três vazões diferentes, e observando o regime ao aplicar-se corante na corrente de escoamento. O cálculo do número de Reynolds é feito calculando-se as vazões mássica e volumétrica, encontrando a partir delas a velocidade de escoamento, aplicando-a na equação que determina o número de Reynolds. Pode-se observar os regimes laminar e turbulento no experimento, mas não observou-se o regime intermediário, por ser uma faixa muito restrita de Reynolds. O número de Reynolds calculado concordou com o regime observado na maioria dos escoamentos realizados. Concluiu-se, então, que o número de Reynolds é uma ferramenta útil na previsão do regime de um escoamento. 2 ÍNDICE LISTA DE FIGURAS ..................................................................................................... 3 LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 4 NOMENCLATURA ........................................................................................................ 5 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 6 1.1 Objetivos ........................................................................................................ 6 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................. 6 3. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................ 8 3.1 Materiais empregados ........................................... Erro! Indicador não definido. 3.2 Metodologia aplicada........................................................................................... 9 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................. Erro! Indicador não definido. 4.1 Conversão do tempo ............................................. Erro! Indicador não definido. 4.1.1 Erro do tempo ................................................. Erro! Indicador não definido. 4.2 Vazão volumétrica ................................................. Erro! Indicador não definido. 4.2.1 Erro do volume ............................................... Erro! Indicador não definido. 4.2.2 Erro da vazão volumétrica .............................. Erro! Indicador não definido. 4.3 Vazão mássica ...................................................... Erro! Indicador não definido. 4.3.1 Erro da massa ................................................ Erro! Indicador não definido. 4.3.2 Erro da vazão mássica.................................... Erro! Indicador não definido. 4.4 Velocidade de escoamento ................................... Erro! Indicador não definido. 4.4.1 Velocidade de escoamento a partir da vazão mássica ... Erro! Indicador não definido.4 4.4.1.1 Erro na velocidade pela vazão mássica ................................................ 14 4.4.2 Velocidade de escoamento a partir da vazão volumétrica ........................... 15 4.4.2.1 Erro na velocidade pela vazão volumétrica ........................................... 15 4.5 Número de Reynolds ............................................. Erro! Indicador não definido. 4.5.1 Número de Reynolds utilizando a velocidade pela vazão mássica ..........Erro! Indicador não definido. 4.5.1.1 Erro do número de Reynolds para vazão mássica ................................ 16 4.5.2 Número de Reynolds utilizando a velocidade pela vazão volumétrica ......... 16 4.5.2.1 Erro do número de Reynolds para vazão volumétrica ........................... 17 4.6 Discussão dos resultados ................................................................................... 18 5. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 19 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 19 APÊNDICES ............................................................................................................... 20 Apêndice I – Tabelas de dados experimentais e tratamentos estatísticos .............. 