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UNIDADE 3 DRENAGEM LINFÁTICA
Em 1932 o biólogo dinarmaquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder (massagista), desenvolveram a drenagem linfática. A técnica baseou-se na longa experiência de Emil Vodder e sua esposa com técnicas de massagens. Eles observaram que muitas pessoas apresentavam quadros gripais crônicos nos quais se detectava um aumento dos linfonodos na região cervical. Obtiveram melhora desses quadros com estimulação física (massagem) realizado na região envolvida. A partir dessas observações, desenvolveu-se a técnica de drenagem linfática manual, com a sistematização de alguns tipos de movimentos e da orientação do sentido de drenagem.
HISTÓRIA
Em 1936, a técnica foi publicada em Paris. A partir dessa divulgação, ganhou vários adeptos, se tornando um dos principais tratamentos para linfedema;
Em 1963 o medico Asdonk se destaca com vários trabalhos publicados, dando também várias contribuições ao procedimento;
Em 1967 é criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual, e a partir de 1976 e incorporada a Sociedade Alemã de Linfologia;
Grupos que utilizam a técnica estão: Földi, Leduc, Casley-Smith, Nieto, Ciucci, Beltramino, Mayall e outros. Os grupos acrescentaram suas contribuições individuais, mantendo os princípios preconizados por Vodder;
HISTÓRIA
Década de 60 Albert Leduc aprimorou a técnica de Voldder e difundiu para inúmeros países.
HISTÓRIA
Massagem suave, ritmada que tem como objetivo auxiliar o fluxo da linfa, desintoxicando o organismo, ajudando na eliminação dos detritos, além de ativar o sistema imunológico.
DEFINIÇÃO
Estimular a contração muscular dos vasos linfáticos;
 Velocidade da linfa e volume dentro dos vasos;
 Absorção da linfa pelos capilares linfáticos;
 Condições de absorção intestinal;
OBJETIVOS
 Atuação do sistema nervoso vegetativo;
Favorecer a nutrição celular;
Favorecer a eliminação dos produtos finais do metabolismo;
 Quantidade de líquidos a serem eliminados;
OBJETIVOS
Formação da Linfa:
 A água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz do capilar arterial, chega ao meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquidos os elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial é, pelo jogo sutil das pressões, retomado pela rede de capilares venosos.
 O equilíbrio se estabelece entre a filtragem e a reabsorção (equilíbrio de Starling).
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Pressão Hidrostática (+);
Pressão Oncótica (-);
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
 A pressão hidrostática, é a pressão exercida pela presença física do líquido, de sangue, e se encontra maior na luz do vaso.
 Se houvesse apenas a presença da pressão hidrostática, haveria um grande edema contínuo, com perda constante de líquido para o interstício. Curiosamente, à medida que há extravasamento de líquido (plasma) de dentro do vaso, as proteínas do sangue aumentam, proporcionalmente. As proteínas exercem uma força, a pressão oncótica, que é a força de atração de água exercida pelas proteínas. Na medida em que o sangue chega à porção arteriolar do capilar, a pressão hidrostática do vaso é superior à pressão oncótica, de forma que contribui para o extravasamento de líquido para o interstício.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
 Quando se caminha para o lado venoso do capilar, a pressão hidrostática diminui muito, pois boa parte do líquido já saiu, e a oncótica aumenta muito.
 Um pequeno acúmulo, feito ao longo do tempo, é reabsorvido pelos vasos linfáticos, que são como dedos de luva, com ponta cega, que mergulham no interstício, possuem válvulas e têm capacidade de drenagem muito grande, possuindo grandes poros nos endotélios; absorvem não somente líquido, mas também restos celulares, proteínas e solutos que existem no interstício. Portanto, o conteúdo dos vasos linfáticos não é plasmático, mas leitoso, rico em solutos proteicos e lipídicos.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Capilares Linfáticos:
 A rede de reabsorção é construída pelos capilares linfática que coletam o líquido da filtragem carregado de dejetos do metabolismo celular. Os capilares ou linfáticos iniciais não são valvulados.
 A progressão da linfa no nível dos capilares é facilitada por pressões exercidas pelas contrações dos músculos vizinhos e pela pulsação arterial. As mobilizações de diversos planos tissulares entre si, durante movimentos do corpo, favorecem a progressão da corrente linfática.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Pré-Coletores:
 Os vasos linfáticos pré-coletores recebem a linfa coletada pelos capilares para levá-la à rede dos coletores. Os PC são valvulados, eles desembocam nos coletores, onde uma válvula impede qualquer possibilidade de refluxo.
 Os pré-coletores tem em suas paredes equipadas com células musculares que se contraem.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Coletores:
 Os coletores recebem a linfa para levá-la até os gânglios. Estes canais constituem vias importantes de evacuação: desembocam nas cadeias gangliomares e deixam o gânglio em menor numero.
