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TEORIA GERAL DO PROCESSO

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
PROVA 1 
DIREITO MATERIAL X DIREITO PROCESSUAL
Dois planos distintos que interagem entre si, cada um com uma função especifica
Direito Material: Normas de condutas padrões a serem cumpridas pela sociedade; ex: Direito Civil, penal
Direito Processual: A partir do momento que a conduta presente no Direito Material deixa de ser cumprida e surge uma situação de conflito(lide) é preciso que o Juiz(Estado) entre em ação, a partir desse momento a norma deixa de ser geral e se torna concreta , dessa forma o direito processual passa a direcionar a situação, ex: provas, petições, esse mesmo direito regula as formas de efetivação do direito material violado, onde ao final teremos uma sentença que deverá ser cumprida e respeitada por ambas as partes.
DIREITO MATERIAL/SUBSTANCIAL
São princípios e regras que regulam a vida ordinária da sociedade.
Definem modelos de fatos que criam direitos, obrigações, situações jurídicas de impacto na vida em sociedade -> estabelecem consequências jurídicas. 
Os indivíduos observam tais normas como medidas de valor de suas condutas
Regras respaldadas pelo Estado
Conjunto de normas morais – > convivência organizada > harmônica.
Ex: Direito Civil, Consumidor, Administrativo, Trabalho, etc.
DIREITO PROCESSUAL> Regras
Provocação do poder judiciário em face da disputa em torno de um direito material
Efetivação prática em torno do que foi estabelecido pelo Direito Material
Lide- Locador x Locatário (Conflito) (acabando todos os recursos a sentença deverá ser cumprida)
O processo é um instrumento, pois através dele se consegue efetivar o direito material e também um pacificador, ele devolve a paz para a sociedade.
Dispõe sobre a constituição dos órgãos jurisdicionais e sua competência 
Perspectiva interna- entre as partes e o juiz (relação jurídica): Testemunha, oficial de justiça.
Perspectiva externa-série coordenada de atos de vontades tendentes a produção de um efeito jurídico (inicial, defesa, audiência)
É objeto de uma ciência autônoma 
Contém objeto especifico (todas essas normas)
É informada em princípios próprios
TEORIA GERAL DO PROCESSO
Conceitos jurídicos fundamentais ou logico jurídicos (ex: provas, recurso, etc.), encontrados em diversos ordenamentos, são universais, independem do tratamento jurídico que é conferido individualmente por cada sistema, não expressam uma realidade concreta, esses conceitos foram construídos pela Filosofia do Direito, possuem validez universal, ou seja, para qualquer ordenamento jurídico.
São conceitos indispensáveis a compreensão jurídica do fenômeno processual independente do ramo jurídico 
Apresentam duas funções:
a) Servem de base para elaboração dos conceitos jurídicos positivos.
b) Auxiliam o operador do direito.
 SIGLA TGP 
TEORIA-visa estudar o objeto, organizar e sistematizar.
GERAL-busca conceitos que possam ser aplicados em todas as áreas
PROCESSO-técnica para solução dos conflitos de forma imperativa, submetem a decisão do direito a um terceiro- em regra o Poder Judiciário.
 O direito material sonha, projeta—O processual concretiza
Conceito de Dinamarco- Sistema de conceitos e princípios elevados ao grau máximo de generalização útil e condensados indutivamente.
Para Adolf Merkl – a teoria do processo vai buscar o “comum e o válido para toda espécie de processo”
Apresenta 4 institutos fundamentais:
a) Jurisdição
b) Ação
c) Defesa
d) Processo
Métodos de Elaboração da Teoria Geral do Processo
Empirista- Se vale da observação do fenômeno, com base na experiência dos ramos, os conceitos são elaborados a partir da própria realidade.
Processo Civil
 Penal TGP
 Trabalho
Porque esse método é falho?
Por observar de forma externa, por não estudar os conceitos em si.
Fica restrita a um único ordenamento jurídico, ou seja, a realidade de onde está sendo estudado
Equipara-se o processo a procedimento (falsa ideia de que o processo é igual a procedimento)
Racionalista-Baseado na razão, atividade racional acerca dos objetos de estudo, também pode ser chamado de conceitual, autonomista.
Por meio desse método começou a se dizer que o Direito Processual é diferente do Material
Fonte do conhecimento é a razão/ o próprio conhecimento.
Ela que traz os principais conceitos
A razão fornece a base para explicar os fatos
Empirista x Racionalista- as duas tem em comum a questão da proximidade entre o sujeito e o objeto.
Paradigma(Modelo) linguístico pragmático-Habermas
Para Habermas é preciso ir além- necessidade de relacionar os sujeitos pela linguagem 
Somente através dos diálogos chegaremos a verdade
Ex: debates, existem pretensões de verdades que estão sujeitas a contestação.
Diálogos constantes visando alcançar o consenso.
- Conclusão = Essa visão democratiza o estudo da TGP – foca no diálogo entre a comunidade jurídica sobre as realidade processuais empíricas (normas, valores, doutrina, contexto social, econômico, político, etc).
Uma questão é discutir o conteúdo das normas de um determinado direito positivo
O juiz pode ou não determinar provas? Sim, mas para saber isso, primeiro precisamos saber o conceito de prova, e uma vez sabendo o que é, cada um cria a sua forma de utilizar.
Conceitos jurídicos positivos-Não é TGP, pois cada um tem a forma de utilizar determinadas regras mediante os conceitos, possuem cunho individual, limitado, histórico, ou seja, se adapta a mudança da sociedade, descrevem realidades criadas pelo homem em dado lugar e momento histórico, depende do prévio conhecimento do direito positivo.
TGP- Eu sabendo o que é, posso aplicar o processo, tem como objeto de estudo a ciência do Direito Processual, não se atem ao conteúdo de suas normas
Foco: Estudo dos conceitos lógicos jurídicos fundamentais.
Outra questão completamente diferente é saber: 
O que é uma decisão judicial? 
O que se entende por prova? 
O que é processo?
São questões anteriores a análise do direito positivo. 
Quem vai aplicar deve conhecer esses conceitos antes de examinar o direito processual. 
São pressupostos para compreensão do direito processual. 
ESSAS QUESTÕES ESTÃO NO AMBITO DA TEORIA GERAL DO PROCESSO.
Críticas a TGP- A mesma estaria criando um direito processual único- aplicável a todas as modalidades de processo.
PROCESSO
Processo X Poder Judiciário
 Técnica para solução imperativa de conflitos
Pacificador de conflitos através do processo.
Manifestação do poder estatal.
Poder de decidir imperativamente e impor decisões (Tem que cumprir goste ou não).
Promover a pacificação de conflitos interindividuais atrás do processo.
Muita gente ver como poder, função e atividade.
Acepções de Processo
a) Método de Criação de Normas Jurídicas
Processo Legislativo onde ocorre a criação de leis
Processo Administrativo-Produção de normas gerais e individualizadas pela administração
Processo Jurisdicional- Produção de normas pera Jurisdição, método de exercício da 
	 Que se exerce processualmente, observa o método processual adequado.
*Com o novo CPC se deu uma importância extra ao fundamento da decisão, com isso o processo também pode criar precedentes em abstrato.
b) Ato jurídico complexo 
Se gerar efeito jurídico é um ato jurídico, sinônimo de procedimento. Processo legal
Processo (ATO + ATO + ATO+ ATO), ou seja, atos concatenados em contraditório visando atingir um fim.
c) Relação Jurídica 
Conjunto de relações jurídicas (direitos, deveres, competências, capacidade, ônus) de que são titulares os sujeitos do processo.
Evolução da Concepção de Processo
Sincretismo-Empirismo (Observação externa) - Praxista -Sec. XIX (CRD):
 Não conseguia trazer diferenças entre o direito material e o processual
 Direito processual como forma de efetivar o direito material
 Não se conseguia enxergar as relações jurídicas-Processo como mero procedimento – sucessão de atos, sem relação entre os sujeitos
Conhecimentoera puramente empírico, sem qualquer consciência de princípios e sem conceitos próprios 
Autonomista-Conceitual-Cientifica –Processualista-Meados do Século XIX até meados do Séc. XX:
Separação do direito material do processual
Autonomia, onde o estudo passa a ser cientifico 
Conceituação
Processo como Relação Jurídica especial entre os sujeitos do processo – Juiz, Autor e Réu.
O processo pode ser concebido tanto como o ato processo (espécie de procedimento com contraditório) como também a relação jurídica que dele emerge. 
Aqui já podemos ver os elementos da ação-Surgem teorias relevantes que trazem conceitos como: Elementos da ação, Condições da ação, Pressupostos processuais e uma vasta gama de princípios.
Marco bastante relevante, como se tivesse feito uma fundação consistente.
Instrumentalismo – Fase Teleológica. Meados do Século XX
Mantem essa ideia de autonomia, o processo como efetivação do Direito (instrumentalista) se valoriza muito mais o resultado.
Princípio da Instrumentalidade
Reativação do processo até quando? Até não prejudicar
“O processo é um instrumento a serviço do Direito Material”
Relação circular entre o direito material e o processual 
a) Escopo Social
A doutrina foca no processo como pacificador social, dando total relevância ao resultado. A partir do momento que as pessoas notam a manifestação do Estado, moldam o seu comportamento para que as normas não sejam violadas e por causa disso recebam uma sanção.
Objetivo (escopo) social como educador de condutas, direcionador de condutas.
 b) Escopo Politico 
 Serve de instrumento de estabilização do ordenamento jurídico, fortalecimento da autoridade do Estado.
 Garante a participação popular-Exercício da cidadania como mecanismo de participação política, ação popular 
 Preservação do valor Liberdade: Instrumentos de defesa contra o Estado – Habeas corpus – Habeas data, Mandado de Segurança.
 Defesa do cidadão para com o Estado
 c) Escopo Jurídico
 Concretização em especifico da norma em abstrato
 Efetivação do direito em um caso concreto
Para FD e JJCP – processo como instrumentalismo = “dar a sua exata função de forçar o operador jurídico a perceber que as regras processuais hão de ser interpretadas e aplicadas de acordo com a sua função, que é de emprestar efetividade às normas materiais. ” 
 
