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Apostila Direitos Humanos Bruno Pontes

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redejuris.com 
 
APOSTILA DE DIREITOS HUMANOS 
PROF. BRUNO PONTES 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. Conceito e considerações preliminares.
2. Concepções ................................
3. Características ................................
4. Natureza e classificação ................................
5. Evolução dos direitos humanos
6. Princípio da máxima efetividade (eficiência ou interpretação efetiva)
7. Teorias monista e dualista ................................
8. Sistemas normativos global, regional, geral e específico de proteção dos direitos humanos
9. O sistema interamericano de proteção dos direit
10. Direitos Humanos das minorias
11. A Constituição de 1988 e os direitos humanos
12. Principais documentos históricos sobre direitos humanos:
Questões de concursos ................................
12) DPE/BA 2010 - CESPE - Defensor Público 
13. Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH)
14. Comissão Nacional da Verdade
15. Tribunal Penal Internacional
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
redejuris.com 
Conceito e considerações preliminares. ................................................................
................................................................................................................................
................................................................................................................................
................................................................................................
Evolução dos direitos humanos................................................................................................
Princípio da máxima efetividade (eficiência ou interpretação efetiva) ................................
................................................................................................
ivos global, regional, geral e específico de proteção dos direitos humanos
O sistema interamericano de proteção dos direitos humanos ................................
Direitos Humanos das minorias ................................................................................................
A Constituição de 1988 e os direitos humanos ................................................................
Principais documentos históricos sobre direitos humanos: ................................
................................................................................................
Defensor Público - Classe inicial ................................
Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) ................................................................
Comissão Nacional da Verdade ................................................................................................
Tribunal Penal Internacional ................................................................................................
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
2 
 
.................................................................... 3 
................................................ 4 
............................................ 4 
............................................................. 8 
................................................ 11 
................................................... 16 
........................................................ 16 
ivos global, regional, geral e específico de proteção dos direitos humanos ............ 19 
................................................................ 23 
........................................... 35 
.................................................... 39 
................................................................ 53 
.......................................................... 116 
................................................................. 116 
............................................. 164 
.......................................... 178 
.............................................. 180 
 
 
 
 
 
 
 
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo da apostila, sem autorização do autor
DIREITOS HUMANOS 
1. Conceito e consideraç
Apesar de direitos humanos ainda estar em formação
de direitos humanos, um amplo e outro estrito. O amplo está relacionado com a figura humana e 
que tem conexão com o direito natural (vida, liberdade 
sentido estrito vai além, porque não basta se correlacionar com o direito natural, 
necessidade de estar positivado em tratados e convenções internacionais. Por outro lado, se 
forem incorporados no ordenamen
chamados de direitos fundamentais
Assim, direitos humanos são aqueles que surgem em função da figura humana, conexos 
aos direitos naturais e positivados em tratados ou convenções internacionais
dignidade da pessoa humana3
O núcleo do conceito de Direitos Humanos está na dignidade da pessoa humana, que 
expressa um sistema de valores e orienta toda a ordem jurídica. A expressão “direitos humanos” é 
moderna, mas o princípio invocado
fundamentais na medida em que, sem eles, a pessoa humana não consegue existir, se desenvolver 
e participar da vida em sociedade.
 
 
1
 É comum a afirmação que o conceito de direitos humanos é, a um só tempo, 
único, mesmo diante do consenso estabelecido na Conven
polêmicos sobre a extensão, até em face da mutação constante do direito internacional e do desenvolvimento do 
tema) e estruturante (porque avança sobre as bases lógicas, naturais e fundamentais do ser 
2
 Veja que a Constituição de 1988 fala em Direitos e Garantias Fundamentais no Título II, referentes àqueles 
reconhecidos na CF/88, e como princípio das relações internacionais, coloca a prevalência dos “direitos humanos”, 
justamente em referência àqueles universalmente aceitos, indicando a necessidade da nossa República incorporá
3
 É comum diferenciar direitos fundamentais, direitos humanos e direitos de personalidade/naturais. Os direitos 
naturais decorreriam da razão e seriam v
em toda parte a partir de determinado momento; os direitos fundamentais valeriam em um determinado momento, 
porém em determinados locais. 
 
 
redejuris.com 
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo da apostila, sem autorização do autor
Lei 9610/98. 
 
Conceito e considerações preliminares. 
Apesar de direitos humanos ainda estar em formação1, existem basicamente dois conceitos 
de direitos humanos, um amplo e outro estrito. O amplo está relacionado com a figura humana e 
que tem conexão com o direito natural (vida, liberdade e justiça – dar a cada um o que é seu). O 
sentido estrito vai além, porque não basta se correlacionar com o direito natural, 
estar positivado em tratados e convenções internacionais. Por outro lado, se 
forem incorporados no ordenamento jurídico interno de determinado país, passam a ser 
direitos fundamentais2. 
Assim, direitos humanos são aqueles que surgem em função da figura humana, conexos 
aos direitos naturais e positivados em tratados ou convenções internacionais
3. 
O núcleo do conceito de Direitos Humanos está na dignidade da pessoa humana, que 
expressa um sistema de valores e orienta toda a ordem jurídica. A expressão “direitos humanos” é 
moderna, mas o princípio invocado é antigo como a própria humanidade, porque são 
fundamentais na medida em que, sem eles, a pessoa humana não consegue existir, se desenvolver 
e participar da vida em sociedade. 
 
É comum a afirmação que o conceito de direitos humanos é, a um só tempo, polissêmico
único, mesmo diante do consenso estabelecido na Convenção de Viena), controverso (porque sempre gera debatespolêmicos sobre a extensão, até em face da mutação constante do direito internacional e do desenvolvimento do 
(porque avança sobre as bases lógicas, naturais e fundamentais do ser 
Veja que a Constituição de 1988 fala em Direitos e Garantias Fundamentais no Título II, referentes àqueles 
reconhecidos na CF/88, e como princípio das relações internacionais, coloca a prevalência dos “direitos humanos”, 
em referência àqueles universalmente aceitos, indicando a necessidade da nossa República incorporá
É comum diferenciar direitos fundamentais, direitos humanos e direitos de personalidade/naturais. Os direitos 
naturais decorreriam da razão e seriam válidos em todos os momentos e locais; os direitos humanos seriam válidos 
em toda parte a partir de determinado momento; os direitos fundamentais valeriam em um determinado momento, 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
3 
Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo da apostila, sem autorização do autor 
xistem basicamente dois conceitos 
de direitos humanos, um amplo e outro estrito. O amplo está relacionado com a figura humana e 
dar a cada um o que é seu). O 
sentido estrito vai além, porque não basta se correlacionar com o direito natural, havendo 
estar positivado em tratados e convenções internacionais. Por outro lado, se 
to jurídico interno de determinado país, passam a ser 
Assim, direitos humanos são aqueles que surgem em função da figura humana, conexos 
aos direitos naturais e positivados em tratados ou convenções internacionais, que visam efetivar a 
O núcleo do conceito de Direitos Humanos está na dignidade da pessoa humana, que 
expressa um sistema de valores e orienta toda a ordem jurídica. A expressão “direitos humanos” é 
é antigo como a própria humanidade, porque são 
fundamentais na medida em que, sem eles, a pessoa humana não consegue existir, se desenvolver 
polissêmico (porque não há um sentido 
(porque sempre gera debates 
polêmicos sobre a extensão, até em face da mutação constante do direito internacional e do desenvolvimento do 
(porque avança sobre as bases lógicas, naturais e fundamentais do ser humano enquanto tal). 
Veja que a Constituição de 1988 fala em Direitos e Garantias Fundamentais no Título II, referentes àqueles 
reconhecidos na CF/88, e como princípio das relações internacionais, coloca a prevalência dos “direitos humanos”, 
em referência àqueles universalmente aceitos, indicando a necessidade da nossa República incorporá-los. 
É comum diferenciar direitos fundamentais, direitos humanos e direitos de personalidade/naturais. Os direitos 
álidos em todos os momentos e locais; os direitos humanos seriam válidos 
em toda parte a partir de determinado momento; os direitos fundamentais valeriam em um determinado momento, 
 
 
 
 
 
