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Psico Educacional Empoderamento (1)

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Empoderamento de idosos em grupos direcionados à promoção da saúde
Mirna Barros Teixeira
Capítulo 2 
Empoderamento como estratégia de ganho de saúde
Acadêmicas: Ana Coutinho, Fernanda Oliveira, Lucinei Trindade, Nadielle Andretti e Neriane Gonçalves
2.1 – Empoderamento: Reflexões teóricas
Empoderamento, em Promoção da Saúde: “um processo que ajuda as pessoas a firmar seu controle sobre os fatores que afetam a sua saúde” (Gibson, 1991 apud Airhihenbuwa, 1994);
Vários autores que trabalham com o empoderamento: habilidade de pessoas conseguirem um entendimento e um controle sobre suas forças pessoais…” (Wallerstein, 1994; Airhihenbuwa, 1994; Bernstein,1994; Labonte, 1994; Thursz, 1993).
 	
Três abordagens básicas:
Modelo Preventivo;
Modelo Político radical; 
Modelo de Empoderamento.
2.1 – Empoderamento: Reflexões teóricas
Valores subjacentes ao processo de empoderamento e sua relação com o conceito de poder 
Na Promoção da Saúde “o processo de capacitação de pessoas para aumentar seu controle e melhorar a sua saúde”;
Qual deve ser o meio pelo qual as pessoas podem vir a obter este poder? Freire (apud Bernstein et al., 1994) . Através do desenvolver de uma consciência crítica;
2.1 – Empoderamento: Reflexões teóricas
 O duplo sentido do empoderamento - processo ou resultado
A palavra empoderamento, tem um sentido contraditório. Significa: dar poder a outros; e também capturar poder; 
“Educadores em saúde não podem dar poder a pessoas, mas podem torná-las capazes de aumentar suas habilidades e recursos para ganhar poder sobre suas próprias vidas ” (Wallerstein & Berstein, 1994).
Para Labonte (Bernstein et al., 1994), empoderamento é, simultaneamente, processo e resultado.
2.1 – Empoderamento: Reflexões teóricas
Tipos ou níveis de empoderamento (três níveis)
Empoderamento individual ou psicológico
Empoderamento organizacional
Empoderamento comunitário
Objetivos e finalidades do empoderamento
Segundo Zimmerman (Bernstein et al., 1994 apud Teixeira,2002), a meta do empoderamento é ajudar pessoas, organizações e comunidades a serem mais independentes; gerar auto-confiança e senso de governabilidade, mais do que se sujeitar à força de alguma coisa ou de alguém do exterior. 
2.1 – Empoderamento: Reflexões teóricas
‎Estratégias de empoderamento
Labonte, (Bersntein et al., 1994 apud Teixeira,2002) propõe-se, como estratégias de empoderamento, as várias formas de desenvolvimento de grupos de suporte pessoal, incluindo educação crítica, ajuda mútua, suporte terapêutico. 
Críticas e perigos associados ao processo de empoderamento
Labonte (Bernstein et al., 1994 apud Teixeira,2002), ressalta que as definições e significados de empoderamento tendem a dois extremos: a uma perspectiva burocrática oficial, onde empoderamento tende a ser associado a padronização, “eu devo empoderá-lo para fazer isto”; e a uma perspectiva do staff ativista, onde o empoderamento é sempre visto como legítimo apenas se os grupos capturarem poder. 
2.2 – Empoderamento: uma articulação no
 campo do envelhecimento
A Gerontologia
Ciência que estuda o envelhecimento, nos seus múltiplos aspectos. Objetiva a construção da autonomia e independência dos indivíduos, gerando assim pessoas saudáveis, capazes e mais produtivas. Diminuindo assim a responsabilidade de cuidados.
Muitos idosos passam por um processo de desempoderamento e perda da identidade decorrente de fatores individuais e sociais na velhice.
O empoderamento de cidadãos idosos, individualmente e coletivamente, se torna uma prioridade.
Estágios do relacionamento entre idosos e o processo 
de desempoderamento
Estágio 1 - Falência social, a perda do status social, acompanhado da aposentadoria, dúvidas sobre suas próprias capacidades.
‎Estágio 2 - Quando Grupos passam a questionar a capacidade do idoso. Com base nesses questionamentos o próprio idoso para a questionar duas capacidades.
Estágio 3 - O idoso começa e se tornar cada vez mais incapaz e dependente de cuidados, agindo de maneira passiva e enfraquecendo sua autonomia.
‎Estágio 4 - Há uma atrofia da independência, identificação no papel de doente, e passividade extrema quanto às críticas. Há uma auto-percepção negativa, como inadequados e incapazes.
2.2 – Empoderamento: uma articulação no campo do envelhecimento
Reconstrução social
Refere-se a interrupção da síndrome de falência social, aumentando as competência de pessoas idosas, por meio de intervenções psicológicas, sociais e ambientais;
Quanto mais cedo ocorre a intervenção, mais eficaz é;
Empoderamento através da prevenção e do bem-estar.
‎2.3 - Autonomia positiva como um indicador de saúde
Autonomia positiva
Para Farinatti (1997) “da mesma forma que saúde não é ausência de doença, a autonomia não é ausência de dependência física”.
A população idosa sendo incluída a grupos sociais, religiosos para que encontrem meio de desenvolverem seus talentos e aumentar seu bem estar.
Capacidade de autodeterminação, habilidade para escolher com seus próprios planos, andar com seus próprios pés. Poder fazer suas escolhas.
Capacidade de autogoverno além do seu próprio interesse, preocupar-se com os outros também.
‎2.3 - Autonomia positiva como um indicador de saúde
Senso de responsabilidade
Ser responsável por suas escolhas
Auto-desenvolvimento ou auto-realização
Destacar-se em algo, habilidades pessoais empoderar pessoas se sentir empoderado, tomar as medidas cabíveis para seu bem estar do bem estar social.
Conclusão
Cada indivíduo tem sua trajetória de vida singular;
Envelhecer faz parte do ciclo da vida;
Autonomia, empoderamento, autodeterminação, auto governamento, responsabilidade, autorrealização;
Rede de relações sociais;
Qualidade de vida na população idosa.
 “A velhice só se torna uma preparação para a morte quando se abdica dos sonhos, quando não há a capacidade de se acreditar na própria capacidade de criação e na arte de viver cada momento com amor, inteligência e desejo de crescimento”. 
(Weyne, 1983 e apud Santos e Vaz, 2008)
‎Referências
TEIXEIRA, M. B.; Empoderamento como estratégia de ganho de saúde. In: Empoderamento de idosos em grupos direcionados à promoção da saúde. Fundação Osvaldo Cruz Escola Nacional de Saúde Pública, 2002, p. 105.
SANTOS, Geraldine Alves dos; VAZ, Cícero Emídio. Grupos da terceira idade, interação e participação social. In: ZANELLA, Andréa Vieira et al. Psicologia e práticas sociais. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. p. 333-346.
US, Sistema Único de Saúde; Portal da Saúde; Departamento de Atenção Básica. Programa Academia da Saúde. [20--]. Disponível em. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_academia_saude.php. Acesso em: 23 março 2018.S

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