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7. ROTEIRO EXAME FÍSICO - ABDOME

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PROPEDÊUTICA ABDOMINAL 
Divisão da região abdominal: 
Face anterior do abdome: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face posterior do abdome: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRANTE SUPERIOR 
DIREITO 
QUADRANTE SUPERIOR 
ESQUERDO 
QUADRANTE INFERIOR 
DIRETO 
QUADRANTE INFERIOR 
ESQUERDO 
HIPOCÔNDRIO 
DIREITO 
ESPIGAST
RO 
HIPOCÔNDRIO 
ESQUERDO 
FLANCO DIREITO FLANCO ESQUERDO MESOGASTR
O 
FOSSA ILÍACA 
DIREITA 
FOSSA ILÍACA 
ESQUERDA 
HIPOGASTRO 
REGIÃO LOMBAR 
DIREITA 
REGIÃO LOMBAR 
esesESESQUERDA 
1. Linha da 12ª costela 
2. Linha média 
3. Borda externa da massa muscular paravertebral 
4. Linha da crista ilíaca 
LIMITES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAL SINTOMA DE ABDÔME É DOR! 
 Dor visceral: envolve a víscera e o seu próprio peritônio. É localizada mais na região 
mediana do corpo, porém é mal definida. 
 Dor parietal: ocorre quando tem perfuração de peritônio. É localizada. 
OBS: Os estímulos dolorosos, que podem ser elétricos, mecânicos (pressão), térmicos (< 18ºC ou > 
43ºC) ou químicos(bradicinina, 5-HT, PGs, ATP), devem ser capazes de excitar os nociceptores 
(terminações nervosas livres).Os impulsos decorrentes da despolarização dos nociceptores 
propagam-se por fibras amielínicas C (qualquerestímulo) e mielinizadas Aδ (estímulos mecânicos). 
As fibras C conduzem estímulos de dor difusa, de iníciolento e duração longa, sendo marcante o 
componente emocional. Já as fibras Aδ conduzem estímulos de doraguda, localizada e de curta 
duração. O componente emocional é fraco. 
APENDICITE: a dor começa no epigastro, mas quando perfura a dor é localizada (no local onde 
teve a perfuração). 
OBS: Formação embriológica das vísceras abdominais. 
 Intestino anterior: dará origem as vias aéreas inferiores, 1ªs porções do duodeno, esôfago. 
SUA DOR SERÁ EM EPIGÁSTRO. 
 Intestino médio: originará o intestino delgado, maior parte do duodeno, o cólon ascendente 
e metade do cólon transverso. SUA DOR SERÁ EM MESOGASTRO. 
 Intestino posterior: originará cólon transverso, cólon descendente, reto. SUA DOR SERÁ 
EM HIPOGASTRO. 
Por esses motivos embriológicos, muitas vezes crianças e idosos acabam dizendo que sentem dor 
de barriga quando apresentam um quadro de pneumonia. 
TEMPOS PROPEDÊUTICOS:inspeção, ausculta, percussão e palpação. Nesse caso a ausculta se 
faz primeiro pois palpar ou percurtir pode modificar os ruídos hidroaéreos. 
 