 
2. Concepções 
Para a concepção jusnaturalista
direito natural, e existem antes mesmo da estruturação estatal. Não haveria, então, nem mesmo 
necessidade de previsão positiva, porque os 
à natureza humana. Esta concepção, como s
para combater o Estado absolutista e fundamentar revoluções, em especial para modificar o 
“status quo”. 
A concepção positivista
concedidas pela lei, e não pela natureza das coisas. Não havendo previsão no direito positivo, ter
se-á expectativa de direito, e não direito em si.
A concepção idealista
abstratas, que nascem do imaginá
tempo. 
Já para a concepção realista
absorvidos com o tempo de maneira natural. Muito ao contrário, os direitos fundamentais do 
homem são resultados reais das lutas sociais e políticas travadas na história. Para se chegar a eles, 
quase sempre há um rasto de sangue e muita luta por trás. 
A concepção liberal, que trata os direitos humanos como liberdades fundamentais, porque 
a liberdade é que dá força e possibilita modificar, inclusive, a natureza das coisas, porque os seres 
humanos podem, então, se associar, se reunir e lutar. Os direitos humanos estariam vocacionados 
para preservar a autonomia da vida do homem.
A concepção histórico-
de historicidade, porque estes seriam construções históricas marcadas por contradições, 
condições e nuanças da realidade social, política, econômica e cultural.
3. Características 
3.1. Imprescritibilidade. 
Os direitos humanos não prescrevem. Interessante lembrar que na CF/88 a 
imprescritibilidade é a regra, sendo imprescritíveis o racismo e a ação de grupos armados, civis ou 
 
 
redejuris.com 
jusnaturalista, os direitos fundamentais do homem são imperativos do 
direito natural, e existem antes mesmo da estruturação estatal. Não haveria, então, nem mesmo 
necessidade de previsão positiva, porque os direitos não podem ser negados, já que são inerentes 
à natureza humana. Esta concepção, como se vê, está presente no Direito e na Filosofia, e serviu 
para combater o Estado absolutista e fundamentar revoluções, em especial para modificar o 
positivista, pelo contrário, entende que os direitos do homem são faculdades 
das pela lei, e não pela natureza das coisas. Não havendo previsão no direito positivo, ter
á expectativa de direito, e não direito em si. 
idealista, por seu turno, entende que os direitos do homem são ideias 
abstratas, que nascem do imaginário e que vão sendo absorvidas pela realidade ao longo do 
realista, os direitos do homem não nascem do imaginário e nem são 
absorvidos com o tempo de maneira natural. Muito ao contrário, os direitos fundamentais do 
ultados reais das lutas sociais e políticas travadas na história. Para se chegar a eles, 
quase sempre há um rasto de sangue e muita luta por trás. 
, que trata os direitos humanos como liberdades fundamentais, porque 
força e possibilita modificar, inclusive, a natureza das coisas, porque os seres 
humanos podem, então, se associar, se reunir e lutar. Os direitos humanos estariam vocacionados 
ar a autonomia da vida do homem. 
-crítica vincula fortemente os direitos humanos à sua característica 
de historicidade, porque estes seriam construções históricas marcadas por contradições, 
condições e nuanças da realidade social, política, econômica e cultural. 
Os direitos humanos não prescrevem. Interessante lembrar que na CF/88 a 
imprescritibilidade é a regra, sendo imprescritíveis o racismo e a ação de grupos armados, civis ou 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
4 
omem são imperativos do 
direito natural, e existem antes mesmo da estruturação estatal. Não haveria, então, nem mesmo 
direitos não podem ser negados, já que são inerentes 
e vê, está presente no Direito e na Filosofia, e serviu 
para combater o Estado absolutista e fundamentar revoluções, em especial para modificar o 
, pelo contrário, entende que os direitos do homem são faculdades 
das pela lei, e não pela natureza das coisas. Não havendo previsão no direito positivo, ter-
, por seu turno, entende que os direitos do homem são ideias 
rio e que vão sendo absorvidas pela realidade ao longo do 
, os direitos do homem não nascem do imaginário e nem são 
absorvidos com o tempo de maneira natural. Muito ao contrário, os direitos fundamentais do 
ultados reais das lutas sociais e políticas travadas na história. Para se chegar a eles, 
, que trata os direitos humanos como liberdades fundamentais, porque 
força e possibilita modificar, inclusive, a natureza das coisas, porque os seres 
humanos podem, então, se associar, se reunir e lutar. Os direitos humanos estariam vocacionados 
cula fortemente os direitos humanos à sua característica 
de historicidade, porque estes seriam construções históricas marcadas por contradições, 
Os direitos humanos não prescrevem. Interessante lembrar que na CF/88 a 
imprescritibilidade é a regra, sendo imprescritíveis o racismo e a ação de grupos armados, civisou 
 
 
 
 
 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, X
discussão para saber se este rol constitucional de imprescritibilidade é taxativo ou exemplificativo: 
a doutrina majoritária entende que é exemplificativo, possibilitando inclusão de outros crimes 
imprescritíveis, desde que para proteção
(criação do TPI), uma vez que seus arts. 5º e 29 preveem a imprescritibilidade dos crimes de 
genocídio, contra a humanidade, de guerra e agressão 
3.2. Efetividade. 
O reconhecimento não basta. Somente a positivação não significa que os direitos humanos 
estão sendo respeitados, daí porque se exige a real aplicação na prática no território nacional. 
Caso o Estado partícipe não conseguir efetivar os direitos humanos (no caso, 
existem garantias como o “habeas corpus”. A efetividade realça a dimensão objetiva dos direitos 
fundamentais, porque é uma garantia de estabilidade dos mesmos no ordenamento jurídico e 
ainda impõe ao Estado a criação de planejamentos e proce
a sociedade. 
3.3. Irrenunciabilidade. 
Não podem ser abdicados ou negociados, porque fazem parte da própria existência do ser 
humano. Pode deixar de ser exercido, mas seu titular não pode dispor dos mesmos de forma 
definitiva (não se pode exigir que um doente em estado terminal aceite a eutanásia). É costume 
dizer que a irrenunciabilidade não é absoluta, porque em alguns casos é possível renunciar algum 
direito fundamental, como é o caso de renunciar à integridade fís
para parente (vide Lei 9434/97, que trata da doação de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano), ou de fixar cláusula contratual para limitar a liberdade de expressão, para que o 
funcionário não divulgue segredo industrial da
diferentemente da inviolabilidade, visa a proteção do próprio titular do direito fundamental, e não 
está previsto explicitamente na Constituição; a inviolabilidade, por seu turno, está prevista na 
Constituição e protege o indivíduo contra terceiros.
3.4. Inalienabilidade. 
A alienação também está vedada (não são disponíveis como se fosse um patrimônio 
qualquer). 
3.5. Historicidade. 
 
 
redejuris.com 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, X
rol constitucional de imprescritibilidade é taxativo ou exemplificativo: 
a doutrina majoritária entende que é exemplificativo, possibilitando inclusão de outros crimes 
imprescritíveis, desde que para proteção da pessoa humana, como ocorre no Estatuto de Roma 
(criação do TPI), uma vez que seus arts. 5º e 29 preveem a imprescritibilidade dos crimes de 
genocídio, contra a humanidade, de guerra e agressão – este ainda não regulamentado. 
nhecimento não basta. Somente a positivação não significa que os direitos humanos 
estão sendo respeitados, daí porque se exige a real aplicação na prática no território nacional. 
Caso o Estado partícipe não conseguir efetivar os direitos humanos (no caso, 
existem garantias como o “habeas corpus”. A efetividade realça a dimensão objetiva dos direitos 
fundamentais, porque é uma garantia de estabilidade dos mesmos no ordenamento jurídico e 
ainda impõe ao Estado a criação de planejamentos e procedimentos para sua efetivação para toda 
Não podem ser abdicados ou negociados, porque fazem parte da própria existência do ser 
humano. Pode deixar de ser exercido, mas seu titular não pode dispor dos mesmos de forma 
efinitiva (não se pode exigir que um doente em estado terminal aceite a eutanásia). É costume 
dizer que a irrenunciabilidade não é absoluta, porque em alguns casos é possível renunciar algum 
direito fundamental, como é o caso de renunciar à integridade física, para fazer doação de rim 
para parente (vide Lei 9434/97, que trata da doação de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano), ou de fixar cláusula contratual para limitar a liberdade de expressão, para que o 
funcionário não divulgue segredo industrial da empresa em que trabalhou. A irrenunciabilidade, 
diferentemente da inviolabilidade, visa a proteção do próprio titular do direito fundamental, e não 
está previsto explicitamente na Constituição; a inviolabilidade, por seu turno, está prevista na 
ão e protege o indivíduo contra terceiros. 
A alienação também está vedada (não são disponíveis como se fosse um patrimônio 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
5 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (art. 5º, XLII, XLIV). Existe 
rol constitucional de imprescritibilidade é taxativo ou exemplificativo: 
a doutrina majoritária entende que é exemplificativo, possibilitando inclusão de outros crimes 
da pessoa humana, como ocorre no Estatuto de Roma 
(criação do TPI), uma vez que seus arts. 5º e 29 preveem a imprescritibilidade dos crimes de 
este ainda não regulamentado. 
nhecimento não basta. Somente a positivação não significa que os direitos humanos 
estão sendo respeitados, daí porque se exige a real aplicação na prática no território nacional. 
Caso o Estado partícipe não conseguir efetivar os direitos humanos (no caso, fundamentais), 
existem garantias como o “habeas corpus”. A efetividade realça a dimensão objetiva dos direitos 
fundamentais, porque é uma garantia de estabilidade dos mesmos no ordenamento jurídico e 
dimentos para sua efetivação para toda 
Não podem ser abdicados ou negociados, porque fazem parte da própria existência do ser 
humano. Pode deixar de ser exercido, mas seu titular não pode dispor dos mesmos de forma 
efinitiva (não se pode exigir que um doente em estado terminal aceite a eutanásia). É costume 
dizer que a irrenunciabilidade não é absoluta, porque em alguns casos é possível renunciar algum 
ica, para fazer doação de rim 
para parente (vide Lei 9434/97, que trata da doação de órgãos, tecidos e partes do corpo 
humano), ou de fixar cláusula contratual para limitar a liberdade de expressão, para que o 
empresa em que trabalhou. A irrenunciabilidade, 
diferentemente da inviolabilidade, visa a proteção do próprio titular do direito fundamental, e não 
está previsto explicitamente na Constituição; a inviolabilidade, por seu turno, está prevista na 
A alienação também está vedada (não são disponíveis como se fosse um patrimônio 
 