 
 
Neoprocessualismo – Neoconstitucionalismo – Formalismo Valorativo – Pós (Neo) Positivismo.
Concepção de processo utilizada atualmente.
Aplicar o processo de acordo com os princípios constitucionais
Constituição Federal como principal capitulo do Direito Processual
Defesa de vários direitos fundamentais. Normas que orientam a produção de outras normas (dimensão objetiva dos Direitos Fundamentais) (FD).
O direito positivo tem que buscar os objetivos da Constituição Federal. Imposição ao Direito Positivo de um conteúdo ético mínimo – Dignidade da pessoa humana. 
Proliferação de textos normativos abertos – Criatividade judicial. (PSB)
Expansão e desenvolvimento da Jurisdição Constitucional
Art. 1.° - O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na CF, observando-se as disposições deste Código.
A interpretação do Código deve ser feita em conformidade com à CF.
 - Mecanismos de defesa através dos instrumentos processuais (ADIN/ADPF)
Instrumentos processuais específicos para tutela da CF: ADPF – Repercussão Geral no REX – Controles concentrados de constitucionalidade (art. 103 CF).
Revisão das categorias processuais – Repensar as categorias fundamentais do direito processual (jurisdição – ação – defesa e processo) a partir das premissas do Estado Constitucional.
“Relevância aos valores constitucionalmente protegidos na pauta de direitos fundamentais na construção e aplicação do formalismo processual. ” (FD)
Reforço dos aspectos éticos do processo: Princípio da Cooperação – Devido Processo Legal – Boa Fé Objetiva.
Interesse, Lide, Conflito e Processo
Locador X Locatário	Quando o locador não recebe o dinheiro do locatário há um interesse na resolução da conduta, o que acaba originando uma situação de conflito: a Lide, que caso não seja resolvida, surge o processo como instrumento de efetivação desse direito material.
TUTELA JURÍDICA X TUTELA JURISDICIONAL
Escolha dos bens jurídicos que vai proteger, se tiver sendo respeitada, não tem porque o Estado atuar, a partir do momento que essa tutela jurídica não é cumprida é necessário que tutela jurisdicional entre em ação, onde o Estado através do Poder Judiciário entra para tutelar aquele bem jurídico violado.
Tutela Jurídica
 Alimentos
 Vida A partir do momento que um 
 Patrimônio desses direitos é violado e necessitaTutela 
Jurisdicional
 Obrigações da efetividade concreta temos a 
 Defesa 
 Juiz Imparcial
	Poder Judiciário
	Previstas em Abstrato . Garante a execução 
 Em caso concreto
Tutela Jurisdicional – Dois Tipos
Tutela definitiva X Provisória
 
