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Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
1 
 SUMÁRIO 
 
• ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA----------------------------------------------- Página 2 
• CONTROLE DA DOR E DO EDEMA EM ODONTOLOGIA---------------------------------- Página 16 
• TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA EM ODONTOLOGIA-----------------------------------Página 29 
• SEDAÇÃO CONSCIENTE EM ODONTOLOGIA-------------------------------------------- Página 42 
 TABELINHA DE MEDICAMENTOS 
• ANTIBIÓTICOS ----------------------------------------------------------------------Página 50 
• CORTICOIDE ------------------------------------------------------------------------Página 52 
• AINES -------------------------------------------------------------------------------Página 54 
• ANALGÉSICO------------------------------------------------------------------------Página 57 
• OPIOIDE ----------------------------------------------------------------------------Página 58 
• ANTIFUNGICO ----------------------------------------------------------------------Página 59 
• BENZODIAZEPÍNICOS---------------------------------------------------------------Página 60 
• RELAXANTE MUSCULAR------------------------------------------------------------Página 61 
• INDICADOS NA ESTOMATOLOGIA-----------------------------------------------------Página 63 
• HIPOSALIVAÇÃO -------------------------------------------------------------------Página 64 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
2 
ANESTÉSICOS LOCAIS EM ODONTOLOGIA 
 
Os anestésicos locais são fármacos, ou seja, são medicamentos, que em contato com as 
fibras nervosas bloqueiam a condução dos impulsos nervosos de modo reversível numa 
região circunscrita do corpo e sem a perda da consciência. 
Sabe-se que as Folhas da Eritroxilon coca (cocaína) eram inicialmente utilizadas por 
populações andinas, que as mascavam para suportar a sensação de fome e cansaço nas 
longas jornadas de trabalho, inclusive em locais de grande a ltitude em ralação ao nível do 
mar. 
Diante de efeitos colaterais causados pelo uso da cocaína como anestésico, estudos e 
pesquisas buscaram, e ainda procuram um anestésico ideal, que apresente as seguintes 
características: 
• Não ser irritante aos tecidos; 
• Bloqueio de condução reversível; 
• Baixa toxicidade sistêmica; 
• Duração suficiente; 
• Latência curta; 
• Segurança clínica. 
existe uma cadeia lipofílica que é responsável por fazer o sal anestésico penetrar no 
interior da fibra nervosa, uma porção hidrofílica que propicia sua difusão pelos tecidos, e 
uma cadeia intermedediária. Esta cadeia intermediária vai diferenciar os anest ésicos do 
grupo éster e os anestésicos do grupo amida e consequentemente se diferem com relação 
a sua biotransformação e alergenicidade. 
Em 1905 foi desenvolvido o primeiro anestésico sintético: a procaína que, com sua 
estrutura éster, semelhante à cocaína, apresenta características como metabolização 
plasmática e uma considerável possibilidade de reações alérgicas (vale lembrar que tais 
reações são altamente indesejáveis por se tratar de uma complicação muitas vezes grave). 
 
A Articaína contém grupamento éster em sua estrutura 
Sintetizada em 1943, a lidocaína é o primeiro sal anestésico com estrutura amida, o que 
confere a ela características como início de ação rápido, metabolização hepática e mínima 
possibilidade de reação alérgica. 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
3 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
• Lidocaína; 
• Mepivacaína; 
• Prilocaína; 
• Articaína; 
• Bupivacaína. 
 
VASOCONSTRITOR 
Os vasoconstritores são adicionados aos tubetes anestésicos com o objetivo de melhorar 
a eficácia e aumentar o tempo do efeito anestésico, assim como diminuir a sua toxicidade. 
Há de se destacar ainda que, quando utilizado em procedimentos cirúrgicos, resulta na 
diminuição do sangramento transoperatório. 
Diante destas vantagens, sempre que possível a adicção do vasoconstritor é bem vinda à 
solução anestésica. 
Dois são os tipos de vasoconstritores: adrenérgicos e não adrenérgicos 
 vasoconstritores "adrenérgicos" incluídos nos tubetes são: 
• Epinefrina (adrenalina); 
• Norepinefrina (noradrenalina); 
• Fenilefrina; 
• Corbadrina (levonordefrina); 
O "não adrenérgico" é representado pela 
• Felipressina (octapressin) 
 
REAÇÕES RESULTANTES DA ASSOCIAÇÃO DOS VASOCONSTRITORES AOS ANESTÉSICOS LOCAIS: 
• Diminui a perfusão do local da aplicação; 
• Diminui o tempo de absorção do anestésico para o sistema cardiovascular (< toxicidade); 
• Aumenta o tempo de ação do anestésico; 
• Diminui o sangramento local. 
REAÇÕES RESULTANTES DA AÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS SEM VASOCONSTRITOR: 
• Aumento na velocidade de absorção do anestésico para o sistema cardiovascular que por 
sua vez o retira do local de aplicação; 
• Maiores níveis plasmáticos do anestésico local, com consequente aumento de toxicidade; 
• Diminuição da duração de anestesia devido a difusão mais rápida da solução anestésica do 
local da injeção; 
• Aumento no sangramento. 
PROPRIEDADES DO ANESTÉSICO: 
 Pequena toxicidade sistêmica 
 O AL é injetado no tecido, não no interior de 
nervos ou de vasos sanguíneos, no entanto, 
como o tecido é irrigado, o AL vai circular o 
corpo inteiro. 
CONSERVANTES: 
• ANTIOXIDANTE: Sulfitos 
• BACTERIOSTÁTICO: 
Metilparabeno 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
4 
 
 CONCENTRAÇÃO DO VASOCONSTRITOR 
1:1.000 significa 1 grama de soluto (vasoconstritor) contido em 1000 ml (1lt) de solução ou 1mg/ml 
1:10.000 significa 0,1 grama de soluto (vasoconstritor) contido em 1000 ml (1lt) de solução ou 0,1mg/ml 
1:50.000 significa 0,02 grama de soluto (vasoconstritor) contido em 1000 ml (1lt) de solução ou 0,02mg/ml 
 1:100.000 significa 0,01 grama de soluto (vasoconstritor) contido em 1000 ml (1lt) de solução ou 0,01mg/ml 
1:200.000 significa 0,005 grama de soluto (vasoconstritor) contido em 1000 ml (1lt) de solução ou 0,005mg/ml 
 
 CONCENTRAÇÃO DO VASOCONSTRITOR 
CONCENTRAÇÃO 
(DILUIÇÃO) 
MILIGRAMAS 
POR MILILITRO 
(MG/ML) 
TUBETES (1,8 ML) USO TERAPÊUTICO (MED. / ODONT.) 
1:1.000 1,0 1,8 mg Adrenalina: emergência (anafilaxia) 
1:10.000 0,1 0,18 mg Adrenalina: emergência (parada 
cardíaca) 
1:50.000 0,02 0,036 mg Adrenalina: Anestésico local 
1:100.000 0,01 0,018mg Adrenalina: Anestésico local 
1:200.000 0,005 0,009 mg Adrenalina: Anestésico local 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
5 
EPINEFRINA (ADRENALINA) 
Origem: animal ou sintética 
Antioxidante: bissulfito de sódio (> possibilidade de reações alérgicas em pacientes asmáticos 
córticodependentes ~8%) 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA: 
• Anestésicos locais 
• Tratamento broncoespasmo 
• Tratamento reações alérgicas agudas 
• Tratamento parada cardíaca 
• Como vasoconstritor para hemostasia 
 
AÇÕES SISTÊMICAS 
 Metabolismo: 
Estimula glicogenólise no fígado e músculos esqueléticos, resultando em aumento da glicemia 
(concentração de adrenalina em 4 tubetes 1:100.000). 
 
SISTEMA CARDIOVASCULAR: 
Ritmo cardíaco e força de contração (PA) 
 
DMR 
• Paciente saudável (ASA I): dose máxima recomendada 0,2 mg por consulta; 
• Paciente com doença cardiovascular clinicamente significativa (ASA III ou IV): dose máxima 
recomendada 0,04 mg por consulta. 
 
 
RECEPTOR TECIDO RESPOSTA 
B1 Coração Maior força e frequência 
 
B2 
• Vasos 
• Bronquios 
• Fígado 
• M. Esquelética 
• Vasodilatação 
• Broncodilatação 
• Glicogenólise 
• Glicogenólise 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
6 
 DOSE MÁXIMA RECOMENDADA- EPINEFRINA (ADRENALINA) 
 
Concentração de 
adrenalina 
Mg por tubete Saudável (ASA I) doença cardiovascular clinicamente 
significativa (ASA III ou IV) 
1:50.000 0,036 mg 5,5 tubetes 1 tubete 
1:100.000 0,018 mg11 tubetes 2 tubetes 
1:200.000 0,009 mg 22 tubetes 4 tubetes 
 
CONCENTRAÇÃO DE ADRENALINA ANESTÉSICO LOCAL 
1:100.000 Lidocaína 
Articaína 
Mepivacaína 
1:200.000 Articaína 
Bupivacaína 
Lidocaína 
 
NOREPINEFRINA (NORADRENALINA) 
Origem: animal ou sintética 
Conservante: Acetona-bissulfito de sódio (> possibilidade de reações alérgicas em pacientes 
asmáticos córtico-dependentes ~8%) 
Mecanismo de ação: atua quase exclusivamente sobre os receptores alfa (90%). Também atua 
sobre os receptores Beta no coração (10%). 
TEM ¼ DA POTÊNCIA DA ADRENALINA 
 
APLICAÇÃO CLÍNICA 
• Anestésicos locais; 
• Tratamento da hipotensão e choque. 
 
AÇÕES SISTÊMICAS 
Metabolismo: 
Aumenta a glicemia da mesma maneira que a adrenalina, mas em grau menor 
EFEITOS COLATERAIS E SUPERDOSAGEM: Semelhantes à adrenalina. 
 A injeção extravascular nos tecidos pode causar necrose e descamação, devido à intensa 
estimulação dos receptores α, principalmente no palato duro. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
7 
CONTRA-INDICAÇÃO DOS VASOCONSTRITORES ADRENÉRGICOS 
 
• Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou diastólica> 100 mmHg; 
• História de infarto agudo do miocárdio, sem liberação do cardiologista; 
• Período < 6 meses após AVE; 
• Cirurgia recente de ponte de artéria coronária ou colocação de stents; 
• Angina do peito instável (história de dor no peito ao mínimo esforço); 
• Arritmias cardíacas; (Frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta.) 
• Insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou não controlada; 
• Hipertireoidismo não controlado. (em pacientes controlados, máximo de 2 tubetes por 
sessão) 
• Feocromocitoma; (é um tumor que normalmente se origina das células de cromafina das 
glândulas adrenais, o que provoca a superprodução de catecolaminas, hormônios 
potentes que causam hipertensão e outros sintomas.) 
• História de alergia a sulfitos (maior prevalência em asmáticos); 
• Pacientes que fazem o uso contínuo de derivados de anfetaminas para emagrecer 
(anfepramona, femproporex); 
• Usuários de drogas ilícitas (cocaína, crack, metanfetamina, ecstasy) [24 horas]. 
 