 
 
 
 
Se por trás de cada direito há um rastro, senão de sangue, pelo menos de lu
que o direito fundamental é um direito histórico;
3.6. Relatividade. 
Nada na vida é absoluto. O direito, mesmo o fundamental,
absoluto, porque é preciso, em vários casos, limitá
fundamental. O direito fundamental da liberdade, por exemplo, pode ser limitado, a bem da 
sociedade. Alguns entendem que o direito de não ser torturado e de não sofrer penas cruéis, e o 
direito de não ser reduzido à condição análoga de escravo, seria
absolutos. 
3.7. Proibição do retrocesso.
Se o direito fundamental foi conquistado, não pode mais ser extirpado
direito fundamental contido em uma norma constitucional de eficácia limitada foi regulamentado, 
não pode uma regulamentação posterior acabar com o direito concretizado pela norma anterior. 
Para quem leva esta proibição do retrocesso às últimas consequências, entende que nem mesmo 
uma nova Constituição poderá acabar com os direitos fundamentais, porque o
seriam limites ao poder constituinte originário (neste caso, o poder constituinte teria natureza 
jurídica jusnaturalista, e não normativista, como entende a maioria).
3.8. Interdependência. 
Não há choque irremediável entre os direitos
relacionar permanentemente para atingirem suas finalidades
3.9. Complementaridade. 
A interpretação de um direito fundamental deve levar em conta os outros direitos 
fundamentais. Não se interpreta um direito fundamenta
3.10. Inviolabilidade. 
Não pode ser tolerada violaçãodos direitos humanos, seja pela lei, pela autoridade ou pelo 
poder, órgão ou entidade pública, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
 
4
 O art. 4º da Convenção Americana de Direito
Congresso pelo Decreto-Legislativo 27, de 25.09.1992 e promulgado pelo Decreto 678, de 06.11.1992), no art. 4º, item 
3, diz que: “Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que
como norma supralegal, esta expressa disposição a respeito da proibição do retrocesso, em matéria de pena de 
morte. 
 
 
redejuris.com 
Se por trás de cada direito há um rastro, senão de sangue, pelo menos de lu
que o direito fundamental é um direito histórico; 
ada na vida é absoluto. O direito, mesmo o fundamental, também não é e nem pode ser 
absoluto, porque é preciso, em vários casos, limitá-lo, mesmo em se tratando de um di
fundamental. O direito fundamental da liberdade, por exemplo, pode ser limitado, a bem da 
sociedade. Alguns entendem que o direito de não ser torturado e de não sofrer penas cruéis, e o 
direito de não ser reduzido à condição análoga de escravo, seriam direitos fundamentais 
Proibição do retrocesso. 
e o direito fundamental foi conquistado, não pode mais ser extirpado
direito fundamental contido em uma norma constitucional de eficácia limitada foi regulamentado, 
pode uma regulamentação posterior acabar com o direito concretizado pela norma anterior. 
Para quem leva esta proibição do retrocesso às últimas consequências, entende que nem mesmo 
uma nova Constituição poderá acabar com os direitos fundamentais, porque o
seriam limites ao poder constituinte originário (neste caso, o poder constituinte teria natureza 
jurídica jusnaturalista, e não normativista, como entende a maioria). 
ão há choque irremediável entre os direitos fundamentais, porque eles devem se 
relacionar permanentemente para atingirem suas finalidades. 
 
interpretação de um direito fundamental deve levar em conta os outros direitos 
fundamentais. Não se interpreta um direito fundamental isoladamente. 
Não pode ser tolerada violação dos direitos humanos, seja pela lei, pela autoridade ou pelo 
poder, órgão ou entidade pública, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
 
O art. 4º da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto São José da Costa Rica, de 22.11.1969, aprovado pelo 
Legislativo 27, de 25.09.1992 e promulgado pelo Decreto 678, de 06.11.1992), no art. 4º, item 
Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido
como norma supralegal, esta expressa disposição a respeito da proibição do retrocesso, em matéria de pena de 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
6 
Se por trás de cada direito há um rastro, senão de sangue, pelo menos de luta, é evidente 
também não é e nem pode ser 
lo, mesmo em se tratando de um direito 
fundamental. O direito fundamental da liberdade, por exemplo, pode ser limitado, a bem da 
sociedade. Alguns entendem que o direito de não ser torturado e de não sofrer penas cruéis, e o 
m direitos fundamentais 
e o direito fundamental foi conquistado, não pode mais ser extirpado4. Por exemplo: se o 
direito fundamental contido em uma norma constitucional de eficácia limitada foi regulamentado, 
pode uma regulamentação posterior acabar com o direito concretizado pela norma anterior. 
Para quem leva esta proibição do retrocesso às últimas consequências, entende que nem mesmo 
uma nova Constituição poderá acabar com os direitos fundamentais, porque os direitos naturais 
seriam limites ao poder constituinte originário (neste caso, o poder constituinte teria natureza 
fundamentais, porque eles devem se 
interpretação de um direito fundamental deve levar em conta os outros direitos 
Não pode ser tolerada violação dos direitos humanos, seja pela lei, pela autoridade ou pelo 
poder, órgão ou entidade pública, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
s Humanos (Pacto São José da Costa Rica, de 22.11.1969, aprovado pelo 
Legislativo 27, de 25.09.1992 e promulgado pelo Decreto 678, de 06.11.1992), no art. 4º, item 
a hajam abolido”. Consta, portanto, no Brasil, 
como norma supralegal, esta expressa disposição a respeito da proibição do retrocesso, em matéria de pena de 
 
 
 
 
 
Inviolabilidade, como se viu, existe para proteção contra terceiros, e irrenunciabilidade para 
proteção contra o próprio titular.
3.11. Universalidade e indivisibilidade
Os direitos humanos/fundamentais nascem para todos os homens, independentemente 
de raça, nacionalidade, sexo, credo ou convicção político ou filosófica
Humanos de Viena, de 1993, no item 5, diz que “
indivisíveis interdependentes e inter
direitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. 
Embora particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como 
diversos contextos históricos, culturais e religiosos, é dever dos Esta
os direitos humanos e liberdades fundamentais, sejam quais forem seus sistemas políticos, 
econômicos e culturais.” 
Ainda se fala em exigibilidade
que cada cidadão tem a possibilidade de demandar a satisfação de seus direitos humanos, 
cabendo ao Estado e à própria sociedade, oferecer condições para sua efetivação. A 
justiciabilidade, por sua vez, imporia o reconhecimento de que os direitos humanos, por serem 
justiciáveis, podem ser demandados judicialmente caso não sejam realizados, especialmente nos 
dias atuais em que, em face do neoconstitucionalismo e do pós
da Ética, há aumento da jurisdição constitucional e o Judiciário é cada di
 
Questões de concursos 
01) Prova: NUCEPE - 2012 - PM
Em relação ao conceito dos Direitos Humanos, identifique com 
as FALSAS e marque, em seguida, a sequência 
 
( ) O núcleo do conceito de Direitos Humanos se encontra no reconhecimento da dignidade da 
pessoa humana. Essa dignidade ex
sobre a ordem jurídica porquanto estabelece “o bom e o justo” para o homem. 
 
 
 
redejuris.com 
viu, existe para proteção contra terceiros, e irrenunciabilidade para 
proteção contra o próprio titular. 
e indivisibilidade. 
Os direitos humanos/fundamentais nascem para todos os homens, independentemente 
o, credo ou convicção político ou filosófica. A Declaração de Direitos 
Humanos de Viena, de 1993, no item 5, diz que “Todos os direitos humanos são universais, 
indivisíveis interdependentes e inter-relacionados. A comunidade internacional deve tratar os 
reitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. 
Embora particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como 
diversos contextos históricos, culturais e religiosos, é dever dos Estados promover e proteger todos 
os direitos humanos e liberdades fundamentais, sejam quais forem seus sistemas políticos, 
exigibilidade e justiciabilidade. A exigibilidade seria o reconhecimento de 
em a possibilidade de demandar a satisfação de seus direitos humanos, 
cabendo ao Estado e à própria sociedade, oferecer condições para sua efetivação. A 
justiciabilidade, por sua vez, imporia o reconhecimento de que os direitos humanos, por serem 
eis, podem ser demandados judicialmente caso não sejam realizados, especialmente nos 
dias atuais em que, em face do neoconstitucionalismo e do pós-positivismo, o Direito se aproxima 
da Ética, há aumento da jurisdição constitucional e o Judiciário é cada dia mais proativo.
PM-PI - Agente de Polícia - Sargento 
eito dos Direitos Humanos, identifique com V as alternativas 
e marque, em seguida, a sequência CORRETA. 
( ) O núcleo do conceito de Direitos Humanos se encontra no reconhecimentoda dignidade da 
pessoa humana. Essa dignidade expressa num sistema de valores, exerce uma função orientadora 
sobre a ordem jurídica porquanto estabelece “o bom e o justo” para o homem. 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
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viu, existe para proteção contra terceiros, e irrenunciabilidade para 
Os direitos humanos/fundamentais nascem para todos os homens, independentemente 
. A Declaração de Direitos 
Todos os direitos humanos são universais, 
relacionados. A comunidade internacional deve tratar os 
reitos humanos de forma global, justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. 
Embora particularidades nacionais e regionais devam ser levadas em consideração, assim como 
dos promover e proteger todos 
os direitos humanos e liberdades fundamentais, sejam quais forem seus sistemas políticos, 
. A exigibilidade seria o reconhecimento de 
em a possibilidade de demandar a satisfação de seus direitos humanos, 
cabendo ao Estado e à própria sociedade, oferecer condições para sua efetivação. A 
justiciabilidade, por sua vez, imporia o reconhecimento de que os direitos humanos, por serem 
eis, podem ser demandados judicialmente caso não sejam realizados, especialmente nos 
positivismo, o Direito se aproxima 
a mais proativo. 
as alternativas VERDADEIRAS e F, 
( ) O núcleo do conceito de Direitos Humanos se encontra no reconhecimento da dignidade da 
pressa num sistema de valores, exerce uma função orientadora 
sobre a ordem jurídica porquanto estabelece “o bom e o justo” para o homem. 
 