 O que diferencia as duas é a forma como o juiz examina a causa
	 Exauriente (acaba)
 Tutela Profunda
Definitiva Juízo de Certeza
		
 	Podem ser Satisfativas ou Cautelares	Proteção do direito
	Almeja a situação final
 (O próprio direito)
	Sumária
Tutela Superficial
Provisória Juízo de Probabilidade Risco de morte /Perecimento 
 			
Apenas com base nos argumentos do autor	Urgência ou Evidencia
 Satisfativas ou Cautelares
	Defesa falha do réu autoriza o juiz a fazer
	uma tutela de evidencia 
Acesso à Justiça
Princípio de Acesso à Justiça
XXXV- Artigo 5 da Constituição Federal- a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Inafastabilidade Jurisdicional- O juiz não pode se afastar de julgar o direito, independente de quão errado seja, por exemplo: Plantação de maconha
Acesso a uma ordem jurídica justa, orientação, acompanhamento
Juiz imparcial
Direito de produzir provas
Acesso igualitário 
É preciso que haja orientação jurídica 
Aparelhamento da Defensoria Publica 
-Acesso a: a) Ordem jurídica Justa; b) Orientação jurídica c) Informação; d) Meios alternativos de solução dos conflitos. e) Tutelas Coletivas;
- Instruir procedimentos e justiças especializadas para permitir o acesso dos menos favorecidos. Celeridade, Custo e Simplicidade. (LGM). 
Para saber mais: Proteção judicial como garantia e instrumento de distribuição de justiça e da efetiva proteção de direitos.
Os direitos humanos refletem um construído axiológico, a partir de um espaço simbólico de luta e ação social, traduzem processos que abrem e consolidam espaços de luta pela dignidade humana. O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de direitos, ou seja, a condição de sujeito de direito, ao pertencimento a determinada raça. Rompimento dos direitos humanos.
Fortalece-se a ideia de que a proteção dos direitos humanos não deve se reduzir ao domínio reservado do Estado, porque revela tema de legitimo interesse internacional. Universalidade e indivisibilidade destes direitos- Universalidade porque clama pela extensão universal dos direitos humanos, onde a condição de pessoa é o requisito único para titularidade de direitos, os direitos humanos compõem assim uma unidade indivisível, interdependente e inter-relacionada,capaz de conjugar o catalogo de direitos civis e políticos com o catálogo de direitos sociais, econômicos e culturais. 
No que se refere ao direito a proteção judicial destacam-se três dimensões:
O direito ao livre acesso à justiça.
A garantia da independência judicial (direito de toda pessoa ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial.
O direito a prestação jurisdicional efetiva, na hipótese de violação a direitos (direito a remédios efetivos).
Ampliar e democratizar o acesso ao poder judiciário.
 