 PRESSÃO SISTÓLICA PRESSÃO DIASTÓLICA 
Normal 120 - 129 80 - 84 
Limítrofe 130 - 139 85 - 89 
Hipertensão estagio 1 (leve) 140 - 159 90 - 99 
Hipertensão estágio 2 (moderada) 160 – 179 100 - 109 
Hipertensão Estágio 3 (grave) ≥180 ≥ 110 
 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS COM VASOCONSTRITORES ADRENÉRGICOS 
 
CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS: 
 
• Inibidores da MAO: 
 ex: Moclobemida (Aurorix), Tranilcipromina (Parnate) - Utilizados no tratamento da depressão, 
ansiedade (fobia, TOC). 
• Antidepressivo tricíclicos: 
 ex: Amitriplina (Tryptanol), Imipramina (Tofranil) - Utilizados no tratamento de depressão e 
dores. 
• β-bloqueadores não seletivos: 
 ex: Propranolol e Timolol - Utilizados no tratamento da hipertensão e ansiedade. 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
8 
ANTIDEPRESSIVOS IMAO: Monoaminas Selegilina, tranilcipromina 
 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: Amitriptilina, Imipramina - Inibidores da recaptação de 
serotonina e noradrenalina 
 
 
 
CÁLCULO DE DMR E CARACTERÍSTICAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
Informações contida na bula: 
• DMR-Dose Máxima Recomendada 
• Concentração do sal anestésico 
• Quantos mls contém 1 tubete odontológico 
 
Informações obtidas na anamnese: 
• Peso do paciente 
• Condições sistêmicas do paciente 
 
1° PASSO: Determinar quantos mg de anestésicos possui cada tubete odontológico 
2° PASSO: Qual a dosagem máxima por peso corpóreo? 
3° PASSO: Determinar a dose máxima em tubetes. 
 
1 ° PASSO 
Quantidade de mg de anestésico em cada tubete: 
• LIDOCAÍNA 2%; 
• LIDOCAÍNA 3%; 
• MEPIVACAÍNA 2%; 
• MEPIVACAÍNA 3%; 
• PRILOCAÍNA 3%; 
• ARTICAÍNA 4%; 
• BUPIVACAÍNA 0,5%. 
 
 
2° PASSO 
 (DMR) PARA PACIENTE ADULTO 
ANESTÉSICO LOCAL DMR DOSE MÁXIMA 
Lidocaína 4,4 mg/kg 300mg 
Prilocaína 6,0 mg/kg 400mg 
Mepivacaína 4,4 mg/kg 300mg 
Articaína 7,0 mg/kg 500mg 
Bupivacaína 1,3 mg/kg 90mg 
 
3° PASSO 
1 tubete ——— 36mg 
 x tubetes ——— 286mg 
x = 7,94 tubetes 
 
(DMR X PESO) : (% x 10) 1,8 (mls do tubete) 
 
LIDOCAÍNA 3% (ex) 
100ml ————3g 
100ml ————3.000mg 
 1ml ————30mg 
 
1ml ————30mg 
1,8ml ———— x 
1 tubete = 54 mg 
MEPIVACAÍNA 2% (ex) 
4,4 mg/Kg 
Peso paciente: 65 
4,4 x 65 
= 286 mg 
4,4 x 50 = 220 220 
dividido por 20 = 11 
11 dividido por 1,8 = 6,1 tubetes 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
9 
 
 
GESTANTE E ANESTÉSICO LOCAL 
• A – Estudos controlados não mostram risco. 
• B – Não há evidência de risco no humano. 
• C – O risco não pode ser descartado. 
• D – Há evidência positiva de risco. 
• X – Contra-indicados na gravidez. 
 
 
 
 
 
 
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA 
• Classificação: AMIDA; 
• Metabolização: HEPÁTICA; 
• Excreção: RENAL (10% inalterada); 
• Propriedade Vasodilatadora: > que a prilocaína e mepivacaína; 
• Latência: rápido (2 a 4 minutos); 
• Concentração odontológica eficaz: 2%; 
• Meia vida: ~90 minutos; 
• Dose máxima recomendada “literatura” 4,4 mg/kg*; 
• Não exceder 300 mg; 
• Gravidez: risco B (NÃO HÁ EVIDÊNCIA DE RISCO NO HUMANO); 
• Segurança durante a amamentação: S; 
• Reação alérgica: rara; 
• Superdosagem: estimulação seguida de depressão* do SNC (sonolência, perda de consciência e parada 
respiratória). 
DISTRIBUIÇÃO DA LIDOCAÍNA EM DIVERSOS CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA GRUPOS DE PACIENTES 
GRUPO MEIA-VIDA DA LIDOCAÍNA DEPURAÇÃO CORPORAL ML/KG/MIN 
Normal 90 minutos 10 
Insuficiência cardíaca 100 minutos 6,3 
Doença Hepática 5 horas 6 
CLORIDRATO DE MEPIVACAÍNA 
• Classificação: AMIDA; 
• Metabolização: HEPÁTICA; 
• Excreção: RENAL (1 a 16% inalterada); 
• Propriedade Vasodilatadora: leve; 
• Potência anestésica: similar à lidocaína; 
• Latência: rápido (1,5 a 2 minutos); 
• Concentração odontológica eficaz: 2% c/ vaso e 3% sem vaso; 
• Meia vida: ~2 horas; 
• Dose máxima recomendada “literatura” 4,4 mg/kg*; 
• Não exceder 300 mg; 
• Gravidez: risco C (o risco não pode ser descartado); 
• Segurança durante a amamentação: S?; 
• Superdosagem: estimulação* seguida de depressão do SNC (sonolência, perda de consciência e parada 
respiratória). 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
10 
CLORIDRATO DE PRILOCAÍNA 
• Classificação: AMIDA; 
• Metabolização: HEPÁTICA pulmonar *(Toxicidade 40% < lido); 
• Excreção: RENAL; 
• Propriedade Vasodilatadora: > que a mepi e < que a lido; 
• Potência anestésica: similar à lidocaína; 
• Latência: rápido (2 a 4 minutos); 
• Concentração odontológica eficaz: 4% (3% Brasil); 
• Meia vida: 90 minutos; 
• Dose máxima recomendada “literatura” 6,0 mg/kg*; 
• Não exceder 400 mg (risco metemoglobinemia); 
• Gravidez: risco B (NÃO HÁ EVIDÊNCIA DE RISCO NO HUMANO); 
• Segurança durante a amamentação: Desconhecida; 
• Superdosagem: Os sinais são mais curtos e menos severos comparados à lidocaína. 
 
 
A PRILOCAÍNA ESTÁ CONTRA-INDICADA, POIS OCORRE UM AUMENTO NOS NÍVEIS DE 
METEMOGLOBINA, A PACIENTES COM: 
• Metemoglobinemia congênita ou idiopática; 
• Hemoglobinopatias (anemia falciforme); 
• Anemia; 
• Insuficiência cardíaca ou respiratória evidenciada por hipóxia; 
• Pacientes em uso de Acetaminofeno ou Fenacetina. 
 
 
 
 
CLORIDRATO DE ARTICAÍNA 
• Classificação: AMIDA (contém grupamento ester); 
• Metabolização: HEPÁTICA e PLASMA; 
• Excreção: RENAL (5 a 10% inalterada); 
• Propriedade Vasodilatadora: ~lidocaína; 
• Latência: rápido (1 a 2 minutos); 
• Potência: 1,5 vez a da lidocaína; 
• Concentração odontológica eficaz: 4% c/ vaso; 
• Meia vida: 30 minutos; 
• Dose máxima recomendada “literatura” 7,0 mg/kg*; 
• Não exceder 500 mg; 
• Gravidez: risco desconhecido; 
• Segurança durante a amamentação: desconhecida; 
• Superdosagem: estimulação* seguida de depressão do SNC (sonolência, perda de consciência e parada 
respiratória) Contra-indicada a pacientes com alergia à enxofre (sulfas).Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
11 
CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA 
• Classificação: AMIDA; 
• Metabolização: HEPÁTICA; 
• Excreção: RENAL (16% inalterada); 
• Propriedade Vasodilatadora: maior que lido, mepi e prilo; 
• Latência: 6 a 10 minutos; 
• Potência: 4 x da lidocaína; 
• Concentração odontológica eficaz: 0,5%; 
• Meia vida: 2,7 horas; 
• Dose máxima recomendada: 1,3 mg/kg; 
• Não exceder 90 mg; 
• Gravidez: risco C (o risco não pode ser descartado); 
• Segurança durante a amamentação: S; 
• Superdosagem: estimulação* seguida de depressão do SNC (sonolência, perda de consciência e parada 
respiratória). 
 
 
 
ANTIOXIDANTE 
Os antioxidantes são introduzidos nas soluções anestésicas a fim de aumentar o seu 
período de validade quando o vasoconstritor é adrenérgico. 
São representados pelos sulfitos e variam de acordo com os sais anestésicos 
• Meta-bissulfito de sódio; 
• Acetona-bissulfito; 
• Sulfito de sódio. 
 
BACTERIOSTÁTICO 
Em se tratando de tubetes de uso único, cada vez mais a adição de um bacteriostático aos 
tubetes odontológicos tem sido questionada e, inclusive em vários países, sua 
comercialização não é permitida devido ao risco de reações alérgicas 
• Metilparabeno 
 
A escolha do anestésico local ideal, deve variar de acordo com cada necessidade, em 
especial com relação ao tempo de duração do seu efeito e o procedimento planejado 
conforme itens a seguir: 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
12 
RESPOSTA INDIVIDUAL 
A resposta individual parece ser o principal fator de diferenciação no tempo de ação de 
um determinado sal anestésico, desta forma podemos comparar uma solução anestésica 
com Lidocaína + adrenalina 1:100.000, que administrada pela técnica terminal infiltrativa 
em: 
• Indivíduos normoreativos (cerca de 70% da população) obtém-se 60 minutos de efeito, 
• Indivíduos hiporreativos (~30% da população) com tempos anestésicos abaixo de 45 
minutos e até inferiores a 15 minutos; 
• Indivíduos hiperreativos (~15% da população) este efeito pode ultrapassar os 90 
minutos. 
 
TÉCNICA ANESTÉSICA 
Técnicas infiltrativas obtém-se tempos menores quando comparados às técnicas 
tronculares (bloqueio); ao observarmos uma solução anestésica com Lidocaína + 
adrenalina 1:100.000, que administrada pela técnica terminal infiltrativa em indivíduos 
normorreativos, obtém-se aproximadamente 60 minutos, porém quando a técnica 
utilizada é troncular, o efeito observado normalmente chega aos 90 minutos. 
 
CONDIÇÃO DOS TECIDOS NO LOCAL DA INFILTRAÇÃO DA DROGA 
Diante de tecidos saudáveis, a eficácia anestésica é obtida por meio de uma técni ca 
precisa, já locais inflamados e/ou infectados, consequentemente com pH ácidos, o efeito 
anestésico é prejudicado. 
Observando o coeficiente de dissociação do sal anestésico nos tecidos, representado pelo 
pKa, pode-se identificar qual o sal menos prejudicado por tal condição. Nota-se ainda que 
locais mais vascularizados tendem a remover o sal mais rapidamente para o sistema 
circulatório, abreviando o tempo de anestesia quando comparado a administrações em 
locais pouco vascularizados. 
 
