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RESUMO NUTRIÇÃO ANIMAL

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RESUMO NUTRIÇÃO ANIMAL
AULA 1: Composição química dos alimentos - aminoácidos
Alimento =
Água
x
Matéria Seca { Matéria orgânica: Proteínas (cadeia de aminoácidos), carboidratos (monossacarídeos-glicose, frutose;
dissacarídeos-maltose, sacarose; polissacarídeos...), lipídios (compostos por ácidos graxos e glicerol), vitaminas (hidrossolúveis
- C, do complexo B; e lipossolúveis - Ca, Mg e K).
{ MM: Macronutrientes e micronutrientes (micro pois encontramos em menores quantidades no corpo do animal)
● Proteínas
- Nutrientes essenciais, orgânicos nitrogenados e presentes em todas as células vivas;
- Segundo composto mais abundante (Atrás apenas da água);
- Indispensáveis para o crescimento, reprodução e produção.
- Composição química: C (média de 52,5%), H (média de 6,9%), O (média de 21,5%), N (15 a 19% → média 16,0%).
Podem apresentar Cu, Ca e Mg. Muitas encerram no S e algumas no Fe e P.
- Importância da proteína: formação de tecidos (conjuntivos, ósseo,nervoso, sanguíneo, cardíaco, germinativo...), podem
ser fonte de energia do alimento, mas não é o ideal pq terá um custo energético podendo assim emagrecer, pois o
animal irá sofrer um processo de desaminação, ou seja, terá que tirar o excesso de N do organismo (fígado faz esse
processo), sendo que esse grupo de amina será eliminado na forma de ureia e o restante da molécula será utilizado
como fonte de glicose. Proteínas são fundamentais para equilíbrio ácido-básico do organismo, produção de anticorpos,
função nas secreções glandulares (enzimas).
Classificação:
- Cíclicos:
Núcleo de benzênico (fenilananina e tirosina → indispensáveis, precursor da tiroxina e adrenalina)
Núcleo pirrólico (prolina e hidroxiprolina → abundante na soja)
Núcleo imidazólico (histidina → essencial, precursor da histamina)
Núcleo indólico (triptofano → essencial, precursor da indoxila e do escatol)
- Não Cíclicos:
Monoaminados (glicocola → presente nas albuminas; ác. glutâmico → constitui 20% do caseinogênio)
Diaminados (ornitina → formam as protaminas)
Diaminados Monocarboxílicos (citrulina, arginina e lisina)
Dicarboxílicos (ác. aspártico)
Sulfurados (cristeína, cistina → abundante nas queratinas, metionina - indispensável)
- Holoproteínas: proteínas simples
Protaminas (entramos no esperma), histonas (hemoglobinas), prolaminas (exclusiva vegetal), glutelinas (exclusiva
vegetal), albuminas (sangue, ovo), globulinas (ovo como ovoglubilinas,sangue como soroglobulina, no leite como
lactoglobulina) e escleroproteínas (tecidos de sustentação como colágeno).
- Heteroproteínas: proteínas conjugadas com algo
Mucoproteína (galactosamina e glicosamina compostos por mucopolissacarídeo), glicoproteína (contém menos de
4% de carboidratos na composição), fosfoproteína (vitelina presente no gema do ovo), lipoproteína (solúveis em
água e conjugadas com colesterol...), cromoproteína (conjugado com elemento metálico, normalmente ferro),
nucleoproteína (histonas ou protaminas + ácido nucléico).
Aminoácido essencial: significa que o organismo não é capaz de sintetizá-lo em quantidade suficiente para atender as
necessidades do animal, e esse aminoácido necessariamente deve ser fornecido na ração.
- Aminoácidos essenciais em suínos: lisina (Lys), treonina (Thr), metionina (Met), triptofano (Trp), valina (Val),
isoleucina (Ile), leucina (Leu), histidina (His), fenilalanina (Phe) e tirosina (Tyr); Tudo depende da fase de vida,
espécie, fase imunológico para o aminoácido ser essencial → Sendo que a glutamina e arginina (essenciais apenas para
leitões, fase inicial).
