Relatório de aulas de campo no estudo de grau de alteração da rocha

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Almeida da Paz Armando Jonasse
Fanuel António Fane
Fernando Mubata
Feliciano Francisco
José Simango Simão 
Relatório de aulas de campo no estudo de grau de alteração da rocha 
Licenciatura em Geologia
Universidade Pedagógica
Beira
2017
 
Almeida da Paz Armando Jonasse
Fanuel António Fane
Fernando Alberto Mubata
Feliciano Francisco
José Simango Simão 
Relatório de aulas de campo no estudo de grau de alteração da rocha 
Relatório de aulas de campo, que tange o estudo de grau de alteração da rocha, a ser entregue no departamento ciência da terra e ambiente delegação da beira
 Docente: Msc. Fernando Massora 
Universidade Pedagógica
Beira
2017
Introdução 
O presente relatório com objectivo de conhecer as características de qualidade de maciços rochosos são fundamentalmente consequência do seu estado de alteração e de fracturação, devido aos factores extrínsecos que actuam sobre as rochas também da ocorrência de água percolando nos maciços, com frequência, alterando assim a sua composição e o seu estado inicial, formando solos. Segundo (FILHO, 2015), Em solos, por exemplo, são de grande utilidade a indicação da facilidade com que se desmonta o material com determinados tipos de ferramentas. Em rochas é costume referir-se a maior ou menor facilidade com que se parte o material, utilizando um martelo de mão, ou a sua coloração e brilho como consequência da alteração de certos minerais como feldspatos e minerais ferromagnesianos. É de referir que o número de graus a considerar em relação ao estado de alteração de uma dada formação varia necessariamente com o tipo de problema. 
Objectivos 
Objectivo geral 
Descrever o grau de alteração da rocha com base da observação macroscópica, com auxílio do martelo.
Objectivos específicos 
Identificar o número de graus a considerar em relação ao estado de alteração de uma dada formação;
O grau de alteração do maciço rochoso 
Segundo (FILHO, 2015), o número de graus a considerar em relação ao estado de alteração de uma dada formação varia necessariamente com o tipo de problema e, consequentemente, com a necessidade de pormenorizar a informação respectiva. Na maioria dos casos parece adequado considerarem-se cinco graus de alteração dos maciços rochosos conforme a imagem abaixo.Figura 1 - Graus de alteração de maciços rochosos (FILHO,2015)
Descrição dos pontos onde se fez análise do grau de alteração do maciço rochoso
Stop 1 Localização 
A serra Vumba localiza-se ao longo da estrada Manica - Chimoio, 5 km a leste de Manica, com as seguintes coordenadas latitude 18° 57’ 13,8” S, longitude 32° 54’ 56” E, a conversão das coordenadas em UTM, isto é metros, latitude 491109m e longitude 7904278m, tem como altitude 771,4 m e precisão é de 6,4. A precisão varia quando se alcança o maior numero de satélites, isto é, quanto maior for o numero de satélites, maior será a precisão.
Descrição do grau de alteração das amostras 
A partir da observação directa da amostra de mão, constatou-se que a amostra, quanto ao grau de alteração enquadra-se no W3 (rocha mediamente alterada), porque menos que a metade do material rochoso estava decomposto e a sofrer fragmentação, devido a factores extrínsecos (temperatura, água, humidade, etc.) que amostra de sofrido alterando assim o seu aspecto físico. 
Figura 2 – Rocha que sofreu oxidação devido a reacção do óxido de ferro com a água (Autor et all, 2017)
No afloramento em estudo, colheu-se duas amostras, na qual fez-se a discrição dos mesmos e constatou-se que a primeira e a segunda amostra apresentavam, grau de alteração que se enquadra no W2 (rocha pouco alterada), devido descoloração que indica alteração do material rochoso e nas superfícies descontinuidade e o material se apresentava todo descolorado e com menor resistência em comparação com estado são.