VARIAÇÃO ANATÔMICA 
É fato que algumas técnicas anestésicas requerem um detalhado conhecimento de pontos 
anatômicos, seja para referência no momento de posicionar a carpule ou para a própria 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
13 
deposição da solução anestésica o mais próximo possível da terminação nervosa a ser 
anestesiada; diante disto é compreensível que em algumas situações, mesmo obedecendo 
todos os princípios preconizados pela técnica, o tempo anestésico pode variar e ser menor 
que o esperado. Entre as variações anatômicas que podem interferir e diminuir a 
expectativa no tempo de anestesia, podemos destacar: 
• Localização dos Foramens mandibular, mentual e infra-orbitário 
• Espessura da Cortical 
• Arco zigomático baixo 
• Curvatura acentuada da raiz palatina 
Na ausência de fatores que influenciem no tempo do bloqueio da sensibilidade, o grau de 
ligação proteica é o que determina o tempo de ação de um determinado sal anestésico. 
Após sua administração e sua difusão para o correto local de ação, o sal penetra na bainha 
nervosa, no próprio canal de sódio, e os íons se ligam ao sítio receptor. 
As proteínas constituem 10% da membrana nervosa e os anestésicos locais que possuem 
maior grau de ligação às proteínas se fixam mais seguramente aos sítios receptores e 
possuem uma duração de atividade clínica mais longa, como por exemplo a bupivacaína. 
Notadamente, parte deste anestésico vai ser absorvido para a circulação sanguínea, 
mesmo quando a técnica empregada for correta, podendo bloquear o potencial de ação 
de qualquer membrana exitável. O SNC e o Sistema Cardio Vascular (SCV) são 
especialmente suceptiveis a suas ações. Vale enfatizar que estes dois sistemas somente 
sofrerão alterações clínicas se as dosagens forem notadamente excecivas ou aplicadas 
acidentalmente diretamente no vaso sanguíneo; diante disto é imprescindível o 
conhecimento do número máximo de tubetes que cada paciente pode receber em seus 
procedimentos. 
Para isto são necessários informações que variam de um sal anestésico para outro, como 
por exemplo a sua concentração, a (DMR) e a Dose Absoluta; o volume contido em cada 
tubete; ou ainda informações próprias do paciente como peso e condição sistêmica. 
Informações contida na bula: 
 
DOSE MÁXIMA RECOMENDADA -DMR 
• Lidocaína 4,4 mg/kg; 
• Prilocaína 6,0 mg/kg; 
• Mepivacaína 4,4 mg/kg; 
• Articaína 7,0 mg/kg; 
• Bupivacaína 1,3mg/Kg. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
14 
CONCENTRAÇÃO DO SAL ANESTÉSICO 
• Lidocaína 2%; 
• Lidocaína sem vaso 3% (uso restrito); 
• Mepivacaína 2%; 
• Mepivacaína sem vaso 3%; 
• Prilocaína 3%; 
• Articaína 4%; 
• Bupivacaína 0,5%. 
 
VOLUME DO TUBETE ODONTOLÓGICO 
O volume dos tubetes odontológicos no Brasil é de 1,8 ml 
Informações obtidas na anamnese: 
 
 
PESO DO PACIENTE 
Há de se respeitar a Dose Absoluta de cada sal anestésico, onde, independente do peso 
do paciente, a mesma não pode ser ultrapassada: 
• Lidocaína: não exceder 300 mg; 
• Mepivacaína: não exceder 300 mg; 
• Prilocaína: não exceder 400 mg; 
• Articaína: não exceder 500 mg; 
• Bupivacaína: não exceder 90 mg. 
 
CONDIÇÕES SISTÊMICAS DO PACIENTE 
Algumas alterações que requerem uma diminuição no número de tubetes, independente 
do resultado obtido nesta fórmula: 
• Disfunção hepática; 
• Hipovolemia; 
• Alteração de Ligação com a proteína plasmática; 
• Alteração na distribuição e biotransformação do anestésico. 
 
FÓRMULA PARA O CÁLCULO DO NÚMERO MÁXIMO DE TUBETES: 
 (DMR X PESO): (% X 10)= 
 1,8 (ml do tubete) 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
15 
SOLUÇÃO ANESTÉSICA COM E SEM VASOCONSTRITOR - DURAÇÃO APROXIMADA DE AÇÃO PULPAR 
 INFILTRATIVA BLOQUEIO 
LIDOCAÍNA 2% (sem vaso) Curta (5 min) <10 min 
LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:50.000 Intermediária (55-60 min) 80-90 minutos 
LIDOCAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária (55-60 min) 80-90 minutos 
MEPIVACAÍNA 3% (sem vaso) Curta (20-30 min) 35-45 minutos 
MEPIVACAÍNA 2% + adrenalina 1:100.000 Intermediária (40-60 min) 60-90 minutos 
MEPIVACAÍNA 2% + levonordefrina 1:20.000 Intermediária (40-60 min) 60-90 minutos 
PRILOCAÍNA 3% + felipressina 0,03UI/ml Intermediária (40 min) 30 a 60 minutos 
ARTICAÍNA 4% + adrenalina 1:200.000 Intermediária (60 min) ↑ 120 minutos 
BUPIVACAÍNA 0,5% + adrenalina 1:200.000 Longa (↑ 7 horas) ↑ 7 horas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
16 
CONTROLE DA DOR E DO EDEMA EM ODONTOLOGIA 
 
É sabido que a liberação de elementos resultantes da lesão tecidual e consequentemente 
do processo inflamatório, em especial mediadores químicos como as prostaglandinas, 
resultam na estimulação de terminações nervosas denominadas nociceptores. Além dos 
estímulos químicos, fatorescomo temperatura (calor ou frio) e pressão, ambos com alta 
intensidade, também estimulam os nociceptores a despolarizarem suas membranas e, 
consequentemente, desencadearem dor. 
 
Durante os procedimentos, a anestesia local bloqueia temporariamente a sensação de dor, 
porém no pós operatório, quando o efeito anestésico vem a cessar, há de se administrar 
medicamentos para o conforto do paciente. Associados ou não, os analgésicos e anti -
inflamatórios são os eleitos para este fim. 
Inicialmente, a prescrição deve informar se o uso é: 
INTERNO para via enteral (onde o medicamento será absorvido pela via gastro intestinal), 
EXTERNO para via parenteral, onde temos alguns exemplos como injetável intra-muscular, 
endovenoso ou subcutâneo. 
 
PRESCRIÇÃO: 
• nome genérico do medicamento 
• concentração em mg / ml"__________quantidade exata para o tratamento completo. 
• tomar por via oral quantos comprimidos, cápsulas, drágeas, quantidade de mililítros 
(mls) ou de gotas, informar o intervalo que deve ser obedecido entre as doses. 
Ex: 
 USO INTERNO 
 dipirona sódica 500 mg___________________________________ 12 comprimidos 
 tomar por via oral 1 comprimido a cada 6 horas, durante 3 dias, se houver dor. 
Alguns medicamentos, como os Analgésicos de Ação Central, os AINEs Seletivos e os 
Antibióticos, requerem ainda uma cópia adicional da prescrição. Esta 3a via ficará retida 
na farmácia que disponibilizar o medicamento. 
 Desta forma, o profissional preenche 3 vias: 
1. Via do paciente: a qual ele vai se orientar para a utilização da medicação. 
2. Via retida na farmácia para o controle de medicamentos. 
3. Via que, após assinada pelo paciente para dar ciência, deve ficar arquivada no consultório. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
17 
Traumas cirúrgicos leves nem sempre necessitam de medicamentos para o alívio da dor, 
podendo a prescrição conter a informação para o paciente utilizar analgésico "se 
necessário" ou "se houver dor". 
trauma cirúrgico moderado ou intenso, a prescrição não só deve conter informação para 
o paciente fazer o uso, como há de se fazê-la antes que a dor seja instalada. Nestes casos, 
assim que terminado o procedimento cirúrgico inicia-se a medicação analgésica, a 
analgesia Preventiva ou Preemptiva. 
 
Ao se observar a intensidade da dor no pós operatório cirúrgico, seu pico está entre 6 a 8 
horas após o trauma, sendo assim, o que se nota é o fato da manipulação dos tecidos ser 
sua principal causa. Por este motivo procedimentos que resultam em trauma moderado 
ou intenso, desde que tenham sua inflamação modulado corretamente por meio de anti -
inflamatórios, normalmente requerem analgésicos para o alívio da dor por 24 horas. 
Obviamente que devido ao limiar de dor ser muito particular a cada indivíduo, a prescrição 
por até 3 dias pode ser necessário. 
 Pacientes que apresentam dor por períodos maiores, devem ser reavaliados clinicamente 
para verificar a presença de processos infecciosos e, só após descartada esta possibilidade, 
a analgesia deve ser mantida por mais algum tempo. 
 
Reconhecida como um representante padrão do grupo dos analgésicos de ação periférica, 
a DIPIRONA SÓDICA inibe a infusão do cálcio na pré-sinapse e, consequentemente, reduz 
a liberação de neurotransmissores, resultando assim no alívio da dor. 
 Apesar de sua posologia poder variar de acordo com a necessidade, (500 mg a cada 6 
horas é a mais usual). 
 
Outro grupo de medicamentos utilizados no controle e alívio da dor são os (AINEs). 
Sabe-se que o aumento na concentração de mediadores químicos resultam em dor, desta 
maneira medicamentos que inibem a ação da (COX 2) também promovem o controle e o 
alívio da dor. 
Neste grupo de medicamentos, encontra-se o PARACETAMOL que, devido sua 
hepatotoxicidade, devemos esperar um efeito analgésico, mas não um controle do edema. 
Sua posologia mais usual é de 500 mg a cada 6 horas; 
 esta posologia pode variar, porém não deve ultrapassar 4 gr por dia devido sua 
hepatotoxicidade 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
18 
• Dor leve e moderada- Extrações simples, procedimentos periodontais e endodônticos 
• Dor moderada- Exodontias de dentes inclusos, enxertos e até complicações como 
alveolites. 
 Ao se deparar com uma dor que resiste aos analgésicos de ação periférica, deve utilizar 
os analgésicos de ação central, pois eles são mais potentes. 
 
OPIÓIDES: 
analgésicos de ação central atuam na periferia, nos gânglios espinhais e nos neurônios 
cerebrais, inclusive alterando a percepção da dor como não sendo mais uma sensação 
desagradável. 
Este grupo de analgésicos está indicado para a dor moderada. 
 
 Há de se destacar a necessidade em se observar os efeitos colaterais destes analgésicos, 
pois alguns fatores podem limitar o seu uso, como por exemplo: 
• A depressão do SNC e consequentemente a sedação e a depressão respiratória, 
• A constipação, 
• Retenção urinária, 
• A diminuição do reflexo da tosse 
• Em períodos longos a possibilidade de levar à dependência e tolerância. 
 
Associado ao paracetamol 500 mg, a codeína 30 mg está indicada para o alívio da dor 
moderada da seguinte forma: 
• 1 comprimido a cada 6 horas até que a se possa substitui-la por um analgésico de ação 
periférica, como a Dipirona por exemplo. 
 
Outra alternativa, inclusive com resultados mais eficazes, é o Cloridrato de Tramadol. 
• 1 comprimido de 50 mg a cada 6 horas mostra-se bastante eficaz 
• porém se necessário, sua dose máxima de 100 mg a cada 6 horas também pode ser 
administrado. 
 
