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NUTRIÇÃO ANIMAL (Anotações para 1ª prova) I – DEFINIÇÃO ata II - IMPORTÂNCIA - No trabalho de melhoramento genético; - 60 a 80 % dos custos de produção; - Afeta o desempenho dos animais na quantidade e qualidade dos produtos. - Na criação de animais de companhia (garantir bem estar, manter a saúde e em casos clínicos) III - CONCEITOS METABOLISMO: conjunto de todas as reações químicas que ocorrem nas células ANABOLISMO: Síntese, crescimento CATABOLISMO: Degradação RAÇÃO DIETA CONVERSÃO ALIMENTAR: consumo de ração do animal em um período de tempo / ganho de peso. Composição do alimento Sistema Weende Macrominerais (%) Ca, P, K, Cl, Na, Mg, S Água/Umidade Matéria Mineral ou cinzas Alimento Extrativo Não Nitrogenado Bruto (ENNB) Fibra Bruta (Celulose, hemicelulose, lignina) (Estrutural) Extrato Etéreo Bruto (EEB) (ácido graxo) Proteína bruta (PB) (NIT total X Fator de conversão) Matéria Orgânica Microminerais (PPM) Fe, I, Zn, Co, Se, Mn, F Matéria Seca Proteína Bruta PB= Nit x Fator de conversão Fator de conversão = 100 Média de Nit lignina: Não é carboidrato mas aparece na estrutura da parede celular vegetal entre as 1ª e 2ª camadas. Quanto mais velho o capim, maior deposição de lignina, menor porcentagem de água presente e menor digestibilidade. Macrominerais; tem maior exigência pelos animais. Sulfatos geralmente servem de veículo. K, Cl, Na e S atuam no equilíbrio catiônico de ruminantes. Frango em stress térmico O aumento da temperatura faz com que o animal faça hiperventilação, aumentando o CO2 no ambiente, o que causa alcalose respiratória. Reverter o quadro com nutrição acidogênica. Forrageiras temperadas tem maior digestibilidade que as tropicais. A digestibilidade diminui de acordo com a idade do capim. Sistema Van Soest ...Divide os componentes da amostra analisada em conteúdo celular, que compreende as frações solúveis em detergente neutro, conforme preconiza o método. Este método abrange uma série de compostos químicos e nutricionalmente definidos, tais como lipídeos, compostos nitrogenados, amido, pectina e outros compostos solúveis em água. A segunda parte, que compreende a parede celular, chamada de fibra em detergente neutro (F.D.N), inclui a proteína insolúvel, a hemicelulose e a lignocelulose, que engloba, principalmente, as frações de lignina e celulose. Sob o aspecto nutricional, o método Van Soest separa melhor os diversos componentes da fração fibrosa. Parece, portanto, desejável a substituição da tradicional fibra bruta pela fibra em detergente ácido (F.D.A.), do ponto de vista nutricional. Porém, é oportuno lembrar que, na determinação dos nutrientes digestíveis totais (NDT) usa-se a tradicional fibra bruta. http://www.dzo.ufla.br/Roberto/metodos_analise_alimentos.pdf 1- Uso de detergente neutro separa FDN- Fibra em detergente neutro Solúveis em DN (Carboidratos solúveis, (Celulose, Hemicelulose, lignina) amido, pectina, proteínas e ác. Orgânicos) 2-Uso de detergente ácido separa FDA- Fibra em detergente ácido Solúveis em DA (Hemicelulose) (Celulose + lignina) -Quantifica a hemicelulose. Após a retirada desta, sobra celulose+lignida, que são separadas por permanganato de potássio (KMnO4) Classificação dos alimentos I – VOLUMOSOS > 18 % Fibra Bruta na Matéria Seca -Pastagens naturais ou cultivadas -Silagens -Forragens secas ou grosseiras II – CONCENTRADOS ENERGÉTICOS < 18% FB na MS < 20% PB na MS PROTEICOS < 18% FB na MS > 20% PB na MS Parede celular -Lamela média -Parede primária -Parede secundária A importância da fibra efetiva na nutrição de bovinos de corte confinados Para uma boa saúde ruminal e bom desenvolvimento de bovinos de corte em confinamento, é preciso que na dieta formulada exista uma quantidade mínima de fibra. Além disso, ela deve ter uma efetividade