No Brasil apenas 30% da população tem acesso à justiça, apenas 30% desses indivíduos procuram a justiça estatal “ as razões para isso são inúmeras, indo desde a descrença na lei e nas instituições até a banalização da violência, baixa conscientização da população tanto sobre seus direitos, como sobre os canais institucionais disponíveis para a solução de litígios. Quanto mais alto é o IDH, melhor é a relação entre processos entrados e população, ou seja, o acesso ao judiciário é maior nas regiões do país que apresentam índices mais altos de desenvolvimento humano. É FUNDAMENTAL AMPLIAR E FORTALECER O ACESSO A JUSTIÇA POR PARTE DAS POPULAÇÕES MAIS VULNERAVEIS. 
Reduzir a distância entre a população e o poder judiciário.
79,5% dos juízes entendem que uma dificuldade do Judiciário considerada essencial está radicada no fato dele se encontrar distante da maioria da população. Muitas vezes pelos altos custos onde a população pobre não tem condição de acessar, nesse contexto é urgente o fortalecimento das Defensorias públicas, como instituições que concretizam o direito ao acesso a Justiça das populações mais vulneráveis, além de outras medidas como a advocacia pro-bono, a criação de centros integrados de cidadania e justiça itinerante e descentralizada.
Otimizar a litigância como uma estratégia jurídica-política de proteção dos direitos humanos
Democratizar os órgãos do Poder Juciario e fortalecer o controle social quanto a composição de seus órgãos de cúpula
Sistematizar dados estatísticos visando aprimorar a prestação jurisdicional
Assegurar a observância de standards jurisdicionais no âmbito federativo brasileiro
NORMA PROCESSUAL
“Todo preceito jurídico regulador do exercício de jurisdição pelo Estado, da ação pelo demandante e da defesa pelo demandado-Três atividades que se desenvolvem num só ambiente comum que é o processo” (CRD)
Jurisdição-Estado
Ação- Autor
Defesa-Réu
Esse é um conceito bom, porém muito personificado, pois o réu pode participar da ação e o autor da defesa por exemplo.
*“ É o preceito jurídico que visa disciplinar o exercício da jurisdição e do seu método de trabalho que é o processo” (PSB) 
 Já esse conceito abarca as duas situações
Norma Material-Exame de um direito material, toda vez que o juiz examina essa norma, ele estabelece um critério de julgamento, analisa se aquele direito é devido ou não, se ele julga errado ele comete chamando: erro in judicando.
“Disciplinam imediatamente a cooperação entre pessoas e os conflitos de interesses da sociedade, escolhendo qual dos interesses conflitantes e em que medida, deve prevalecer e qual deve ser sacrificado. ” – Critério de julgar – erro in judicando. (APG)
Norma Instrumental- Se ele procede de forma errada, diz que ele cometeu o erro in procedendo, critério de proceder, por exemplo: pulou alguma fase do processo.
“Apenas de forma indireta contribuem para a resolução dos conflitos interindividuais, mediante a disciplina da criação e atuação das regras jurídicas gerais ou individuais destinada a regulá-los diretamente.” (APG) = Norma Processual – critério de proceder – erro in procedendo.
 Ambas buscam a pacificação social
Objeto da Norma Processual
Disciplina do modo processual de resolver os conflitos e controvérsias. (APG) 
– Disciplinar o Poder Jurisdicional.
Atribuição ao Juiz dos poderes para resolução;
Atribuição à partes de faculdades e poderes para defesa de seus direitos.
Sujeita as partes à autoridade exercida pelo Juiz. 
Regras para exercício da jurisdição (princípio do dispositivo) e desenvolvimento das atividades.
– Regular as atividades das partes litigantes.
Reger a imposição do comando concreto formulado através das atividades das partes e do Juiz (APG)
Classes de Norma Processual
Normas de Processo: Existem normas aplicadas ao Brasil inteiro, essas são as normas de processo. Regramento uniforme concedida pelo União.
Normas de Procedimento-Regem o procedimento e conjuntos de atos para o alcance de uma finalidade, o que vale para um Estado pode não servir para outro.
Normas de organização judiciarias-Estrutura organizacional do Poder Judiciário – sua constituição – composição – ligações entre seus órgãos – recrutamento e atribuição de seus agentes e auxiliares;
“Responsáveis pela criação e estruturação dos órgãos jurisdicionais e seus auxiliares. ” (PSB)
Normas de competência-Distribuição dos trabalhos entre os diversos órgão poder judiciário – Material – Funcional - Territorial. 
Normas de processo propriamente ditas-Regras disciplinadoras das situações jurídicas dos sujeitos do processo – seus poderes, deveres, ônus, sequência de atos, forma, tempo, lugar. 
*obs: Art. 22 – 24 da CF - (PSB)
Normas procedimentais – Regem o procedimento e conjuntos de atos para alcance da finalidade (Forma de protocolo, de citação, de intimação, etc... “quais atos serão realizados? Como? Onde? Quando? Em que ordem? ” (CRD)
Normas processuais em sentido estrito - regem a relação jurídica processual. (EX: Condições da ação, pressupostos de admissibilidade, relação com princípios da isonomia e uniformidade nacional).
Fontes abstratas da norma processual
Coincidem com as fontes do direito em geral-Lei, usos e costumes, jurisprudência e negócios jurídicos
Fontes concretas da norma processual
“São aquelas através das quais as fontes legislativas em abstrato efetivamente atuam no Brasil” (APG)
Fontes Legislativas Constitucionais:
Normas de Criação e organização dos órgãos jurisdicionais; Garantias da Magistratura; Disciplinam as competências; tutelam o processo com garantias individuais (princípios e garantias fundamentais); Regras da jurisdição constitucional;
Fontes legislativa complementar a CF:
Estatuto da Magistratura:
I) Carreira dos Magistrados, vencimentos, aposentadoria, residência;
II) Acesso aos tribunais; 
III) Atividade Ininterrupta;
Fontes Legislativas Ordinárias;
I) Códigos de processo civil, penal, CLT, leis federais (ord. Comp.), leis Estaduais;
II) Leis extravagantes – Mandado de Segurança (12.016/09), Ação Civil Pública (7.347/85);
III) Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Tratados); 
IV) Regimentos Internos dos Tribunais;
*OBS: Medidas provisórias (EC 32-2001)-MEDIDA PROVISÓRIA NÃO PODE REGULAR NORMA PROCESSUAL
Outras fontes não legislativas
Negócios Jurídicos Processuais – Típicos (Foro de eleição, Adiamento de audiência, Suspensão do Processo, calendário processual) ou atípicos (art. 190 CPC);
Precedentes, Jurisprudência e Súmulas;
Usos e Costumes – Debate doutrinário – Não pode contrariar a Lei. Ex: Autor: Fulano e outros; 
Eficácia da Lei Processual
 “Toda norma jurídica tem eficácia limitada no Tempo e no Espaço”
A lei se aplica no local do fato. 
Eficácia da Norma Processual no Espaço Artigo 16 do CPC
 “Pressupõe lide entre pessoas domiciliadas em países distintos ou relações jurídicas de repercussão internacional, seja porque a obrigação foi assumida num pais para ser cumprida em outro, seja porque o fato ocorreu no território de um país e suas consequências dar-se-ão perante a justiça de outro, seja porque o conflito de interesses versa sobre coisa situada no estrangeiro. ” (PRGM)
Coexistência de Ordens Jurídicas Independentes 
 
Externa -Princípio da territorialidade (art. 13 do CPC) – aplicação da Lex Fori – questões de ordem política*e prática**; “A lei processual é aplicável exclusivamente no território do estado que a editou” (PSB). 
É a lei do foro competente para solução - indicará as hipóteses de competência, direito aplicável, casos de invocação do direito estrangeiro. 
*Manifestação do Poder Soberano do Estado – não se admitiria a regulação por leis estrangeiras;
** Dificuldade de implementação da máquina judiciária por normas de direito estrangeiro. (ex> Juri civil americano);
II) Eficácia da Norma Processual no Tempo NCPC: 18/03/2016
Uma vez produzindo efeitos quer seja 45 dias depois da publicação, quer seja em data marcada, a lei entrará em vigor imediatamente.
Três Sistemas
 Isolamento- Antes da aplicação da lei nova, aplica-se a norma antiga, se o fato se originou quando a lei antiga ainda vigorava, será aplicada a lei antiga
Exceções:
 Fases: Para os chamados procedimentos especiais e sumários (não existe mais no novo código), antes da sentença aplica-se o novo código, com a sentença aplica-se o código antigo.
	