*Não se pode esquecer que a morfina também pertence a este grupo, mas o seu uso tende 
a ficar restrito ao ambiente hospitalar em casos de dor intensa. 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
19 
 PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO ALÍVIO DA "DOR LEVE" 
 Dipirona sódica 500 mg 6/6 horas 
 Paracetamol 500 mg 6/6 horas 
 Ibuprofeno 200 mg 6/6 horas 
 
 Além de dor, o trauma cirúrgico moderado resulta em edema local. 
Sabe-se que edemas exacerbados trazem prejuízo ao processo de reparação tecidual 
(devido ao acúmulo neutrofílico) ou social (onde o paciente não se sente a vontade em 
frequentar locais públicos com um edema facial). 
 
 Levando-se em consideração que o processo inflamatório atinge o seu pico de edema num 
período de 36 horas pós trauma, e que o mesmo regride entre 48 e 72 horas, a utilização 
dos AINEs usualmente fica restrita a 3 dias. 
Via de regra sua administração deve ser realizada antes do trauma cirúrgico, para isto 
deve-se levar em conta o tempo necessário para a absorção do medicamento pela via oral 
e, desta maneira, deve-se anteceder o seu uso em 40 minutos do procedimento. 
 
AINES- SUBDIVISÕES RELACIONADAS A SUA AÇÃO. 
• Medicamentos que atuam igualmente em COX 1 e COX 2 são denominados 
"Convencionais Não Seletivos", como por exemplo o Diclofenaco. 
• AINEs que atuam preferencialmente em COX 2 são denominados "Convencionais 
Parcialmente Seletivos", tendo o Meloxican como exemplo 
• o Eterocoxibe e o Celecoxibe são classificados como AINEs "Específicos ou Seletivos", 
pois atuam exclusivamente em COX 2; e por este motivo estão indicados para 
pacientes com risco de sangramento gastrointestinal. 
PRINCIPAIS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO ALÍVIO DA "DOR MODERADA" 
 Cloridrato de Tramadol 50 mg 6/6 horas 
 Paracetamol 500mg + Codeína 30mg 6/6 horas 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
20 
AINES 
• Inibidores da cicloxigenase (COX); 
• Possuem efeito analgésico e anti-inflamatório; 
• Apresentam diferentes perfis de efeitos adversos. 
 
TIPOS DE CICLOXIGENASE 
COX1 Plaquetas, rins e mucosa gástrica (constitutiva) 
COX2 Concentração em tecidos “normais" 80 vezes em tecido inflamado (induzida) 
COX3 modula a dor e febre no SNC 
 
CONVENCIONAIS (NÃO SELETIVOS) 
• Inibem COX1 e COX2;• Boa eficácia; 
• Reações adversas e alérgicas (“inaceitáveis" 
por tempo prolongado). 
Ex.:Piroxicam 
 Indometacina 
 
 
 
(PARCIALMENTE SELETIVOS) 
• Inibem COX1 e COX2; 
• Boa eficácia; 
• Reações adversas; 
Ex.: Nimesulida (melhor para conter o edema) 
 Meloxicam 
*Somente quando é o único AINE efetivo 
AINES CONVENCIONAIS NÃO SELETIVO- MAIS INDICADOS PARA O CONTROLE DO EDEMA 
 Diclofenaco Sódico 50 mg 8/8 horas 
 Diclofenaco potássico 50 mg 8/8 horas 
 Ibuprofeno 400 mg 8/8 horas 
 Cetorolaco 10 mg 8/8 horas 
CONVENCIONAIS (NÃO SELETIVOS) 
• Inibem COX1 e COX2; 
• Boa eficácia; 
• Reações adversas; 
Ex.: Diclofenaco de sódio ou potássio (melhor para 
conter o edema) 
 Cetorolaco 
 Ibuprofeno (crianças!) 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
21 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS CORTICOIDES 
• Inibição do gene da COX-2 
• Indução da formação da Lipocortina-1 
 
CORTICOSTEROÍDES DE ESCOLHA PARA O USO ODONTOLÓGICO: 
Dexametasona e Betametasona 
• Potência de ação 25 a 30 vezes maior que a hidrocortisona 
• Maior tempo de meia-vida plasmática 
–Dose única pré-operatória ou por tempo muito restrito 
 
VANTAGENS AO USO DE CORTICOSTECÓIDES 
• Não apresentam efeitos colaterais significativos; 
• Não interferem nos mecanismos de hemostasia; 
• Inibem a síntese de leucotrienos, que pode causar anafilaxia 
• A posologia de dose única pré-operatória é muito mais prática e tem maior adesão por parte 
dos pacientes; 
• Relação custo/benefício do tratamento é menor quando se usam corticostecóides; 
 
A síndrome de Cushing pode ocorrer somente no tratamento crônico com corticosteróides 
 
CORTICÓIDE TEMPO DE MEIA VIDA DURAÇÃO DA AÇÃO 
HIDROCORTISONA 60 Curta 
PREDNISONA 90 Intermediária 
PREDNISOLONA 200 Intermediária 
DEXAMETASONA 300 Prolongada 
BETAMETASONA 300 Prolongada 
AINES CONVENCIONAIS PARCIALMENTE SELETIVOS- MAIS INDICADOS PARA O CONTROLE DO EDEMA 
 Nimesulida 100 mg 12/12 horas 
 Meloxican 15 mg 24/24 horas 
Lipocortina-1: 
 Suprimem a atividade da Fosfolipase A2 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
22 
 
 
ESPECÍFICOS (SELETIVOS) 
• Inibem seletivamente a COX2; 
• Boa eficácia; 
• Reações adversas; 
 Ex.: Celecoxibe 
 Etericoxibe 
 
 
PROCESSOS FISIOLÓGICOS IMPORTANTES ALTERADOS PELA INIBIÇÃO DA COX2: 
• Regulação renal da excreção de sal por meio do SRAA: 
↓ prostaciclina renal e prostaglandina (vasodilatadores) 
↓ perfusão renal 
• Homeostasia da pressão arterial: 
↓ prostaciclina endotelial (vasodilatador) 
• Controle da agregação plaquetária pelo endotélio vascular: 
Coxibes ↓ prostaciclina X não agem COX1 ↑ efeito tromboxano 
(Estimula agregação plaquetária) (Estimula agregação plaquetária) 
 
 
OS INIBIDORES ESPECÍFICOS DA COX2 PODEM AUMENTAR O RISCO DE: 
• Infarto do miocárdio; 
• Acidente vascular encefálico; 
• Hipertensão arterial; 
• Falência cardíaca. 
Portanto, a COX2 não está SOMENTE relacionada a processos fisiopatológicos (inflamação, dor 
e febre) 
 
CORTICÓIDES MAIS UTILIZADOS NO MODULAÇÃO DO EDEMA EM TRAUMAS CIRURGICOS DE MAIOR 
INTENSIDADE 
 Dexametasona 4 mg 2 comprimidos 1 horas antes do procedimento 
 Betametasona 4 mg 2 comprimidos 1 horas antes do procedimento 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
23 
 
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL DOSE USUAL INTERVALO ENTRE AS DOSES 
Piroxicam Feldene 20 mg 24 horas 
Indometacina Indocid 50 mg 12 horas 
Diclofenaco S ou P Voltaren/Cataflan 50 mg 8 horas 
Cetorolaco Toragesic 10 mg 8 horas 
Ibuprofeno Advil/Alivium 400 mg 8 horas 
Nimesulida Scaflam 100 mg 12 horas 
Meloxicam Menoxiton 15 mg 24 horas 
Celecoxibe Celebra 200 mg 24 horas 
Eterocoxibe Arcoxia 60 mg 24 horas 
 
 
Para as situações de cirúrgicos de maior complexidade, a utilização dos AIES (corticóides) 
são mais eficazes na modulação da reação inflamatória. 
A administração por via oral deve anteceder em 1 hora o procedimento e a dose necessária 
é única. 
 Tanto a Dexametasona como a Betametasona estão indicadas para es tes casos, 
sendo 8mg (normalmente dividida em 2 comprimidos de 4mg) a mais usual. 
 Apesar dos corticóides se mostrarem potentes no controle do edema pós operatório, 
uma ação analgésica não deve ser considerada. Desta forma, a sua associação a um 
analgésico torna-se necessário. 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
24 
Nocicepção: Transmissão de impulsos em resposta a um estímulo nocivo (ocorre mesmo com 
o paciente inconsciente); 
Dor: como a sensação é experimentada. 
Hiperalgesia: Sensação elevada a estímulos dolorosos; 
Alodinia: Sensação de dor ao receber um estímulo que normalmente não provocaria dor 
ATIVAÇÃO DOS NOCICEPTORES: 
• ATP; 
• Potássio; 
• Histamina (mastócitos); 
• Bradicinina (plasma); 
• Serotonina (mastócitos); 
• PROSTAGLANDINAS!! 
 
REGIMES ANALGÉSICOS NA ODONTOLOGIA 
Analgesia preemptiva: tem início antes do estímulo nocivo. 
 Analgesia preventiva: tem início imediatamente após a lesão tecidual, porem antes do início 
da sensação dolorosa. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANALGÉSICOS DE AÇÃO PERIFÉRICA BASEADA NO MECANISMO DE AÇÃO 
1. FÁRMACOS QUE PREVINEM A SENSIBILIZAÇÃO DOS NOCICEPTORES POR MEIO DA INIBIÇÃO DA CICLOXIGENASE 
• PARACETAMOL (Tylenol®, Paralgen®) Dose de 500mg 6/6 horas 
 Hepatotóxico: não exceder 4 g por dia 
 Latência: 30 min. O efeito analgésico dura de 4 a 6 horas 
 Contra-indicação: hepatopatias, pacientes que usam varfarina (paracetamol inibe CYPC2) 
Fármaco + seguro para gestantes e lactantes 
 
• IBUPROFENO (terceira opção) (Advil®) 
Contra-indicado: pacientes com gastrite, úlcera e doença renal 
 
 
2. FÁRMACOS QUE DEPRIMEM DIRETAMENTE O NOCICEPTOR 
• DIPIRONA (Novalgina®, Dipimed® Anador®) 
 Bloqueiam a entrada de cálcio e os níveos de AMPc nos nociceptores; 
 Podem causar agranulocitose. 
 Quando o nociceptor já encontra-se sensibilizado, os inibidores da cicloxigenase e da fosfolipase A2 não são tão 
eficazes na prevenção da hiperalgesia. 
 Contra-indicações: Imunodeprimidos, pacientes com agranulocitose, pacientes com HIV* ou que fazem o uso 
crônico de corticóides. 
Administrar em gestante em caso de extrema necessidade. (Pode utilizar em diabético!) 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
25 
ANTIBIÓTICOS: 
Antibióticos são substâncias químicas obtidas de M.O. vivos ou de processos semissintéticos, 
que tem a propriedade de inibir o crescimento de M.O. patogênicos ou destruí-los. 
 