EXTERNO INTERNO 
SUPERIOR SUPERIOR INFERIOR INFERIOR 
Apêndice 
Xifódide 
+ 
Arcada Costal 
até a Coluna 
Vertebral 
Base do 
Sacro, 
Cristas 
Ilíacas, Crista 
Pubiana e 
Pregas 
Inguinais 
Estreito 
Superior 
da Bacia 
Diafragma 
1. INSPEÇÃO: 
 O paciente pode estar em decúbito dorsal ou ortostático. 
 O médico faz a inspeção em vários lados do paciente já que algumas avaliações são 
melhores na direita do que na esquerda e vice-versa. 
Na posição ortostática avalia-se: 
 Hemiabdome superior: notar a depressão epigástrica. A sua ausência pode pressupor um Ca. 
De cabeça de pâncreas. 
 Hemiabdome inferior: notar ligeiro abaulamento. 
 Lordose lombar 
 Sulco mediano 
 Musculatura paravertebral 
Na posição de decúbito dorsal avalia-se: 
 Forma: a forma normal é denominada como plana e simétrica. Alterações podem ser: 
 Abdome globoso: pode ocorrer devido a um acúmulo de líquido dentro da cavidade 
abdominal (ascite), a distensão de vísceras por acúmulo de gases (meteorismo) ou a um 
acúmulo de gordura na parede abdominal e cavidade abdominal (obesidade). 
 Abdome em avental ou pendular: normalmente caracteriza um indivíduo que fez uma 
cirurgia bariátrica e o tecido gorduroso continuou no local, sendo necessário realização 
de cirurgia plástica para retirada desse tecido em excesso. 
 Abdome batráquio: flacidez da parede abdominal fazendo com que a parede do abdome 
se projete para ambos os lados. 
 Abdome escavado: o abdome apresenta sua parede anterior deprimida, o que torna 
bastante visível e saliente os relevos dos rebordos costais, das cristas ilíacas e da 
sínfise púbica. É comum em indivíduos bastante emagrecidos, em caso de caquexia ou 
tumores malignos. 
 Simetria: a assimetria pode presumir uma obstrução intestinal de cólon (apesar da 
obstrução intestinal de delgado ser simétrica). 
 Pele: avaliar quanto à umidade, elasticidade, turgor, espessura, integridade, temperatura. 
Exemplos de alterações: 
 Víbices abdominais (estrias abdominais): podem estar relacionadas a processos 
hepáticos crônicos ou ascites. Também podem estar presentes em obesos e mulheres 
após a gravidez. 
 Equimoses periumbilicais e nos flancos: podem estar relacionadas a extravasamento de 
sangue retroperitoneal. 
 Eritemas localizados junto a edemas: podem acompanhar inflamação ou infecção de 
parede abdominal. 
 Petéquias: indicam distúrbios de coagulação e podem acompanhar icterícia em lesões 
hepatocíticas ou em processos obstrutivos de vias biliares. 
 CIRCULAÇÃO COLATERAL ANÔMALA: se instala na vigência de processos abdominais 
que evoluem para uma hipertensão portal, como é o caso de cirrose hepática, ou 
hipertensão da veia cava, como é o caso de trombose de veia cava. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Depressão epigástrica 
 Linha mediana 
 Cicatriz umbilical: o normal é a cicatriz estar no plano mediano do abdome, na metade da 
distância entre o apêndice xifóide e a sínfise púbica. É levemente deprimida e deve-se 
apresentar-se seca. Alterações na cicatriz umbilical: 
 Em processos tumorais abdominais: a cicatriz pode se deslocar de acordo com o 
crescimento tumoral. 
 Em processos cicatriciais, inflamatórios: a cicatriz umbilical tende a ficar próximo. 
 Em caso de hérnias umbilicais, ascites secundárias à cirrose hepática, insuficiência 
cardíaca, insuficiência renal ou desnutrição: cicatriz umbilical se apresenta de forma 
protusa. 
 Em caso de hipertensão portal: pode apresentar na cicatriz umbilical dilatação venosa. 
 Persistência do canal onfalomesentérico: a cicatriz umbilical apresenta secreção. 
 Músculo reto do abdome 
 Sulco ou linha de Spriegel 
 Paredes laterais: a ausência pode presumir rins policísticos. 
 Pregas e relevos abdominais: inguinal, supra-inguinal e flexão de tronco. 
 Sistema piloso masculino (em forma de losango e presente na linha Alba) e feminino (em 
forma de triângulo invertido) 
 Retrações subcostais 
 Movimentos respiratórios: pode observar os tipos respiratórios torácico, abdominal ou 
tóraco-abdominal e ainda os movimentos epigástricos (discretos e normais). Alterações: 
 Em doenças de órgãos intra-abdominais os músculos torácicos podem ser utilizados mais 
intensamente nos movimentos respiratórios, havendo atenuação ou desaparecimento dos 
movimentos da musculatura abdominal. 
 Na insuficiência cardíaca congestiva com grave insuficiência da valva tricúspide, pode-
se observar, no hipocôndrio direito, o pulso hepático. 
 Em casos de cardiomegalia, o movimento epigástrico pode ser mais nítido. 
 Pulsações da aorta: em caso de aneurisma da aorta abdominal, pode-se perceber 
movimentos nas regiões epigástrica e mesogástrica. 
 
 Movimentos peristálticos: comum em pacientes com parede abdominal delgada e flácida ou 
que apresentam hérnias volumosas. Alterações: 
 Em caso de obstrução de vísceras ocas, os movimentos peristálticos ocorrem de forma 
mais forte e mais freqüente (ex: obstrução antropilórica por tumor gástrico ou úlcera 
péptica crônica). 
 