 
 
 
 
( ) Direitos Humanos é uma expressão moderna, mas o princípio que invoca é tão antigo quanto a 
própria humanidade. É que determinados direitos e liberdades são fundamentais para a existência 
humana. 
 
( ) Os Direitos Humanos surgiram a partir do século XX, e devem ser utilizados apenas nos países 
democráticos. 
 
( ) Os Direitos Humanos são considerados fundamentais porqu
consegue existir ou não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida.
 
( ) Os Direitos Humanos devem privilegiar apenas a parcela da população mais carente, fato que 
justifica sua própria existência. 
 
a) V, V, F, V, F; 
b) V, V, V, V, V; 
c) V, V, F, F, V; 
d) F, F, V, F, V; 
e) V, V, F, F, F 
 
4. Natureza e classificação
Existe uma classificação positiva pela CF/88
classificações doutrinárias. No Título II (Dos Dir
1988 classifica os direitos fundamentais em 05 capítulos:
a) Capítulo I – dos direitos e deveres individuais e coletivos;
b) Capítulo II – dos direitos sociais;
c) Capítulo III – da nacionalidade;
d) Capítulo IV – dos direitos políticos; 
e) Capítulo V – dos partidos políticos. 
 
 
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( ) Direitos Humanos é uma expressão moderna, mas o princípio que invoca é tão antigo quanto a 
que determinados direitos e liberdades são fundamentais para a existência 
( ) Os Direitos Humanos surgiram a partir do século XX, e devem ser utilizados apenas nos países 
( ) Os Direitos Humanos são considerados fundamentais porque sem eles a pessoa humana não 
consegue existir ou não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida.
( ) Os Direitos Humanos devem privilegiar apenas a parcela da população mais carente, fato que 
justifica sua própria existência. 
Natureza e classificação 
Existe uma classificação positiva pela CF/88, em relação aos direitos fundamentais,
classificações doutrinárias. No Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), a Constituição de 
1988 classifica os direitos fundamentais em 05 capítulos: 
dos direitos e deveres individuais e coletivos; 
dos direitos sociais; 
da nacionalidade; 
dos direitos políticos; 
dos partidos políticos. 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
8 
( ) Direitos Humanos é uma expressão moderna, mas o princípio que invoca é tão antigo quanto a 
que determinados direitos e liberdades são fundamentais para a existência 
( ) Os Direitos Humanos surgiram a partir do século XX, e devem ser utilizados apenas nos países 
e sem eles a pessoa humana não 
consegue existir ou não é capaz de se desenvolver e de participar plenamente da vida. 
( ) Os Direitos Humanos devem privilegiar apenas a parcela da população mais carente, fato que 
, em relação aos direitos fundamentais, e várias 
eitos e Garantias Fundamentais), a Constituição de 
 
 
 
 
 
Cada doutrinador, entretanto, costuma fazer sua própria classificação, daí a dificuldade em 
se adotar esta ou aquela, até porque nenhuma ganhou, ao longo do tempo, um destaque maior
Por isso, a seguir serão destacadas aquelas mais importantes e didáticas.
Classificação de José Carlos Vieira de Andrad
01) Direitos fundamentais de defesa
Estado (Constituição-garantia), para que ele n
na autonomia do homem, respeitando, assim, as liberdades públicas; 
02) Direitos fundamentais de prestação
Estado para o homem atingir a felicidade (
para interferir na sociedade, quando isto for necessário para proteger os bens jurídicos, seja pela 
intervenção indireta ou jurídica, como na expedição de normas, seja pela intervenção direta ou 
material, pela intervenção policial ou pela prestação direta das necessidades básicas de saúde, 
educação e segurança; 
03) Direitos fundamentais de participação
da coisa pública. 
Outra classificação bastante difundida é aqu
está evoluindo para abandonar a expressão “gerações”, substituindo por “dimensões”, justamente 
para evitar a falsa impressão de que uma geração substui a outra, quando na verdade a completa). 
De toda forma, seriam 04 gerações/dimensões:
01 - Direitos fundamentais de 1ª geração (liberdade)
revoluções burguesas do final do século XVIII, especialmente aquelas ocorridas nos Estados Unidos 
e na França, são conhecidos como direitos civis
oposição ao Estado para limitar seus poderes absolutos. Exigia do Estado uma abstenção, daí o 
caráter negativo, próprio das constituições garantia (ou constituições quadro). 
indivíduo, e são conhecidos como 
físicas, liberdades de expressão, liberdades de consciência, direitos de propriedade privada, 
direitos da pessoa acusada e as garantias de direitos (“habeas corpus”, mandado de s
mandado de injunção, “habeas data”)
02 - Direitos fundamentais de 2ª geração (igualdade).
à igualdade, já que se referem aos direitos sociais, econômicos e culturais conquistados pela luta 
do proletariado (saúde, educação, segurança, habitação, cultura, esporte etc.). Visam a igualdade 
 
 
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Cada doutrinador, entretanto, costuma fazer sua própria classificação, daí a dificuldade em 
se adotar esta ou aquela, até porque nenhuma ganhou, ao longo do tempo, um destaque maior
Por isso, a seguir serão destacadas aquelas mais importantes e didáticas. 
Classificação de José Carlos Vieira de Andrade: 
01) Direitos fundamentais de defesa: caráter negativo, porque exige uma abstenção do 
garantia), para que ele não se intrometa arbitrária e despropositadamente 
na autonomia do homem, respeitando, assim, as liberdades públicas; 
02) Direitos fundamentais de prestação: caráter positivo, porque exige uma prestação do 
Estado para o homem atingir a felicidade (Constituição-dirigente). O Estado tem o dever de agir 
para interferir na sociedade, quando isto for necessário para proteger os bens jurídicos, seja pela 
intervenção indireta ou jurídica, como na expedição de normas, seja pela intervenção direta ou 
ntervenção policial ou pela prestação direta das necessidades básicas de saúde, 
03) Direitos fundamentais de participação – direito do cidadão de participar na governança 
Outra classificação bastante difundida é aquela que os classifica em gerações (a doutrina 
estáevoluindo para abandonar a expressão “gerações”, substituindo por “dimensões”, justamente 
para evitar a falsa impressão de que uma geração substui a outra, quando na verdade a completa). 
iam 04 gerações/dimensões: 
Direitos fundamentais de 1ª geração (liberdade) - Surgidos influenciados pelas 
revoluções burguesas do final do século XVIII, especialmente aquelas ocorridas nos Estados Unidos 
e na França, são conhecidos como direitos civis e políticos. Ligados à 
oposição ao Estado para limitar seus poderes absolutos. Exigia do Estado uma abstenção, daí o 
caráter negativo, próprio das constituições garantia (ou constituições quadro). 
nhecidos como direitos negativos, ou direitos de defesa
físicas, liberdades de expressão, liberdades de consciência, direitos de propriedade privada, 
direitos da pessoa acusada e as garantias de direitos (“habeas corpus”, mandado de s
mandado de injunção, “habeas data”); 
Direitos fundamentais de 2ª geração (igualdade). Surgidos no século XX, estão ligados 
, já que se referem aos direitos sociais, econômicos e culturais conquistados pela luta 
aúde, educação, segurança, habitação, cultura, esporte etc.). Visam a igualdade 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
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Cada doutrinador, entretanto, costuma fazer sua própria classificação, daí a dificuldade em 
se adotar esta ou aquela, até porque nenhuma ganhou, ao longo do tempo, um destaque maior. 
 
