Buscar

Resenha - Rodan

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ygor Rayan dos Santos Araújo – 201303053GV – Desenvolvimento Socioeconômico
RESENHA: Rosenstein-Rodan, P. (2010). Problemas de industrialização da Europa Oriental e Sul Oriental. Em: Agarwala, A.N., Singh, S.P.
▪ Nurkse, R. (2010). Alguns aspectos internacionais do desenvolvimento econômico. Em: Agarwala, A.N., Singh, S.P.
▪ Lewis, A. (2010). O desenvolvimento econômico com oferta ilimitada de fatores. Em: Agarwala, A.N., Singh, S.P.
Para Rodan (2010) um país atrasado é relacionado com agrário, no começo do seu trabalho ele levanta uma hipótese de estudo, que diz que existe um excesso de população agrária na Europa do Leste e do Sudeste, que 25% da população é parcial ou totalmente desempregada por ser população agraria. O autor também acrescenta que o desperdício de mão de obra não está limitado aos países industrializados e que segundo os princípios da divisão internacional do trabalho, a mão de obra vai até o capital ou o vice-versa, se a mão de obra vai até o capital é uma questão de emigração, ou seja, sair de onde você está e ir para onde tem mais recursos, mas se o capital vai até a mão de obra é uma questão de industrialização, isto é, vai haver um investimento em fábricas e industrias para empregar a mão de obra excedente. 
O autor também coloca em seu trabalho duas formas de se fazer a industrialização: a primeira forma é com uma economia fechada, nos moldes russos; “objetivando a autossuficiência e em investimento internacional” (Rodan, p. 266) e a outra forma é o modelo aberto, um ajustamento à economia mundial; “o que preservaria às vantagens da divisão internacional do trabalho, produzindo, portanto, mais riqueza para todos ao final do processo” (Rodan, p. 266).
Em seu trabalho, o autor cita algumas vantagens e desvantagens de se fazer industrialização, na forma fechada as vantagens são que se tem um Estado arcando com a industrialização, as desvantagens são que a economia cresce lentamente, os impactos da divisão internacional do trabalho não são sentidos e essa economia perde oportunidades de se especializar, com isso vai haver desperdícios de recursos e as indústrias de base trabalhariam com uma capacidade ociosa muito grande ao não poder se relacionar com o exterior para vender seu produtos e compensar essa ociosidade. Outro ponto negativo colocado pelo autor é o de que um modelo fechado cria uma “unidade independente na economia mundial, implicando redução da divisão internacional do trabalho – isto é, a produção do mundo como um todo seria menor do que poderia ser, e o mundo estaria mais pobre em termos de bens materiais” (Rodan, p. 266). Já na segunda forma, ou seja, na forma aberta, a vantagem uma primeira vantagem seria um progresso mais rápido, outra é a oportunidade de essa economia ser composta por indústrias pesadas de outros países, isto em um caso de expansão da economia mundial. E a principal desvantagem dessa forma é que a economia cresce lentamente, onde os impactos da divisão internacional do trabalho não são sentidos e essa economia perde oportunidades de se especializar adotando a ideia de Smith e não a de Ricardo e das vantagens comparativas, ao contrário da primeira forma. Outra desvantagem colocada pelo autor é o de que um modelo fechado cria uma “unidade independente na economia mundial, implicando redução da divisão internacional do trabalho – isto é, a produção do mundo como um todo seria menor do que poderia ser, e o mundo estaria mais pobre em termos de bens materiais” (Rodan, p. 266).
Rodan (2010) diz que não há nenhuma analogia com o processo de industrialização do início do século XIX, por uma série de razões que são mencionadas pelo autor, são elas: a liquidação do investimento: “o investimento internacional no século XIX era, em grande parte, liquidado automaticamente, pois era baseado na troca de produtos agrícolas e industriais. Atualmente, já não é mais possível esperar que essa liquidação seja ‘automática’” (p. 267); as formas de investimentos eram pontuais; a técnica já é dada, enquanto no século XIX havia grande concorrência pela tecnologia ; as escalas e tamanho médio das empresas era menor; os riscos políticos em relação ao crédito eram menores antigamente e no século XX o Estado precisou garantir a credibilidade dos países para receber investimentos e a miséria, onde as pessoas não aceitam mais viver em condições miseráveis.
Rodan (2010) propõe também argumentos práticos e diretos para a criação de um truste industrial para a prática dos investimentos e mudanças na economia. A educação é uma questão mencionada por Rodan, segundo ele pode não ser interessante para um empresário investir em um operário por conta do risco de ele perder esse investimento caso o funcionário mude de empresa; por conta disso essa educação deve ser dada pelo Estado ou pelo truste que ele propõe que tem condições de arcar com gastos altos relacionado ao treinamento de vários funcionários e as perdas micro seriam mínimas e suportáveis.
