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EXAME DO ABDOME

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1 Lara Osório – 2023.1 
EXAME DO ABDOME 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO 
INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
1. Avaliar o tipo de abdome do paciente: 
➢ Atípico: plano, simétrico, sem aumento ou redução de volume abdominal; 
➢ Típico: 
o Globoso: aumentado com predomínio de diâmetro anteroposterior. 
Ex. gravidez, ascite, hepatoesplenomegalia, obstrução intestinal; 
o Ventre de batráquio: diâmetro transversal > anteroposterior. 
Ex. ascite em regressão. 
o Pendular: aspecto de avental, porem com grande fraqueza da 
musculatura do andar inferior do abdome, não necessariamente 
relacionado a obesidade. 
o Avental: acumulo de tecido gorduroso que cai como avental sobre 
a raiz das coxas. Obesidade. 
o Escavado: parede abdominal retraída. Pessoas magras. 
 
2. Verificar se há circulação colateral no abdome do paciente: avaliar na região periumbilical e laterais do abdome, 
verificando se há circulação colateral do tipo: cava inferior, superior ou portal (cabeça de medusa); 
*Utilizar técnica de dois dedos comprimindo a veia para observar a direção do fluxo. 
SISTEMATIZAÇÃO DO EXAME DE ABDOME: INSPEÇÃO > AUSCULTA > PERCUSSÃO > PALPAÇÃO 
• Posição relaxada e confortável 
• Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo 
• Exposição total do abdome (genitália coberta) 
• Esvaziar a bexiga 
• Aquecer mãos e estetoscópio, unhas curtas 
• Examinar pelo lado direito do paciente 
• DEIXAR O EXAME DE PONTOS DOLOROSOS PARA O FINAL 
 
VISTA ANTERIOR
 
 
VISTA POSTERIOR 
 
2 Lara Osório – 2023.1 
➢ Cabeça de medusa (Portal): obstrução do fluxo venoso proveniente das tributarias da veia porta (veia mesentérica 
superior e veia esplênica) em direção ao fígado e recanalização da veia umbilical, culminando com um fluxo centrifugo 
com relação ao umbigo. cirrose/ Tu abdominal comprimindo a porta 
➢ Cava inferior: obstrução da VCI – fluxo ascendente. TU comprimindo cava inf/ trombose/ aderências 
➢ Cava superior: obstrução da VCS – fluxo descendente. TU mediastino e pulmão, aneurisma de AO 
 
 
 
 
 
 
 
3. Analisar se há alterações na pele do abdome do paciente: avaliando o abdome em toda a sua extensão e verificar se 
há a presença de telangectasias, equimose (Sinal de Cullen e Grey-Turner), abaulamentos, retrações, cicatrizes e estrias. 
Na presença de qualquer lesão exemplificada acima, descrever a localização, extensão, coloração, espessura, 
pulsatibilidade, volume, sensibilidade, peristalse... 
➢ Telangectasias: arteríola central emite ramos, cujo fluxo desaparece à compressão central. Pode ser encontrada no 
abdome, mas mais comum em pescoço, tronco e membros. Sugestivos de hepatopatias. 
 
➢ Sinal de Cullen: equimose periumbilical indicativo de hemorragia 
retroperitoneal por processo de pancreatite necrosante e prenhez 
ectópica rota. 
➢ Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos na pancreatite 
necrosante e em outras causas de hemorragia retroperitoneal. 
 