 Unicidade: O processo não pode ser alterado por causa da vigência do novo código, com exceção: coisa julgada, os processos que começaram no código de 73 não fazem coisa julgada. Se começou em 2015 poderá fazer coisa julgada se tiver de acordo com os requisitos.
Lei nova não incide sobre prazo cujo curso já começou sob império da lei antiga
A Lei nova não atinge validade de ato já praticado sob regime da lei antiga.
TEORIA DOS PRINCIPIOS E CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO PROCESSO
Princípios Processuais-Vinculação a CF
Deve ser pautado em uma interpretação conforme a Constituição, não é possível compreender o CPC sem examinar a CF
 Elaboração-Disciplina-Interpretação CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 1. ° CPC O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidas na CF, observando-se as disposições deste Código.
Princípio do Devido Processo Legal
Artigo 5 – LIV – “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”;
É preciso que o processo seja devido, compatível, esteja conforme o sistema jurídico.
Certeza de que o Direito vai proteger, garantia contra a quebra de qualquer norma
Garantias procedimentais, contra o exercício abusivo de qualquer poder
Processo que mais depende disso é o Processo Penal
*Prisão em segunda instancia
Para saber mais: *Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (27/9) com o título Significado de devido processo legal. O conceito de devido processo legal aparentemente anda um pouco esquecido entre nós nos últimos tempos. Cuida-se de uma das mais importantes garantias para defesa dos direitos e liberdades das pessoas, configurando um dos pilares do constitucionalismo moderno. Tem origem na Magna Carta, de 1215, através da qual o rei João Sem Terra, da Inglaterra, foi obrigado a assegurar certas imunidades processuais aos seus súditos. O parágrafo 39 desse importante documento, ainda hoje em vigor, estabelece que "nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão, ou privado de seus bens, ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado [...] senão mediante um julgamento regular de seus pares ou em harmonia com a lei do país”. Tais prerrogativas foram sistematicamente reconfirmadas pelos monarcas subsequentes, sendo a expressão, "lei do país", substituída pela locução "devido processo legal", em 1354, no Estatuto de Westminster.Com isso, os direitos das pessoas passaram a ser assegurados não mais pela mera aplicação da lei, mas por meio da instauração de um processo levado a efeito segundo a lei. De lá para cá, essa franquia incorporou-se às Cartas políticas da maioria das nações democráticas, constando do artigo 5º, LIV, de nossa Constituição, com o seguinte teor: "Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. “Trata-se de uma moeda de duas faces. De um lado, quer dizer que é indispensável a instauração de um processo antes da restrição a quaisquer direitos. De outro, significa que o processo precisa ser adequado, ou seja, não pode ser simulacro de procedimento, devendo assegurar, no mínimo, igualdade entre as partes, o contraditório e a ampla defesa. O devido processo legal cresce em importância no âmbito penal, porque nele se coloca em jogo a liberdade que, depois da vida, é o bem mais precioso das pessoas. Sim, porque o imenso poder persecutório do Estado, detentor monopolístico do direito de punir, só se submete a temperamentos quando observada essa garantia essencial. Nunca é demais lembrar que o processo atualmente não é mais considerado meio de alcançar a punição de quem tenha infringido as leis penais, porém um instrumento de tutela jurídica dos acusados. Mas não é só no plano formal que o devido processo legal encontra expressão. Não basta que os trâmites, as formalidades e os procedimentos, previamente explicitados em lei, sejam observados pelo julgador. É preciso também que, sob o aspecto material, certos princípios se vejam respeitados. Nenhum valor teria para as partes um processo levado a efeito de forma mecânica ou burocrática, sem respeito aos seus direitos fundamentais, sobretudo os que decorrem diretamente da dignidade da pessoa humana, para cujo resguardo a prestação jurisdicional foi instituída. O direito ao contraditório e à ampla defesa fica completamente esvaziado quando o processo judicial se aparta dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade ou do ideal de concretização do justo.Com efeito, uma decisão que atente contra a racionalidade, a realidade factual ou os princípios gerais do direito universalmente reconhecidos, embora correta do ponto de vista procedimental, não se conforma ao devido processo legal substantivo. Prisões provisórias que se projetam no tempo, denúncias baseadas apenas em delações de corréus, vazamentos seletivos de dados processuais, exposição de acusados ao escárnio popular, condenações a penas extravagantes, conduções coercitivas, buscas e apreensões ou detenções espalhafatosas indubitavelmente ofendem o devido processo legal em sua dimensão substantiva, configurando, ademais, inegável retrocesso civilizatório.
Conteúdo Mínimo- Em constante evolução, é preciso ser observado, qualquer quebra leva a anulação do processo.
Contraditório e Ampla defesa; - todo acusado terá o direito de resposta contra a acusação que lhe foi feita, utilizando, para tanto, todos os meios de defesa admitidos em direito.
Igualdade processual; - As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões
Proibição de provas ilícitas; Art.5 LVI da CF, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Publicidade; -Tornar o processo público, exceto: segredo de justiça
Motivação das decisões; - as decisões judiciais devem ser motivadas (deve ser exposto o motivo que levou o juiz a tomar aquela decisão) sob pena de nulidade.
 - Juiz natural; - juiz previamente encarregado, na forma da lei, como competente para o julgamento de determinada lide, o que impede, entre outras coisas, o abuso de poder. Como consequência, não se admite a escolha específica nem a exclusão de um magistrado de determinado caso.  
 - Acesso à justiça- direito a um devido processo, um processo carregado de garantias processuais, um processo equitativo (justo), que termine num prazo mínimo razoável e produza uma decisão eficaz.Com efeito, obviamente que há que se garantir a porta de entrada. O Estado terá que instituir órgãos jurisdicionais e permitir que as pessoas tenham acesso aos mesmos