2. AUSCULTA: a ação dos movimentos intestinais sobre seu conteúdo líquido-gasoso produzruídos que, normalmente, são audíveis apenas com o estetoscópio e que são denominados de 
RUÍDOS HIDROAÉREOS. 
 Para ser considerado normal, a cada 1 minuto deve-se auscultar no mínimo de 3 ou 4 à 5 
ou 6 ruídos hidroaéreos em cada quadrante. Para dizer que há ausência de motilidade, 
devemos realizar ausculta por pelo menos 5 minutos em casa quadrante. 
OBS: Em casos de taquipnéia, o peristaltismo está estimulado. Assim, pode-se ouvir mais 
ruídos hidroaéreos que o normal. Porém, isso nem sempre é considerado uma patologia 
abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 Os ruídos hidroaéreos podem desaparecer em caso de ABDOME AGUDO 
INFLAMATÓRIO. 
 Na fase inicial da apendicite tem ruídos hidroaéreos, mas, quando já evolui para 
peritonite, os ruídos desaparecem. 
 Nas peritonites os sons desaparecem primeiro próximo à lesão e depois desaparecem no 
geral. 
 Nas infecções intestinais com diarréia, é comum auscultar ruídos hidroaéreos 
aumentados. Isso também ocorre na fase inicial de obstruções, com um timbre metálico 
e mais agudo. 
 BORBORIGMOS: quando os ruídos hidroaéreos são ouvidos sem o estetoscópio. Ocorre 
em pacientes portadores de aerofagia. 
 SOPROS abdominais podem aparecer em situações em que ocorre interrupção do fluxo 
laminar de sangue. Isso ocorre em casos como aneurisma da aorta abdominal, presença 
de placas ateromatosas nas ilíacas, obstruções parciais das Aa. renais. 
 
3. PERCUSSÃO: o som predominante na região abdominal é o timpânico. 
 Até 3 repetições seqüenciais e o ouvido do examinador < 1m. 
 Paciente em decúbito dorsal. 
Abdome rígido + peristaltismo visível (Ondas de Kussmaul) = OBSTRUÇÃO 
A ausculta de A. renal pode 
diagnosticar em pacientes jovens 
com hipertensão, uma ESTENOSE 
DE A. RENAL. 
 A percussão poderá evidenciar a presença de macicez em ambas as regiões laterais do 
abdome e nas regiões inguinais. Isso sugere a existência de líquido dentro da cavidade 
abdominal (ascite). 
 A macicez móvel é um sinal significativo no diagnóstico semiológico de ascite. O 
paciente é colocado em decúbito lateral direito, onde realizará a percussão dos flancos. 
Nota-se macicez no flanco direito e timpanismo no flanco esquerdo. Depois o paciente é 
colocado em decúbito lateral esquerdo, onde realizará novamente a percussão dos 
flancos. Nota-se macicez no flanco esquerdo e timpanismo no flanco direito. Assim, 
houve mudança na macicez, indicando LÍQUIDO na cavidade. 
 Na peritonite existe DOR na percussão. 
 Espaço de Traube: espaço semilunar do 6º ao 11º EIC, tendo como limites: o gradeado 
costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente quando percutido apresenta 
timpanismo. 
 Sinal de Jobert: presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular direita onde 
normalmente se encontra macicez hepática, caracterizando pneumoperitônio. 
 