- Atualmente formulamos a dieta com o conceito de proteína ideal, realizando um balanceamento de aminoácidos
para aproveitamento e desenvolvimento dos animais;
- Proteína ideal é o balanço exato de aminoácidos essenciais e o suprimento de aminoácidos não-essenciais, capaz de
atender sem excessos nem deficiências as necessidades absolutas de todos os aminoácidos necessários para a
manutenção animal e máxima deposição protéica;
- Leva em consideração os aminoácidos limitantes, aqueles que necessitam estar contidos na dieta em concentração
mínima, de acordo com a exigência, para que ocorra a síntese proteica.
- Suínos – Lisina, metionina, treonina e triptofano
- Aminoácidos Industriais: também são conhecidos como sintéticos, mas nem todos são sintetizados por algum
processo químico como metionina. Alguns aminoácidos que adicionamos na ração, são obtidos por processos de
fermentativos ou também por hidrólise proteica.
AULA 2: Composição química dos alimentos - carboidratos
● Carboidratos: são definidos quimicamente como óleo hidroxicetona, que tem cetose que é um monossacarídeo que
tem um grupo cetona normalmente no carbono 2 (caso da frutose) ou poliidroxialdeído (aldose que é monossacarídeo que
apresenta grupamento aldeído porém fica na extremidade da moléculas, ou seja, aldose e quando está em outro local da
molécula cetose). Carboidratos são Hidratos de carbono e a fórmula empírica geralmente é (CH2O)n, onde n ≥ 3.
- Classificação:
Monossacarídeos (5 ou 6 carbonos): são sólidos, incolores, cristalinos; solúveis em solventes Polares e insolúveis
em Não-Polares (Benzenos, Clorofórmios e Éter). Ex.: Glicose, Frutose e Galactose.
Dissacarídeos (10~12 carbonos): união de 2 monossacarídeos (unidos por lig. Covalente). Ex.: Maltose, sacarose e
lactose.
- Glicose + Glicose = Maltose
- Glicose + Frutose = Sacarose
- Glicose + Galactose = Lactose
Oligossacarídeos (12~36 carbonos): aula de fibra
Polissacarídeos (+ 36 carbonos): Grandes cadeia carbônicas, Polímeros de alto fornecimento energético para o
metabolismo; Alto peso molecular, facilmente encontrados na natureza; Reservas de monossacarídeos e alta
concentração de energia.
- Amiláceos: não estrutural (vem do amido é mais fácil do organismo conseguir fazer o aproveitamento por
causa de enzima endógenas)
- PNA: estruturais (mais difícil de ser degradada) → parte da fibra vegetal como celulose
- Os polissacarídeos só liberam seus monossacarídeos pela ação super ácida ou por enzimas específicas
(metabolismo).
- Enzimas que hidrolisam o amido: α - amilase, que atacam as ligações α (1 → 4), e enzimas desramificadoras, que
degradam α (1 → 6).
- Pode ser de origem animal: Quitina (exoesqueleto dos artrópodes) e Glicogênio (reserva energética animal)
- Ou vegetal: Celulose (parede celular) e Amido (reserva energética vegetal)
AMIDO: Homopolissacarídeos de reserva de células vegetais, está no interior das céls.em forma de grânulos
(polímeros agregados) e são altamente hidrolisadas pelo presença de hidroxilas;
Ex.: milho, utilização do glúten (proteína), mas pode variar o teor de gordura para cada grão (tamanho do grão
muda, slide 15).
Amido possui basicamente 2 tipos de polímeros de glicose: amilose (várias glicoses com ligações α (1 → 4),
possuindo formato linear → + fácil de digerir) e amilopectina (além das ligações lineares de α (1 → 4) temos
também ligações α (1 → 6), influenciando a capacidade de digestão).
GLICOGÊNIO: Homopolissacarídeos de reserva de células de Animais.; A maior parte dos resíduos de glicose
por lig. α (1 - 4) e Ramificações por ligações α (1-6); Possui + ramificações que a amilopectina, porém sua
molécula é compacta. PRINCIPAL FORMA DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ANIMAL.
- É especialmente abundante no fígado, onde pode representar 7% da massa úmida hepática; e está presente
também no músculo esquelético.
- Processo digestório nada mais é que: pegar um polissacarídeo (um amido por exemplo) → o amido através de
processos enzimáticos libera essa glicose → posteriormente essa glicose é absorvida → e através da insulina
glucagon você converte essa glicose em glicogênio → e vai armazenar no organismo do animal para utilização.