 - Duração razoável do processo- visa assegurar a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação com vistas à efetividade da prestação jurisdicional. Deve ser aplicado com observação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, assegurando que o processonão se estenda além do prazo razoável e tampouco venha a comprometer a plena defesa e o contraditório.
Todas essas normas (princípios e regras) são concretizações do devido processo legal e compõem o seu conteúdo mínimo.
Formal X Substancial 
Foca na observância das garantias procedimentais fundamentais
 Garantias Formais + Decisão jurídicas substancialmente devidas – Aplicar esses procedimentos visando a Proporcionalidade e Razoabilidade.
Não basta apenas verificar se eu cumprir todas as etapas, mas também é preciso observar se é necessário fazer ajustes de acordo com o caso concreto, ver se não há colisão de princípios.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
É fundamento da Republica Brasileira- Artigo 1. °, III da CF.
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:  III - a dignidade da pessoa humana;
Art.8. do CPC - Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Legalidade- O juiz deve observar a lei
I – Aplicação ao Sistema Jurídico dos fins sociais – exigências do bem comum – referência à Lei de introdução as normas (art. 5. ° - Dec. Lei 4657-42).
II – Resguardar a Dignidade da Pessoa Humana (devido processo legal).
O devido processo legal é o rotulo que se deu a exigência de que um processo confira tratamento digno as pessoas. Dar um tratamento processual digno é garantir o contraditório, a produção de provas, o direito ao recurso, o juiz imparcial, a proibição de prova ilícita, a exigência de motivação, a lealdade processual, a publicidade etc. A dignidade da pessoa humana no processo é o devido processo legal
III – Regra de hermenêutica.
Princípio da Igualdade/Isonomia
Impessoalidade- O juiz deve tratar todos igualmente, mas os desiguais devem ser tratados desigualmente na medida da sua desigualdade.
Quem são os desiguais? Os idosos, órgãos públicos, consumidores, empregados
Artigos 139, I CPC : Art. 139.  O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
O que é igualdade de tratamento? Art.° 7 do NCPC:  É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos (decido se quero fazer ou não) e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus(onde não decido se quero fazer ou não, tanto o autor quanto o réu tem o direito de saber seus ônus), aos deveres( ex: falar a verdade, urbanidade) e à aplicação de sanções processuais(igual para todo mundo), competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Exercício de Direitos; Faculdade Processuais; Meios de Defesa; Ônus processuais; Deveres processuais; Sanções processuais;
I – Imparcialidade do Juiz;
II – Igualdade no Acesso à Justiça:
 A) Acesso propriamente dito; 
B) Redução das dificuldades de acesso (Justiça Gratuita) – (Barreiras Geográficas) – (entraves de comunicação);
III – Paridade de Informações – Acesso Igualitário; 
Tramitação prioritária.
Regras para entes públicos.
Princípio da Imparcialidade do Juiz(Mesma coisa para os promotores e procuradores)
O juiz deve ser impessoal ao julgar a causa
I)Vitaliciedade- O juiz pode ser juiz “para sempre” obedecendo prazo anterior. Toda vez que um juiz atinge dois anos de efetivo exercício no cargo, e passa pelo estágio probatório, ele se torna vitalício e, com isso, só poderá ser afastado do cargo por uma sentença transitada em julgado. Isso se dá pelo fato de ser o juiz uma das poucas pessoas que tem condições de enfrentar e afastar os que exercem mal alguma função pública. Se houver alguma pessoa poderosa que está abusando deste poder, é o juiz quem pode impedir esse malfeitor. 
II) Não será modificado o seu lugar de trabalho
III) Não se pode diminuir o salário do juiz por uma decisão, ou seja, ameaçar o juiz de diminuição do seu subsidio por causa de alguma decisão.
*Não confundir neutralidade com impessoalidade
A imparcialidade, como consequência direta do princípio do juiz natural se revela como a exigência de o julgador não se comprometer com uma das partes. Já a neutralidade, conduz o magistrado ao comportamento comprometido, posto que, ao ignorar as nuanças do caso concreto e, os seus aspectos subjetivos, acaba por afetar a sua decisão.
Princípio do Contraditório 
É impossível existir processo sem contraditório 
É preciso ouvir as duas partes
Artigo 5. LV : aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes
-Garantia constitucional;
-Mão dupla – Autor e Réu;
O juiz não pode decidir sem ouvir as partes, mesmo em oficio, tudo isso para evitar decisões surpresas.
Art. 9. ° CPC - Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Princípio do contraditório em si-Decisões definitivas
Contra X A favor	não precisa ouvir antes por estar sendo beneficiado
Quando a decisão for contra, preciso ouvir antes
Decisão improcedente –Não proceder, de não ser devido.
Parágrafo único – Exceções* – Não precisa ouvir se a decisão for provisória. Rol não exaustivo – Liminar das possessórias.
Antes X Depois
Tutela de Urgência, o direito ao contraditório diferido será exercido em outro momento, de acordo com o parágrafo único.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
 Descumprimento gera nulidade por ofensa ao contraditório.
Vedação a provas ilícitas
Art. 5. LVI da CF –  são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
EX: a) Confissão obtida sob tortura;
 b) obtenção de prova documental mediante furto 
c) Revistas íntimas, sem observância da preservação da intimidade e dignidade do empregado. 
d) Quebra de sigilo telefônico, sem autorização judicial
Art. 369 CPC - As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz
Princípio da Motivação ou Fundamentação das Decisões
-Artigo 93, IX da CF: Compatibilidade com a Constituição Federal
“Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”;
Todas as decisões precisam ser motivadas/fundamentadas- explicar os motivos pelos quais o juiz tomou aquela decisão.
É necessário publicar as decisões no Diario Oficial, para que todos(as partes e etc.)possam ter acesso.
 