20 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Dispositivo de Reynolds ...................................................................... 6 Figura 2: Módulo experimental para a determinação do número de Reynolds .. 9 4 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Valores de tempo, volume e massa d’água obtidos e o escoamento observado no experimento ............................................................................... 10 Tabela 2: Número de Reynolds baseado em vazão mássica para tubulação sem estrangulamento.. ........................................ Erro! Indicador não definido. Tabela 3: Número de Reynolds baseado em vazão mássica para tubulação com estrangulamento. ......................................... Erro! Indicador não definido. Tabela 4: Número de Reynolds baseado em vazão volumétrica para tubulação sem estrangulamento. ......................................... Erro! Indicador não definido. Tabela 5: Número de Reynolds baseado em vazão volumétrica para tubulação com estrangulamento. ......................................... Erro! Indicador não definido. Tabela 6: Valores de tempo convertido em segundos, vazões mássica e volumétrica e velocidades de escoamento calculadas ..................................... 20 Tabela 7: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão mássica em tubulação sem estrangulamento ........................................ 21 Tabela 8: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão mássica em tubulação com estrangulamento. ....................................... 21 Tabela 9: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseadoem vazão volumétrica em tubulação sem estrangulamento ................................... 21 Tabela 10: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão volumétrica em tubulação com estrangulamento ................................... 21 5 NOMENCLATURA Símbolo Descrição/Unidade Letras latinas R1 Primeira repetição. R2 Segunda repetição. Vazão volumétrica. (m 3/s) Volume. (m³) Tempo. (s) Diâmetro interno da tubulação. (cm) ̇ Vazão mássica. (kg/s) Velocidade do fluido. (m/s) Massa do fluido. (kg) Área da seção transversal da tubulação. (m²) Comprimento da tubulação. (m) Letras gregas Viscosidade dinâmica. (g/cm.s) Densidade do fluido. (kg/m³) 6 1. INTRODUÇÃO. O número de Reynolds é o parâmetro adimensional que relaciona as forças inerciais e as forças viscosas da vazão de um fluido incompressível, na ausência de campo gravitacional. Ele foi formulado em 1883 por Osborne Reynolds e recebeu este nome em 1923. Ele é simbolizado por Re. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. Com isso, podem-se realizar os dimensionamentos industriais e optar por materiais mais adequados para cada processo. 1.1. Objetivos. A prática tem o objetivo de visualizar a diferença entre os escoamentos laminar e turbulento para um fluido líquido, além de verificar a transição desses escoamentos. Também determinar experimentalmente o número de Reynolds para cada tipo de escoamento. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA. Em 1883, procurando observar o comportamento do escoamento dos líquidos, Osborne Reynolds empregou um dispositivo que consiste num tubo transparente inserido em um recipiente com paredes de vidro. Um corante é introduzido na entrada do tubo. Ao abrir gradualmente o obturador, observa-se a formação de um filete retilíneo. Neste tipo de movimento, definido como laminar, as partículas apresentam trajetória bem definidas que não se cruzam. Ao abrir mais a torneira, a velocidade aumenta e o filamento se difunde no liquido, como consequência do movimento desordenado das partículas. Esse regime denomina-se turbulento (FREIRE, 2008.) 