Em seu trabalho, podemos identificar um contraponto à teoria de Keynes, onde ele considera que as decisões de investimento dos empresários de uma economia subdesenvolvida não podem ser feitas com base nas experiências do passado, ou seja, os conhecimentos do empresário individual são muito limitados, por conta disso cabe ao truste de empresas, que tem dados suficientes, determinar quais são os investimentos.
No trabalho “Alguns aspectos internacionais do desenvolvimento econômico” Nurkse (2010) já introduz ressaltado que a indução ao investimento é limitada pela dimensão do mercado e que a insuficiência de mercado interno é o grande obstáculo para o desenvolvimento de um país. Para o autor, os países pobres são caracterizados por uma população de baixo poder aquisitivo, que transcorre do baixo nível de produtividade dos fatores. 
Para Nurkse (2010) as pessoas de economias atrasadas vivem muito próximas da subsistência, o que não permite resíduos do consumo para a formação de poupança. Para Nurkse (2010) a questão do desenvolvimento não depende do desenvolvimento tecnológico. Ele pensa em bens materiais: máquinas e ferramentas usadas na produção junto do método de forma organizada – é então uma produção organizada. Uma mudança tecnológica para ele é a mudança de instrumentos diferentes e mais modernos para se dispender menos trabalho.
Nurkse (2010) critica o tamanho dos mercados, ao fazer essa crítica ele se refere à renda dessa economia ligada aos salários e à produtividade. Os ciclos viciosos de Nurkse estão relacionados com o problema de oferta de capital (da pobreza) e da demanda de capital (da estagnação). Ao falar das políticas públicas, Nurkse (2010) ressalta que deve ser feito a tributação pelo consumo. 
Lewis (2010) também acreditava que a industrialização era o caminho para o desenvolvimento e que nos países menos desenvolvidos, os preços dos produtos primários não estariam sujeitos à desvalorização dos termos de troca com relação a produtos industriais, pelo contrário, o aumento da renda em países desenvolvidos elevaria a demanda e, consequentemente elevaria também os preços dos produtos primários de países em desenvolvimento. 
Os salários urbanos eram mais altos e o setor rural era o maior setor, mas tinha baixa produtividade marginal do trabalho; com produtividade marginal do trabalho na agricultura próxima a zero, relocar trabalhadores para o setor industrial não ocasionaria perda do produto agrícola.
O autor também analisou os países em desenvolvimento, tendo destacado sua dualidade. Para ele, nesses países há dois setores econômicos claramente diferenciados, o rural e o urbano. No setor urbano, a produtividade do trabalho é muito maior do que no setor rural, permitindo que haja poupança e investimento, isto é, por sua vez, aumenta de forma sustentável a demanda de trabalhadores. Essa demanda pode ser satisfeita sem que apareçam tensões salariais já que há uma oferta de trabalho infinitamente elástica procedente das zonas rurais. Essa diferença salarial faria uma conexão entre esses dois setores via transferênciade mão-de-obra. Lewis (2010) estimava que se os salários na indústria fossem pelo menos 30 por cento acima dos salários agrícolas, haveria um fluxo migratório campo-cidade e que um aumento da oferta de mão-de-obra urbana, a partir de trabalhadores oriundos do setor rural, pressionaria para baixo os salários urbanos, que seriam mantidos no nível de subsistência (salário mínimo).
O modelo básico de Lewis dizia que o setor rural tem excesso de população e a produtividade do trabalho é muito baixa. O modelo assume uma elevada propensão marginal a poupar por parte dos capitalistas A produtividade marginal do trabalho rural é praticamente zero, o que significa que a emigração de trabalhadores do campo para a cidade não provoca diminuição do produto agrícola. Portanto, acaba se produzindo assim no setor urbano um “círculo virtuoso”: poupança é maior que o investimento que é maior que o emprego. Por este motivo o crescimento do setor industrial – urbano está garantido até que o setor rural de baixa produtividade fique despovoado, o que implicará no fim da situação de subdesenvolvimento.
Portanto, Rodan (2010) defendia um desenvolvimento equilibrado e identificava o subdesenvolvimento com a oferta estrutural de mão de obra, para esse autor, há dois caminhos para o desenvolvimento: o baseado numa economia fechada e outro numa aberta. Seu desenvolvimento é equilibrado e está embasado nas economias externas e nos investimentos indivisíveis. Já para Nurkse (2010) o desenvolvimento também deve ser equilibrado. Já Lewis (2010) acreditava que a industrialização era o caminho para o desenvolvimento.

Continue navegando