: caráter negativo, porque exige uma abstenção do 
ão se intrometa arbitrária e despropositadamente 
: caráter positivo, porque exige uma prestação do 
dirigente). O Estado tem o dever de agir 
para interferir na sociedade, quando isto for necessário para proteger os bens jurídicos, seja pela 
intervenção indireta ou jurídica, como na expedição de normas, seja pela intervenção direta ou 
ntervenção policial ou pela prestação direta das necessidades básicas de saúde, 
direito do cidadão de participar na governança 
ela que os classifica em gerações (a doutrina 
está evoluindo para abandonar a expressão “gerações”, substituindo por “dimensões”, justamente 
para evitar a falsa impressão de que uma geração substui a outra, quando na verdade a completa). 
Surgidos influenciados pelas 
revoluções burguesas do final do século XVIII, especialmente aquelas ocorridas nos Estados Unidos 
e políticos. Ligados à liberdade, surgiram em 
oposição ao Estado para limitar seus poderes absolutos. Exigia do Estado uma abstenção, daí o 
caráter negativo, próprio das constituições garantia (ou constituições quadro). Seu titular é o 
direitos de defesa. Exemplos: liberdades 
físicas, liberdades de expressão, liberdades de consciência, direitos de propriedade privada, 
direitos da pessoa acusada e as garantias de direitos (“habeas corpus”, mandado de segurança, 
Surgidos no século XX, estão ligados 
, já que se referem aos direitos sociais, econômicos e culturais conquistados pela luta 
aúde, educação, segurança, habitação, cultura, esporte etc.). Visam a igualdade 
 
 
 
 
 
material (na lei). Têm caráter positivo, porque exigem uma prestação do Estado, e não só uma 
abstenção, para que sejam reduzidas as desigualdades, próprios das constituições di
titular é a coletividade. São conhecidos como
 Exemplos: art. 6º da Constituição de 1988
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a pre
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
VIII da Constituição de 1988 (Da Ordem Social), prevê as seguintes categorias de direitos: 
Seguridade Social (Saúde, Previdência S
Ciência e Tecnologia, Comunicação Social, Meio Ambiente, Família, Criança, Adolescente, Jovem, 
Idoso, Índios. Entretanto, os direitos relacionados à Comunicação Social e ao Meio Ambiente se 
inserem nos direitos fundamentais de 3ª geração
03 - Direitos fundamentais de 3º geração (fraternidade). A
cada vez mais, estava se dividindo até perigosamente entre nações desenvolvidas e nações 
subdesenvolvidas, surge a consciência d
Daí porque os principais direitos de 3ª geração são os direitos ao desenvolvimento, a paz, o meio 
ambiente, a autodeterminação dos povos, à comunicação, ao patrimônio comum e histórico da 
humanidade. Seu titular é o gênero humano
meio ambiente, à autodeterminação dos povos, à comunicação e ao patrimônio comum da 
humanidade. 
04 - Direitos fundamentais de 4ª geração
com o futuro da própria cidadania, como é o caso do direito à democracia, à informação e ao 
pluralismo, além das questões éticas relacionadas com a biotecnologia (engenharia genética), 
ainda um campo sem fronteiras seguras. Referem
da globalização política. Se a sociedade, um dia, ter como um grande problema o lixo ou a 
espionagem espacial, ou ainda com a clonagem humana, que interferirá no conteúdo das 
informações, na restrição da utilização da Int
Neste sentido, o julgamento da ADI sobre células tronco embrionárias seria um caso em que esta 
dimensão foi analisada pelo STF. Paulo Bonavides prefere incluir na quarta dimensão a 
democracia, pluralismo, informação. Coloca a paz como quarta dimensão, para
incluída na terceira dimensão.
Paulo Bonavidades considera o 
 
 
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lei). Têm caráter positivo, porque exigem uma prestação do Estado, e não só uma 
abstenção, para que sejam reduzidas as desigualdades, próprios das constituições di
. São conhecidos como direitos positivos ou 
art. 6º da Constituição de 1988: “São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
VIII da Constituição de 1988 (Da Ordem Social), prevê as seguintes categorias de direitos: 
Seguridade Social (Saúde, Previdência Social e Assistência Social), Educação, Cultura, Desporto, 
Ciência e Tecnologia, Comunicação Social, Meio Ambiente, Família, Criança, Adolescente, Jovem, 
Idoso, Índios. Entretanto, os direitos relacionados à Comunicação Social e ao Meio Ambiente se 
nos direitos fundamentais de 3ª geração; 
Direitos fundamentais de 3º geração (fraternidade). A consciência de que o mundo, 
cada vez mais, estava se dividindo até perigosamente entre nações desenvolvidas e nações 
subdesenvolvidas, surge a consciência de que o mundo precisa de solidariedade, de fraternidade. 
Daí porque os principais direitos de 3ª geração são os direitos ao desenvolvimento, a paz, o meio 
ambiente, a autodeterminação dos povos, à comunicação, ao patrimônio comum e histórico da 
Seu titular é o gênero humano. Exemplos: Direito ao desenvolvimento, à paz, ao 
meio ambiente, à autodeterminação dos povos, à comunicação e ao patrimônio comum da 
Direitos fundamentais de 4ª geração. São direitos relacionados ao futuro d
com o futuro da própria cidadania, como é o caso do direito à democracia, à informação e ao 
pluralismo, além das questões éticas relacionadas com a biotecnologia (engenharia genética), 
ainda um campo sem fronteiras seguras. Referem-se à possibilidade de regulamentação jurídica 
da globalização política. Se a sociedade, um dia, ter como um grande problema o lixo ou a 
espionagem espacial, ou ainda com a clonagem humana, que interferirá no conteúdo das 
informações, na restrição da utilização da Internet e na característica básica do ser humano? 
Neste sentido, o julgamento da ADI sobre células tronco embrionárias seria um caso em que esta 
dimensão foi analisada pelo STF. Paulo Bonavides prefere incluir na quarta dimensão a 
ormação. Coloca a paz como quarta dimensão, para
incluída na terceira dimensão. 
Paulo Bonavidades considera o Direito à Paz como um direito fundamental de 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes10 
lei). Têm caráter positivo, porque exigem uma prestação do Estado, e não só uma 
abstenção, para que sejam reduzidas as desigualdades, próprios das constituições dirigentes. Seu 
ou direitos de prestação.
: “São direitos sociais a educação, a saúde, a 
vidência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O Título 
VIII da Constituição de 1988 (Da Ordem Social), prevê as seguintes categorias de direitos: 
ocial e Assistência Social), Educação, Cultura, Desporto, 
Ciência e Tecnologia, Comunicação Social, Meio Ambiente, Família, Criança, Adolescente, Jovem, 
Idoso, Índios. Entretanto, os direitos relacionados à Comunicação Social e ao Meio Ambiente se 
consciência de que o mundo, 
cada vez mais, estava se dividindo até perigosamente entre nações desenvolvidas e nações 
e que o mundo precisa de solidariedade, de fraternidade. 
Daí porque os principais direitos de 3ª geração são os direitos ao desenvolvimento, a paz, o meio 
ambiente, a autodeterminação dos povos, à comunicação, ao patrimônio comum e histórico da 
. Exemplos: Direito ao desenvolvimento, à paz, ao 
meio ambiente, à autodeterminação dos povos, à comunicação e ao patrimônio comum da 
São direitos relacionados ao futuro da sociedade, 
com o futuro da própria cidadania, como é o caso do direito à democracia, à informação e ao 
pluralismo, além das questões éticas relacionadas com a biotecnologia (engenharia genética), 
ilidade de regulamentação jurídica 
da globalização política. Se a sociedade, um dia, ter como um grande problema o lixo ou a 
espionagem espacial, ou ainda com a clonagem humana, que interferirá no conteúdo das 
ernet e na característica básica do ser humano? 
Neste sentido, o julgamento da ADI sobre células tronco embrionárias seria um caso em que esta 
dimensão foi analisada pelo STF. Paulo Bonavides prefere incluir na quarta dimensão a 
ormação. Coloca a paz como quarta dimensão, para outros, seria 
como um direito fundamental de 5ª geração. 
 
 
 
 
 
 
Questões de concurso 
02)Prova: CESPE - 2012 - PM-AL 
 
Com relação ao conceito, à evolução e à abrangência dos
correta. 
a) Os chamados direitos de solidariedade correspondem, no plano dos direitos fundamentais, aos 
direitos de segunda geração, que se identificam com as liberdades concretas, acentuando o 
princípio da igualdade; 
b) No século XX, inaugurou-se uma nova fase no sistema de proteção dos direitos fundamentais, 
na medida em que foi nele que os Estados passaram a acolher as declarações de direitos em suas 
Constituições; 
c) A individualidade é uma das características dos dir
sentido, eles são dirigidos a cada ser humano isoladamente considerado, o que se justifica em 
razão das diferenças de nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político
d) Os direitos fundamentais são os
quais se atribui o poder político de editar normas, tanto no interior dos Estados quanto no plano 
internacional; são, assim, os direitos humanos positivados nas Constituições, nas leis, nos trat
internacionais; 
e) Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a estrutura do direito internacional dos direitos 
humanos começou a se consolidar. A essa época, os direitos humanos tornaram
preocupação internacional e, então, foram criados me
que levaram tais direitos a ocupar um espaço central na agenda das organizações internacionais
5. Evolução dos direitos humanos
A doutrina costuma dividir a evolução dos direitos humanos de duas formas. A primeir
em períodos axial, do cristianismo, do iluminismo e do período do pós
aos documentos históricos. A segunda segue a divisão clássica da história, em Idade Antiga, Média, 
Moderna e Contemporânea, que é a divisão mais seguida. 
Assim, temos a primeira divisão:
� Período axial (600 a 480 a.C). 
 