7 Figura 1: Dispositivo de Reynolds. A classificação do escoamento depende da predominância das forças que atuam sobre ele, sendo essas viscosas e inerciais. A influência dessas forças determina se o escoamento é bem ordenado, denominado laminar, ou se apresenta um comportamento caótico de grande complexidade, comumente chamado de turbulência (BIRD et al., 2004). O número que quantifica o tipo de escoamento é o Número de Reynolds (Re). No sentido físico, o número de Reynolds determina a relação de duas quantidades de trabalho feitas no fluido que se move: a energia cinética e o trabalho contra o atrito interno. Um número de Reynolds pequeno significa que o trabalho feito contra o atrito predominante; Re grande significa que a energia cinética predomina. O fluido ideal, sem viscosidade e sem atrito interno possui Re infinito. Para fins de engenharia, a vazão em tubulações é usualmente laminar se Re é menor que 2100 e a vazão é considerada turbulenta para Re maiores que 4000. Entre estes dois valores há uma região de transição, onde a vazão pode ser laminar ou turbulenta, dependendo das condições anteriores. Experiências de laboratório mostram que a zona laminar pode ser estendida desde 1200 até 4000; porém, estas condições não são fáceis de serem conseguidas no processo real (LIVI, 2012). Como o líquido é praticamente incompressível, ele possui a densidade constante. A variação do número Re do líquido é devida a variação da viscosidade, que é o parâmetro difícil de ser determinado. Embora a viscosidade absoluta seja bem definida para um determinado líquido, em determinadas condições de operação, as pequenas variações da temperatura podem causar grandes variações na viscosidade, que afetam o número de Re e pode alterar o regime da vazão, laminar, turbulenta ou de transição. Assim, o regime da vazão e o número Re para vazões de líquidos são muito variáveis e imprecisos (BRODEY, 1962). A equação (1) demonstra o método para calcular o número de Reynolds: (1) Para o cálculo do erro de Reynolds utilizou-se a seguinte equação de propagação do erro, sendo a propagação deste encontrada na velocidade de escoamento: ( ) (2) onde Δv é o erro referente à velocidade de escoamento. A vazão volumétrica pode ser determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto forçado (tubulação com pressão 8 positiva ou negativa). Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um volume escoa. As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s. Para o cálculo da propagação do erro na vazão volumétrica utiliza-se a equação (3). ( ) ( ) (3) onde ΔV é o erro inerente ao volume e Δt é o erro inerente ao tempo. A velocidade média de escoamento aplicada em condutos circulares é dada por: (4) A vazão mássica é definida como sendo a quantidade em massa de um fluido que escoa através de certa secção em um intervalo de tempo considerado. As unidades de vazão mássica mais utilizada são: kg/s, kg/h, ton/h, lb/h. A equação para o cálculo da vazão mássica está expressa na equação (5). ̇ (5) O erro na vazão mássica pode ser calculado analogamente ao erro na vazão volumétrica, segundo a equação (6). ( ) ( ) ( ) onde Δm indica o erro na massa e Δt, o erro no tempo. 3. MATERIAIS E MÉTODOS. 3.1. Materiais empregados. Os seguintes materiais listados foram utilizados nos experimentos: • Tanque de vazão constante; • Tubo transparente com diâmetro, Di= 0,57 cm, (sem estrangulamento); • Tubo transparente com diâmetro, Di= 0,57 cm, (com estrangulamento); • Seringa; • Bomba Centrífuga; • Reservatório de água (caixa d’água); • Válvula controladora de vazão; 9 • Tubos auxiliares; • Redução de diâmetro no tubo; • Corante (azul de metileno); • Termômetro; • Cronômetro; • Proveta graduada de 1L; • Balde; • Balança digital; Figura 2: Módulo experimental para a determinação do número de Reynolds. 3.2. Metodologia aplicada. O esquema do módulo experimental de Reynolds está apresentado na Figura 2. Para colocar o módulo experimental de Reynolds em operação é proposto seguir a sequência descrita abaixo. 