4. PALPAÇÃO: o paciente deve ficar em decúbito dorsal. A palpação do abdome é dividido em 
superficial e profunda. 
a) SUPERFICIAL: faz-se movimentos circulatórios e com apenas 1 mão (direita). Com a mão 
direita espalmada sobre o abdômen, exercer pequena compressão, pesquisando regiões 
dolorosas, avaliar resistência da parede e detectar tumores. 
Alterações na palpação: 
 Pode-se notar um aumento da tensão da parede abdominal nos casos de ascite, 
meteorismo, obesidade, processos inflamatórios. 
 Na apendicite aguda, podemos encontrar uma rigidez da parede abdominal ao nível da 
região inguinal direita, enquanto que o restante do abdome permanece normal. Isso 
ocorre em razão do envolvimento inflamatório do peritônio parietal, localizado acima do 
órgão lesado. O peritônio inflamado deflagra estímulo que, por via reflexa, leva à 
contração da musculatura envolvida. 
 Sinal de Ponto de Mc Burney: entre a crista ilíaca e a cicatriz umbilical, dividir em 3 
porções, pegar as 2 primeiras porções. Utilizado para a pesquisa de apendicite aguda. 
 Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca de determinada região abdominal 
(deve ser realizado em toda a região). 
 Sinal de Piparote: realizado em casos de ascite volumosa. Provoca-se uma ondulação do 
líquido por meio de um pequeno choque digital aplicado, por exemplo, à esquerda do 
abdome, sentido a chegada do líquido na parede do abdome à direita, por meio da 
palpação manual. 
b) PROFUNDA: com esse tipo de palpação destina-se à determinação da posição e das 
características de órgãos situados na cavidade abdominal. 
 Técnica deslizante de Haussman: o paciente fica em decúbito dorsal e as mãos do 
médico ficam paralelas ou sobrepostas, durante a expiração (diminui a pressão intra-
abdominal) aprofunda-se a mão de modo que forme uma prega na pele para deslizar e 
sentir a víscera no momento da inspiração. A cada expiração é possível aprofundar ainda 
mais a mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ÓRGÃOS PALPÁVEIS: grande curvatura do estômago, antro, íleo terminal, ceco, cólon 
ascendente, descendente e transverso e sigmóide. 
 ÓRGÃOS NÃO PALPÁVEIS: bexiga vazia, apêndice cecal, vesícula biliar, flexuras do 
cólon, intestino delgado e baço. 
Ao palpar um órgão é necessário descrever a sua: FORMA (nl/deformada), CONSISTÊNCIA (mole 
ou dura), LIMITES (tamanho e diâmetro), MOBILIDADE (de acordo com a respiração, postura e 
manual), RUÍDOS (vascolejo, patinhação). 
OBS: vascolejo = barulho produzido ao chacoalhar o corpo. 
 patinhação = barulho de bisnaga. 
 ÓRGÃOS PALPÁVEIS EM CONDIÇÕES PATOLÓGICAS: Bexiga (desde que repleta), 
Apêndice cecal, Vesícula biliar, Flexuras do cólon, Delgado e Baço. 
MÚSCULO PSOAS: vai da 12ª vértebra torácica até o trocanter menor do fêmur. Promove a 
flexão da coxa sobre o quadril. 
 
 
 
 
O início da palpação é 2 cm a cima da cicatriz umbilical, a palpação é em zigzag, pode ter a perna 
estendida e levantada a 45º, e deve descer até a crista ilíaca. 
No deslizamento do músculo psoas, do lado direito, ao nível da fossa ilíaca direita, será percebido 
o ceco, às vezes o íleo terminal. Do lado esquerdo, será percebido a porção mediana do cólon 
sigmóide. 
Nos processos de psoíte primária ou secundária às inflamações dos órgãos abdominais em geral e 
em particular, às inflamações do ceco, do apêndice e do sigmóide, a dor provocada deverá ser 
referida na sua exata localização e, principalmente, bem identificada no psoas. 
ESTÔMAGO: inicia-se a palpação na região epigástrica e com o deslizamento durante a expiração. 
Podemos observar patinhação (em caso de tônus) ou vascolejo (em caso de estase). 
A grande curvatura pode fazer um degrau. Quando ocorrem 2 degraus, identificamos a curvatura 
maior do estômago (1º degrau) e o cólon transverso (2º degrau). Porém, quando há degrau único, 
identificamos o cólon transverso. 
A curvatura maior do estômago pode ser palpada, desde a 12a vértebra dorsal até o promontório 
lombossacro. 
A grande curvatura está habitualmente situada acima da cicatriz umbilical, porém a sua sede, é 
lógico, não é fixa. 
ANTRO PILÓRICO: está à direita do estômago e na sua palpação apresenta ruído de bisnaga. 
CECO: inicia-se a sua palpação a partir do psoas (referência). Desliza até a arcada inguinal. Nota-
se que o ceco é palpável, móvel, elástico, em forma de “pêra” e produz ruídos de gargarejo (líquido 
e ar). A palpação se faz com 1 mão em “concha”. 
ÍLEO TERMINAL: está junto com o ceco. É difícil de palpar exceto quando estiver inflamado 
(ileíte – a parede fica espessa e endurecida), apesar de que pode ser palpável em indivíduo normal, 
porém é mais difícil. Na sua palpação a mão está paralela uma à outra, percebe-se que é mais fino 
que o íleo e sua consistência é dura ou flácida, em fita ou cilíndrica. 
CÓLON ASCENDENTE E DESCENDENTE:é mais fácil ser palpável em indivíduos magros e com 
abdome flácido. Para palpar o cólon ascendente, o médico fica à direita do paciente, e para palpar 
o cólon descendente, o médico fica à esquerda do paciente. É na expiração que se palpa o cólon, já 
que é nesse momento que consegue aprofundar a mão. Pode apresentar ruídos de gargarejo ou não. 
 A palpação é mono manual: apresentar com uma mão e realizar a palpação com a outra 
mão. 
 