 
 
➢ Cicatrizes: trauma ou cirurgia. 
Importante para HPP. Caracterizá-las 
quanto localização e extensão. Tipos de 
cicatrizes na imagem ao lado. 
➢ Hérnias 
 
➢ Abaulamentos: pode ser por 
aneurismas, massas, hérnias, 
visceromegalias, linfonodomegalia 
(Sinal da Irmã Maria José – nódulo 
umbilical metastático indicativo de 
neoplasias intra-abdominal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 Lara Osório – 2023.1 
4. Verificar os movimentos do abdome: 
➢ Movimentos respiratórios: HOMENS = toracoabdominal; MULHERES = torácico; 
➢ Presença de pulsações – massas, aneurismas 
➢ Movimentos peristálticos: 
o Dificuldade no trânsito intestinal 
o Ausência de qualquer movimento como ocorre em abdome de tabua 
 
5. Avaliar a cicatriz umbilical: se está centrada ou não (tendo como parâmetro a linha media ou a medioesternal) e se 
essa cicatriz é protusa, retraída ou plana. Alterações na protusao podem significar a presença de hérnia umbilical. 
INSPEÇÃO DINAMICA: 
1. Avaliar se há massas, diástase ou presença de hérnias no abdome: nesse caso, utilizar manobras que auxiliem na 
visualização, como manobra de Valsalva e Manobra de Smith-Battes. Ao mesmo o ato de tossir pode possibilitar a 
mesma resposta das manobras, por aumentar a pressão intratorácica e facilitar a visualização e/ou a protusão dessas 
lesões. Em caso da presença de alguma dessas exemplificadas, sempre avaliar a localização e se ela pertence a parede 
ou se é de origem da cavidade abdominal. 
 
o Manobra de Valsalva: exalar o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o ar para o ouvido. Provoca 
aumento da pressão intratorácica e diminui o retorno venoso ao coração e reduz a PA. Isso é importante para 
evidenciar sopros e hérnias abdominais; 
o Manobra de Smith-Bates: contração da musculatura abdominal. Com a manobra, se a massa visível desaparece, 
significa que está localizada abaixo da parede abdominal, se permanece visível e palpável indica que é massa de 
parede abdominal ou que há enfraquecimento ou falha na musculatura, sugestivo de hérnias. 
 
Tratando-se especificadamente de hérnias, há locais mais prováveis delas 
aparecerem: 
➢ Região inguinal, linha alba, linha semilunar, cicatriz abdominal, cicatrizes 
cirúrgicas e região epigástrica. 
➢ Constatando a presença, avaliar conforme: localização, tamanho do anel 
herniario, sensibilidade, peristalse, alteração de cor da pele, volume herniado, 
se é redutível, estrangulada ou encarcerada. 
 
 
OBS: diástases do reto abdominal são favorecidas por gestações e obesidade e é descrita como a separação dos músculos 
retos abdominais. 
 
AUSCULTA 
Permite avaliar a motilidade intestinal e a presença de sopros arteriais. Feita antes porque a palpação e percussão alteram 
os ruídos hidroaéreos. 
1. Avaliar a presença de ruídos hidroaéreos: avaliar nos 4 quadrantes e verificar se estão presentes, diminuídos, 
aumentados ou ausentes. Colocar o estetoscópio por cerca de 1 minuto do QID (os sons são mais audíveis). Ausência 
de som nesse foco, auscultar demais quadrantes. Obs: para dizer que há ausência, auscultar por mínimo de 5 minutos. 
o Normal: 5-34 barulhos/min -> indica peristalse. 
o Aumentado: > 34; peristalse de luta. fases iniciais de obstrução intestinal e diarreia. 
o Diminuído: <5; fases tardias de obstrução intestinal. 
o Ausente: ocorre no íleo metabólico. 
 
 
 
4 Lara Osório – 2023.1 
2. Verificar a presença de sopro: realizar a ausculta no trajeto correspondente das artérias renais, inguinais e aorta. 
3. Verificar a possibilidade de haver zumbido venoso: auscultar sobre a circulação colateral presente no abdome. 
***S. De Cruveilhier-Baumgarten (circulação colateral + sopro + frêmito periumbilical) 
 
 
 