Figura 3 – Granito Mesocrático da Serra Vumba (Autor et all, 2017).
STOP 2 – Pedreira de Méssica
Localização 
A pedreira de Méssica esta localizada no complexo de Mavonde, e esta entre rio Méssica e rio Revué com as seguintes coordenadas Latitude: 18°00’15,3”S, Longitude: 33°05’15,7” E com altitude de 677,8m e precisão de 4,6.
Descrição do grau de alteração das amostras 
A partir da análise macroscópica e com auxílio de um martelo na qual deu-se duas pancadas na primeira rocha e na segunda rocha, constatou-se que o som produzido na primeira rocha era diferente da segunda rocha, e a conclui-se de que a primeira rocha enquadra-se no W3 (rocha mediamente alterada) ilustrada na figura esquerda e a segunda no W4 (rocha alterada) ilustrada na figura direita.
Figura 4 – Granitos Leucocratico, com grau de alteração variando de W3-4 (Autor et all, 2017).
Após se fazer uma vistoria no afloramento em direcção ao ponto mais alto, observou-se que a rocha estava enquadrada no W5 (completamente alterada), porque o maciço apresenta-se completamente alterado e praticamente 99% do material rochoso já estava decomposto em solo como ilustra a figura abaixo.
Figura 5 – Granito leucocrático completamente alterado, encontrado na pedreira de Méssica (Autor et all, 2017).
STOP 3 – Formação Macequece (Nhamaxato)
Localização 
A formação de Macequece (Grupo de Manica), com as seguintes coordenadas latitude 18° 57’ 42,8” S, longitude 32° 49’43,6” E com 768,0 de altitude e a precisão de 4,9. 
Descrição dos solos 
No afloramento em estudo foi possível observar solos, na qual apresentam uma coloração avermelhados (solo residual), ou seja solo formado no mesmo local perto da rocha mãe. No mesmo afloramento notou-se a presença de Paleosolos (solos formados a partir da meteorização de rochas do arcaico) e algumas rochas muito alteradas com maior presença de hematite, estes que são responsáveis pela coloração avermelhada dos solos.
Figura 6 – Solos avermelhados observados na formação de Macequece (Autor et all, 2017).
No afloramento em questão deparamo-nos com uma situação de exploração do ouro por Garimpeiros artesanais, que trabalhavam sob condições precárias. 
Figura 7 – Exploração artesanal do ouro (Autor et all, 2017)
STOP 4 – Formação de Vengo (Serra Vengo)
Localização da área 
A serra Vengo (Grupo de Manica) localiza-se na província de Manica e possui as seguintes coordenadas latitude: 18º 50’ 6,4” S, longitude: 32º 49’2,9” E com uma altitude de 856,7 metros e uma precisão de 4,6. 
Descrição da área de estudo 
A sua constituição é basicamente de rochas sedimentares, com intercalações de calhaus e conglomerados. Durante a observação do afloramento foi possível identificar uma matriz onde estavam mergulhados vários calhaus proveniente de várias litologias. Pode-se dizer havia predominância de conglomerados polimictico, porque há existência de vários calhaus com diferentes litologias e composição provenientes de várias rochas. Nota-se que alguns calhaus sofriam meteorização esferoidal, isto é, a meteorização ocorre de forma circular. Também observa-se uma parede que engloba alguns calhaus, onde a hematite serve de cimento para unir os calhaus, e constactou-se que esses calhaus e conglomerados sofreram transporte.
Figura 8 – Intercalação de calhaus e conglomerados em uma matriz de hematite, (Autor et all, 2017)
Discrição dos solos 
Na observação macroscópica, é notório que a alteração in situ, formando-se em paleosolos avermelhados, isto devido a presença de minerais que contem ferro, que vai fazendo com que a coloração seja avermelhada. 
