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01/04/2017 1 Terapêutica Aplicada para Endodontia Profa: Flávia Ennes Dourado Ferro Nas biopulpectomias podemos ter complicações devidas à dor e a inflamação. Nas necropulpectomias, além destas intecorrências, pode-se fazer-se presente também a infecção Década de 70 Infecções endodônticas indicavam o predomínio de bactérias facultativas e muitas vezes nenhum microorganismo foi isolado do canal radicular. O tecido necrosado como um irritante Sundqvist 1976 Marco na literatura endodôntica Predomínio e importância das bactérias anaeróbicas. Sundqvist (1992): correlação entre o tamanho da lesão e o número de espécies bacterianas. Os microorganismos e seus produtos são os principais causadores de lesões periapicais que podem culminar com a reabsorção radicular. Infecção mista, com anaeróbios perfaz o maior número de espécies Componentes bacterianos Cápsulas: expressa virulência Fímbrias: aderência Enzimas: destruir tecidos e inativar antibióticos Lipopolissacarides: Em gram-negativas Endotoxinas Amplificação da reação inflamatória 01/04/2017 2 Microbiota Dentes não tratados endodonticamente: POLIMICROBIANA GRAM POSITIVAS E GRAM NEGATIVAS ANAERÓBIOS ESTRITOS Procedimentos eletivos • Dentes permanentes assintomaticos , cuja anatomia não oferece maiores dificuldades de instrumentação • Dipirona sódica - 500mg, 4/4 horas • Paracetamol- 750 mg, 6/6 horas • Ibuprofeno 200mg, 6/6 horas • 24 horas PROTOCOLO 1 (dentes previamente assintomáticos) Tratamento endodôntico de dentes permanentes Previsão de sobreinstrumentação Dificuldade de instrumentação (canais atrésicos, presença de nódulos pulpares ou calcificações) Adultos Medicação pré-operatória Antiinflamatório: Betametasona (Celestone 2mg) Tomar dois comprimidos 30 minutos antes do atendimento Dexametasona 4 mg Tomar um comprimido 30 minutos antes do atendimento Ansiolítico: Diazepam (Valium 5mg) 1 comp 1 hora antes Lorazepam (Lorax 1mg) 1 comp 2 horas antes Medicação pós- operatória • Dipirona sódica - 500mg, 4/4 horas • Paracetamol- 750 mg, 6/6 horas • Ibuprofeno 200mg, 6/6 horas • 24 horas Procedimentos de urgência 01/04/2017 3 PROTOCOLO 2 Tratamento das pulpites irreversíveis Situação de urgência que exige o pronto atendimento Dor espontânea , intensa, localizada ou difusa Vitalidade pulpar positiva. Anestesia local Média ação ou de longa duração sempre associada a um vasoconstrictor Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100000 Articaína 4% com epinefrina 1:100000 ou 1:200000 Pulpites irreversíveis A remoção total ou parcial da polpa, quase sempre é suficiente para o alívio do quadro doloroso. No entanto , podemos recomendar o uso de analgésicos, para o maior conforto do Controle da ansiedade: midazolam 7,5mg, alpralozolam 0,5 mg, meia hora antes do atendimento Medicação Pós- Operatória Dipirona Sódica 500mg 1 comp ou 20 a 35 gotas a cada 4 horas, por um período máximo de 24 após o atendimento Paracetamol 750 mg 1 comp a cada 6 horas , por um período de 24 horas após o Ibuprofeno 200mg PROTOCOLO 3 Tratamento das necroses Pulpares sem envolvimento periapical Polpas necrosadas total ou parcialmente Sempre anestesiar Medicação Pós- Operatória Dipirona Sódica 500mg 1 comp ou 20 a 35 gotas a cada 4 horas, por um período máximo de 12 horas após o atendimento Paracetamol 750 mg 1 comp a cada 6 horas , por um período de 12 a 16 horas após o atendimento PROTOCOLO 4 Tratamento de Necroses Pulpares com envolvimento periapical Pericementites Periodontites Apicais Agudas Inflamação aguda do periodonto Origem traumática : contatos prematuros, mov ortodôntica Origem microbiana, química ou físicas Dor espontânea não muito intensa, localizada, as vezes pulsátil , sensação de dente crescido e sensibilidade ao toque 01/04/2017 4 Pericementite Bacteriana Antiinflamatório: Betametasona (Celestone 2 mg) Tomar 2 comprimidos 30 minutos antes do atendimento Dexametasona ( Decadron 4mg) Tomar 1 comprimidos 30 minutos antes do atendimento Anestesia A de maior duração de ação Analgésicos Dipirona Sódica 500mg 1 comp ou 20 a 35 gotas a cada 4 horas, por um período máximo de 24 horas após o atendimento Paracetamol 750 mg 1 comp a cada 6 horas , por um período de 24 horas após o Ibuprofeno 200mg Pericementite por trauma oclusal Antiinflamatório: Betametasona (Celestone 2mg) Tomar 2 comprimidos em dose única Dexametasona ( Decadron 4mg) Tomar 1 comprimidos em dose única Ibuprofeno 200 mg . Tomar 1 comp a cada 6 horas Nimesulide 100mg (Scaflam) a cada 12 horas pelo período máx de 48 horas Dipirona 500mg ou Paracetamol 750 mg Abcessos periapicais agudos São classificados em 3 diferentes fases evolutivas: Inicial Em evolução Evoluído A dor é atribuída à liberação de prostaglandinas e leucotrienos pelas células fagocitária, à queda do pH na região inflamada e a pressão mecânica exercida pelo exudato purulento Fase Inicial Dor espontânea, localizada, intensa e pulsátil Dor à palpação à nível apical Extrusão dental Mobilidade Ausência de vitalidade Ausência de edema Dor à percussão vertical Ausência de sinais radiográficos significantes Tratamento da fase inicial Intervenção local e sistêmica O tratamento local tem eficácia maior que o tratamento sistêmico nos casos de abscesso na fase inicial . Maioria dos casos, pacientes debilitados : medicação sistêmica. 01/04/2017 5 Indicação do Uso de Antibióticos Nos casos de Abscessos Periapicais agudos que apresentam sinais locais de disseminação do processo infeccioso ( ex: linfadenite, celulite, trismo) ou sinais e sintomas de ordem sistêmica (febre, taquicardia, falta de apetite, mal-estar geral) Dose de ataque: dobro da de manutenção 30 a 45 min antes dos procedimentos clínicos. Fase em evolução Dor espontânea, intensa, difusa; Sensibilidade ao toque vertical, estendendo- se aos vizinhos Acentuada mobilidade Extrusão dentária Dor à palpação à nível apical Ausência de vitalidade Edema consistente sem flutuação Possibilidade de sintomas de ordem geral Tratamento do abscesso em evolução Terapêutica local e sistêmica Terapêutica sistêmica: faz-se necessária, pois o paciente está muito debilitado e, até bactérias podem ser encontradas nas regiões apicais e periapical Abscesso evoluído Dor espontânea, difusa, pouco intensa; Sensibilidade ao toque vertical, estendendo- se aos vizinhos mobilidade Ausência de vitalidade Ausência de sinais radiográficos significantes Edema com ponto de flutuação Sinais e sintomas de ordem geral Abscesso evoluído De um modo geral o pct se encontra muito debilitado, por noites sem dormir e dificuldade de se alimentar Difusão e absorção de produtos tóxicos da infecção e coleção purulenta são as responsáveis pelas manifestações de ordem geral Antibioticoterapia nos Abcessos agudos Dose de Ataque Infecções leves e moderadas Amoxicilina 1g Ex: Amoxil 500mg – 2 cápsulas Estearato de Eritromicina 1g Ex: Pantomicina 500mg- 2 drágeas 01/04/2017 6 Antibioticoterapia nos Abcessos agudos Dose de Ataque Infecções severas Amoxilina 1g + Metronidazol 250 mg ou 400mg Ex: Amoxil 500mg e Flagyl 250mg Amoxilina 500mg + Clavulanato de potássio 125 mg. Ex: Clavulin 500mg Antibioticoterapia nos Abcessos agudos Dose de Ataque Infecções severas em pacientes alérgicos às PenicilinasClindamicina 600mg Ex: Dalacin – C 300mg – 2 cápsulas Dose de Manutenção dos Antibióticos Após a dose de ataque e os procedimentos clínicos Período vai depender do curso da infecção: geralmente 5 dias Dose de manutenção Infecções leves e moderadas Amoxilina 500mg Ex: Amoxil 500mg – 1 cápsula a cada 8 horas Estearato de Eritromicina 500mg Ex: Pantomicina 500mg - 1 drágeas a cada 8 horas Azitromicina 500mg – 1 vez ao dia Dose de manutenção Infecções severas Amoxilina 500mg + Metronidazol 250 mg ou 400mg Ex: Amoxil 500mg – 1 cápsula a cada 8 horas Flagyl 250mg - 1 cápsula a cada 8 horas Amoxilina 500mg + Clavulanato de potássio 125 mg. Ex: Clavulin 500mg 1 comp a cada 8 horas Dose de manutenção Infecções severas em pacientes alérgicos às Penicilinas Clindamicina 300mg Ex: Dalacin – C 300mg – 1 cápsula a cada 6 horas 01/04/2017 7 LESÃO CELULAR FOSFOLIPASE A ÁCIDO ARACDÔNICO SISTEMA DA CICLOXIGENASE COX 1 e 2 SISTEMA LIPOXIGENASE PROSTAGLANDINAS PROSTACICLINAS TROMBOXANA LEUCOTRIENOS Aspirina AAS AINES Corticosteróides LESÃO CELULAR MACRÓFAGOS NEURÓFILOS PROSTAGLANDINAS INTERLEUCINA 1 PAF LESÃO CELULAR FOSFOLIPASE A ÁCIDO ARACDÔNICO CICLOXIGENASE (COX 1 ) PROSTAGLANDINAS Fisiológicas Aspirina AAS AINES Corticosteróides CICLOXIGENASE (COX 2) PROSTAGLANDINAS Patológicas Proteção da mucosa gástrica renal Arcoxia Viox Nimesulida Meloxicam
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