AULA 3: Fibra Vegetal
● Fibra Alimentar: Alimentos de Origem vegetal com diferentes definições:
- Fisiológica: Componentes da dieta resistentes à degradação por enzimas endógenas de mamíferos e aves.
- Química: Soma de POLISSACARÍDEO NÃO AMILÁCEOS (PNA) e lignina
- Botânica: Componentes presentes na parede celular.A parede celular vegetal é composta por polissacarídeos
estruturais (celulose, pectinas, hemiceluloses e outros polissacarídeos) e substâncias de incrustação (sílica, amilóides,
glicoproteínas, ácido fítico, cutina e taninos).
● Parede celular vegetal composta por:
- Parede primária: Hemiceluloses
- Parede secundária: Celulose lignina
- Lamela média: Pectinas PNAs
O termo “fibra” é ambíguo e impreciso, tornando isso um problema; A definição é variável segundo o objetivo de sua
determinação; Muitas medidas diferentes, refletindo essa variação.
● Principais componentes fibrosos
- CELULOSE: Glicose com ligação beta 1-6 e beta 1-4; Cadeia linear, sem ramificações; Baixa atividade (sem sítios
ativos); Baixa retenção de água; Lenta fermentação.
- HEMICELULOSES: São heteropolissacarídeos de estrutura complexa heterogênea, compostas de um grande
quantidade de polímeros de monossacarídeos; Estrutura formada por polissacarídeos de composição variável com grau
de polimerização inferior ao da celulose; Cadeias de açúcares com ligações beta; Presente na parede primária de todas
as plantas; Composição muito variável; Xiloglicanas, glicomananas, arabinoxilanas, galactoglicomananas, etc.
Insolúvel em água e pH 3 - 7; Muito ramificadas e muito hidrofílicas; Muitos sítios ativos (menos que lignina e
pectina).
- LIGNINAS: Não são carboidratos (ácidos com anéis aromáticos); Aumentam com a idade da planta e conforme a
parte da planta; Presente na casca de cereais; Parede secundária; Alta atividade, baixa retenção de água; Impede
fermentação de outros componentes.
- PECTINAS: Presente principalmente em leguminosas e frutas; Lamela média e parede primária; Cadeias mistas em
ác. Galacturônicos que podem apresentar ligações cruzadas; Altamente hidrofílica e ramificada; Alta atividade; Rápida
fermentação se solubilizada.
- PNAs solúveis: Presentes na lamela média e parede primária; Cadeias de pentoses e hexoses (beta); Altamente
viscosas e hidrofílicas; Arabinoxilanas: muito ramificadas (Trigo, arroz, milho); Beta-glicanas: lineares (cevada,
centeio, aveia).
- COMPONENTES MINORITÁRIOS: SÍLICA é um elemento estrutural que complementa a lignina auxiliando
na resistência e rigidez da parede celular; CUTINA: natureza lipídica; células epidérmicas; função de proteção;
material bastante resistente a oxidação; Composto em maior proporção; TANINOS: Diminuem a permeabilidade
sobre as células epiteliais da parede intestinal; Produzem sobre o epitélio bucal estado de adstringência e
diminuição da lubrificação e a consequente redução na ingestão voluntária de alimentos.
● Carboidratos não digeríveis por enzimas endógenas e seus monômeros residuais
Carboidratos não digeríveis por enzimas endógenas
- Amido resistente → Inacessível fisicamente ou submetido à calor → Monômeros residuais Glucose
● “Atividade” da Fibra
- As propriedades físico-químicas da fibra dependem da sua composição e estrutura macromolecular
- Os efeitos nutricionais dependem destas propriedades
● Principais propriedades físico-químicas
- CAPACIDADE DE HIDRATAÇÃO: Hemiceluloses, pectina e PNAs; Aumenta a fermentação; Protege das enzimas
digestivas; Aumenta o volume de fezes; É uma característica da fibra solúvel e insolúvel
- CAPACIDADE DE LIGAR CÁTIONS E TAMPONAMENTO: Aumenta a fermentação (adesão); Sequestra
cátions bivalentes e pode formar cadeias mais viscosas; Modula o pH no trato digestivo (rúmen e intestinos) e em
silagens.