TRATAMENTO DE INFECÇÕES 
• Abscesso dento alveolar agudo; 
• Processo inflamatório com formação de pus nos tecidos periapicais; 
• Tratamento clínico + antibioticoterapia; 
• Sinais clínicos: edema pronunciado (celulite), trismo, linfadenite, febre, taquicardia, falta 
de apetite, prostração. 
*diabético e imunossuprimidos 
 
ABSCESSO DENTO ALVEOLAR AGUDO 
Antibioticoterapia (adultos e crianças > 30kg) 
Dose de taque: Amoxicilina 1g (2 caps. de 500mg) [30 min antes] 
Dose de manutenção: Amoxicilina 500 mg 8/8h por 7 dias. 
 
HISTÓRIA DE ALERGIA ÀS PENICILINAS 
 
Dose de ataque: Claritromicina 500 mg (30 min antes) 
Dose de manutenção: Claritromicina 250 mg 12/12h por 7 dias. 
*Analgésico pós operatório 
 
FALHAS NA ANTIBIOTICOTERAPIA: 
• Rever diagnóstico; 
• Prazo de validade do medicamento; 
• Condições de saúde do paciente; 
• Doenças concomitantes; 
• Infecções por bactérias anaeróbicas GRAM negativas; 
• Resistência do agente infeccioso ao antibiótico empregado. 
DE FORMA GERAL, EM INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS, CASO A TERAPIA PADRÃO FALHE, 
UTILIZAR: 
Amoxicilina 500mg + Metronidazol 250mg (Amoxil® 500mg - 1 cáps. 8h/8h e Flagyl ®250mg - 1 comp. 8h/8h 
 OU 
 Amoxicilina 500mg + Clavulanato de potássio 125mg(Clavulin® 500mg - 1 comp. 8h/08h) 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
26 
ANTISSÉPTICOS 
• Digluconato de clorexidina 
 Ação contra: bactérias aeróbicas e anaeróbicas, gram positivas e gram negativas, fungos e 
leveduras; 
 Mecanismo de ação: atua na membrana celular bacteriana (bactericida); 
 Bochecho de 1 min: redução de até 40% dos M.O., após 8h volta ao normal (3 dias diários 
reduz em 99,9%); 
 Incompatível com LSS; 
 Antissepsia extrabucal do paciente: 2%; 
 Antissepsia intrabucal pré-operatório: 0,2%; 
 Uso diário: 0,12%. 
 
Digluconato de clorexidina ………………..0,12% 
Água mentolada q.s.p. 
(vol. desejado, por ex. 500 ml) 
 
Características de um ANTIBIÓTICO ideal: 
• Interfere com as funções vitais das bactérias sem comprometer as células do hospedeiro; 
• Baixa incidência de efeitos adversos e toxicidade para o hospedeiro; 
• Não desenvolve o aparecimento de resistências bacterianas; 
• Comodidade de administração e menor custo. 
 
Bactericidas: causam a morte das bactérias. 
Bacteriostáticos: inibem o crescimento e multiplicação das bactérias. 
 
 RESISTÊNCIA BACTERIANA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Uso profilático (prevenção) 
Uso terapêutico (tratamento, cura) 
 
• Dose de ataque ≥ ao dobro da dose de manutenção. 
• Dose de manutenção visa manter os níveis sanguíneos adequados durante o tempo de tratamento. 
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE CELULAR BACTERIANA 
 São antibióticos bactericidas – inibem a síntese da parede celular bacteriana (bloqueiam a síntese de 
peptideoglicano); 
 São os antibióticos menos tóxicos; 
• Beta-Lactâmicos 
Mecanismo de ação: Inibem as enzimas transpeptidases, que fazem a ligação cruzada peptídica da parede 
celular; 
• Penicilinas naturais: 
Penicilina G (benzilpenicilina). Inativada pelo suco gástrico. Penicilina V. 
 
• Penicilinas semissintéticas: 
 Ampicilina e amoxicilina (ótima absorção via oral). Amplo espectro. Nível sanguíneo em 1h a 2h 
 
• Cefalosporinas 
 É menos susceptível à ação das beta-lactamases; 
 Espectro de ação um pouco mais amplo que as penicilinas; 
 Menos Toxicidade; Infecções mais graves; 
 Classificadas em gerações dependendo do espectro de ação: 1ª, 2ª, 3ª, e 4ª geração 
Keflex ® (cefalexina) - drágeas 500mg / susp. 250mg / 5 ml Keflin ® ( cefalotina) - frasco / ampola - 1g 
 
Algumas bactérias são capazes de liberar substâncias chamadas Betalactamases, que 
impedem a ação dos anbitióticos Beta-lactâmicos. 
Associação de um Beta-lactâmico (amoxicilina) + inibidor da Beta-lactamase (clavulatanato 
de potássio). 
 
 
ANTIBIÓTICOS QUE INIBEM A SÍNTESE PROTEICA: LINCOMICINAS: 
• Clindamicina 
 Espectro de ação (amplo): muito similar às penicilinas; 
 Bacteriostático: inibe a subunidade 50S Profilaxia de EB em pacientes alérgicos às 
penicilinas; 
 Antibióticos que inibem a síntese proteica: LINCOMICINAS 
Dalacin C ® (clindamicina) • cáps. 300mg - 8/8 h 
 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
28 
 
ANTIBIÓTICOS QUE INIBEM A SÍNTESE PROTEICA: AZALÍDEOS: 
• Azitromicina 
 Bacteriostático (inibe a subunidade 50S); 
 Meia vida de 24h, porém mantém a concentração tecidual por até 10 dias (se concentra no 
interior de macrófagos); 
 Opção para pacientes alérgicos às penicilinas; 
 Caps. de 250mg ou comp. de 250 e 500 mg. 
 
 
 
PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE BACTERIANA (EB) 
Considerações sobre a EB: 
• A maioria dos pacientes que apresente EB não foi submetida a procedimentos médicos, 
cirúrgicos ou odontológicos; 
• A Antissepsia prévia pode ser mais efetiva do que a própria profilaxia antibiótica; 
• Valvas cardíacas protéticas; 
• Endocardite infecciosa prévia; 
• Valvopatia adquirida em paciente transplantado cardíaco; 
Doenças cardíacas congênitas: 
• Prótese articular. 
• Cianótica não corrigida; 
• Cianótica com material protético (nos primeiros 6 meses após cirurgia); 
• Cianótica corrigida, mas que evoluiu com defeito (impede a reepitelização) 
 
 
PROFILAXIA PADRÃO 
Amoxicilina: adulto 2 g (criança 50 mg/kg) por via oral uma hora antes do procedimento. (1 cápsula=500 mg) 
 
PACIENTES ALÉRGICOS A PENICILINA 
Clindamicina: adulto 600 mg (criança 20 mg/kg) por via oral uma hora antes do procedimento. (1 
cápsula=300 mg) ou Azitromicina: adulto 500 mg (criança 15 mg/kg) por via oral uma hora antes do 
procedimento. (1 cápsula = 250 mg) 
 
Ou ainda: Cefalexina ou Claritromicina. 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
29 
TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA EM ODONTOLOGIA 
Antibióticos são substâncias químicas obtidas de microrganismos vivos ou de processos 
semi-sintéticos que tem a propriedade de inibir o crescimento de microrganismos ou 
destruí-los. 
O termo antibiótico (antibiosis – contra a vida) é muito abrangente e engloba 
antibacterianos, antivirais e antifúngicos. 
Antimicrobianos também é um termo mais genérico. 
 
OS ANTIBIÓTICOS MAIS UTILIZADOS ATUALMENTE SÃO: 
• as penicilinas (ex: amoxicilinas e amoxicilina+acido clavulânico), 
• os macrolídeos (ex: azitromicina e claritromicinas) 
• lincosaminas (ex: clindamicinas). 
 
Para adultos não hospitalizados, a via oral é a mais utilizada para a antibioticoterapia. 
Em casos de infecção severa, em que se necessita de um início rápido de ação, deve-se utilizar uma dose 
de ataque, que proporciona concentração adequada do medicamento na circulação sanguínea de forma 
mais rápida e, consequentemente, no local da infecção. 
doses de manutenção inadequadas favorecem o desenvolvimento de microrganismos resistentes aos 
antibióticos. 
 
O ideal seria que sempre antes de administrar um antibiótico frente a uma infecção, fosse possível colher 
uma amostra do foco infeccioso e realizar o antibiograma (exame feito para saber quais antibióticos são 
ativos naquela infecção específica). 
Baseado no resultado do antibiograma, o antibiótico deveria ser escolhido. Entretanto, nós sabemos que 
os microrganismos gram-positivos aeróbios são em grande parte os agentes etiológicos das infecções 
buco-dentais. 
 
Os microrganismos anaeróbios e/ou gram-negativos ganharam destaque e através de 
técnicas moleculares de identificação bacteriana, e de cultura de anaeróbios, percebeu -se 
que uma parte das bactérias da microbiota oral são anaeróbias ou mesmo gram negativas, 
principalmente nas infecções de origem periodontal. Por isso muitas vezes são necessárias 
complementações com outros tipos de antibióticos, como por exemplo o metronidazol. 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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PENICILINAS 
As penicilinas são os antibióticos de primeira escolha para o tratamento de infecções odontogênicas, pois os 
microrganismos Gram-positivos aeróbios e uma parte dos anaeróbios são susceptíveis a elas. 
Estes microrganismos são encontrados nos abscessos periapicais agudos, e na polpa necrótica. 
Quando há suspeita de bactérias anaeróbias ou gram negativas principalmente de origem periodontal, deve -se 
associar o metronidazol. 
Todos os derivados da penicilina têm em comum um núcleo molecular semelhante, o ácid o-6-aminopenicilânico. 
Atuam na síntese da parede celular das bactérias inibindo a sua formação, causando a sua lise (quebra) e 
consequentemente sua morte. Como a parede celular é uma estrutura própria das bactérias, as penicil inas 
possuem toxicidade praticamente nula. 
As penicilinas podem causar reação alérgica de dois tipos: 
• Reação alérgica aguda 
• Resposta anafilática (por volta de 30 minutos após a administração). 
Podem ocorrer broncoconstrição, angioedema, e choque anafilático. 
O tratamento deste tipo de reação envolve, conforme a situação clínica, a administração de epinefrina, anti -
histamínico, e possivelmente corticosteroides em nível hospitalar. 
 
Na reação tardia (por volta de 2 horas após a administração) há erupções cutâneas moderadas. 
 Por volta de 1 a 5% dos pacientes que tomam penicilinadesenvolvem algum tipo de reação alérgica . A maioria 
das respostas alérgicas potencialmente letais (que podem levar a morte) é causada pela administração 
parenteral. 
As penicilinas podem perturbar a microbiota normal do trato gastrointestinal, causando náuseas, vômitos e 
diarreias. 
A penicilina V (ou fenoximetilpenicilina potássica) também pode ser ingerida p or via oral, porém tem espectro 
reduzido, principalmente contra estreptococos gram positivos, que iniciam as infecções odontológicas. 
As penicilinas naturais são encontradas sob a forma de penicilinas G potássica, benzatina e procaína. São utilizados 
apenas pela via parenteral. O seu uso ocorre normalmente quando a via oral está comprometida. A penicilina G 
potássica possui um rápido início de ação e apresenta distribuição nos tecidos moles, na saliva e nos ossos, 
possuindo boa eficácia clínica. Pode ser substituída pela penicilina V, que pode ser administrada por via oral. 
 Muitas bactérias tem demonstrado resistência a esse antibiótico, por isso vem sendo pouco utilizado . Ambas 
as penicilinas G procaína e G benzatina por serem insolúveis em água, após injeção intramuscular são lentamente 
liberadas na circulação sanguínea. 
 A penicilina G benzatina é menos solúvel, portanto, possui cobertura antibiótica por um tempo muito mais 
prolongado. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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 A amoxicilina é o antibiótico de primeira escolha para o tratamento de infecções 
odontológicas, possui largo espectro sendo efetivo contra bactérias Gram-positivas, 
Gram-negativas e a maioria das bactérias anaeróbias bucais. Devido a sua melhor absorção 
oral e menor ligação às proteínas plasmáticas, a amoxicilina atinge concentrações 
efetivamente maiores e mais prolongadas. O seu largo espectro aumenta a probabilidade 
de causar superinfecção ou infecções oportunistas. 
 