 
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AL - Oficial Combatente da Polícia Militar 
Com relação ao conceito, à evolução e à abrangência dos direitos humanos, assinale a opção 
a) Os chamados direitos de solidariedade correspondem, no plano dos direitos fundamentais, aos 
direitos de segunda geração, que se identificam com as liberdades concretas, acentuando o 
se uma nova fase no sistema de proteção dos direitos fundamentais, 
na medida em que foi nele que os Estados passaram a acolher as declarações de direitos em suas 
c) A individualidade é uma das características dos direitos humanos fundamentais, e, nesse 
sentido, eles são dirigidos a cada ser humano isoladamente considerado, o que se justifica em 
razão das diferenças de nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político
d) Os direitos fundamentais são os direitos humanos reconhecidos como tais pelas autoridades às 
quais se atribui o poder político de editar normas, tanto no interior dos Estados quanto no plano 
internacional; são, assim, os direitos humanos positivados nas Constituições, nas leis, nos trat
e) Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a estrutura do direito internacional dos direitos 
humanos começou a se consolidar. A essa época, os direitos humanos tornaram
preocupação internacional e, então, foram criados mecanismos institucionais e de instrumentos 
que levaram tais direitos a ocupar um espaço central na agenda das organizações internacionais
Evolução dos direitos humanos 
A doutrina costuma dividir a evolução dos direitos humanos de duas formas. A primeir
em períodos axial, do cristianismo, do iluminismo e do período do pós-guerra, além de referência 
aos documentos históricos. A segunda segue a divisão clássica da história, em Idade Antiga, Média, 
Moderna e Contemporânea, que é a divisão mais seguida. 
ssim, temos a primeira divisão: 
(600 a 480 a.C). 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
11 
direitos humanos, assinale a opção 
a) Os chamados direitos de solidariedade correspondem, no plano dos direitos fundamentais, aos 
direitos de segunda geração, que se identificam com as liberdades concretas, acentuando o 
se uma nova fase no sistema de proteção dos direitos fundamentais, 
na medida em que foi nele que os Estados passaram a acolher as declarações de direitos em suas 
eitos humanos fundamentais, e, nesse 
sentido, eles são dirigidos a cada ser humano isoladamente considerado, o que se justifica em 
razão das diferenças de nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica; 
direitos humanos reconhecidos como tais pelas autoridades às 
quais se atribui o poder político de editar normas, tanto no interior dos Estados quanto no plano 
internacional; são, assim, os direitos humanos positivados nas Constituições, nas leis, nos tratados 
e) Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a estrutura do direito internacional dos direitos 
humanos começou a se consolidar. A essa época, os direitos humanos tornaram-se uma legítima 
canismos institucionais e de instrumentos 
que levaram tais direitos a ocupar um espaço central na agenda das organizações internacionais. 
A doutrina costuma dividir a evolução dos direitos humanos de duas formas. A primeira, 
guerra, além de referência 
aos documentos históricos. A segunda segue a divisão clássica da história, em Idade Antiga, Média, 
 
 
 
 
 
Grandes princípios e diretrizes fundamentais da vida (Buda, Confúcio, Pitágoras, Isaías), 
quando então surge a filosofia, com grande importância para o saber racional em 
detrimento do saber mi
� Período do Cristianismo
Este período trouxe grande conquista aos direitos humanos porque propagou a igualdade 
entre os seres humanos no plano divino (todos são filhos de Deus). Não se pode esquec
porém, que houve continuidade da escravidão e da inferioridade da mulher, dentre outros 
tantos problemas, como foi o caso da Inquisição. Como o cristianismovalorizou o homem, 
acabou ajudando, em alguma medida, 
� Período do Iluminismo
A fé na ciência e na razão foi um salto na humanidade, propagadas pelo Iluminismo, 
inclusive incentivando decisivamente os direitos naturais e a 
(igualdade, liberdade, fraternidade).
� Período Pós-2ª Guerra
Depois dos horrores da 2ª Guerra Mundial é que a sociedade definitivamente acordou para 
a necessidade de proteção dos direitos humanos. Houve, então, criação da ONU, a 
Declaração dos Direitos do Homem de 1948 e outros tantos documentos internacionais, 
que acabaram significando outro período.
 
→ Documentos remotos e históricos. 
Importante citar, nesta evolução, os principais documentos de força e entusiasmo 
internacional, que protegeram, em boa medida, os direitos humanos: Magna Carta de 
1215; Petition of Rights de 1628; Habeas Corpus Act de 1679; Bill of Rights de 1689; 
Declaração de Direitos do Estado da Virgínia de 1776; Declaração de Independência dos 
EUA e Constituição de 1787; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França de 
1789; Constituição do México de 1917; Constituição de Weimar de 1919; Declaração 
Universal dos Direitos Humanos de 1948. No Brasil, a Constituição de 1988 e os chamados 
Planos Nacionais de Direitos Humanos: PNDH1 (1996); PNDH2 (2002); PNDH3 (2009)
Na segunda divisão, mais aceita, temos:
� Idade Antiga (4000 a.C a
bárbaros). 
 
 
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Grandes princípios e diretrizes fundamentais da vida (Buda, Confúcio, Pitágoras, Isaías), 
quando então surge a filosofia, com grande importância para o saber racional em 
detrimento do saber mitológico. Isto propiciou um grande salto para a 
Período do Cristianismo. 
Este período trouxe grande conquista aos direitos humanos porque propagou a igualdade 
entre os seres humanos no plano divino (todos são filhos de Deus). Não se pode esquec
porém, que houve continuidade da escravidão e da inferioridade da mulher, dentre outros 
tantos problemas, como foi o caso da Inquisição. Como o cristianismo valorizou o homem, 
acabou ajudando, em alguma medida, para as políticas de conteúdo econômico e
Período do Iluminismo. 
A fé na ciência e na razão foi um salto na humanidade, propagadas pelo Iluminismo, 
inclusive incentivando decisivamente os direitos naturais e a 
(igualdade, liberdade, fraternidade). 
2ª Guerra. 
Depois dos horrores da 2ª Guerra Mundial é que a sociedade definitivamente acordou para 
a necessidade de proteção dos direitos humanos. Houve, então, criação da ONU, a 
Declaração dos Direitos do Homem de 1948 e outros tantos documentos internacionais, 
ue acabaram significando outro período. 
Documentos remotos e históricos. 
Importante citar, nesta evolução, os principais documentos de força e entusiasmo 
internacional, que protegeram, em boa medida, os direitos humanos: Magna Carta de 
Rights de 1628; Habeas Corpus Act de 1679; Bill of Rights de 1689; 
Declaração de Direitos do Estado da Virgínia de 1776; Declaração de Independência dos 
EUA e Constituição de 1787; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França de 
ção do México de 1917; Constituição de Weimar de 1919; Declaração 
Universal dos Direitos Humanos de 1948. No Brasil, a Constituição de 1988 e os chamados 
Planos Nacionais de Direitos Humanos: PNDH1 (1996); PNDH2 (2002); PNDH3 (2009)
s aceita, temos: 
(4000 a.C até 476 d.C, quando da tomada do Império Romano pelos povos 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
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12 
Grandes princípios e diretrizes fundamentais da vida (Buda, Confúcio, Pitágoras, Isaías), 
quando então surge a filosofia, com grande importância para o saber racional em 
tológico. Isto propiciou um grande salto para a igualdade; 
Este período trouxe grande conquista aos direitos humanos porque propagou a igualdade 
entre os seres humanos no plano divino (todos são filhos de Deus). Não se pode esquecer, 
porém, que houve continuidade da escravidão e da inferioridade da mulher, dentre outros 
tantos problemas, como foi o caso da Inquisição. Como o cristianismo valorizou o homem, 
para as políticas de conteúdo econômico e social; 
A fé na ciência e na razão foi um salto na humanidade, propagadas pelo Iluminismo, 
inclusive incentivando decisivamente os direitos naturais e a Revolução Francesa 
Depois dos horrores da 2ª Guerra Mundial é que a sociedade definitivamente acordou para 
a necessidade de proteção dos direitos humanos. Houve, então, criação da ONU, a 
Declaração dos Direitos do Homem de 1948 e outros tantos documentos internacionais, 
Importante citar, nesta evolução, os principais documentos de força e entusiasmo 
internacional, que protegeram, em boa medida, os direitos humanos: Magna Carta de 
Rights de 1628; Habeas Corpus Act de 1679; Bill of Rights de 1689; 
Declaração de Direitos do Estado da Virgínia de 1776; Declaração de Independência dos 
EUA e Constituição de 1787; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da França de 
ção do México de 1917; Constituição de Weimar de 1919; Declaração 
Universal dos Direitos Humanos de 1948. No Brasil, a Constituição de 1988 e os chamados 
Planos Nacionais de Direitos Humanos: PNDH1 (1996); PNDH2 (2002); PNDH3 (2009) 
quando da tomada do Império Romano pelos povos 
 
 
 
 
 
Neste período, não havia previsões normativas, e a regulação se baseava praticamente na 
justiça privada, com desproporção e injustiça. Poucas no
podendo ser citados o Código de Manu, o Código de Hamurabi e a Lei das 12 Tábuas. O 
Código de Hamurabi5 se notabilizou pela lei do talião (“olho por olho e dente por dente”
mas tratava as pessoas com desproporcionalidade e a
de pessoas: 1ª classe mais alta (“awelum”): punição com patrimônio e sem sanções cruéis; 
2ª classe intermediária (“mushkenum”): as vezes com penas cruéis, mas também punição 
com retirada do patrimônio; 3ª classe (“wa
propriedade, mas a regra eram penas cruéis, difamantes e de morte
regulava a vida do povo romano e tinha por base o princípio da igualdade, para tratamento 
igual de todos, ao contrário do Código 
� Idade Média (iniciada com a queda do Império Romano, 476 d.C, e termina com a transição 
para a Idade Moderna
Apesar do período obscuro, com Inquisição, houve significativa evolução na proteção dos 
direitos humanos, com o surgimento da Magna Carta de 1215, do Rei João Sem Terra. 
 