capaz de estimular a mastigação, ruminação, a salivação e a motilidade ruminal. Na falta de estímulo de fibra no retículo, o bovino não rumina, reduzindo a produção de saliva. Esta, por sua vez, é rica em elementos tamponantes, cuja falta resulta em queda de pH que, dependendo da intensidade, pode levar à acidose. O quadro de acidose pode se desdobrar em timpanismo espumoso e laminite. A fibra também estimula a motilidade, que é importante por aumentar o contato do substrato com as enzimas extracelulares dos microrganismos do rúmen, auxiliar na ruminação e na renovação de conteúdo ruminal, ajudando a aumentar a taxa de passagem. A taxa passagem tem importantes conseqüências. Ela altera a eficiência da produção microbiana e, taxas de passagem mais rápidas favorecem o crescimento microbiano. Outro efeito da taxa de passagem, igualmente importante, e que pode ter grande impacto na utilização dos alimentos, é que ela pode alterar a degradação efetiva do alimento. Assim, um alimento que tenha 70% de digestibilidade com incubação por 24h, pode ter sua digestibilidade reduzida, caso ele permaneça menos que 24h no rúmen. SUPLEMENTOS MINERAIS Macrominerais (%) Microminerais (ppm ou mg/kg) SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS Vitaminas Lipossolúveis (PREMIX) Vitaminas Hidrossolúveis Núcleo ADITIVOS Antibióticos: promovem maior absorção de nutrientes Fungicidas: para prevenir problemas com toxinas fúngicas, principalmente com alimentos armazenados Anti-oxidantes Hormônios (Proibidos no Brasil como promotores de crescimento) Anabolizantes Corantes ou Pigmentantes Enzimas: muito usadas para desmama (amilase para bezerros, por ex) Probióticos e prebióticos Fatores que podem acarretar variações na composição de alimento: - Variedade (Quantidade de gordura, amido, etc) - Teor de água (cuidado se passar de 13 - 15%) - Condições de armazenamento - Condições do solo - Condições do processamento (Qualidade, armazenamento etc) CARACTERÍSTICAS DIGESTIVAS Ruminantes Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos - Bactérias metanogênicas CHO-CH4 (metano) Monogástricos -Herbívoros: Equídeos e coelhos ~maior teor de fibra -Onívoros: Aves e suínos -Carnívoros: cães e gatos Coelho- ingestão do cecotrofo (fezes mais úmidas que são ingeridas novamente para reaproveitar a matéria e melhorar a eficiência) = COPROFAGIA FEZES DURAS = leva de 6 a 8 horas FEZES MOLES = leva de 8 a 12 horas - Coelha em lactação produz até 3 vezes/dia os cecotrofos - Animal em crescimento produz 1 vez/dia os cecotrofos Aves e suínos tem maior eficiência na transformação dos alimentos (por serem onívoros?) Material fermentado no ceco. Absorção de água e formação de fezes moles DIGESTÃO RUMINANTES X MONOGÁSTRICOS Principais Características Digestivas dos Ruminantes: 1) Presença de ruminação ou ato merícico; 2) Fermentação microbiana no rúmen e retículo que antecede a digestão enzimática; (Rúmen- bactérias, protozoários, fungos. Bacs se duplicam em menos de 20 min e protozoários em menos de 18h) 3) Constância dos fenômenos digestivos Chega a comportar 250L nos 4 anexos. O rúmen e retículo do animal adulto abrigam 85% do conteúdo digestivo. Grande capacidade de armazenamento. 4) Ausência de sacarase entérica; Maior parte degradada no rúmen e retículo 5) Absorção entérica de açúcares nula ou quase nula; 6) Intensidade da gliconeogênese por precursores não glicídicos. Porque não degrada glicose. Ex: Aminoácidos, corpos cetogênicos (?) e ácidosgraxos voláteis Principais AGVs - ácido acético - ácido butírico - ácido propiônico O principal substrato para glicose é o ácido propiônico, produzido pela fermentação no rúmen. 