 
PERCUSSÃO 
EXAME DO FÍGADO: 
HEPATIMETRIA: Percutir de cima para baixo na LHCD / Borda sup = som submaciço (~ 5o EIE) e Borda inf =palpação ou 
percussão; Hepatimetria normal < 12 cm (lobo direito) e 4-8 cm para lobo esquerdo. 
o Superestimada: macicez em base pulmonar direita 
o Subestimada: presença de gás no cólon (timpanismo QSD) 
 
Sinal de Chilaiditi: flexura direita do cólon sobre o fígado. Hepatimetria estará falseada, necessitando utilizar o método 
palpatório para delimitar a bolda inferior. 
Sinal de Jobert: percussão da loja hepática com presença de timpanismo na região. O ar livre na cavidade pode estar 
relacionado a rotura de alças. Sinal de peritonite! Indica pneumoperitonio (perfuração de viscera oca). 
Sinal de Torres Homem: percussão dolorosa da loja hepática. Pensar em abcesso hepático amebiano como causa de 
processo inflamatório. 
 
PESQUISA DE ASCITE 
➢ Ascite de grande volume -> sinal do piparote: percussão de um dos lados do abdome e com a outra mão sente-se a 
onda liquida. Esse processo é realizado enquanto ocorre uma interposição de outro examinador ou o próprio paciente 
na linha mediana do abdome. 
➢ Ascite de médio volume: 
Macicez móvel de decúbito: O paciente em decúbito dorsal,percutir todo o abdome -> 
determina a macicez nos flancos e som timpânico na parte media do abdome, levantando 
suspeita de ascite. 
1. Posiciona o paciente em decúbito lateral e percute-se todo o abdome. Havendo 
ascite: timpanismo no flanco que está superior e macicez no flanco inferior. 
2. Adotar o decúbito oposto e percutir novamente. Se houver ascite de novo, o 
resultado será o contrario do obtido na etapa anterior. 
Explicação: ocorre a mobilização do liquido livre existente na cavidade abdominal em 
consequência da mudança de posição. 
Semicírculo de Skoda: 
 Percutir o abdome todo a partir da região epigástrica radialmente em direção aos limites 
do abdome. Vai ser observado uma transição entre o som timpânico para o submaciço e, 
posteriormente, para maciço, no sentido craniocaudal. A junção dos pontos de transição 
forma semicírculos com a concavidade voltada para cima. 
 
 
5 Lara Osório – 2023.1 
➢ Ascite de pequeno volume: < 500 mL 
Sinal da Poça: na posição genupalmar, fazer a percussão de baixo para cima na região periumbilical, havendo liquido livre a 
região ficara maciça. É positivo na ascite com sensibilidade de 150 mL. 
Sinal do Duplo Tom: é semelhante ao piparote e realizado com paciente em decúbito dorsal onde no hemiabdome de um 
lado, sobre o flanco, o examinador dá um ‘’peteleco’’ e no hemiabdome oposto, com a ajuda de um estetoscópio. 
Normalmente é auscultado um ruído único e seco e na presença de ascite, ouve-se um segundo ruído. 
 
 
EXAME DO BAÇO: 
Deve-se delimitar anatomicamente o Espaço de Traube e percutir buscando alterações na sonoridade da percussão. 
Espaço de Traube: utilizar como referência a linha de Piorry, que vai da fúrcula esternal até 
à extremidade distal da primeira costela flutuante esquerda. Ou então: superior 6º EICE/ 
inferior – rebordo costal/ lateral – linha axilar anterior/ medial – aprendice xifoide. 
➢ O normal é o espaço ser timpânico e a macicez dessa região pode traduzir uma 
esplenomegalia, estomago cheio, fecaloma, massa, ascite e etc. 
o Para diferenciar uma esplenomegalia das demais causas, usa a percussão do 
espaço de Traube: Se a percussão medial a esta linha estiver apresentando som 
maciço, é sugestivo para crescimento esplênico verdadeiro, uma vez que o 
crescimento do baço ocorre medialmente. 
 