1. Com as válvulas de saída representadas na Figura 2 com o ponto 06 fechadas, e a válvula da bomba (ponto 01) totalmente aberta, ligou-se a bomba; 2. Fechou-se a válvula da bomba (ponto 01) lentamente e observou- se a ocorrência de transbordamento no tanque (reciclo), mantendo-se uma vazão constante; 3. Abriu-se a válvula de saída (ponto 06) da tubulação sem estrangulamento; 4. Determinou-se a vazão volumétrica e mássica por meio da coleta do fluído em função do tempo; 5. Injetou-se o corante (azul de metileno) com o auxílio de umaseringa descartável conforme indicado na Figura 2 (ponto 05); 6. Visualizou-se e identificou-se o tipo de regime de escoamento presente; 10 7. Variou-se a vazão com a válvula de saída da tubulação sem estrangulamento, entre a vazão máxima e mínima, realizou-se 3 diferentes vazões, e diferenciou-se os tipos de escoamentos (repetiu-se os passos 4, 5 e 6); 8. Abriu-se a válvula de saída com estrangulamento, e realizou-se os passos 4, 5, 6 e 7 novamente; 9. Anotou-se os dados experimentais obtidos na Tabela 1. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO. Com os dados coletados no experimento, montou-se a Tabela 1, apresentada a seguir. A temperatura da água medida no laboratório durante a experiência foi de 24 ºC. Tabela 1: Valores de tempo, volume e massa d’água obtidos e o escoamento observado no experimento. Tubulação Sem estrangulamento Com estrangulamento Repetição 1 2 1 2 Tempo (s) 54:54 53:44 3:45:21 3:51:39 22:29 24:30 41:84 43:00 12:71 13:08 13:22 14:01 Volume de água (cm3) 655 660 610 620 730 795 630 650 718 790 700 730 Massa de água (g) 652 654 602 618 728 788 628 648 714 788 692 728 Escoamento observado Laminar Laminar Laminar Laminar Turbulento Turbulento Turbulento Turbulento 11 Turbulento Turbulento Turbulento Turbulento Fez-se as conversões necessárias e realizou-se os cálculos, apresentados a seguir. 4.1. Conversão do tempo. O cronômetro utilizado marcou o tempo em minutos, segundos e centésimos de segundo, conforme relacionado da Tabela 1. Para efeitos de cálculo, transformou-se os valores todos em segundos, gerando números com casas decimais. Para efeitos de demonstração, converteu-se o tempo de 3:45:21. t = (tminutos min)·(60 s/min) + tsegundos + (tcentésimos cs)·(10 -2 s/cs) t = 3 min · 60 s/min + 45 s + 21 cs · 10-2 s/cs t = 180 s + 45 s + 0,21 s t = 225,21 s Calculou-se os outros tempos, dispondo os valores na Tabela 6 no Apêndice I. 4.1.1. Erro do tempo. Por se tratar de um instrumento digital de medida, considera-se o erro do tempo como sendo a metade da menor escala do instrumento. Logo, o erro do tempo é de 0,005 s. 4.2. Vazão volumétrica. A vazão volumétrica pode ser calculada pela equação (7), demonstrada a seguir. (7) Dados os volumes coletados e seus respectivos tempos, ambos listados na Tabela 1, calculou-se as vazões volumétricas, que se encontram na Tabela 6 no Apêndice I. Demonstra-se abaixo o cálculo da vazão de 655 mL de água no tempo de 54:54 segundos. 12 Repetiu-se o cálculo para os demais volumes e tempos respectivos. 4.2.1. Erro no volume. Uma vez que os volumes de água escoados foram coletados em uma proveta, que é um instrumento analógico, o erro associado é considerado a metade da menor escala da vidraria, ou seja, 5 mL. 4.2.2. Erro na vazão volumétrica. Para calcular-se o erro na vazão volumétrica, utiliza-se diferenciais de vazão em relação ao tempo e ao volume, multiplicando-os pelo erro de cada uma das grandezas, conforme a equação (8). Calculou-se o erro baseado no volume de 660 cm³ escoado num tempo de 53:44 s. ( ) ( ) (8) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) 4.3. Vazão mássica. A vazão mássica representa a quantidade de massa de fluido que escoa através de uma área de seção transversal por unidade de tempo, sendo representada