As decisões devem ser fundamentadas e publicadas, sob pena de nulidade
Art. 8. CPC Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
Art. 11. CPC Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Processo Penal, também se utiliza desse princípio.
 
Elementos da decisão judicial
Todos os elementos se encontram neste artigo, elementos que diz respeito a falta deles no processo tornará o processo nulo.
Art. 489. NCPC ... PARAG. 1 –  Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
Dizer a mesma coisa que o artigo, com as mesmas palavras ou parafraseando o mesmo.
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (Tempo razoável – bem comum – interesse público...)
Decisões que dizem assim por exemplo: Defiro com base no bem comum, mas o que é o bem comum?
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (presentes dos fundamentos legais, conforme provas produzidas, indefiro por falta de amparo legal) – “vestidinho preto”
Ex: Deixo de dar liminar por falta de requisitos legais, OK, mas quais são esses requisitos? O juiz precisa dizer, essa situação entra no famoso vestidinho preto.
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
Esse ponto, é o que dá mais problema com os juízes, pois exige do juiz que ele enfrente todos os argumentos das “partes” para que aquilo não interfira na sua decisão, ou seja, exige uma análise se aquilo que a parte trouxe para ele pode mudar a decisão. Ex: Insalubridade, a parte (defesa) trouxe, uso de EPI, ele vai analisar se estava sendo utilizado, se eram bons ruins, etc. e a parte traz que o trabalho era realizado à noite, isso não é relevante porque independente do horário o trabalho era o mesmo.
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
Irmão gêmeo do inciso primeiro, não se pode julgar com base em sumulas, sem uma fundamentação
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Cuidado! Sumula vinculante do STF( Precedente obrigatório judicial), não se pode julgar o processo sem analisar a sumula para aplica-la, ou ele aplica ou não, caso não aplique ele o faz com base em dois argumentos: A distinção quando as situações são diferentes ou a superação, que ocorre quando aquele entendimento foi modificado por um mais moderno.
Princípio do Juiz Natural
Artigo 5.º LIII
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Todo mundo que tem um processo, tem direito a saber por quem será julgado, saber do juízo, porque os juízes são sorteados. Ex: vara civil, penal, etc. com isso você tem a garantia que quem vai te julgar tem jurisdição para isso, ou seja, está habilitado a julgar aquela matéria.
Garantia de julgamento por juiz investido de função jurisdicional;
Afasta o julgamento por outros órgãos;
XXXVII – Não haverá Juízo ou Tribunal de exceção.
Impede a criação dos tribunais de exceção.
Princípio do Promotor Natural
Da mesma forma que a do juiz natural, ou seja, não é só para quem julga, mas também para quem processa. Onde será processado no Ministério Público ao qual corresponde o seu processo.
- Artigo 5.º LIII
artigo 127 e 129, I - CF
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
- Garantia de que a parte será processada por autoridade competente; 
- Previamente estabelecida pela lei; 
Princípio do duplo grau de jurisdição
Todas as decisões em regra, poderão ser revistas por outro órgão jurisdicional, esse órgão é hierarquicamente superior (tribunal) a vara e geralmente colegiado, julgado por desembargadores ou juízes, que são mais velhos, por exemplo, que pertencem a uma vara superior.
Exceções: Nem sempre será um órgão superior e colegiado, também pode ser juízo singular e no mesmo nível
Não tem duplo grau para aqueles casos que já se iniciam no STF 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Para os entes públicos, existe duplo grau de jurisdição sempre, a sumula 303 trouxe as seguintes situações: Processo contra a união abaixo de 1000 salários mínimos não precisa recorrer, Estado- abaixo de 500 salários mínimos, Município abaixo de 100 salários mínimos não há necessidade de recorrer.
Art 2º da Lei 5884/70 Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional.
§ 2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
Processo com valor abaixo de 2 salários mínimos, não poderá recorrer da decisão.
Princípio da Duração Razoável do Processo
Art. 4.° CPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. (Art. 139, II CPC)- Regra similar mais explicativa em relação a CF
Art. 5.° - (CF) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
O juiz e as partes devem buscar pela solução do mérito em tempo rápido, entregar a decisão na pratica 
Razoável Duração + Solução Integral + Atividade Satisfativa.
Primazia da decisão de mérito 
Direito à solução integral do Mérito.
Deixa claro de forma objetiva que a solução de MÉRITO é prioritária em relação à decisões terminativas.
“Só nãojulga o mérito, se não houver jeito...” (FD) 
Ex: Inadmissibilidade de Recurso – somente após a intimação para correção do vício.
Não pode indeferir a petição inicial, sem antes dar oportunidade para o autor emendar.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único.  Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial
Deveres do Juiz.
Art. 139.  O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I – (...)
II - velar pela duração razoável do processo;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
Art. 76 CPC;
Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido.
Art. 282 § 2.° CPC;
 Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados
§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
Art. 317, 321, 485, § 7.° CPC; 
Art. 317.  Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
Art. 321.  O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando: § 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se
Princípio da Eficiência 
Máximo de resultado com o mínimo de recursos.
Buscar o máximo de resultados com o mínimo de recursos (custos e pessoas envolvidas)
EFICIÊNCIA X EFETIVIDADE	 O processo entregou o resultado? Sim, porem gastou muitos recursos, então foi um processo efetivo, mas não foi eficiente
 Eficiente, mas não efetivo, é atuação que promove os fins do processo de modo satisfatório em termos quantitativos, qualitativos e probabilísticos 
Gerenciar o processo observando a eficiência:
A) Obter o máximo de uma finalidade com o mínimo de recursos;
B) Atingir a finalidade da melhor forma possível = MAIS COMPLETA;
C) Relação íntima com o princípio da Economia Processual;
D) Interfere na interpretação das leis processuais; 
E) Adotar adequações atípicas no processo. Ex: Reunião de processos mesmo que não sejam conexos – perícia única – conexão probatória.
Eficiência x Efetividade
Eficiência – Gestão – Recursos humanos / Financeiros;
Efetividade – Resultado.
Pode ter sido efetivo sem ser eficiente – demorou de demais e foi caro.
Não pode ser eficiente, sem ser efetivo, pois não entrega o resultado.
Princípio da Economia Processual
 