 Os coletores são equipados com musculatura própria que submete os vasos a contrações, enviando a linfa pouco a pouco em direção a uma desembocadura terminal.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Canal Torácico:
 Localiza-se no tórax, numa posição retro aórtica. É a via final de evacuação da linfa proveniente dos membros inferiores e dos órgãos alojados no abdômen e no tórax.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Gânglios Linfáticos:
 Muitos vasos aferentes transportam a linfa, que encontra duas possibilidades de circulação; uma via rápida, que chega diretamente aos vasos eferentes e uma via lenta, através da qual a linfa vai estagnar no gânglio. A corrente linfática é ai reduzida, o que permite a sedimentação dos elementos que serão abordados pelo sistema de autodefesa do organismo.
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
Órgãos Linfáticos:
Medula Óssea: Glóbulos Brancos e vermelhos;
Timo: Resposta de Defesa Imunitária;
Baço: Produção de Linfócitos;
Amígdalas: Resposta de Defesa Imunitária; 
Nódulos Linfáticos
PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
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PRINCÍPIOS DA MECÂNICA DOS FLUIDOS
O edema é resultado do desequilíbrio verificado entre o aporte de líquidos retirado dos capilares sanguíneos pela filtragem e drenagem deste líquido.
O estado fisiológico, é atingido quando as vias de drenagem são suficientes para evacuar o líquido trazido pela filtragem. Ocorre constante renovação do líquido intersticial na qual as células do corpo podem retirar os elementos necessários ao seu metabolismo.
EDEMA
Quando ocorre o desequilíbrio da filtragem, os tecidos se enchem de líquidos, a pressão intratecidual aumenta e a pele se distende. O tecido incha e ocorre o edema.
EDEMA
O edema ligado ao excesso de aporte de liquido é de origem vascular.
 Clinicamente apresenta o sinal de godet, que é uma pressão aplicada com o dedo, que deprime o local do edema, após a retirada do dedo a depressão persiste.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS EDEMAS
Outro tipo de edema surge quando a rede de evacuação é insuficiente, enquanto o aporte por filtragem é normal. O edema se instala, se organiza e se torna fibroso.
 Ele não apresenta sinal de godt.
Há 2 formas típicas de edemas: Um de origem vascular e outro de origem linfática.
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS EDEMAS
EXSUDATO:
Líquido acumulado no interstício, rico em células e em proteínas; 
Processos inflamatórios;
Alterações da permeabilidade da parede vascular; 
Obstrução linfática;
TRANSUDATO:
Líquido acumulado no interstício pobre em células e em proteínas;
Aumento da pressão hidrostática;
Diminuição da pressão oncótica intravascular;
CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS EDEMAS
Edema de Origem Vascular:
 Pressão Hidrostática: Ocorre aumento do aporte líquido devido o aumento da pressão hidrostática (PH).
 A PHaumenta nas veias ao se assumir a posição ortostática. O paciente ao acordar constata que o edema desapareceu. Assim que se coloca em pé, a pressão hidrostática aumenta, a filtragem aumenta e o edema de origem vascular se reinstala rapidamente.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Vascular:
 Varizes: são um importante obstáculo na circulação venosa. As válvulas dispostas sobre o trajeto venoso facilitam a circulação de retorno e impedindo o refluxo (condição fisiológica).
 As varizes são dilatações dos vasos, podendo levar ao refluxo. A estase do sangue não oxigenado resultante torna a parede da veia mais permeável. As proteínas sanguíneas atravessam as paredes mais permeáveis e se acumulam no interstício. Se a rede linfática não impedir a chegada súbita desses elementos dos vasos pode ocorrer um edema.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Vascular:
 Flebites: A pressão venosa se choca contra o obstáculo, o sangue reflui no vaso e aumenta a pressão hidrostática local. O vaso se dilata, as válvulas perdem sua capacidade de estancar e a permeabilidade vascular aumenta.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Vascular:
 Insuficiência Cardíaca: Ocorre o aumento da pressão venosa por insuficiência das câmeras cardíacas direita. A pressão aumenta nos grandes troncos venosos, enfraquecendo a corrente de retorno. A pressão excessiva torna difícil o retorno da linfa à corrente venosa.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
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Edema de Origem Vascular:
 Pressão Oncótica: A pressão oncótica está ligada à presença de proteínas. As proteínas sanguíneas se opõem à filtragem, retendo a água na luz do capilar. Quando a diminuição das proteínas circulantes terá como consequência a diminuição da pressão oncótica que se opõe à filtragem.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Vascular:
 Alteração da parede vascular: A alteração da membrana vascular, leva ao aumento da permeabilidade. 
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Linfática:
 Ocorre uma patologia linfática, levando ao defeito a drenagem. O que leva ao linfedema.
 Agenesia ou hipoplasia: De origem hereditária ou adquirida. O edema pode parecer, tardiamente. Um trauma ou uma picada de inseto, pode ser suficiente para desencadear a produção de edema, o que pode se revelar irreversível sem um tratamento específico.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Edema de Origem Linfática:
 Incontinência Valvular: Causa estase ou refluxo, pode ser congênito ou adquirida.
 Obstrução Linfática: Pode ser de origem infecciosa, neoplásica, pós-cirúrgico, pós irradiações ao raio X, etc. A obstrução linfática representa uma barreira à evacuação normal da linfa.