 
 
 
 
CÓLON TRANSVERSO: é facilmente palpável. Tem consistência variável (duro a elástico), é um 
cilindro, de contornos lisos, continua no mesmo lugar independente do movimento respiratório e 
produz ruídos de gargarejo. 
SIGMÓIDE: tem a função de receber e armazenar as fezes. O médico fica à esquerda do 
paciente. O músculo psoas é referência, de modo que deve fazer o deslizamento até a arcada 
inguinal. Pode ser duro a elástico, de diâmetro variável (com fezes é moldável/com tumor não é 
moldável), em forma de cordão, tem mobilidade e não apresenta ruídos. 
FÍGADO: é um órgão que penetra profundamente no tórax, é acessível na borda anterior e 
pequenas porções da face superior, apresenta mobilidade respiratória (na inspiração o fígado 
desce e fica mais fácil o acesso). 
Na ausculta hepática o normal é a ausência de sons. 
Percussão hepática: macicez no 5º EIC na LHCD (em crianças é no 4º EIC). Faz-se a percussão da 
borda inferior. 
 
 
 
 
 
 
O sinal de Jobert pode caracterizar uma úlcera gástrica perfurada. 
FALSO SINAL DE JOBERT: som timpânico produzido pela interposição da alça do cólon entre o 
fígado e o diafragma. NÃO HÁ PERFURAÇÃO. 
Dor hepática: se a dor for localizada é o SINAL DE TORRES-HOMEM, pressupondo um abcesso 
hepático (a cápsula do fígado está em contato com o abcesso). Se a dor for difusa, caracteriza 
uma distensão da cápsula de Glisson, comum em hepatomegalias. 
Palpação hepática: 2 manobras: MATHIEU ou LEMOS TORRES. 
 Mathieu: médico fica na cabeceira da cama, na direita e de costas para a cabeça do 
paciente. Os dedos são em garra, aprofunda-se na expiração para o fígado tocar na 
inspiração e deve percorrer toda a borda hepática (forma oblíqua). 
 
 
 
 
 
 
 Lemos Torres: o médico está de frente para a cabeça do paciente, na direita. A mão 
esquerda está na região lombar e a direita faz a palpação. A borda inferior do fígado é 
palpada e está aproximadamente 4 cm do rebordo costal direito na linha hemiclavicular 
durante inspiração. 
 
Claro pulmonar 
Maciço 
Timpânico 
SINAL DE JOBERT: timpanismo 
na região da LHCD, onde 
normalmente se encontra o som 
maciço hepático, caracterizando 
o PNEUMOPERITÔNIO. 
 Caracteres propedêuticos de fígado: 
 Borda anterior fina, lisa e mole. 
 Superfície lisa. 
 Indolor 
 Desce na inspiração. 
 Durante expiração fica fixo. 
 Nos longilíneos está 1 a 2 dedos abaixo do rebordo costal direito. 
 Nos pícnicos está logo abaixo do rebordo costal direito. 
VESÍCULA BILIAR: não é palpável, somente em casos de tumores de vias biliares. 
 Técnica de Chiray-Pavel: o paciente fica em DLE a 45º. O médico palpa com a mão 
direita e em garra. 
 Palpação do PONTO DE MURPHY: localizado no cruzamento da última costela com a 
borda externa do músculo reto do abdome. Se tiver dor, o paciente chega a parar a 
inspiração! É o SINAL DE MURPHY, que diagnostica uma colecistite aguda. 
 Sinal de Courvousier: vesícula grande e palpável, porém sem dor. 
BAÇO: não é percutível e nem palpável normalmente. Se palpável, é percutível, mas se percutível, 
nem sempre é palpável. Seu pólo anterior está na linha axilar média e o posterior, próximo à coluna 
dorsal. Apresenta mobilidade respiratória e de DLD. 
Como o baço cresce obliquamente, começa-se a palpação pela FOSSA ILÍACA DIREITA. O seu 
aumento é no sentido do seu maior eixo. 
Ausculta do baço: o normal é não ter. 
Percussão do baço: paciente deve ficar em decúbito dorsal (e o médico à esquerda) ou DLD. Está 
localizado aproximadamente no 9º EIC da linha axilar posterior. 
O baço cresce em direção à linha axilar anterior. 
 