pela equação (9). ̇ (9) A partir da massa de água coletada e do tempo cronometrado, calculou- se as vazões mássicas necessárias. Demonstra-se o cálculo para a massa de 652 g escoados em um tempo de 54:54 s. ̇ 13 ̇ ̇ Fez-se os mesmos cálculos para as outras massas e tempos respectivos, listando-se as vazões mássicas na Tabela 6 localizada no Apêndice I. 4.3.1. Erro da massa. Para calcular-se o erro da massa, multiplica-se o erro do volume pela densidade, segundo a equação (10), uma vez que densidade é a razão entre a massa e o volume de uma substância. A densidade da água à 24 ºC é de 0,99721 g/cm³. (10) 4.3.2. Erro na vazão mássica. Analogamente ao erro calculado para a vazão volumétrica, utiliza-se diferenciais de massa e tempo para calcular o erro na vazão mássica, conforme a equação (11). Para o cálculo, aplica-se a massa de 654 g respectiva ao volume de 660 m³ utilizados no cálculo do erro na vazão volumétrica, com o tempo de 53:44 s. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ( ) ) 4.4. Velocidade de escoamento. Para o cálculo do número de Reynolds, é necessário calcular-se a velocidade de escoamento do fluido. Essa velocidade pode ser calculada a partir da vazão mássica (equação 12) ou pela vazão volumétrica (equação 13). Para efeitos de comparação, calculou-se a velocidade de escoamento pelos dois métodos. 14 ̇ (12) (13) 4.4.1. Velocidade de escoamento a partir da vazão mássica. Para o cálculo da velocidade de escoamento a partir da vazão mássica, utiliza-se a equação (12) anterior, fazendo-se a razão entre a vazão mássica e o produto da densidade com a área da secção transversal. Para efeitos de demonstração, faz-se o cálculo para a vazão mássica de 0,01195 kg/s. A área da secção transversal é calculada pela equação (14), a partir do diâmetro interno de 0,57 cm. ( ) (14) ( ) ̇ As demais velocidades de escoamento foram calculadas e relacionadas na Tabela 6 no Apêndice I. 4.4.1.1. Erro na velocidade pela vazão mássica. O erro na velocidade pela vazão mássica é calculado utilizando-se o diferencial de velocidade em relação à vazão mássica, multiplicado pelo erro da vazão mássica, conforme a equação (15). ( ) (15) ( ) ( ) 15 4.4.2. Velocidade de escoamento a partir da vazão volumétrica. Para o cálculo da velocidade de escoamento a partir da vazão volumétrica, utiliza-se a equação (13) descrita anteriormente. A área da secção transversal, calculada anteriormente, é de 0,2551 cm². Para demonstração, a vazão volumétrica utilizada foi de 12,0095 cm³/s. Calculou-se as velocidades de escoamento para as outras vazões volumétricas, dispondo os resultados na Tabela 6 no Apêndice I. 4.4.2.1. Erro na velocidade pela vazão volumétrica. Assim como na velocidade pela vazão mássica, calculou-se o erro na velocidade de escoamento a partir da vazão volumétrica utilizando-se a derivada da velocidade em relação à vazão volumétrica, multiplicando-a pelo erro na vazão, relacionadosna equação (16). ( ) (16) ( ) ( ) 4.5. Número de Reynolds. Por fim, calcula-se o número de Reynolds, utilizando-se a equação (17), descrita abaixo. (17) 16 Como o número de Reynolds depende da velocidade de escoamento, calcula-se o valor a partir da velocidade pela vazão mássica e pela vazão volumétrica, relacionando-os nas Tabelas 2, 3, 4 e 5 conseguintes. A densidade da água à 24 ºC é de 0,99721 g.cm-3, e a viscosidade à 24 ºC é de 9,124x10-3 g.cm-1.s-1, valores encontrados na literatura, por interpolação. O diâmetro interno é de 0,57 cm. 4.5.1. Número de Reynolds utilizando a velocidade pela vazão mássica. Calculou-se o número de Reynolds a partir da velocidade de escoamento pela vazão mássica. Para efeitos de demonstração, utiliza-se a velocidade de escoamento de 46,7788 cm/s. Fez-se os cálculos para as demais velocidades de escoamento pela vazão mássica, relacionando-os nas Tabelas 2 e 3, relativas ao escoamento sem e com estrangulamento, respectivamente. 