As bactérias podem adquirir resistência aos antibióticos pois são capazes de se defender 
através de uma série de mecanismos como: 
• Mutações genéticas; 
• Inclusão de DNA exógenos; 
• Incorporação de partes de DNA ao seu cromossomo ou plasmídio. 
 Especificamente no caso das penicilinas, as bactérias são capazes de produzir uma enzima 
chamada ß-lactamase, que rompem o anel ß-lactâmico das penicilinas (também de 
cefalosporinas) inativando esses antibióticos. 
 
Em pacientes que não mostram melhora do quadro clínico em 48 horas de terapia com as 
penicilinas, pode estar ocorrendo resistência bacteriana. Deveriam ser realizados teste de 
cultura. Quando este procedimento não é possível de ser realizado, o uso de 
medicamentos que possuam inibidores da ß-lactamase como a amoxicilina associada ao 
clavulato de potássio está indicado. 
O ácido clavulânico não é um antibiótico, mas inibe a enzima ß-lactamase, fazendo com 
que a amoxicilina se torne novamente efetiva contra microrganismos, antes resistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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MACROLÍDEOS 
Estruturalmente, todos os macrolídeos apresentam um anel lactônico e a eritromicina é um de seus 
representantes. 
 Clinicamente está indicada em infecções leves, apresentando-se como uma alternativa para tratar as infecções 
leves da cavidade oral em pacientes alérgicos à penicilina. 
Hoje são pouco utilizados por causa da resistência a esses medicamentos. 
Eles atuam inibindo a síntese proteica das bactérias. 
É comumente administrada pela via oral na forma de comprimidos revestidos por películas insolúveis em ácido 
(preparação de revestimento entérico) ou na forma de sais insolúveis em água (estearato) e éster es (estolato, 
etilsuccionato). 
• Os estolatos são muito tóxicos, portanto, devem ser evitados. 
• Os estearatos são muito seguros e podem ser utilizados em infecções leves. Distúrbios gastrointestinais são 
os problemas mais comumente encontrados. 
 
 A claritromicina também é um antibiótico da família dos macrolídeos. É mais efetiva que a eritromicina contra 
Streptococcus, Staphylococcus e bactérias anaeróbias. 
As vantagens de se usar a claritromicina é a pequena ocorrência de problemas gastrintestinais e a comodidade de 
administração, quando comparada à eritromicina. Leves distúrbios gastrintestinais podem estar presentes. 
 
A azitromicina, é um derivado da eritromicina, similar à claritromicina, mas apresenta excelente penetração 
tecidual e possui meia-vida longa, sendo necessária apenas uma dose diária. Pode causar efeitos adversos, em 
geral gastrintestinais. 
 
 
 
LINCOSAMIDAS 
As clindamicinas fazem parte do grupo das lincosamidas e apresentam um mecanismo de ação 
semelhante ao dos macrolídeos. É bem absorvida pelo trato gastrointestinal e pode ser ingerida com 
alimentos. 
 Possui a capacidade de se distribuir pelos tecidos e fluidos orgânicos, possuindo ótima penetração no 
tecido ósseo, com concentrações em níveis iguais ao do plasma. 
 São antibióticos indicados para tratar infecções ósseas, tais como osteomielites e osteítes. 
O efeito colateral mais preocupante é a colite pseudomembranosa, que é o resultado de superinfecção 
causada pela bactéria Clostridium difficile. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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TETRACICLINAS 
São antibióticos bacteriostáticos com amplo espectro de ação. 
 Entre os efeitos adversos mais comuns e que leva seu uso a ser proibido para gestantes e crianças é a 
capacidade de as tetracilinas provocarem pigmentação endógena na coroa dentária e redução do 
crescimento ósseo na criança, e hepatoxicidade na mãe. 
As tetracilinas podem pigmentar tanto os dentes decíduos como os permanentes, quando administrados 
durante os seus desenvolvimentos (iniciando-se no quinto mês de vida intra-uterina, prolongando-se até 
os 6 a 7 anos de idade), mesmo em doses terapêuticas. Podem também provocar hipoplasia. 
 
Essa pigmentação inicia-se por incorporação das tetraciclinas ao tecido, que se calcifica. Devido a sua 
ação quelante, esses antibióticos unem-se ao cálcio e incorporam-se à superfície do cristal de apatita. 
Alguns autores acham que a fixação se faria sobre a matriz orgânica, e para outros haveria a incorporação 
no interior do cristal. Do ponto de vista clínico, é de interesse que a tetraciclina incorporada ao tecido 
dentário é definitiva. A pigmentação pode variar de uma coloração amarela, marrom ou tons 
alaranjados. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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ANTIBIOTICOTERAPIA PROFILÁTICA 
A última atualização da American Heart Association sobre antibioticoterapia profilática restringiu a indicação e 
os procedimentos por causa da resistência bacteriana ocasionada pelo uso indiscriminado de antibióticos. 
Endocardite infecciosa (EI) é a infecção endocárdio, que é o tecido que reveste o coraç ão e as valvas cardíacas, 
causada por microrganismos que de alguma forma conseguem chegar a esses locais. 
A infecção normalmente ocorre após uma bacteremia, evento no qual as bactérias alcançam a circulação 
sanguínea. 
Os principais sintomas que podem levar a suspeitar de endocardite infecciosa é: 
• Febre maior que 38º c; 
• Cansaço; 
• Fadiga após procedimento odontológico invasivo. 
 O diagnóstico cardiológico é feito através do exame cl ínico, laboratorial e eletrocardiográfico. O tratamento 
necessita de altas doses de antibioticoterapia e/ou cirurgia para reposição das valvas. 
A EI se desenvolve pois alguns tipos de doenças cardíacas congênitas ou valvopatias causam um fluxo sanguíneo 
turbulento e traumatizam o endotélio, normalmente na superfície das valvas cardíacas que na tentativa de 
cicatrizar deposita plaquetas e fibrina. Bacteremias causadas pela penetração de bactérias na circulação podem 
infectar esses trombos. Isso pode ocorrer em valvas mecânicas ou biomecânicas. 
Hoje a endocardite não é mais chamada bacteriana, pois outros microrganismos também causam infecção como 
a Candida spp. As principais espécies causadoras da EI são Streptococcus, Staphylococcuse Enterococcus 
representando a maioria dos casos. 
Apesar de serem sensíveis à amoxicilina, hoje têm apresentando resistência crescente, além disso novas técnicas 
moleculares puderam detectar novas espécies causadoras de endocardite. 
Um dos conceitos mais importantes é que a bacteremia é muito mais frequente em atividades do dia-a dia 
(escovar os dentes, passar o fio dental e mastigar) e do que em procedimentos odontológicos, que o correm 
esporadicamente e a manutenção da saúde bucal através da higiene oral são importantes na diminuição da 
incidência de bacteremia das atividades diárias. 
Para os procedimentos odontológicos, a profilaxia antibiótica é recomendada somente quando forem invasivos 
e que manipulem tecido gengival, região periapical ou quando haja perfuração da muco sa oral. 
 
Apesar da indicação da profilaxia antibiótica ter sofrido modificações nos últimos anos, existem algumas 
condições cardíacas que possuem alto risco de desenvolvimento de endocardite infecciosa e nesse caso o uso 
de antibioticoterapia é obrigatório Condições médicas em que é recomendada a antibioticoterapia profilática. 
A doença valvar ainda é responsável por grande número de internações e a febre reumát ica é a principal 
etiologia. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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PROFILAXIA DA ENDOCARDITE BACTERIANA 
A profilaxia antibiótica deve ser administrada antes do procedimento odontológico invasivo em uma 
única dose. 
Devemos ensinar o paciente a sobre a importância de manter uma boa saúde bucal. 
Apesar desse regime ser recomendado para pacientes com risco de desenvolver endocardite infecciosa, 
em alguns casos específicos de imunossupressão, pode haver necessidade de profilaxia antibiótica. 
Portanto nós muitas vezes “emprestamos” esse protocolo para fazer a cobertura antibiótica em alguns 
casos de imunossupressão, tendo-se em mente que o sistema imune do paciente não conseguirá conter 
a bacteremia transitória causada por uma intervenção odontológica, por isso muit as vezes utilizados a 
profilaxia antibiótica. 
 
As seguintes condições requerem atenção especial: 
• Neutropenia; 
• Leucemias; 
• Vírus da imunodeficiência humana (HIV); 
• Uso crônico de esteroides; 
• Anemia falciforme; 
• Pós esplenectomia; 
• Lúpus eritematoso; 
• Diabetes não compensada; 
• Transplante de órgãos; 
• Pacientes submetidos à quimioterapia; 
• Radiação; 
• Transplante de células hematopoiéticas. 
 
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS E CONCEITOS IMPORTANTES QUANTO AO USO DE ANTIBIÓTICOS 
• O uso terapêutico dos antibióticos (ex: quando utilizado por 7 dias) busca a cura da infecção já 
instalada, ou seja, o paciente já está com a infecção. 
 
• O uso profilático dos antibióticos (utilizado 1 hora antes do procedimento cirúrgico para a prevenção 
da endocardite bacteriana) busca a prevenção da infecção local ou a distância. A infecção ainda não 
está instalada 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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ANTIBIÓTICOS - DOSE 
Dose de manutenção - Tem o objetivo de manter os níveis sanguíneos adequados durante o tempo de 
tratamento. 
 No início da dose de manutenção eu posso fazer uma dose de ataque se eu quiser que o antibiótico 
chegue mais rápido aos níveis sanguíneos terapêuticos. 
 A dose de manutenção tradicional, normalmente ocorre por 7 dias (Uso terapêutico dos antibióticos). 
 
A literatura tem mostrado que a dose de manutenção deve se estender por mais 48h após a remissão 
dos sinais e sintomas. Se nós pensarmos que uma infecção odontológica após a dose de manutenção de 
5 dias está praticamente resolvida, e são necessárias 48 horas após a remissão dos sinais e sintomas, 
vamos ter 7 dias completos de tratamento. Por isso normalmente prescrevemos por 7 dias. 
 
Quando a terapia antibiótica não teve o efeito esperado, ou houve recidiva do quadro infeccioso, pode 
estar havendo resistência bacteriana. 
Se o antibiótico de escolha é a amoxililina, pode-se adicionar Clavulonato de potássio (ou Acído 
clavulânico). Nesse caso interrompe-se a antibioticoterapia com a amoxilina isolada e troca-se pela 
associação amoxicilina + clavulonato de potássio. 
 Também pode estar havendo infecção por bactérias anaeróbias Gram negativas, e nesse caso associa-
se metronidazol. 
 