 
 
 
 
Palpação: paciente deve estar em decúbito dorsal, DLD ou posição intermediária de Schuster. 
O médico fica à direita ou à esquerda. A penetração da mão se faz nas fases respira- 
tórias. O processo é bimanual: apresenta com a mão esquerda e palpa com a direita. 
Caracteres do baço: bordas, superfície, sensibilidade, consistência, forma, tamanho, 
motilidade. 
Mathie Cardarelli: DLD (Shuster) e o médico a esquerda do paciente, de costas para sua cabeça, 
as mãos em garra. 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica bi manual: DD, médico a direita, mão esquerda contra o gradil costal, exercendo pressão 
com a mão direita espalmada com os dedos em direção a borda inferior do baço. 
 
 
 
 
 
 
 
RINS: o pólo superior está na 12ª vértebra dorsal e o inferior, na 3ª vértebra lombar. O rim 
esquerdo é mais alto do que o direito, de forma que este último é mais fácil de palpar. Tem 
mobilidade na inspiração e é fixo na expiração. Mobilidade de decúbito e mobilidade reduzida 
manual. É palpável em pessoas normais. 
Inspeção: verificar abaulamentos laterais (rins policísticos). 
Percussão: não é possível percutir. Pesquisa-se dor pelo Punho Percussão de Murphy (borda ulnar 
da mão direita) ou Sinal de Giordano (dor a percussão unilateral). 
Palpação pelo método Israel: o paciente fica em decúbito oposto ao rim que se quer palpar. A mão 
posterior do médico empurra e a mão anterior palpa. 
Palpação pelo método de Trousseau: paciente em decúbito dorsal, o médico comprime de baixo 
para cima e aproxima o rim da parede. Como a mão homônima sente a borda interior e a face 
anterior na inspiração. 
BEXIGA: está na região hipogástrica, quando está vazia não é palpável. 
Bexigoma: causada por estenose do canal da uretra ou tumor por exemplo. A bexiga fica com 3L ou 
mais. 
Percussão se faz com a bexiga cheia. 
Palpação se faz com a bexiga cheia e em garra, com aprofundamento durante a expiração e desliza 
na inspiração. Deve começar na região epigástrica. 
PÂNCREAS: tem propedêutica limitada. Câncer de cabeça de pâncreas leva a um aumento de 
bilirrubina direta causando icterícia. 
Na pancreatite ocorre equimose periumbilical (SINAL DE CULLEN). 
AORTA ABDOMINAL: profundamente à esquerda da coluna lombar, 2 dedos abaixo do umbigo 
ocorre a bifurcação em ilíaca interna e externa. 
Na ausculta, se houver sopro sem compressão (do estetoscópio), sugere um ANEURIMA DE 
AORTA ABDOMINAL. 
Percussão: NÃO é percutível. 
Palpação: as mãos estão oblíquas e espalmadas lateralmente à esquerda da linha média. Faz-se 
desde o epigasto até abaixo do umbigo. Tem 2 a 3 cm de diâmetro, consistência firme, indolor e 
pulsátil. Só existe dor no aortismo (pulsatilidade incômoda da aorta. Não é uma doença 
propriamente dita). 
NÃO PALPAR A AORTA EM CASO DE ANEURISMA. 
ASCITE: é uma situação patológica freqüente e ocorre devido a hipertensão portal. 
Inspeção: forma do abdome (globoso), semi-esférico, pendular, batráquico. A pele está geralmente 
distendida, a cicatriz umbilical está plana ou protusa e pode existir ou não a presença de 
circulação colateral (pontinhos vermelhos pela ação do estrogênio / os vasos também podem ficar 
maiores pela ingurgitação – “spiders”). 
Ausculta: Sinal do duplo tom (piparote). 
Percussão: submacicez e macicez móvel dos flancos – em caso de ascite média - > 1L 
Semi-círculo de Skoda (> 5L): começa a percutir no epigastro. 
Ascite de pequeno volume: faz exame de toque retal percebendo um abaulamento do fundo do 
Saco de Douglas. 
 
 
 
 
 
Palpação: Sinal do rechaço do fígado (estábanhado por líquido, eu palpo e empurro, ele volta e 
bate na mão).

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