4.5.1.1. Erro do número de Reynolds para vazão mássica. O erro relativo ao número de Reynolds é calculado pelo produto da derivada parcial de Reynolds em relação à velocidade de escoamento pelo erro relativo à velocidade, conforme a equação (18). ( ) (18) ( ) ( ) 4.5.2. Número de Reynolds utilizando a velocidade pela vazão volumétrica. 17 Assim como para a vazão mássica, calcula-se o número de Reynolds utilizando-se a velocidade de escoamento pela vazão volumétrica. Demonstra- se os cálculos com a velocidade calculada de 47,07761 cm/s. O mesmo cálculo foi feito para as outras velocidades de escoamento por vazão volumétrica, sendo relacionadas nas Tabelas 4 e 5, relativas à tubulação sem e com estrangulamento, respectivamente. 4.5.2.1. Erro do número de Reynolds para velocidade por vazão volumétrica. Utilizando-se a equação (18) descrita anteriormente, calcula-se o erro associado ao número de Reynolds calculado com a velocidade por vazão volumétrica. ( ) ( ) Tabela 2: Número de Reynolds baseado em vazão mássica para tubulação sem estrangulamento. Repetição 1 Repetição 2 Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado 2932,8545 Turbulento Laminar 3016,0788 Turbulento Laminar 7997,9431 Turbulento Turbulento 7989,6263 Turbulento Turbulento 13795,7158 Turbulento Turbulento 14749,7644 Turbulento Turbulento Tabela 3: Número de Reynolds baseado em vazão mássica para tubulação com estrangulamento. Repetição 1 Repetição 2 Reynolds Escoamento Escoamento Reynolds Escoamento Escoamento 18 Calculado Observado Calculado Observado 661,4646 Laminar Laminar 654,3502 Laminar Laminar 3677,1759 Turbulento Turbulento 3691,5606 Turbulento Turbulento 12931,0029 Turbulento Turbulento 12724,7831 Turbulento Turbulento Tabela 4: Número de Reynolds baseado em vazão volumétrica para tubulação sem estrangulamento. Repetição 1 Repetição 2 Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado 2926,4876 Turbulento Laminar 2997,0155 Turbulento Laminar 7998,2546 Turbulento Turbulento 7941,1956 Turbulento Turbulento 13755,7265 Turbulento Turbulento 14753,4276 Turbulento Turbulento Tabela 5: Número de Reynolds baseado em vazão volumétrica para tubulação com estrangulamento. Repetição 1 Repetição 2 Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado Reynolds Escoamento Calculado Escoamento Observado 654,5993 Laminar Laminar 654,0636 Laminar Laminar 3675,6184 Turbulento Turbulento 3690,3146 Turbulento Turbulento 12818,7601 Turbulento Turbulento 12725,4061 Turbulento Turbulento Baseado nas repetições feitas, calculou-se a média e o desvio padrão do número de Reynolds calculado nos quatro casos descritos acima. Os resultados se encontram nas Tabelas 7, 8, 9 e 10 no Apêndice I. 4.6. Discussão dos resultados. Analisando-se os dados obtidos para o número de Reynolds e seu desvio padrão, velocidade de escoamento e demais grandezas calculadas, pode-se perceber que, em algumas vazões, o desvio padrão observado pode ser considerado razoavelmente alto, atingindo pouco mais de 3% em duas distribuições. Entretanto, na maioria dos casos, o desvio pode ser considerado pequeno, mostrando baixa variação entre os resultados encontrados. Percebe- se também que o regime com estrangulamento apresentou um desvio menor do que o regime sem estrangulamento. Comparando-se os regimes de escoamento observado e calculado, também percebe-se discrepância entre os resultados apenas para a tubulação sem o estrangulamento. No primeiro escoamento testado, tanto nos dados baseados na vazão mássica quanto na vazão volumétrica, o regime observado foi laminar, enquanto que o número de Reynolds indicou regime turbulento (Re > 2500). Nos escoamentos 2 e 3, o número de Reynolds está de acordo com o 19 regime observado na prática em todos os quatro experimentos, embora não se tenha observado o regime intermediário, esperado para o escoamento 2. Todos os erros calculados para os dados são menores do que 1%, logo, podem ser considerados desprezíveis no resultado final. Sendo assim, a discrepância no escoamento 1 para as tubulações sem estrangulamento e os considerados altos desvios padrão podem ser considerados como erros de operador, provavelmente na medição da massa, do volume, do tempo ou ainda nos cálculos realizados. 