DOSE DE ATAQUE MAIOR OU IGUAL AO DOBRO DA DOSE DE MANUTENÇÃO 
 Ela é utilizada quando se quer atingir níveis sanguíneos adequados rapidamente no início do uso 
terapêutico dos antibióticos (ex: abscesso periapical agudo em um paciente diabético descompensado) 
– nesse caso eu farei o uso terapêutico do antibiótico, pois a infecção já está instada, e eu quero que os 
níveis sanguíneos subam rapidamente no início da terapia antibiótica. 
Para isso, a primeira dose é a dose de ataque (≥ ao dobro da dose de manutenção). Depois que Isso 
ocorre, o paciente continua tomando o antibiótico normalmente, por 7 dias como prescrito para o uso 
terapêutico dos antibióticos. 
 
Conceitos importantes quanto ao uso dos antibióticos: 
• “Antibióticos apenas auxiliam a resposta do hospedeiro” 
• “Na Odontologia, a terapia com antibióticos normalmente é coadjuvante da terapêutica cl ínica” 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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ALGUMAS SITUAÇÕES NAS QUAIS O USO TERAPÊUTICO PARA O TRATAMENTO DE INFECÇÃO JÁ INSTALADA DOS 
ANTIBIÓTICOS É OBRIGATÓRIO? 
❖ Sinais de disseminação do processo infeccioso: 
• Febre; 
• Linfadenopatia; 
• Mal-estar; 
• Disfagia; 
• Trismo; 
• Edema (celulite). 
 
❖ Comprometimento dos mecanismos de defesa: 
Doença sistêmica que de alguma forma cause imunossupressão 
Normalmente em Odontologia, na maioria dos casos, para pacientes não alérgicos a penicilina a prescrição 
antibiótica é a amoxicilina 
 
• OBS 1: Pode-se iniciar com dose de ataque (2 cp de amoxicilina- o dobro da dose de manutenção) 
• OBS 2: O paciente deve retornar após 24 horas para verifi cação do quadro sistêmico 
• OBS 3: Interromper a antibioticoterapia 48 horas após cessar os sinais e sintomas . 
 
Após 24 horas, existem três possibilidades (ex: tratamento do abscesso periapical agudo): 
• Estabilizou- Continua o tratamento, mas continua-se em contato com o paciente para nova avaliação. 
 Avaliar a necessidade de ver o paciente em 24 horas. 
Normalmente após 5 dias cessam-se os sinais e sintomas totalmente então temos 48 horas de margem de 
segurança e se estabilizar a infecção, pode-se terminar o tratamento (Normalmente 7 dias) 
 
• Melhorou um pouco Retorno de 24 em 24 horas até cessarem os sinais e sintomas 
 
• Piorou- 
 O que pode ter acontecido: 
- Procedimento clínico não está adequado 
- Colonização por bactéria produtora de beta lactamase – interromper 1ª prescrição e substituir pelo novo 
antibiótico receitado (amoxicilina+ clavulonato de potássio) 
- Colonização por bactéria anaeróbia Gram negativa – associarei o metronidazol (pedir para o paciente não ingerir 
bebidas alcoolicas) 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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ANTIFÚNGICOS 
As infecções fúngicas superficiais são geralmente tratadas com medicamentos tópicos e os fungos mais 
comumente observados nas lesões bucais são da espécie Cândida. 
Ao se deparar com este tipo de infecção bucal, devem-se investigar as condições sistêmicas ou causas 
predisponentes, como por exemplo próteses mal higienizadas. 
Caso haja suspeita de alguma doença imunossupressora, deve-se encaminhar ao médico para possível 
diagnóstico. 
 
 DIFERENTES FORMAS DE CANDIDÍASE (OU CANDIDOSE) ORAL PODEM SER ENCONTRADAS: 
• candidíase pseudomembranosa aguda é frequente em neonatos e crianças ou idosos sistemicamente 
comprometidos. Pode haver um acentuado desenvolvimento de pseudomembranas brancas na 
superfície mucosa. Se removida pode haver sangramento e a difusão para regiões da orofaringe 
podendo causar infecções em outros locais. 
• A candidíase eritematosa tem grau variado de fatores predisponentes. Pode se tornar extensa e não 
apresentar sintomatologiadolorosa. O tratamento das infecções fúngicas inclui além da medicação, 
a remoção dos fatores etiológicos, quando possível. 
Dentre os tipos de antifúngicos existentes no mercado, o mais utilizado é o grupo dos poliênicos. 
Os outros grupos são utilizados em âmbito médico-hospitalar. 
 Existem muitos poliênicos com atividade antifúngica, mas a nistatina é a mais comum para as infecções 
odontológicas. É utilizado topicamente, e possui sabor desagradável. 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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ANTIVIRAIS 
A infecção viral mais frequente é causada pelo vírus herpes simplex. Outras infecções virais como herpes 
zoster, normalmente não são tratadas no âmbito odontológico. 
A infecção primária por herpes simplex, pode se manifestar subclinicamente, mas geralmente causa: 
• Gengivoestomatite aguda; 
• febre; 
• aumento dos linfonodos cervicais; 
• irritabilidade. 
A gengivoestomatite está limitada à cavidade bucal e a remissão dos sinais e sintomas ocorre em 
aproximadamente 10 dias. 
O tratamento indicado nas fases iniciais da infecção é com o grupo do aciclovir. 
 
Em casos em que a infecção atingiu estágios mais avançados, a terapêutica com este grupo pode tornar-
se ineficaz e deve ficar limitado à ingestão de alimentos líquidos, boa higiene bucal, analgésicos e o uso 
de enxaguatórios bucais como clorexidina 0,12% (ex: Periogard®) para evitar infecção bacteriana 
secundária. 
Infecções recorrentes podem ocorrer tardiamente, e a latência do vírus permanece no gânglio 
trigeminal. 
Tipicamente atinge a junção mucocutânea do lábio com aspecto inicial vesicular e posteriormente e 
ulcerado. 
 
O tratamento de preferência deve ser realizado na fase prodrômica (sinais e sintomas que prenunciam 
uma doença). 
Apesar de na fase ulcerativa esta medicação apresentar ação diminuída, também pode ser utilizada. 
Devem ser aplicados de 4 vezes ao dia. 
As gengivoestomatite agudas herpéticas primárias não devem ser tratadas com antibioticoterapia a não 
ser que haja fortes evidências que indiquem uma infecção bacteriana secundária. 
 
 
 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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DESINFETANTES MAIS UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA 
 
❖ IODO 
Descoberto em 1811 por Bernard Courtois; entretanto seu efeito bactericida foi descrito por Davaine 
somente em 1880. 
 
 Inicialmente, a aplicação clínica de iodo era sob a forma de iodofórmio ou tintura de iodo etílico, mas 
sua utilização era limitada porque o antisséptico não possuía estabilidade, manchava, além de causar 
irritações na pele e mucosas. Foi após o desenvolvimento dos iodóforos, iodo ligado a macromoléculas, 
que começou seu uso em larga escala, em virtude da diminuição da sua toxicidade para o s tecidos 
humanos. 
 
 Iodo-povidine ou iodo-polivinilpirrolidine (PVPI) é um iodóforo, isto é, um composto formado pelo iodo 
molecular (I2), na forma de (I3-). Este composto contém aproximadamente 10% de iodo ligado, ou seja, 
na preparação PVPI 10% são liberados 1% de iodo. O PVP-I é um microbicida de amplo espectro para 
bactérias gram-positivas e gram-negativas, fungos, micobactérias, clamídias, vírus e protozoários. 
 
A atividade microbicida do PVP-I é resultante dos fortes efeitos oxidantes sobre os grupos amino (NH-), 
tiol (SH-) e hidroxifenólico (OH-) em aminoácidos e nucleotídeos. O PVP-I também reage fortemente com 
as duplas ligações em ácidos graxos insaturados na parede celular e nas membranas das organelas.Não 
induz a seleção de bactérias resistentes. 
 
SOLUÇÕES IODOPOVIDONA (PVPI) 
• Para a anti-sepsia extra-bucal: 
• PVPI a 10% em solução aquosa com 1% de iodo ativo; 
• Remover excesso após 10 minutos; 
• Reações alérgicas: 0,4% da população; 
• Pode provocar manchamento nos dentes e tecidos bucais; 
• Ação residual de 2 a 4h; 
• Age na parede celular dos microorganismos; 
• Movimentos excêntricos com gaze estéril na antissepsia pré-cirurgica extra-oral. 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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❖ CLOREXIDINA 
• Mantém atividade, mesmo na presença de sangue; 
• Pertence à classe das biguanidinas; 
• Bactericida de amplo espectro; 
• Substantividade de 6 a 8 h; 
• baixa toxicidade. 
a Clorexidina é incompatível com as bases comuns utilizadas em sabões, sabonetes e shampoos comuns, 
como por exemplo sabões de coco, sabonetes acaricidas e shampoos diversos, o que reduz 
significativamente seu efeito. 
 
Anti-sepsia intra-oral (Clorexidina 0,12%) 
Vantagens: 
• Controle químico do biofilme supra gengival; 
• Util no pré e pós-operatório; 
• Adsorção das superfícies orais; 
• Alta substantividade; 
• Bacteriostático por até 12h; 
• Não foram relatadas resistência ou super-infecção 
Desvantagens: 
• Perda de substantividade – flúor; 
• Lauril sulfato de sódio; 
• Alterações no paladar; 
• Manchas escuras entre 5 e 21 dias de uso contínuo (necessária profilaxia para remover manchas) . 
 
Anti-sepsia extra-oral (Clorexidina 2%) 
Reações alérgicas incomuns 
Movimentos excêntricos com gaze estéril na antissepsia pré-cirurgica extra-oral 
 
Outros princípios ativos dos antissépticos comercialmente disponíveis 
• Timol, eucaliptol, salicilato de metila e mentol; 
• Cloreto de cetilperidínio; 
• Triclosan. 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Sedação consciente em Odontologia 
O medo é caracterizado por um processo fisiológico que ocorre no organismo quando 
existe uma ameaça real e a ansiedade é considerada uma antecipação da possibilidade de 
perigo, a ameaça pode não ser real, há sofrimento por antecipação do perigo. Ambos 
representam a maior barreira para o tratamento odontológico. 
 
COMO IDENTIFICAR O PACIENTE QUE APRESENTA ANSIEDADE AGUDA? (SINAIS FÍSICOS) 
• Inquietação na cadeira odontológica; 
• Dilatação das pupilas; 
• Palidez da pele; 
• Transpiração excessiva; 
• Aumento da frequência respiratória; 
• Sensação de formigamento e/ou tremores nas extremidades; 
• Aumento da frequência cardíaca e /ou pressão arterial sistêmica 
 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS NO CONTROLE DA ANSIEDADE 
Benzodiazepínicos: 
• Barbitúricos; 
• Antidepressivos; 
• Beta-bloqueadores (sintomas orgânicos). 
 
Sedação mínima: discreta depressão do nível de consciência, produzida por método 
farmacológico, que não afeta a habilidade do paciente de respirar de forma automática e 
independente e de responder de maneira apropriada à estimulação física e ao comando verbal. 
 