5
 O Código de Hamurabi, de aproximadamente 1700 a.C., foi uma necessidade para a sociedade d
unificou os reinos sumérios e consagrando o primeiro imperador mesopotâmico (Rei Dhammu
necessárias regras de condutas unificadas para o império, o que acabou por ratificar a figura estatal conhecida na 
época e ainda trazer a noção de segurança e prévia definição de condutas.
na pedra (estela em diorito), com 21 colunas e 282 cláusulas.
6
 A lei do talião estava espalhada por todo o Código de Hamurabi, mas especialmente nos artigos 
arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado 
quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado 
criminal (“lex talionis”) atingia inclusive os filhos dos causadores dos danos.
comércio (com importância especial para o caixeiro viajante), a família (inclusive prevendo divórcio, pátrio poder, 
adoção, adultério e o incesto), o trabal
básicas) e a propriedade (inclusive o escravo tinha direito à propriedade).
7
 O tratamento punitivo diferenciado entre as classes ficava bem evidente nas seguintes passagens: “
arrancar o olho de um homem livre, ou quebrar o osso de um homem livre, ele deverá pagar uma mina em ouro
“199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrem, ou quebrar o osso do escravo de outrem, ele deve pagar metade do 
valor do escravo.” “201. Se ele quebrar o dentede um homem livre, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em ouro. 202. 
Se alguém bater no corpo de um homem de posição superior, então este alguém deve receber 60 chicotadas em 
público”. 
8
 A Lei das Doze Tábuas, ou “Leis das Doze Táb
organizava o procedimento judicial, estipulava normas conta os inadimplentes, pátrio poder, sucessões e tutela, 
propriedade, servidões e previa os delitos, e ainda tratava de normas atinentes a
serviu para evitar a surpresa para os plebeus, que costumavam ser punidos sem saber o motivo, daí porque fixadas 
em 12 tabletes de madeira e colocados à frente do Fórum Romano, para todos lerem. Assim, foi formado um grupo
dez grandes homens (“decenvirato”), para redigir o projeto do Código, realizado o trabalho no período de 451 a 450 
a.C., com promulgação em 452 a.C. Posteriormente, no Século VI, o imperador Justiniano, ao assumir o poder, quis 
salvaguardar a herança do Direito Romano e organizar a legislação, e assim determinou a compilação e a codificação 
das principais leis, perfazendo então o chamado 
 
 
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Neste período, não havia previsões normativas, e a regulação se baseava praticamente na 
justiça privada, com desproporção e injustiça. Poucas normas surgiram neste período, 
podendo ser citados o Código de Manu, o Código de Hamurabi e a Lei das 12 Tábuas. O 
se notabilizou pela lei do talião (“olho por olho e dente por dente”
mas tratava as pessoas com desproporcionalidade e ainda considerando três classes sociais 
de pessoas: 1ª classe mais alta (“awelum”): punição com patrimônio e sem sanções cruéis; 
2ª classe intermediária (“mushkenum”): as vezes com penas cruéis, mas também punição 
com retirada do patrimônio; 3ª classe (“wardum”, ou bárbaros”: tinham direito à 
propriedade, mas a regra eram penas cruéis, difamantes e de morte
regulava a vida do povo romano e tinha por base o princípio da igualdade, para tratamento 
igual de todos, ao contrário do Código de Hamurabi. 
(iniciada com a queda do Império Romano, 476 d.C, e termina com a transição 
para a Idade Moderna, por volta de 1453 d.C). 
Apesar do período obscuro, com Inquisição, houve significativa evolução na proteção dos 
m o surgimento da Magna Carta de 1215, do Rei João Sem Terra. 
 
O Código de Hamurabi, de aproximadamente 1700 a.C., foi uma necessidade para a sociedade d
unificou os reinos sumérios e consagrando o primeiro imperador mesopotâmico (Rei Dhammu
necessárias regras de condutas unificadas para o império, o que acabou por ratificar a figura estatal conhecida na 
er a noção de segurança e prévia definição de condutas. Estas regras de conduta estavam inseridas 
na pedra (estela em diorito), com 21 colunas e 282 cláusulas. 
A lei do talião estava espalhada por todo o Código de Hamurabi, mas especialmente nos artigos 
arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado - Olho por olho
quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado 
nis”) atingia inclusive os filhos dos causadores dos danos. No entanto, o Código também regulava o 
comércio (com importância especial para o caixeiro viajante), a família (inclusive prevendo divórcio, pátrio poder, 
adoção, adultério e o incesto), o trabalho (indicativo de salário mínimo, categorias profissionais e leis trabalhistas 
básicas) e a propriedade (inclusive o escravo tinha direito à propriedade). 
O tratamento punitivo diferenciado entre as classes ficava bem evidente nas seguintes passagens: “
arrancar o olho de um homem livre, ou quebrar o osso de um homem livre, ele deverá pagar uma mina em ouro
199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrem, ou quebrar o osso do escravo de outrem, ele deve pagar metade do 
01. Se ele quebrar o dente de um homem livre, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em ouro. 202. 
Se alguém bater no corpo de um homem de posição superior, então este alguém deve receber 60 chicotadas em 
A Lei das Doze Tábuas, ou “Leis das Doze Tábuas” (Lex Duodecim Tabularum), deu origem ao Direito Romano, e 
organizava o procedimento judicial, estipulava normas conta os inadimplentes, pátrio poder, sucessões e tutela, 
propriedade, servidões e previa os delitos, e ainda tratava de normas atinentes ao Direito Público e Sagrado. Isto 
serviu para evitar a surpresa para os plebeus, que costumavam ser punidos sem saber o motivo, daí porque fixadas 
em 12 tabletes de madeira e colocados à frente do Fórum Romano, para todos lerem. Assim, foi formado um grupo
dez grandes homens (“decenvirato”), para redigir o projeto do Código, realizado o trabalho no período de 451 a 450 
a.C., com promulgação em 452 a.C. Posteriormente, no Século VI, o imperador Justiniano, ao assumir o poder, quis 
o Direito Romano e organizar a legislação, e assim determinou a compilação e a codificação 
das principais leis, perfazendo então o chamado Corpus Juris Civilis. 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
13 
Neste período, não havia previsões normativas, e a regulação se baseava praticamente na 
rmas surgiram neste período, 
podendo ser citados o Código de Manu, o Código de Hamurabi e a Lei das 12 Tábuas. O 
se notabilizou pela lei do talião (“olho por olho e dente por dente”6), 
inda considerando três classes sociais 
de pessoas: 1ª classe mais alta (“awelum”): punição com patrimônio e sem sanções cruéis; 
2ª classe intermediária (“mushkenum”): as vezes com penas cruéis, mas também punição 
rdum”, ou bárbaros”: tinham direito à 
propriedade, mas a regra eram penas cruéis, difamantes e de morte7. Leis das 12 Tábuas8: 
regulava a vida do povo romano e tinha por base o princípio da igualdade, para tratamento 
(iniciada com a queda do Império Romano, 476 d.C, e termina com a transição 
Apesar do período obscuro, com Inquisição, houve significativa evolução na proteção dos 
m o surgimento da Magna Carta de 1215, do Rei João Sem Terra. 
O Código de Hamurabi, de aproximadamente 1700 a.C., foi uma necessidade para a sociedade da época, porque 
unificou os reinos sumérios e consagrando o primeiro imperador mesopotâmico (Rei Dhammu-rabi). Assim, eram 
necessárias regras de condutas unificadas para o império, o que acabou por ratificar a figura estatal conhecida na 
Estas regras de conduta estavam inseridas 
A lei do talião estava espalhada por todo o Código de Hamurabi, mas especialmente nos artigos 196 (“Se um homem 
Olho por olho”) e 200 (“Se um homem 
quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado - Dente por dente”. A parte 
No entanto, o Código também regulava o 
comércio (com importância especial para o caixeiro viajante), a família (inclusive prevendo divórcio, pátrio poder, 
ho (indicativo de salário mínimo, categorias profissionais e leis trabalhistas 
O tratamento punitivo diferenciado entre as classes ficava bem evidente nas seguintes passagens: “198. Se ele 
arrancar o olho de um homem livre, ou quebrar o osso de um homem livre, ele deverá pagar uma mina em ouro”; 
199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrem, ou quebrar o osso do escravo de outrem, ele deve pagar metade do 
01. Se ele quebrar o dente de um homem livre, ele deverá pagar 1/3 de uma mina em ouro. 202. 
Se alguém bater no corpo de um homem de posição superior, então este alguém deve receber 60 chicotadas em 
uas” (Lex Duodecim Tabularum), deu origem ao Direito Romano, e 
organizava o procedimento judicial, estipulava normas conta os inadimplentes, pátrio poder, sucessões e tutela, 
o Direito Público e Sagrado. Isto 
serviu para evitar a surpresa para os plebeus, que costumavam ser punidos sem saber o motivo, daí porque fixadas 
em 12 tabletes de madeira e colocados à frente do Fórum Romano, para todos lerem. Assim, foi formado um grupo de 
dez grandes homens (“decenvirato”), para redigir o projeto do Código, realizado o trabalho no período de 451 a 450 
a.C., compromulgação em 452 a.C. Posteriormente, no Século VI, o imperador Justiniano, ao assumir o poder, quis 
o Direito Romano e organizar a legislação, e assim determinou a compilação e a codificação 
 