5. CONCLUSÃO. Analisando-se os dados experimentais, os cálculos feitos e as hipóteses levantadas, conclui-se que o experimento atingiu em parte os seus objetivos. Foi possível observar a diferença entre os regimes de escoamento laminar e turbulento com o módulo experimental, embora não se teve êxito em observar um regime intermediário. Os cálculos do número de Reynolds concordaram em sua maioria com o regime observado, provando ser uma ferramenta útil na engenharia para prever-se o regime em um escoamento sem visualizá-lo, salvo erros de operação. A ausência de um regime intermediário no experimento deve-se provavelmente à pequena faixa na escala de número de Reynolds para esse escoamento. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. BIRD, R. B.; LIGHTFOOT, E. N.; STEWART, W. E. Fenômenos de Transporte, 2ª edição, Editora LTC, 2004. BRODEY, R. S. Translating Terms of Non-Newtonian Flow, 1ª edição, Industrial and Engineering Chemistry, 1962. FREIRE, A. P. S. Turbulência e seu desenvolvimento histórico, disponível em <http://www.fem.unicamp.br/~im450/palestras&artigos/Cap2- APSilvaFreire.pdf>, acesso em 13 mar 2014. LIVI, C. P. Fundamentos de Fenômenos de Transporte, 2ª edição, Editora LTC, 2012. VEIT, M. T. Apostila de Roteiros da Disciplina de Laboratório de Engenharia Química I, Toledo, 2014. 20APÊNDICES Apêndice I – Tabelas de dados experimentais e tratamentos estatísticos. Tabela 6: Valores de tempo convertido em segundos, vazões mássica e volumétrica e velocidades de escoamento calculadas. Tubulação Sem Estrangulamento Com Estrangulamento Repetição 1 2 1 2 Tempo (s) 54,54 53,44 225,21 231,39 22,29 24,30 41,84 43,00 12,71 13,08 13,22 14,01 Vazão Volumétrica (cm3/s) 12,0095 12,3503 2,7085 2,6794 32,7501 32,7160 15,0573 15,1162 56,4909 60,3975 52,9501 52,1056 Velocidade por Qv (cm/s) 47,0776 48,4135 10,6177 10,5035 128,3814 128,2479 59,0253 59,2562 221,4461 236,7603 207,5659 204,2557 Vazão Mássica (kg/s) 0,0119 0,0122 0,0026 0,0026 0,0326 0,0324 0,0150 0,0151 0,0561 0,0602 0,0523 0,0519 Velocidade por (cm/s) 46,9754 48,1075 10,5075 10,4989 128,3864 127,4705 59,0003 59,2362 21 220,8042 236,8191 205,7642 204,2657 Tabela 7: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão mássica em tubulação sem estrangulamento. R1 R2 Média Desvio % Desvio Reynolds 2932,8545 3016,0788 2974.46665 41,612 1,399 % 7997,9431 7989,6263 7993,7847 4,1584 0,052 % 13795,7158 14749,7644 14272,74 477,0243 3,342 % Tabela 8: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão mássica em tubulação com estrangulamento. R1 R2 Média Desvio % Desvio Reynolds 661,4646 654,3502 657,9074 3,5572 0,541 % 3677,1759 3691,5606 3684,3682 7,19235 0,195 % 12931,0029 12724,7831 12827,89 103,1099 0,804 % Tabela 9: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão volumétrica em tubulação sem estrangulamento. R1 R2 Média Desvio % Desvio Reynolds 2926,4876 2997,0155 2961,7515 35,2639 1,191 % 7998,2546 7989,6263 7993,9404 4,31415 0,054 % 13755,7265 14753,4276 14254,58 498,8505 3,500 % Tabela 10: Tratamento estatístico para o número de Reynolds baseado em vazão volumétrica em tubulação com estrangulamento. R1 R2 Média Desvio % Desvio Reynolds 654,5993 654,0636 654,33145 0,26785 0,040 % 3675,6184 3690,3146 3682,9665 7,3481 0,199 % 12818,7601 12725,4061 12772,08 46,677 0,365 %
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