 
 
 
PALPAÇÃO 
 
 
PALPAÇÃO SUPERFICIAL 
Avaliar a presença de: massas, sensibilidade abdominal, estado de tensão da 
parede, presença de edema, espessura da parede abdominal, estado de 
integridade da parede, alteração de cor. Deve palpar em toda a extensão do 
abdome assim como realizar uma avaliação especial dos possíveis locais de 
herniação e pode realizar ao mesmo tempo a Manobra de Smith-Bates. 
Sensibilidade: palpar de leve ou apenas roçar a parede abdominal com objeto 
pontiagudo. Se despertar dor é porque existe hiperestesia cutânea. A dor pode 
ser decorrente de órgãos abdominais assim como de outras estruturas. 
 Perguntar ao paciente onde ele sente dor para deixar a palpação dessa 
região por último. 
 
 
 
6 Lara Osório – 2023.1 
 
PALPAÇÃO PROFUNDA 
Avaliar a presença de: massas intra-abdominais, sensibilidade e algumas vísceras intra-abdominais (ceco, cólon ascendente, 
cólon descendente, colon sigmoide, fígado e baço) e a palpação da artéria aorta abdominal. 
Técnica: utilizar as duas mãos para sentir, utilizando uma para empurrar. 
Ex: enquanto a mão direita é usada para sentir, utiliza-se a mão esquerda para aprofundar a direita, realizando a manobra 
em todos os quadrantes, deixando a região que, porventura, for dolorosa por último. 
Avaliar: LOCALIZAÇÃO, TAMANHO, FORMATO, CONSISTENCIA, PULSAÇÃO E MOBILIDADE COM A RESPIRAÇÃO. 
➔ Palpação do ceco, cólon ascendente, cólon descendente, cólon sigmoide: palpar sempre seguindo a orientação dessas 
vísceras com movimentos de vai-e-vem, avaliando o diâmetro do tubo e as características da parede. 
➔ Palpação da aorta: avaliar com ambas as mãos, salientando características de pulsatibilidade e da parede da artéria. 
➔ Palpação do fígado: pode ser avaliado através de duas manobras, Lemos Torres e Mão em Garra e deve ser avaliada a 
superfície dessa víscera (lisa ou nodulada), consistência, forma da borda e sensibilidade. 
 
Manobra de Lemos Torres/Bimanual: a mão esquerda do examinador é colocada na região dorsal do paciente, tracionando 
anteriormente a região, enquanto a direita é aprofundada desde a fossa ilíaca até o rebordo costal durante a expiração. O 
objetivo é palpar a borda hepática na subida da mão direita na inspiração. 
 
Método em garra: as duas mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos tentando entrar por baixo do rebordo costal, 
como se fosse em garra. 
 
o Hepatimetria: após a delimitação da borda inferior do fígado através do método palpatório, deve-se eliminar a 
borda superior realizando a percussão desde o segundo espaço intercostal direito da LHC até notar a presença de 
som maciço e realizar a medida entre essas duas extremidades, no qual não deve ser superior a 12 cm. 
 