7) Importância das nucleases entéricas Dieta muito rica em carboidratos pode causar queda do pH, timpanismo, acidose láctica, hiperplasia das papilas (ficam menores e queratinizadas), comprometendo a absorção. Principais Características Digestivas dos Monogástricos: 1) Reduzida capacidade de armazenar alimentos; 2) Taxa de passagem dos alimentos no trato gastrintestinal é relativamente rápida; 3) Baixa capacidade de digerir materiais fibrosos; 4) Pequena capacidade de síntese gastrintestinal; 5) Digestão dos alimentos faz-se por intermédio de enzimas digestivas produzidas pelo animal; 6) Aproveitam mais eficientemente os alimentos concentrados do que os ruminantes. RÚMEN CONDIÇÕES: - Anaeróbico; - Produção de gases = até 800L/dia; embora o normal seja +/- 500L/dia - pH 5,5/5,6 - 7,0; - Temperatura 38 - 40C; média de 39C; - Movimentação constante. - CHO ATP + H+ Ao digerir carboidrato, as bactérias liberam o íon H+, abaixando o pH do rúmen. Concentrados tem mais carboidratos e energia na ração, o que significa maior formação de H+ e diminuição do Ph. CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS RUMINAIS 1) Bactérias Celulolíticas ou Digestora de Celulose (também digere hemicelulose); 2) Bactérias Hemicelulolíticas ou Digestora de Hemicelulose (não digere celulose); 3) Bactérias Amilolíticas ou Digestora de Amido; 4) Bactérias Glicolíticas ou Fermentadoras de açúcares; 5) Bactérias Acidófilas ou que utilizam Ácidos (Ác. Láctico); 6) Bactérias Metanogênicas(CH4); * CHO(Carboidrato) AGVs Ác acético +formato H+ e CH4 * CHO ATP + H+ 7) Bactérias Proteolíticas ou Digestora de Proteína; 8) Bactérias Lipolíticas ou Digestora de Gordura; 9) Bactérias Ureolíticas ou que Hidrolisam Uréia (Amônia +H2O) 10) Bactérias Produtoras de Amônia; * Ciclo da ornitina * Ureia na alimentação do animal 11) Bactérias Produtoras de Vitaminas. SALIVA COMPOSIÇÃO: Água; Carbonatos e Fosfatos; NNP = Uréia; Nitrogênio Protéico; Minerais - Na, K, etc; pH = 8,4. FUNÇÕES: Umectante; Estimulada pela fibra. Quanto mais fibra, mais ruminação e mais saliva. Isso deixa o pH próximo de 7, já que tem mais fibra e menos carboidrato (CHO). 2) Microbicida – Lisozina; (mantém a normalidade no rúmen) 3) Tamponante; Uma dieta que consiste em concentrado fornece muito CHO. O baixo teor de fibras faz com que haja pouca ruminação, logo, baixa taxa de salivação, conferindo baixo pH; primeiro por causa da produção de ácidos graxos voláteis + H+ resultante do metabolismo de CHO, segundo por causa da pouca salivação, que tem ação tamponante e pH relativamente alto. 4) Anti-Espumante – Mucina: tem ação adstringente e evita que os gases fiquem ‘’presos’’ e o timpanismo. 5) Propulsora ou Impulsora; 6) Enzimática - Ptialina ou Amilase Salivar. Gliconeogênese Ácido butírico (4C) [10%] no rúmen Ácido propiônico (3C) [20%] no rúmen Ácido acético (2C) [70%] no rúmen Ácido graxo ---- > são saturados (?) e são encontrados somente onde há fermentação (Rúmen e Intestino Grosso) Gliconeogênese a partir do/a/s: -Carboidratos: Usa o propionato para obter glicose -Gordura: Usa o glicerol para obter glicose -Aminoácidos: Usa aminoácidos glicogênicos para obter PEP (???) (Geralmente ocorre em jejum muito prolongado) Ácidos graxos -Saturados -Insaturados -Cadeia longa -Cadeia curta O ácido propiônico é utilizado como fonte de glicose. Se não houver produção suficiente, o organismo mobiliza os ácidos graxos das triglicérides presentes na gordura corporal ou utilizam aminoácidos. Aminoácidos Glicogênicos: Alanina, arginina, metionina, cisteína, cistina... Glicocetogênicos: Podem se transformar em glicose ou em corpos cetônicos - fenilalanina, tirosina, triptofano, isoleucina e lisina. Cetogênicos: Leucina Mobilização/utilização de glicose 1º- ácido propiônico> 2º- Glicerol (dos triglicerídeos) > 3º- Aminoácidos CARBOIDRATOS Fórmula empírica: (CH2O)n sendo n ≥ 3 CLASSIFICAÇÃO: 1 – Monossacarídeos -Trioses (C3H6O3 ) Gliceraldeído; Diidroxiacetona -Tetroses (C4H8O4 ) Eritrose -Pentoses (C5H10O5 ) Xilose; Xillulose -Hexoses (C6H12O6 ) Glicose; Frutose; Galactose 2 – Oligossacarídeos -Dissacarídeos (C12H22O11) lactose; sacarose; maltose -Trissacarídeos (C18H32O16) rafinose -Tetrassacarídeos (C24H42O21) estaquiose -Pentassacarídeos (C30H52O26) verbascose (PEGUEI ISSO DOS SLIDES) 3- Polissacarídeos (glican, > 10 unidades de glicose) -Amiláceos hexosans (amido 1-4) -Não-amiláceos celulose (1-4) pectinas, beta-glucanos e arabinoxilanos Amido É um polímero de moléculas de glicose, unidas por ligações α entre os carbonos 1 e 4 de cada molécula. Celulose Polímeros de moléculas de glicose unidos por ligações β entre os carbonos 1 e 4 de cada molécula. Pectina/amilopectina Formato helicoidal devido a presença de ramnose, que causa uma rotação abrupta da estrutura molecular; e cauda final não redutora (?) A pectina diminui a digestibilidade em monogástricos. LIGNINA A lignina (do latim lignum que significa madeira), NÃO É CARBOIDRATO. É uma molécula tridimensional amorfa observada nas plantas terrestres, em associação com a celulose na parede celular, de natureza polimérica, com finalidade de conferir rigidez, impermeabilidade e resistência contra ataques biológicos aos tecidos vegetais. PIORA A DIGESTIBILIDADE. No citoplasma das bactérias do Rúmen Carboidratos dietéticos: Celulose, hemicelulose, amilase, pectina Carboidrato + 2 ADP + 2Pi 2 piruvato + 4 H + 4 e - + 2 ATP (C6H12O6) Tem que eliminar porque abaixa o pH. É possível eliminar os íons H+ por três vias diferentes: Vias de eliminação dos principais ácidos graxos voláteis. Sempre começa a partir do piruvato, que formará os ácidos graxos voláteis. 1ª- Via de eliminação do ácido acético Piruvato ácido acético + formato Formato CO2 + H2O CH4 (metano) + 2H2O 3H2 RESULTADO FINAL: acetato= ENERGIA + GORDURA (acetil coA) 2ª- Via de eliminação do ácido butírico PIRUVATO ÁC. ACÉTICO ÁC. MALÔNICO ACETO ACETATO ᵦ HIDROXI BUTIRATO ÁC. CROTÔNICO ÁC. BUTÍRICO H2 H2 RESULTADO FINAL: butirato = ENERGIA + GORDURA (acetil coA) [TAMBÉM NÃO ENTENDI PORRA NENHUMA, SORRY, SÓ PEGUEI DO SLIDE] 3ª- Via de eliminação do ácido propiônico Duas formas de eliminação: Pelos ácidos dicarboxílicos Piruvato ........................ propionato Pela via do acrilato Piruvato ácido láctico acrilato propionato H2 H2 Liberação de ácido láctico = acidificação do meio, provocada, DE NOVO, por dieta rica em carboidratos. RESULTADO FINAL: Propionato = GLICOSE RESUMINDO, os ácidos graxos voláteis resultam em acetato, butirato e propionato. Acetato e butirato são utilizados como fonte e energia e gordura e o propionato como fonte de glicose. Relação Acetato : Propionato VOLUMOSO - Acetato (70%) -Butirato (10%) -Propionato (20%) Ou seja, relação de 80:20 ou de 4:1 ADICIONANDO CONCENTRADO - Acetato (50%) -Butirato (10-15%) Aumenta a produção de água e tem mais glicose disponível - Propionato (35-40%) Relação de até 60:40 ou 1,5:1 [ACHO QUE É EM RELAÇÃO À SINTESE DE GLICOSE, ETC] Volumoso X Concentrado Tem mais fibras, o que estimula mais ruminação e pH mais alto. Também tem menos ENNB, que significa menos carboidrato disponívele, consequentemente, menos íons H+. Resultado: acetato e propionato. Além disso, tem maior produção de saliva, que tem ação tamponante, deixando o pH próximo de 7. Baixo teor de fibras, muito ENNB = menos ruminação, menos saliva. Resultado: acetato e propionato OBS: Estão contidos no ENNB açúcares, amido, glicogênio, hemiceluloses etc. Energia dos carboidratos nos monogástricos Os carboidratos da dieta são fonte de glicose, que é absorvida....... e utilizada no ciclo de krebs ou armazenada no fígado como gordura. [PULEI UM MONTE DE ETAPA mas eu acho que é isso aí, corrijam pfv se n for] Os carnívoros absorvem pouco carboidrato mas obtém glicose dos aminoácidos e do glicerol