- VISCOSIDADE: Fibra solúvel (PNAs e parte da pectina); Afeta passagem e digestibilidade em monogástricos;
Depende do tamanho e da ramificação das cadeias de polissacarídeos; Difícil de prever o efeito in vitro
● Componentes da fibra solúvel
- Estrutura bastante ramificada
- Grande área superficial e quantidade de grupos hidrofílicos
● Efeito da fibra sobre digestibilidade
- Barreira física
- Viscosidade
- CT (capacidade tamponante)
- Aumento ou redução na taxa de passagem
- Secreções endógenas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
● A fibra da dieta influencia os processos digestivos;
● Relação com as propriedades físico-químicas;
● Efeito sobre a digestibilidade de nutrientes e segmentos do trato.
AULA 4: Lipídios e Absorção de nutrientes
Lipídios são ésteres formados de ácidos graxos ligados a um álcool. São compostos pouco solúveis ou insolúveis em água e
solúveis em solventes orgânicos tais como éter, clorofórmio, benzeno, etc.
- Extraídos de tecidos animais e vegetais
- Gorduras saturadas → origem animal
- Gorduras insaturadas → origem vegetal
● Principais lipídios na dieta → Colesterol; Ácidos graxos; Fosfolipídios; Vitaminas; Triglicerídeos (90%)
● FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS
- Fonte energética
- Termogênese
- Reserva alimentar
- Precursor vitaminas
- Hormonal
- Antioxidante
- Estrutural (Membranas celulares)
- Componente Biliar
- Isolamento térmico
- Metabolismo do Cálcio
- Ácidos Graxos Essenciais
● TRIGLICERÍDEOS - Ácidos graxos que se ligam aos carbono C1, C2 e C3 de um álcool.
● ÁCIDOS GRAXOS - Produtos da hidrólise dos triglicerídeos
● AG ESSENCIAIS
- Fornecidos pela dieta
- Ex.: Linoléico e linolênico
- Araquidônico
- São ácidos graxos poliinsaturados
- Deficiência = Taxa de crescimento
● ABSORÇÃO DOS LIPÍDIOS (Possui 4 fases):
- EMULSIFICAÇÃO
- HIDRÓLISE
- FORMAÇÃO DE MICELAS
- ABSORÇÃO
● ENTERÓCITO
- São duas epiteliais que cobrem os vilos e as criptas
- Cada enterócito possui dois tipos diferentes de membranas celulares
1. MEMBRANA APICAL: Superfície da célula que faz contato com o lúmen, coberta por uma camada gelatinosa de
glicoproteína e com alto conteúdo proteico
2. MEMBRANA BASOLATERAL: Refere-se à base e aos lados das células, e é semelhante a outras membranas celulares
- ZÔNULAS DE OCLUSÃO são as ligações entre os enterócitos adjacentes
- Essas conexões localizam-se próxima a terminação apical das células e divide a membrana apical da basolateral
- Permite a passagem de água e eletrólitos em algumas regiões, nunca permite a passagem de moléculas grandes
- Permeabilidade das zônulas oclusivas pode ser alterada por substâncias reguladoras neuro-humorais
- Espaços laterais normalmente distendidos e cheios de líquido extracelular
- Tanto as zônulas oclusivas como o endotélio capilar são barreiras permeáveis
● MICROAMBIENTE DA SUPERFÍCIE INTESTINAL
- Rica camada de muco secretada pelas células globosas
- Glicocálice
- Camada estável de água - Próxima à superfície intestinal
Formam uma barreira de difusão, que os nutrientes precisam passar para entrar nos enterócitos
● ENZIMAS DA FASE MEMBRANOSA
- Sintetizadas dentro dos enterócitos
- Projetam a membrana apical para a camada de superfície
- Camada estável de água é o local que ocorre esta fase
- Produtos destas enzimas são absorvidos e nunca voltam para o lúmen
- CARBOIDRATOS: Maltase, isomaltase, sacarase e lactase
- PROTEÍNAS: Peptidases
● ABSORÇÃO
- PASSIVA: Difusão Simples (transporte passivo de uma substância para a membrana celular) x Difusão Facilitada
(molécula transportadora na membrana combina com a molécula que está fora da membrana celular e auxilia nesse
processo)
- ATIVA (quando a transferência é ativada por cotransporte, mediado por carreadores e é capaz de carrear uma
substância contra o gradiente de concentração como o sódio e hidrogênio)
AULA 5: METODOLOGIAS UTILIZADAS EM ENSAIOS DE DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES E DE
PASSAGEM DA DIGESTA
Quais os cuidados metodológicos? Qual protocolo pretendo realizar?