 
 
 
 
Neste documento, o Rei começava a ser restringido, algo inusitado para a época, inclusive 
com previsão de “habeas corpus”, do direito de propriedade, do devido processo legal, da 
proporcionalidade, da proibição dos tributos com efeito de confisco. 
 
 
� Idade Moderna (período que vai de 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turco 
Otomanos, até 1789, com a Revolução Francesa). 
Surgiu o chamado “T
Münster e Osnabrück)
encerrar a Guerra dos Trinta Anos, 
Século XV, especialmente motivadas por rivalidades religiosas e territoria
então, fez surgir a concepção do Estado moderno, com elementos objetivos (povo, 
território e governo soberano) e subjetivos (re
consequentemente, um sistema internacional à vista das soberanias estatais.
neste tratado, surge como algo novo, capaz de propiciar a paz entre os povos
hierarquia religiosa foi afastada, gerando 
desenvolvimento dos povos. Também nesta Idade Moderna é que 
Petition of Rights, de 
ainda estabelecia, expressamente, que os impostos só poderiam ser cobrados com o 
consentimento do Parlamento, que não poderia haver prisão sem justa ca
e que a lei marcial (restrição dos direitos) não poderia ser utilizada em tempo de paz;
of Rights, de 1689, que 
independência do Parlamento e, assim, a divisão dos pode
1679, lei do Parlamento criada durante o reinado de Rei Charles II, e reforçava o já 
existente “habeas corpus” como garantia da liberdade individual contra prisão ilegal, 
abusiva ou arbitrária; o 
garantias para sucessão protestante do trono inglês e o poder do Parlamento, e ainda 
reafirmou que os governantes se submetiam ao princípio da legalidade, independência e 
autonomia dos órgãos jurisdicionais, inclusive acima
responsabilidade política dos agentes políticos e possibilidade de “impeachment”
EUA, digno de nota foi o surgimento da 
 
 
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Neste documento, o Rei começava a ser restringido, algo inusitado para a época, inclusive 
com previsão de “habeas corpus”, do direito de propriedade, do devido processo legal, da 
de, da proibição dos tributos com efeito de confisco. 
(período que vai de 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turco 
Otomanos, até 1789, com a Revolução Francesa). 
Tratado de Vestfália” (ou Paz de Vestfália ou aind
Münster e Osnabrück), conjunto de acordos internacionais celebrados em 1648 para 
a Guerra dos Trinta Anos, série de guerras entre nações na primeira metade do 
Século XV, especialmente motivadas por rivalidades religiosas e territoria
a concepção do Estado moderno, com elementos objetivos (povo, 
território e governo soberano) e subjetivos (reconhecimento da sua existência) e, 
consequentemente, um sistema internacional à vista das soberanias estatais.
neste tratado, surge como algo novo, capaz de propiciar a paz entre os povos
hierarquia religiosa foi afastada, gerando aquietação territorial 
desenvolvimento dos povos. Também nesta Idade Moderna é que 
 1628, que requeria direitos e liberdades para os s
ainda estabelecia, expressamente, que os impostos só poderiam ser cobrados com o 
consentimento do Parlamento, que não poderia haver prisão sem justa ca
e que a lei marcial (restrição dos direitos) não poderia ser utilizada em tempo de paz;
, que repetia os direitos protegidos pela Magna Carta de 1215 e previ
independência do Parlamento e, assim, a divisão dos poderes; o 
, lei do Parlamento criada durante o reinado de Rei Charles II, e reforçava o já 
existente “habeas corpus” como garantia da liberdade individual contra prisão ilegal, 
; o “Act of Settlement”, de 1701, que estabeleceu procedimentos e 
garantias para sucessão protestante do trono inglês e o poder do Parlamento, e ainda 
reafirmou que os governantes se submetiam ao princípio da legalidade, independência e 
autonomia dos órgãos jurisdicionais, inclusive acima da vontade da Coroa, além da 
responsabilidade política dos agentes políticos e possibilidade de “impeachment”
EUA, digno de nota foi o surgimento da Declaração de Direitos do Bom Povo de 
Exame de Ordem 
Direitos Humanos 
Prof. Bruno Pontes 
 
 
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Neste documento, o Rei começava a ser restringido, algo inusitado para a época, inclusive 
com previsão de “habeas corpus”, do direito de propriedade, do devido processo legal, da 
de, da proibição dos tributos com efeito de confisco. 
(período que vai de 1453, com a tomada de Constantinopla pelos Turco 
(ou Paz de Vestfália ou ainda Tratados de 
conjunto de acordos internacionais celebrados em 1648 para 
série de guerras entre nações na primeira metade do 
Século XV, especialmente motivadas por rivalidades religiosas e territoriais. O Tratado, 
a concepção do Estado moderno, com elementos objetivos (povo, 
conhecimento da sua existência) e, 
consequentemente, um sistema internacional à vista das soberanias estatais. A soberania, 
neste tratado, surge como algo novo, capaz de propiciar a paz entre os povos, porque a 
territorial nas regiões, respeito e 
desenvolvimento dos povos. Também nesta Idade Moderna é que surgiram na Inglaterra a 
que requeria direitos e liberdades para os súditos do Rei e 
ainda estabelecia, expressamente, que os impostos só poderiam ser cobrados com o 
consentimento do Parlamento, que não poderia haver prisão sem justa causa apresentada 
e que a lei marcial (restrição dos direitos) não poderia ser utilizada em tempo de paz; o Bill 
tos protegidos pela Magna Carta de 1215 e previa 
; o “Habeas Corpus Act”, de 
, lei do Parlamento criada durante o reinado de Rei Charles II, e reforçava o já 
existente “habeas corpus” como garantia da liberdade individual contra prisão ilegal, 
que estabeleceu procedimentos e 
garantias para sucessão protestante do trono inglês e o poder do Parlamento, e ainda 
reafirmou que os governantes se submetiam ao princípio da legalidade, independência e 
da vontade da Coroa, além da 
responsabilidade política dos agentes políticos e possibilidade de “impeachment”. Nos 
de Direitos do Bom Povo de Virgínia, de 
 
 
 
 
 
16 de junho de 1776 
julho de 1776, e da sua Constituição, de 17 de setembro de 1787
poder emana do povo, que em seu nome deve ser exercido, reconhecendo que todo ser 
humano tem direitos fundamentais
previsão e a separação dos poderes executivo, legislativo e judiciário etc.
� Idade Contemporânea
Cidadão, surgido na França em 1789, influenciado pela Revoluçã
Declaração dos Direitos do Povo da Virgínea, de 1776, até o presente momento). 
Esta Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi baseada no direito natural, e 
estabelece o Estado laico, o princípio da legalidade, da anterioridade e 
inocência. Insere-se neste período contemporâneo, 
1791, que constituíram as 10 primeiras emendas como “Bill of Rights” norte
com ratificação por três quartos dos estados, prevendo 
liberdade religiosa e proibição de estabelecimento oficial de religião, direito à vida, devido 
processo legal, imparcialidade dos julgamentos,
(1776-1783) e Francesa (1789
da Francesa de 1791,
separar os poderes e ainda prever 
da Espanha de 1812, de Portugal de 1822, do Bra
no Século XX, merece destaque a Constituição Mexicana de 1917 e a Alemã, de 1919 
(Constituição de Weimar), que, em meio à 1ª Guerra Mundial e logo depois do Tratado de 
Versalhes10, elegeram os direitos trabalhista
fundamentais11. Foi neste 
1945, além de inúmeros tratados internacionais
Humanos, em 1948, com três dimensões: li
 
9
 Entretanto, a concepção contemporânea

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