FATORES QUE INFLUENCIAM O EDEMA
Ortostática;
Deitado;
Deitado com Elevação do membro;
POSTURA QUE INFLUENCIAM O COMPORTAMENTO DO EDEMA
Edemas e linfedemas;
Fibro edema gelóide;
Retenção hídrica;
Envelhecimento cutâneo;
Tratamento pré e pós cirurgia plástica;
Síndrome pré-menstrual;
Pós traumatismo;
INDICAÇÃO
Processos infecciosos;
Neoplasias;
Trombose venosa profunda;
Erisipela;
História de hipotensão arterial;
Asma brônquica de evolução grave;
CONTRA INDICAÇÃO
Pode haver complicação quando a drenagem linfática é aplicada em pessoas que apresentam alguma das contra-indicações. Nestes casos o paciente pode apresentar agravamento do problema, retardo ou ausência da recuperação e/ou aparecimento de outras lesões. Como o sistema linfático auxilia o sistema circulatório no transporte de restos do metabolismo ele pode disseminar uma infecção por todo o organismo. 
COMPLICAÇÕES
Óleos;
Cremes redutores de medidas;
Macas;
Triangulo;
Fita Métrica;
Ataduras Elásticas;
Ataduras de Crepom;
Toalha ou Lençou;
RECURSOS INSTRUMENTAIS
Dois processos diferentes contribuem para a evacuação desses líquidos intersticiais:
 Primeiro é a Capitação é realizada pela rede de capilares linfáticos;
 Segunda é a Evacuação, longe da região infiltrada;
APLICAÇÕES
MANOBRAS ESPECÍFICAS DE DRENAGEM
Círculos com os dedos (sem polegar):
 São movimentos circulares concêntricos efetuados deprimindo levemente a pele e deslocando-se ao plano profundo. A pele arrasta os tecidos moles subjacentes através de um estiramento suave, prolongado e ritmado.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
MANOBRAS ESPECÍFICAS DE DRENAGEM
Círculos com o polegar:
 As pressões crescentes e decrescentes são orientadas no sentido da drenagem local. Os movimentos circulares em torno do pivô metacarpo falangeanos são combinados com a rotação axial do polegar.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
MANOBRAS ESPECÍFICAS DE DRENAGEM
Movimento combinado:
 É a associação dos círculos com dedos e dos círculos com polegar. Enquanto os dedos fazem o movimento circular, o polegar realiza o movimento circular no sentido oposto ou no mesmo sentido dos dedos.
Obs: Deve-se evitar pinçar a pele.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
MANOBRAS ESPECÍFICAS DE DRENAGEM
Pressões em Bracelete:
 A zona a ser tratada pode ser envolvida com uma ou duas mãos. As mãos envolve o segmento a ser tratado e as pressões são intermitentes, ou seja, a cada fase de pressão sucede uma fase de relaxamento.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
MANOBRAS ESPECÍFICAS DE DRENAGEM
Drenagem manual nos gânglios linfáticos:
 A técnica é realizada com a mesma suavidade e prudência das vias linfáticas. A mão entra em contato com a pele por meio do indicador. Faz uma depressão e estira-a no sentido proximal.
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS SUPERIORES:
Pac em DD, com o membro superior em abdução e em posição de declive.
Comece a drenar os gânglios axilar.
Em seguida divida o braço em 3 porções, comece a fazer a manobra de bracelete na parte mas proximal, depois a medial e por fim a distal.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS SUPERIORES:
Em seguida drene o gânglio supra epitrocleares, com movimentos lento e suaves com as pontas dos dedos.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS SUPERIORES:
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS SUPERIORES:
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS SUPERIORES:
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS INFERIORES:
Paciente em decúbito dorsal, com o membro inferior discretamente elevado.
A DLM no MI inicia-se pela drenagem dos gânglios inguinais. Com uma ou ambas as mãos pressionam a linfa em direção às cadeias ilíacas profundas.
Em seguida, será feita a manobra de bracelete.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS INFERIORES:
Deve-se dividir a coxa em 3 partes, e drenar a parte mas proximal, depois medial e por fim a distal.
Depois iremos drenar os gânglios poplíteos, e dividir a perna em 3 parte, fazemos o procedimento igual a da coxa.
Depois se faz um movimento circular envolta dos maléolos. E direciono a linfa ate o gânglio inguinal.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS INFERIORES:
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NOS MEMBROS INFERIORES:
APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NO TÓRAX E NAS MAMAS
O paciente esta em DD com os braços em leve abdução.
A DLM começa com a drenagem dos troncos linfáticos. Em seguida, é realizada a drenagem dos gânglios axilares.
Direciona a linfa para estes gânglios.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NO TÓRAX E NAS MAMAS
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NO TÓRAX E NAS MAMAS
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NA PAREDE DO ABDOMEM
O paciente em DD.
A DLM começa com a drenagem dos gânglios inguinais. A pressão, suave e prolongada, é orientada em direção à profundidade das cadeias ilíacas.
Pode fazer a manobra de circulo com os dedos ou círculos com os polegares.
APLICAÇÕES
DRENAGEM LINFÁTICA NA PAREDE DO ABDOMEM
APLICAÇÕES

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