 Aproveitar ao máximo os atos praticados.
 - Art. 938 CPC - § 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes.
Obter da prestação jurisdicional o máximo de resultado com o mínimo de atos e tempo, evitando desperdício de tempo e dinheiro para os jurisdicionados.
Princípio da Adequação
Processo devido é processo adequado – Subjetivo – Objetivo e Teleológico.
O processo deve se adaptar ao tipo de adequação que está sendo discutida, pode ser subjetiva, objetiva e teleológica.
Subjetiva- O sujeito do processo reclama uma situação diferenciada
Objetiva- Direito material especifico que reclama um tratamento diferenciado
Teleológica- Finalidade: Fase de conhecimento- verificar se o direito existe realmente (contraditório, prova)
Fase de satisfação- Cognição mais restrita, bens para pagar isso e quais são os valores.
03 Dimensões:
Legislativa – Produção legislativa das normas processuais (prévia e em abstrato);
Jurisdicional – Adaptação de normas pelo Juiz ao aso concreto;
Negocial – As próprias partes ajustando e elastecendo as normas processuais.
Princípio da Cooperação/Colaboração (FD)
Todos têm que atuar em cooperação para poder atingir o mérito do processo.
As partes também precisam cooperar com o juiz
O juiz tem que sair de trás das togas e ir em frente.
 O juiz tem o dever de:
 
CONSULTAR: Evitar a surpresa – ouvir as partes antes de decidir matérias não suscitadas.
PREVINIR: Apontar as falhas processuais – os defeitos – INDICANDO como deve ser corrigido. (Art 77, §1.°, 321, 772, II CPC)
ESCLARECIMENTO: Proferir decisões claras. Solicitar esclarecimento da parte quando não entender a postulação. Não pode indeferir, por não entender o requerimento. 
AUXÍLIO: Apontar às partes na remoção de obstáculos processuais.
Cooperação em três modelos de processo:
Modelo Publicista:
 Juiz no centro pode decidir a despeito das partes.
Modelo Colaborativo:
 - Uma Comunidade de trabalho na qual vigore a lealdade e o equilíbrio entre os sujeitos do processo, incluindo o Juiz.
Modelo Adversarial:
 Liberal – Assume a forma de competição ou disputa, desenvolvendo-se como um conflito entre dois adversários diante de um órgão jurisdicional relativamente passivo, cuja principal função é decidir o caso. As partes no centro da condução do processo.
Princípio do Dispositivo ou da Demanda 
A jurisdição é inerte, fica à disposição do cidadão, não inicia o processo, para que se inicie é necessário ser provocada pelas partes.
Artigo 2.º NCPC;
O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
EXECEÇÕES: ARTIGO 39 da CLT - DRT -> RT
Verificando-se que as alterações feitas pelo reclamado versam sobre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.
Não foi a parte que iniciou e sim o terceiro. Obs: o professor não entende como exceção por não ter sido iniciado pela jurisdição.
Artigo 878 CLT – execução de ofício pelo juiz;
         A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior.
        Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho.
 
 Processo de execução é uma fase do processo de conhecimento, hoje não faz mais sentido por esse mesmo motivo.
Princípio do Inquisitivo (impulso oficial)
Está no mesmo artigo em sua parte final.
A partir do momento que a parte provoca o judiciário, cabe ao juiz dáo impulso oficial que significa tomar todas as providencias para que o processo chegue até a sua decisão de mérito.
ART 485, II e III CPC;
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
- Uma vez ajuizado o processo pelas partes, cabe ao juiz conduzir o processo (prestar a jurisdição) de acordo com o que a lei determina.
 
artigo 765 CLT – coadunado com a razoável duração do processo.
      
  Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Princípio da Instrumentalidade ou da Finalidade das formas
Enxergar o processo como instrumento de efetivação do direito material.
Quebra de barreiras para que se alcance a pacificação social.
Quando a lei prescrever ao ato determinada forma, sem consignar nulidade, o juiz considerará valido o ato se realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
Artigo 188 CPC
Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.
Artigo 277 CPC
Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.
Princípio da Preclusão
Decorre do princípio dispositivo;
 Processo é para “andar para frente” - sem retorno a etapas processuais já ultrapassadas;
 Perca da oportunidade de praticar o ato processual (defesa, apresentação de provas etc.)
As partes tem alguns deveres a cumprir, caso perca o prazo não se poderá mais cumprir.
art. 278 CPC
 A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.
Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.
Art. 507 CPC – vincula inclusive o juiz;
 É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito se operou a preclusão.
Art 795 CLT
    As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.
Tipos de preclusão 
Temporal – perda do prazo legal para praticar um ato;
Consumativa – a prática do ato processual encerra aquela etapa;
Lógica – incompatibilidade – Recorrer de sentença procedente – Liquidação Voluntária x Recurso; ex: fazer um acordo e recorrer do mesmo.
Ato antecedente tem que ter logica com o próximo ato.
Pro Judicato – vedado ao juiz conhecer de questões já decididas salvo ED e AR – 836 CLT
    Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória....
Princípio da Oralidade
As partes devem ter contato direto com o juiz, praticando oralmente os atos processuais na audiência.
Debates e decisões orais, posteriormente registradas em ata.
Por isso temos como melhor método o de Habermas.
Boa fé objetiva-Lealdade processual
Art. 5. ° Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé.
Toda vez que ficar comprovado o dolo, pode ser dito que houve litigância de má fé.
É também entendido como má-fé todo ato de abuso de direito.
Comportamentos contraditórios- dizer uma coisa e ser outra.
Proibição do “venire contra factum proprium”
Ex: O executado que oferece um bem a penhora e depois alega ser impenhorável. 
 Tem haver com o princípio da cooperação (deveres de cooperação)
Função Hermenêutica – Os atos postulatórios e decisórios devem ser interpretados com base na boa fé.
Quem não anda na linha o que acontece?
Art. 79.  Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
O que é litigância de má- fé ?
Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
 II - alterar a verdade dos fatos;
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
VI - provocar incidente manifestamente infundado;
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Qual será a pena?
Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

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