DIGESTIBILIDADE ILEAL* NO MAPA
Digestibilidade de nutrientes: nada mais é que eu medir quanto de um determinado nutriente conseguiu ser aproveitado
pelo animal.
ENERGIA BRUTA: meço a quantidade de quilocaloria que tem naquele alimento, então se eu coloco um alimento de boa
qualidade ou má qualidade e faço esse cálculo de ração, baseado em energia bruta, eu fico sem saber se esse alimento
realmente será aproveitado por esse animal pq eu só meço a quantidade que está entrando.
ENERGIA DIGESTÍVEL= ENERGIA BRUTA - ENERGIA PERDIDA NAS FEZES .
A energia digestível é uma medida melhor utilizada que a energia bruta, pois leva em consideraçãoquanto daquela energia
do alimento vai conseguir ser utilizado por esse animal, entretanto, uma parte de energia ela tbm sai na urina então se eu
medir a quantidade de nitrogênio na urina, esse nitrogênio está presente na ureia da urina. A ureia faz parte do metabolismo
dos aminoácidos, então na maioria das espécies, a gente calcula necessidade nutricional de energia baseado em:
ENERGIA METABOLIZÁVEL = ENERGIA BRUTA - ENERGIA PERDIDA NAS FEZES - ENERGIA PERDIDA
NA URINA
Existem medidas mais detalhadas como a energia líquida = energia bruta - ener.fezes + ener.urina - incremento calórico
(representado pelo aumento da produção de calor após o consumo do alimento, constituído pelo calor de fermentação e
energia gasta pelos processos digestivos, assim como o calor de produção resultante do metabolismo de nutrientes). Porém
não temos tantos dados disponíveis para que eu tenha a energia líquida de maneira precisa.
Podemos medir a digestibilidade de qualquer medida laboratorial, como matéria seca, proteína (meço proteína bruta que
entrou, meço a proteína bruta que saiu e a partir disso, temos um balanço de quanta proteína bruta que foi aproveitada pelo
animal), fibra, resíduo mineral...
POR QUE FAZEMOS A DIGESTIBILIDADE ILEAL DE NUTRIENTES? fazemos para evitar a fermentação
microbiana, pq quando eu penso, por exemplo, na digestibilidade de aminoácidos, quando esses aminoácidos passarem pelo
intestino delgado e entrarem no intestino grosso, a fermentação microbiana vai alterar a composição desses aminoácidos, e
aquilo que eu meço nas fezes é diferente do que ia medir antes desse alimento entrar no intestino grosso, então para alguns
nutrientes, algumas medidas é interessante que a pessoa faça a ILEAL.
COMO FAÇO A DIGESTIBILIDADE ILEAL DE NUTRIENTES? preciso coletar esse material no íleo (parte final do
intestino delgado).
COMO SABER SE O ALIMENTO INGERIDO É O MESMO MATERIAL QUE ESTÁ SENDO COLETADO?
utilizamos indicadores (são partículas de material inerte; materiais coloridos ou corantes solúveis na água; substâncias
químicas ou compostos radioativos indigeríveis; não ser transformado ou absorvido no trato gastrointestinal; nenhum é
totalmente recuperado na digestão, fezes ou excreta; possuir determinação química com precisão adequada; e possuir taxa de
migração idêntica à da fase de estudo do conteúdo intestinal)
QUAIS INDICADORES TENHO DISPONÍVEL?
Fase Líquida: Cr-EDTA e polietileno glicol
Fase sólida: Fe2O3 (óxido de ferro - normalmente utilizado na coleta total), Cr2O3 (óxido de cromo), fibra Cr-mordente,
isótopos de Y e Ce, e partículas do alimento tingidas ou partícula marcadas com complexo Rutênio-fenantrolina.
*Conseguimos ter uma concentração sem precisar coletar todas as fezes, conseguimos fazer apenas com a coleta parcial das
fezes.
FORNECIMENTO DE DIETAS COM INDICADOR? pode ser dose única (ensaio de passagem, que vai estudar um
esvaziamento gástrico, ou tempo de passagem do alimento) ou dose contínua (ensaio de digestibilidade, pois preciso que o
indicador esteja passando como um alimento, de maneira constante pelo trato e saindo de maneira constante).