Em conversa com proprietário de uma mina
Na conversa com um dos proprietário de mina de ouro de nome Alex, na qual disponibilizou-se em dar informações de como eles (incluindo trabalhadores deles) de como exploram ouro. Segundo Alex diz que começou a extrair o ouro em 2011, e que um grama faz por 2500mt, em conversa com o proprietário ele diz que o ouro na qual exploram é aluvionar e que eles seguemo quartzito com farejador do ouro.
Em companhia dos colegas e docentes, constatou-se que os métodos usados para extracção do ouro que eles adequam é inadequado, pois eles usam métodos artesanais, colocando em risco as suas própria vidas e há falta de equipamentos para auxiliar na extracção e para precaverem-se das suas vidas como: fones, mascaras, entre outros. 
Figura 9 – exploração artesanal do ouro (Autor et all, 2017)
STOP 5 – Formação de Macequece (Penhalonga)
Localização
 A área de estudo fica localizada na estrada Manica- Penhalonga, esta que faz parte da formação de Macequece, compreendida por rochas vulcânicas e tem as seguintes coordenadas Latitude: 18°51’51,2”S, Longitude: 32°45’42,9” E com altitude de 859,6m e precisão de 6,4.
Discrição do afloramento
Na percussão do afloramento em direcção ao topo, observa-se que na base tem blocos de rochas metavulcanica (meta-basalto) de maior granulometria e arredondados em relação ao topo, que eram de granulometria médio, isto é, observa-se que os blocos de rochas metavulcanica (meta-basalto) estavam a sofrer meteorização devido a temperatura (clima), criando fissuras e soltura de partículas, fazendo com que reduza o tamanho dos mesmos. Com base no conhecimento estratigráfico, no que diz respeito a sistemas de deposição, pode-se dizer que os blocos que estão no topo são diferentes dos que estão em profundidade, isto é, houve a deposição blocos de granulometria fina (na profundidade) e depois de granulometria grossa (no topo), isso é comum em ambientes fluviais.[1: Metabasalto é uma rocha metamorfizada, isso ocorre quando uma rocha é submetida a temperaturas diferente da sua formação, mas não alterando completamento o seu estado. ]
Note: Os blocos do afloramento, são atravessados por corpos leucocrático (corpo intrusivo) e também diques de basalto.
Stop 6 – formação de Vengo (Penhalonga)
A área de estudo fica localizada em Penhalonga, esta que faz parte da formação de Vengo, compreendida por rochas sedimentares, com as seguintes coordenadas Latitude: 18°49’48,5”S, Longitude: 32°45’23,5” E com altitude de 1144m e precisão de 3,8.
Discrição do afloramento
Na percussão do afloramento na qual saiu-se de cotas baixas e para cotas altas foi possível constatar que na base do afloramento tem intercalações de corpos ígneos e no topo solo, isto é, em altas altitudes os corpos rochosos sofrem mais meteorização devido as temperaturas (clima), que são muito baixas. 
Discrição dos solos 
Na observação macroscópica, é notório que a alteração in situ, formando-se em paleosolos avermelhados e meio amarelados, devido a presença de minerais que contem ferro, que vai fazendo com que a coloração seja avermelhada e devido a presença de minerais que contem sulfuretos. Na caracterização dos solos no geral são solos argilosos que resultam em conglomerado de argila e que durante a percussão em direcção ao topo do afloramento que corresponde uma altitude de 1236 metros que marca o limite entre o Cratão de Zimbabwe e Moçambique os solos variam de coloração de cinzento, para avermelhado e amarelado, devido o matérial que deu origem e da rocha mãe. 
Conclusão 
Durante as aulas que tivemos no campo, temos como conclusão de que as rochas da província de Manica são rochas mais antigas de Moçambique, que estão em exposição e deste modo sofrem o processo de meteorização devido aos agentes atmosféricos (água, vento clima), que culminam com a formação do solo. Entretanto nas montanhas os topos contem maior percentagem de rochas alteradas do que na base devido a altitude.
Referência bibliográfica