 
7 Lara Osório – 2023.1 
 
➔ Palpação do baço: pode ser avaliado com manobra semelhante à de 
Lemos Torres utilizada no fígado, mão em garra ou através da posição de 
Schuster. 
Mão em garra no baço é feita do lado esquerdo. (EXCEÇÃO) 
Manobra de Schuster: apoiar a mão esquerda sobre o rebordo costal e a 
direita deve-se palpar desde a cicatriz umbilical até abaixo do rebordo em 
encontro ao baço. O paciente deve estar posicionado em decúbito lateral 
direito, com o braço esquerdo sobre a cabeça. Membro inferior esquerdo 
fletido e o direito, neutro. 
➔ Rim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 Lara Osório – 2023.1 
PESQUISA DE IRRITAÇÃO PERITONEAL 
Sinais de irritação peritoneal: 
➢ Hipersensibilidade à palpação superficial 
➢ Abdome rígido ou em tabua 
➢ Dor ao mínimo toque 
➢ Descompressão dolorosa (sinal de Blumberg +) 
A inervação do peritônio parietal se dá pelas fibras A, responsáveis por 
dor localizada que pode ser desencadeada pela percussão. 
APENDICITE 
Anamnese -> Quadro clássico: Dor periumbilical que evolui para dor localizada em fossa ilíaca direita + Anorexia + Náuseas 
+ Vômitos + Febre baixa. 
 Devido a sua localização variada, o apêndice pode gerar padrões variados de dor: irradiação lombar; hipocôndrio 
direito; hipogástrica. 
Exame físico: 
➔ Sinal de Blumberg: dor à descompressão súbita no ponto de Mcburney (entre a 
cicatriz umbilical e a espinha ilíaca anterossuperior, dividir em 3 – fica na junção 
do terço lateral com os dois terços mediais). 
 
 
➔ Sinal do Obturador: Dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril. 
Presente no apêndice pélvico. 
 
 
 
➔ Sinal do Psoas: Dor à extensão e abdução da coxa direita com o 
paciente em decúbito lateral esquerdo. Presente no apêndice 
retrocecal. 
 
➔ Sinal de Rovsing: Dor na 
fossa ilíaca direita à palpação da fossa ilíaca esquerda. Compressão do cólon 
descendente desloca os gases para o cólon ascendente, atingindo o apêndice inflamado 
hipersensível, provocando dor. 
 
 
 
➔ Sinal de Lenander: Temperatura retal maior que a temperatura axilar em mais de 1º C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Lara Osório – 2023.1 
COLESCITITE 
Quadro clinico: dor aguda contínua caracteristicamente localizada em hipocôndrio direito/epigástrio que, por vezes, pode 
irradiar para a região escapular. Alguns pacientes referem que a dor surge cerca de 1 hora após refeições ricas em gorduras. 
Além de sintomas dispépticos (eructações, plenitude, náuseas), após ingesta gordurosa, ou mesmo um “mal estar” vago e 
impreciso. 
Sinal de Murphy: parada da inspiração à compressão do ponto cístico. 
➔ Após a expiração, o examinador aprofunda a mão entre a junção do rebordo costal com o musculo retoabdominal e 
pedir para o paciente realizar a inspiração. Presente: DOR! Fará com que o paciente interrompa a respiração.Sinal de Courvisier-Terrier: ocorre na palpação do hipocôndrio direito encontrar uma área de massa ovalada que 
compreende a vesícula biliar distendida. Ela torna-se palpável por efeito de neoplasia de vias biliares extra-hepaticas – 
tumores periumbiliares (sobretudo câncer de cabeça de pâncreas). Isso ocorre por que a vesícula distende lentamente e 
NÃO HÁ DOR. 
Obs: Vesícula palpável e dolorosa indica distensão biliar aguda, por obstrução súbita do ducto cístico por calculo biliar, não 
sendo o sinal de Courvisier-Terrier. 
 
 
 
DESCRIÇÃO DO EXAME DE ABDOME: 
Abdome globoso, presença de circulação colateral periumbilical do tipo cabeça de medusa, ausência de lesões elementares 
de pele, abaulamentos e retrações, presença de movimentos respiratórios predominantemente abdominais e ausência de 
movimentos peristálticos e pulsações visíveis. Cicatriz umbilical centrada e retraída. Ausência de massas, diástases e 
herniações a manobra de Smith-Bates. Ruídos hidroaéreos preservados, ausência de sopros e presença de zumbido venoso. 
Abdome flácido, indolor, de espessura preservada e ausência de massas, herniações e edema. Ausência de massas intra-
abdominais, ceco, colón ascendente, colón descendente, colón sigmoide, fígado, baço e artéria aorta abdominal não 
palpáveis. Hepatimetria não realizada. Ausência de sinais de irritação peritoneal.

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