FATORES QUE PODEM GERAR ANSIEDADE DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO: 
• Visão do instrumental (carpule, fórceps, broca) e paramentação; 
• Barulho do manuseio de instrumentais; 
• Visão da agulha; 
• Visão do sangue (síncope vasovagal); 
• Sons da turbina de alta-rotação; 
• Sensação inesperada de dor; 
• Movimentos bruscos do cirurgião dentista. 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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MÉTODO NÃO FARMACOLÓGICO – TRANQUILIZAÇÃO VERBAL 
Conversar sobre medo e dor na odontologia (novas técnicas, experiências passadas) 
Respeito a queixas e sentimentos, tente utilizar alternativas que façam com que ele se 
sinta mais confortável 
O paciente deve sentir segurança no profissional 
Mímica, gestos, movimentos, expressões faciais, controle de voz devem ser percebidos 
pelo cirurgião dentista 
Apresentação hierárquica do instrumental 
 
QUANDO INDICAMOS A SEDAÇÃO CONSCIENTE? 
• Quando a ansiedade aguda não for controlada por métodos não-farmacológicos; 
• Nas intervenções mais invasivas (exo de inclusos, cirurgias implantodônticas, etc); 
• Pacientes com doenças cardiovasculares; 
• Pacientes asmáticos; 
• Pacientes com histórico episódios convulsivos; 
• Pacientes com discinesia tardia; 
• Pacientes diabéticos. 
 
DEFINIÇÃO DE SEDAÇÃO CONSCIENTE (SEGUNDO AMERICAN HEART ASSOCIATION) 
“Mínima depressão do nível de consciência do paciente que não afeta a sua habilidade de 
respirar de forma independente e de responder a estímulos físicos e ao comando verbal”. 
É importante lembrar que a sedação consciente deve manter intacto seus reflexosprotetores (ex: deglutição) 
 
QUAL O “PERFIL” DOS PACIENTES PARA INDICARMOS A SEDAÇÃO CONSCIENTE? 
• Pacientes com incapacidade de compreensão (distúrbios neuropsicomotor ex:Paralisia 
cerebral). Nesses casos deve-se tentar a contensão física antes da sedação consciente. 
• Pacientes não cooperativos crianças de difícil (ou impossível) controle. Nesses casos 
deve-se tentar a contensão física antes da sedação consciente. 
• Pacientes com ansiedade aguda não controlável em que sejam necessários 
procedimentos complexos 
• Diabéticos e cardiopatas para minimizar o estresse do atendimento (deve-se conversar 
com o médico responsável pelo paciente) 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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BENZODIAZEPÍNICOS 
Vantagens: 
• Reduzem o fluxo salivar; 
• Relaxamento da musculatura estriada esquelética; 
• Podem induzir amnésia retrograda. Principalmente no período de pico de atividade da 
droga (em especial o midazolam); 
• Em diabéticos ajuda a manter a glicemia; 
• Em hipertensos ajuda a manter a pressão arterial; 
• Efeitos adversos (baixa incidência na odontologia, considerando posologia e via oral) ; 
• Sonolência (midazolam – também apresenta ação hipnótica, induz ao sono); 
• Reação paradoxal (excitação, agitação e irritabilidade) é menor que 1%, em crianças e 
particularmente idosos. Por este motivo, neste grupo indica-se o lorazepam que 
dificilmente causa este efeito adverso. 
Obs: se isto ocorrer a consulta deve ser remarcada e o paciente deve ficar em observação 
até cessarem os sintomas! 
Precauções 
Pacientes com “insuficiência respiratória” ou “enfermidade bronco pulmonar obstrutiva” 
 
EFEITOS COLATERAIS DOS BENZODIAZEPÍNICOS 
• Baixa incidência de efeitos colaterais; 
• Sonolência; 
• ~1% apresenta agitação (efeito paradoxal); 
• Amnésia anterógrada (desejável?); 
• Discreta diminuição da PA; 
• Alucinações ou fantasias de caráter sexual (midazolam); 
• Falta de coordenação motora. 
 
Benzodiazepínicos de maior uso em odontologia 
Nome genérico Doses usuais para adultos Doses usuais para idosos Dosagem para crianças 
Diazepam 5 - 10 mg 5 mg 0,3 mg/kg 
Lorazepam 1 - 2 mg 1 mg não recomendado 
Alprazolam 0,5 - 0,75 mg 0,25 - 0,5 não recomendado 
Midazolam 7,5 - 15 mg 7,5 mg 0,4 mg/kg 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Nome genérico Meia vida Início de ação Tomar quanto tempo antes? 
Diazepam 20-50 60 minutos 1 hora 
Lorazepam 12-20 120 minutos 2 horas 
Alprazolam 12-15 60 minutos 1 hora 
Midazolam 1-3 30 minutos 30 minutos 
 
PRESCRIÇÃO 
É utilizado receituário azul especial 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS OPIÓIDES 
• Morfina (Sulfato de morfina - Dimorf®) 
• Codeína (Fosfato de codeína - Codein®) (Fosfato de codeína + Paracetamol - Tylex®) 
• Tramadol (Cloridrato de tramadol - Tramal®) 
Outros: 
• Fentanil 
• Metadona 
• Oxicodona 
• Buprenorfina 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS OPIÓIDES DE ACORDO COM A ORIGEM 
• Opióides naturais: morfina, codeína, papaverina e tebaína; 
• Opióides semi-sintéticos: oxicodona, diacetilmorfina (heroína), hidrocodona.; 
• Opióides sintéticos: metadona, tramadol, fentanil; 
• Opióides endógenos: encefalina, endorfina, dinorfina. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A AÇÃO NO RECEPTOR 
• Agonistas totais: fentanil, Heroína, Morfina, Metadona; 
• Agonistas parciais: codeína e tramadol; 
• Antagonistas: naloxona e naltrexona. 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Nome F.F. Dose Posologia 
Codeína associada ao 
Paracetamol 
Comprimido 30 mg + 500mg a cada 6h 
Tramadol Cápsula 50 mg a cada 8h 
 
Prescrição: quando o analgésico periférico não surtir efeito! 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS 
• Depressão respiratória; 
• Sedação; 
• Euforia; 
• Hipotensão; 
• Náuseas e vômitos; 
• Constipação. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES DOS OPIÓIDES 
• Gestantes (pode causar dependência física ao feto); 
• Pacientes com disfunção pulmonar; 
• Pacientes com disfunção renal ou hepática; 
• Pacientes com doença endócrina (síndrome de addilson e hipotireoidismo); 
• Pacientes que fazem uso de drogas depressoras do SNC (antipsicóticos, antiepilépticos, 
ansiolíticos) 
 
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA E RENAL. 
Pacientes sob tratamento com fármacos que também agem no SNC: anti-histamínicos, 
anticonvulsivantes, antidepressivos, barbitúricos e analgésicos opióides) 
Obs: o paciente deve ser orientado sobre a necessidade de um acompanhante, bem como 
sobre a impossibilidade de dirigir e operar “máquinas” 
 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Contra-indicações 
• Hipersensibilidade aos benzodiazepínicos; 
• Gestantes; 
• Insuficiência respiratória grave; 
• Apneia do sono; 
• Portadores de glaucoma de ângulo estreito; 
• Crianças com comprometimento físico ou intelectual severo; 
• Dependentes de drogas depressoras do SNC (álcool potencializa o efeito e aumenta a 
metabolização hepática!); 
• Portadores de miastenia grave. 
 
ALGUNS EXEMPLOS DE BENZODIAZEPINICOS UTILIZADOS EM ODONTOLOGIA: 
OBS: Para a prescrição desse medicamento é necessária a “Notificação de Receita B”, pois é considerado 
um medicamento de distribuição controlada: 
❖ Midazolan (adulto e pediátrico) 
• Comprimidos revestidos de 7,5 e 15 mg; 
• Exemplo de marca comercial: Dormonid® - Adulto 15 mg; 
• Início de ação 30 a 60 min; 
• Duração do efeito de 1 a 3 horas; 
• (Pediatria 0,3 a 0,5 mg/kg). 
 
❖ Lorazepam (Pacientes geriátricos diminuição na metabolização e excreção e efeitos adversos) 
• Exemplo de marca comercial: Lorax® - Idoso 1 mg / Adulto 1 a 2 mg; 
• Início de ação 60 a 120 minutos; 
• Duração do efeito de 12 a 20 horas; 
• Pediatria não é recomendado. 
 
❖ Alprazolam 
• Exemplo de marca comercial - Frontal® - Adulto 0,25; 
• Início de ação 60 a 90 minutos; 
• Duração do efeito de 12 a 15 horas; 
• Pediatria não é recomendado. 
 
❖ Diazepam 
• Exemplo de marca comercial - Valium®; 
• Adulto 5mg; 
• Início de ação 45 a 60 minutos; 
• Duração do efeito de 20 a 50 horas; 
• (Pediatria 0,2 a 0,5 mg/kg). 
 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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Indicações: 
• Infecções não bloqueadas naturalmente 
• Abcesso dento alveolar agudo 
• Abcessos periapicais 
• Pericoronarite 
• Gengivite ulcerativa necrosante GUN 
• Infecções periodontais crônicas 
• Diabéticos descompensados 
 
 
 
 
 
• Inibidores da cicloxigenase (COX); 
• Possuem efeito analgésico e anti-inflamatório; 
• Apresentam diferentes perfis de efeitos adversos. 
Indicações: 
• tratamento da dor de carácter agudo; 
• tratamento da dor orofacial de natureza crônica; 
• tratamento da doença periodontal; 
• tratamento da dor de origem endodôntica; 
• minimização da dor e do edema decorrente de 
procedimentos cirúrgicos. 
 
 
 
 
 
Indicação: 
Dores moderadas e severas 
Efeitos colaterais 
• Depressão do SNC e consequentemente a 
sedação e a depressão respiratória; 
• Constipação; 
• Retenção urinária; 
• A diminuição do reflexo da tosse; 
• Em períodos longos a possibilidade de levar à 
dependência e tolerância. 
 
 
 
 
 
 
 AINES 
Indicações: 
• controle de processos inflamatórios agudos 
• traumas pós-cirúrgicos 
• ulcerações bucais autoimunes. 
 
• Indicações: 
• Procedimentos pouco invasivos, se houver 
dor 
• Exodontia simples 
• Cirurgia de tecido mole 
• Sensibilidade 
• Raspagem supragengival 
Indicações: 
Tratar doenças fúngicas como Candidíase 
Formas: 
• Eritematosa (lesão aguda e crônica) 
• Hiperplásica (lesão crônica) 
• Pseudomembranosa (lesão aguda) 
• Estomatite 
TIPOS DE CICLOXIGENASE 
COX1 Plaquetas, rins e mucosa gástrica (constitutiva) 
COX2 Concentração em tecidos “normais" 80 vezes em tecido inflamado 
(induzida) 
COX3 modula a dor e febre no SNC 
Drª Caroline Parrillo 
 
 
 
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IDENTIFICAÇÃO 
DO PROFISSIONAL 
[Cite sua fonte aqui.] 
CABEÇALHO Identificação do 
paciente. 
Obs.: 
 USO INTERNO: medicamento 
que é deglutido, ex: 
comprimido.

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