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24/03/2018
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FOME
MYERS, David. Psicologia. RJ: LTC, 2006.
- Capítulo 12: Motivação e trabalho - *FOME
MELLO FILHO, Júlio e BURD, Miriam et al . Psicossomática Hoje. 2 Ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
-Capítulo 10: Uma perspectiva psicossocial em psicossomática
FOME
• Todos os animais necessitam de alimento para satisfazer suas
necessidades diárias de energia, crescimento e reparo dos tecidos.
• A maioria dos animais consegue consumir a quantidade de alimento
necessária e não mais.
• A fome é fortemente influenciada por incentivos ambientais, cognições
e emoções.
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Filme:
Primeira cena
FOME
A fome reflete a interação da fisiologia e a aprendizagem
Meio interno (Fisiologia) 
Hipotálamo 
Meio externo (Aprendizagem) 
Experiência Cultural 
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Fernando Botero
Funções da alimentação 
• Alimentar-se tem duas funções básicas:
• Fisiológica – manter a quantidade de nutrientes necessárias a nossa 
sobrevivência.
• Prazer – liberação de neurotransmissores (dopamina e serotonina) 
que causam bem estar.
• As duas funções só acontecem quando há MOTIVAÇÃO.
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MOTIVAÇÃO
• É uma necessidade ou desejo que energiza o comportamento e o 
orienta para um objetivo.
• É a força por trás de nosso anseio por comida, desejo de intimidade 
sexual e aspiração de realização pessoal.
FOME – necessidade básica
Experimento: 
• 36 homens foram alimentados apenas para manter seu peso corporal inicial. 
• Depois por seis meses cortaram esses níveis de alimentação pela metade.
• Os homens começaram a conservar energia, tornaram-se apáticos.
• Efeitos psicológicos: obcecados por comida (conversavam sobre comida, 
sonhavam com comida, colecionavam receitas, liam livros de culinária).
• Foram perdendo o interesse por sexo e atividades sociais.
“Ninguém tem vontade de beijar quando está com fome” (Dorothea Dix 1801-1887)
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Hierarquia das necessidades de 
Abraham Maslow (1970)
Fome, sede, ar, sono, etc.
Segurança e garantia, ausência de perigo
Afiliação, aceitação, fazer parte de um grupo
Realização, aprovação, competência, reconhecimento
Autocumprimento e realização das potencialidades 
próprias do indivíduo
Hierarquia das necessidades de Maslow
• Fome é uma das necessidades básicas;
• Motivação é a força por trás de nosso anseio por comida;
• Quando um conjunto de necessidades é satisfeito, um 
novo conjunto o substitui.
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Em outras palavras...
• Desejar o que não se tem
• Conseguir o que deseja
• Não desejar mais 
• Buscar outra coisa que agora se deseja
A fome é uma necessidade básica, 
mas o que desencadeia ?
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O que desencadeia a fome?
• Cérebro (Hipotálamo)
• Estômago - Contrações estomacais
• Sangue (+insulina/-glicose) 
• Hereditariedade influencia o tipo de corpo
• Influências ambientais
• ................
Influência de condições externas
• Aparência atrativa do alimento
• Ver outras pessoas comendo
• Paladar e aroma
• Comer é agradável (exceções*)
• Pode ser uma excelente distração
• Ato de socialização
• Aumenta a possibilidade de acontecer novamente
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A influência ambiental
• As crianças aprendem desde cedo com sua família e cultura sobre 
quanto comer, quando comer, como comer e quando parar de comer.
Preferência por sabores
•Algumas preferência por sabores são aprendidas (condicionadas) e variam de
acordo com a exposição.
Ex: A frequência de doenças na infância possibilita aprendizagem da aversão
alimentar
•A exposição repetida aumenta apreciação pelos novos sabores e a disposição
para experimentar outros novos.
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Fisiologia da fome
O cérebro regula automaticamente a
ingestão para evitar déficit de energia e
manter o peso corporal estável.
Sinais do estômago, dos intestinos e do
fígado mostram ao cérebro se este deve
motivar a ingestão de alimentos ou não.
Fisiologia da fome
Ponto de equilíbrio: O corpo equilibra o controle da ingestão de alimento, a energia gasta
e a taxa metabólica basal (taxa de gasto de energia para manter as funções básicas do
corpo quando em repouso)
• Ganhar peso acima do seu ponto de equilíbrio, tendência a sentir menos fome;
• Perder peso abaixo do seu ponto de equilíbrio, tendência a comer mais;
• A hereditariedade influencia o tipo físico e o ponto de equilíbrio.
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A fisiologia da fome
Procedimentos cirúrgicos que resultam em obstrução do estômago diminui quantidade de
grelina (hormônio secretado pelo estômago vazio despertando a fome)
A sensação de fome persiste mesmo quando o estômago é removido ou quando está cheio.
Fisiologia da fome
HIPOTÁLAMO LATERAL - Relacionada ao centro da fome 
Estimulação elétrica: comer 
Lesão: perda de interesse por comida 
HIPOTÁLAMO VENTROMEDIAL – Relacionado com a saciedade 
Estimulação elétrica: para de comer 
Lesão: comer compulsivamente, não se sente saciado.
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Fisiologia da fome
• Todas as regiões do hipotálamo estão sob influência do sistema 
límbico e qualquer alteração nesse sistema altera a fome.
Por isso quando o indivíduo encontra-
se ansioso, angustiado, estressado
pode comer compulsivamente ou
parar de comer.
Estresse e psicossomática
• Sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções e 
comportamentos sociais. Regulação metabólica de todo o organismo.
• A emoção ocorre simultaneamente no subsistema do corpo e no
subsistema dos processos mentais:
• Raiva, medo, tristeza, alegria se manifestam no corpo através de
modificações das funções motoras, secretoras e de irrigação do
sangue.
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Estresse e psicossomática
• Estresse: “Conjunto de reações que um organismo desenvolve ao
ser submetido a uma situação que exige esforço para adaptação”
(Seyle)
• Psicossomática é o estudo da pessoa como ser histórico, que é um
sistema único constituído de três subsistemas: corpo, mente e
social.
• Entender o indivíduo como ser biopsicossocial!
Psicossomática
• Compreender o processo do adoecer não como um evento casual na
vida de uma pessoa, mas sim representando a resposta de um sistema,
de uma pessoa que vive em sociedade.
• Tratar doentes e não as doenças
• Transtornos Alimentares são transtornos biopsicossociais multiplamente
determinados.
• A patologia não se localiza apenas nas vítimas, mas também no interior
da nossa cultura.
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Filme:
00:22:30
Textos para a próxima aula:
• LAUS, M. F. (et al.). A influência da imagem corporal no
comportamento alimentar. (Cap. 7) in ALMEIDA, S. S [et al.].
(org.) Psicobiologia do comportamento alimentar. Rio de
Janeiro: Rubio, 2013.
• SATO, P. (et al). A imagem corporal nos transtornos alimentares:
como o terapeuta nutricional pode contribuir para o
tratamento. (Cap. 20) in ALVARENGA, M., SCAGLIUSI, F. e
PHILIPPI, S. (org.) Nutrição nos transtornos alimentares.
Barueri, SP: Manole, 2011.

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