COLETA TOTAL CDA (MS) (meço em gramas a quantidade de alimento ingerido/nutriente/energia, e a quantidade
excretada → CDA (MS)= INGERIDO - EXCRETADO/ INGERIDO * 100 = % do coeficiente de digestibilidade da matéria
seca (MS), por exemplo)
CDA (proteína bruta)= (ingerido * % PBr) - (excretado * % PB fezes) / ingerido * PBr = *100 %
COLETA PARCIAL (não coleto todas as fezes, coletar uma amostra representativa) → CDA (MS) = 100- (100*
(%indicador no alimento/ %indicador fezes))
CDA (proteína bruta)= 100- (100*(% indicador na ração / indicador nas fezes * %PB fezes / %PB ração))
Medidas da Passagem da Digesta: Velocidade expressa em mm/s (trabalhos de uma utilidade intestinal), A taxa de fluxo,
expressa em Litros ou kg/h (quanto que aquele alimento passa por um compartimento, medida de quantidade de material
digerido, fermentado, absorvido ou excretado, nos compartimento digestivos); A taxa de passagem ou o seu recíproco tempo
de retenção.
Pontilhada= sem acúmulo
Quais fatores que podem afetar a passagem da digesta? Idade dos animais (animais nas fases iniciais possuem processos
de excreção diferentes dos adultos, tendem a defecar com + frequência de animais nas fases posteriores); Fistulados x
Abatidos x Anastomose → (íleo) (qual metodologia pode afetar a passagem da digesta); Composição da dieta (fibra);
Manejo alimentar; Gaiolas metabólicas x Baias (será que isso pode afetar a digestão, por questão de estresse...);
- Idade dos animais (suíno) → Por que a maior parte dos trabalhos é com animais em crescimento e terminação?
pois é difícil de trabalhar com leitões na fase inicial em ensaios de digestibilidade/passagem. E também as tabelas
brasileiras proposta por Rostagno – usam animais em crescimento e terminação; e as curvas de excreção
possivelmente diferentes (animais de fases iniciais não tem um ritmo circadiano bem pré-estabelecido e muitas vezes
defecam mais vezes ao dia do que animais nas fases posteriores).
- Tabelas Rostagno et al., 2011:
- Digestibilidade da proteína → ele utilizou: Gaiolas metabólicas; Coleta Total; Óxido férrico
- Digestibilidade de aminoácidos → ele utilizou: Anastomose Íleo retal; Cânula ileal reentrante
- Fistulados:
- Desvantagens: Cirurgia; Recuperação; Expulsão da Cânula; Modificação do segmento e Entrada de O2
- Vantagens: Utiliza-se o mesmo animal; Mede-se a passagem em qualquer segmento continuamente; Necessita
de um número menor de animais
- Anastomose: fazer um cirurgia e retirar o reto e o cólon do animal e o alimento passa direto sem passar pelo
intestino grosso;
- Abatidos:
- Desvantagens: Tempo de abate; Contaminação por outro segmento; Pouca qtde de amostra obtida; Qtde de
animais e variação.
- Vantagens: Modificação mínima da função intestinal; Mede-se a passagem em qualquer segmento; Menor
sofrimento; Comitê de Ética.
Composição da dieta: efeito da composição dieta ou de suas propriedades físico-químicas sobre a passagem da digesta. Ex.:
leitões na fase inicial fistulados, ocorreu alteração da fonte de proteína da dieta na passagem da digesta (proteína isolada de
soja o tempo de reserva para 19 horas, e com caseína o tempo foi de 42 horas).
FIBRA AUMENTA OU DIMINUI A TAXA DE PASSAGEM DA DIGESTA? Depende do componente fibroso (temos a
celulose, hemicelulose, pectina, PNAs, lignina) *celulose e lignina: intensificam a passagem da digesta, reduzem o tempo de
retenção do alimento no trato digestório; *pectina, hemicelulose: reduzem a taxa de passagem, aumentam o tempo de
retenção, torna a dieta mais viscosa (trocas catiônicas, tamponantes e capacidade de hidratação), dificulta o acesso das
enzimas digestivas,aumenta volume das fezes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Padronização de metodologias e medidas; Protocolos experimentais planejados; Importante
efeito da fibra sobre passagem e digestibilidade; Melhoria da condição dos animais em situações experimentais

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