pela gliconeogênese. Obs: o fígado do felino possui pouca enzima glicoquinase para quebrar a glicose, então utiliza a hexoquinase. (O cão utiliza a glicoquinase) Carboidratos nos cães: particularidades sacarose → melhora a aceitabilidade; lactose → não é bem tolerada pelo animal adulto; amido → não é bem digerido. efeito da fibra bruta: motilidade gastrointestinal; formação do bolo fecal; ↑ FB ↓ energia na ração; fermentação da FB → produção de AGVs que fornecem energia para os enterócitos ( ác. butírico). DIVISÃO ENERGÉTICA DA DIETA Energias calculadas de acordo com a Energia Bruta fornecida, Energia Digestível utilizada pelo animal e Energia Fecal excretada. É possível quantificar em animais que estão na gaiola metabólica. As fezes são coletadas, congeladas e colocadas na bomba calorimétrica para conferir o valor de energia contido. Energia Bruta ofertada na comida Energia Metabolizável Energia Urinária Então, a energia digestível é a diferença entre energia bruta e energia fecal. Energia Digestível ED = EB – EF Energia Fecal eliminada pelas fezes O animal não aproveita 100% do que é absorvido. Parte da energia absorvida é perdida na urina. A Energia Digestível é, então, dividida em Energia Metabolizável e Energia Urinária Ou seja, a energia metabolizável é igual a energia digestível menos a energia urinária EM = ED - EU Lembrando que ED = EB – EF Ou até mesmo, é a energia bruta menos todas as outras energias excretadas (fecal e urinária): EM = EB – (EF + EU) Para Ruminantes: Considerar a energia gasta na liberação de gases, que geralmente representa 8% da energia bruta (pode chegar até = +/-12%, por ex). EM = ED – (EU + EGases) A ENERGIA METABOLIZÁVEL é dividida em: IC- Incremento calórico É a energia gasta para realizar a digestão por ações químicas, físicas e enzimáticas. É composto por: TD- Trabalho digestivo. Ações mecânicas e físicas como a mastigação, regurgitação, ruminação, peristaltismo e deglutição ADE- ação dinâmica específica. Ação química de substâncias envolvidas na digestão como a produção de saliva, suco gástrico, pancreático etc. ELM- Energia líquida para mantença MB- metabolismo basal para manter as funções vitais É o mínimo para se manter vivo como: batimentos cardíacos, respiração etc. TR- termorregulação para evitar perdas de calor ou manter a temperatura corporal AV- atividades voluntárias, exercícios, andar etc. ELP- Energia líquida para produção -Postura, crescimento, produção de leite e diversas atividades produtivas. Há algumas maneiras de otimizar a energia gasta nesses processos. Não é possível saber exatamente quanto de energia tem/é gasta em cada uma das atividades, mas é possível regular alguns fatores e analisar o desempenho final. Por exemplo: TD trabalho digestivo- Diminuir a energia gasta no trabalho digestivo dependendo da forma que o alimento é fornecido. Ex: metabolizar farelo de milho gasta menos energia que metabolizar o milho inteiro. Diminuir o trabalho digestivo seria uma alternativa para diminuir o incremento calórico IC, sobrando mais energia para a produção (ELP). NÃO pode diminuir a ELM energia líquida para mantença para aumentar a energia de produção porque é a energia mínima para o animal se manter vivo. A energia líquida para mantença só pode aumentar. Ex: com o ganho de tecido muscular é necessária maior energia líquida de mantença para mantê-lo. MB metabolismo basal- Pode ser alterado por melhoramento genético. Entretanto, o melhoramento genético pode provocar várias síndromes, mortes súbitas, insuficiências respiratórias e ascite porque geralmente são criados animais com a musculatura mais desenvolvida, aumentando a demanda de oxigênio para estes tecidos, porém, não há modificação compatível no sistema cardiorrespiratório para acompanhar a exigência de oxigênio. TR termo regulação- Regular a temperatura do ambiente e proporcionar conforto térmico para que o animal não tenha que gastar energia produzindo nem perdendo calor. (para sobrar mais energia p/ produção) AV atividade voluntária- animais em confinamento gastam pouca energia com atividade voluntária, sobrando mais energia para produção. AVES Trabalha com o nível de energia metabolizável já que as excretas são liberadas juntas. (Que é diferente em outros animais já que a energia urinária faz parte da energia metabolizável) OBS: A cloaca tem o final de cada sistema (urinário, digestório e reprodutor) Energia Bruta Energia Metabolizável Energia liberada pelas excretas (o que seria ‘’energia fecal e urinária’’) [[Daí tem várias fórmulas de divisão energética da dieta do frango.... de dieta referência, dieta teste, alimento teste, com correção do Nitrogênio... ]] Na prática, o que acontece é com a fórmula corrigida pela retenção de Nitrogênio. ______________________________________________________________________________________ A energia Metabolizável e Digestiva tem valor real (ou verdadeiro) e aparente. A real desconta as perdas endógenas provenientes do organismo, por isso tende a ser maior que a aparente. Por isso EM aparente < EM verdadeiro Porque, como já foi visto, a Energia metabolizável aparente é a energia digestiva menos a urinária ... EM aparente = ED - EU EM aparente = (EB – EF) – EU ... enquanto a Energia Metabolizável verdadeira desconta as perdas endógenas da energia fecal e da energia urinária (porque mesmo estando em jejum, o animal libera secreções de morte celular -por ex- e conteúdo para excretar tanto na urina quanto nas fezes). EM verdadeira = [EB – (EF – EF endógena)] – (EU – EU endógena) Ou seja, são subtraídos da energia bruta valores de energia fecal e urinária menores já que foi descontada a perda endógena. Por isso a energia verdadeira é maior que a aparente. Determinação dos NDT – Nutrientes Digestíveis totais Para saber o que o animal consegue digerir de um alimento através da digestibilidade -que é uma forma indireta de saber o que o animal está absorvendo. Ex: 20g de PB consumida PB % 20g ---------------- 100 17g ----------------- X X= 85% de PB absorvida = COEFICIENTE DE DIGESTIBILIDADE 17g de PB absorvida 3g de PB excretada Em relação a digestão de fibras: Ruminantes > Monogástricos Fração digestiva = proteína digestiva Antigamente utilizava o total da fração digestiva dos alimentos como total, mas isso mudou depois que começaram a aplicar o sistema calorimétrico Kcal/g [nos anos 40 se não me engano (?)] Fórmula utilizada para RUMINANTES, em que 2,25 é a correção calorimétrica. NDT = PD + (EED x 2,25) + FD + ENNB NDT em porcentagem = soma das frações digestivas corrigidas. EX.: NDT= 77,64%9Kg de Matéria Seca (MS) Peso Corporal (PC)= 450 Kg IMS= 2,0% PC Capim 20% MS ¿QUE? Eu n entendi mt bem direito, se alguém puder fazer a bênção de me explicar eu ficaria mt grata 100 Kg capim ------ 20Kg MS X ---------- 9 Kg X= 45 Kg de capim NDT= 77,64% Passar para calorias (energia digestiva) ED = NDT (g) x 4,4 4,4 é uma constante, só aceita que é esse o número (pq o prof não quis explicar) NDT deve ser trabalhado em gramas. 1Kg de alimento = X Kcal de E. Digestível. 1000g x 77,64 ÷ 100 = 776,4 GRAMAS Então, ED = 776,4 x 4,4 ED = 3416,16 Kcal/kg Ou até 341,616 Kcal/100g NDT para Energia Metabolizada EM = ED x 0,82 0,82 utilizado para ruminantes porque +/- 18% é liberado em Urina e GasesEB EM (82%) EG EU (8%) (10%) EF Então EM = 3416,16 x 0,82 EM = 2801,25 Kcal/Kg de energia metabolizável por Kg de alimento. CONSIDERAÇÕES PROTEÍNAS À medida que o animal envelhece, sua exigência de proteína e a. ác. diminui. Então, quanto mais novo, mais aminoácidos e proteína deverão ser adicionados à dieta.
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