Noções de Farmacologia

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NOÇÕES DE FARMACOLOGIA 
 
Farmacologia é a ciência que estuda os medicamentos sob todos os aspectos: 
história, origem, propriedades físicas e químicas, composição, efeitos bioquímicos e 
fisiológicos, mecanismo de ação, absorção e distribuição biotransformação e excreção, alem 
das propriedades terapêuticas e interação medicamentosa. 
 
TERMINOLOGIA 
 
- Medicamentos/Drogas ou Fármacos são substâncias que visam uma ação 
terapêutica quando introduzidas no organismo e que podem agir de forma 
curativa, paliativa, profilática ou para fins diagnósticos. 
 
- Medicamento Genérico é o medicamento similar a um produto de referencia ou 
inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a 
expiração ou renúncia da proteção patentória, ou de outros direitos de 
exclusividade comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade e designado pela 
Denominação Comum Brasileira (DCB) ou na ausência pela Denominação 
Comum Internacional (DCI). 
 
- Substância ativa ou principio ativo é a substância responsável pela ação 
terapêutica do medicamento. 
 
- Forma farmacêutica é como o fármaco se apresenta para ser administrado, 
geralmente em associação com coadjuvantes farmacotécnicos: sólida, liquida, 
semi-sólida ou gasosa. 
 
- Fórmula é a apresentação das proporções da composição química que 
constituem um medicação. 
 
- Medicamento similar é aquele que contem o mesmo ou os mesmos princípios 
ativos, apresenta a mesma concentração forma farmacêutica, via de 
administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnostica do 
medicamento de referencia registrado no órgão federal responsável pela Vigilância 
Sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e 
forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. 
 
- Medicamentos de referencia é o medicamento inovador registrado no órgão 
federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país cuja eficácia, 
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segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal 
competente, por ocasião do registro. 
 
- Medicamento e dosagem é a indicação das quantidades de um fármaco que 
devem ser administradas ao organismo afim de produzir o efeito terapêutico. 
 Dose mínima é a menos quantidade de uma droga capaz de produzir efeito 
terapêutico. 
 Dose máxima é a maior quantidade de uma droga que pode ser administrada 
sem causar efeitos indesejáveis. 
 Dose de manutenção é a dose necessária para manter os níveis desejáveis de 
fármaco na corrente sanguínea e tecidos durante o tratamento. 
 Dose inicial é a primeira dose. 
 
- Biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão de absorção de um principio 
ativo em uma forma de dosagem a partir de sua curva de concentração, tempo na 
circulação sistêmica ou na sua excreção urinária. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS DE ACORDO COM A 
ORIGEM 
 
- Naturais são medicamentos extraídos da natureza, ou seja, de animais, vegetais 
e minerais. 
 
- Sintéticos são aqueles processados em laboratório. O fármaco produzido por 
processos artificiais pode ou não ser reprodução exata de uma medicação natural: 
por exemplo, a penicilina sintética. 
 
- Semi-sintéticos são medicamentos obtidos, alternando-se as substancias 
naturais com a finalidade de produzir ações modificadas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS DE ACORDO COM O USO 
 
- Uso interno são todos os fármacos introduzidos no organismo por via parenteral 
ou digestória. 
 
- Uso externo são drogas de aplicação na região externa do corpo, não podendo 
ser introduzidas no organismo por serem tóxicas ou corrosivas. 
 
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CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS DE ACORDO COM A AÇÃO 
NO ORGANISMO 
 
- Ação local é quando o medicamento atua no local da aplicação, com por 
exemplo, o uso tópico de cremes, pomadas, na pele e mucosa, a instalação 
ocular, a aplicação de anestésicos locais para a realização de limpeza de ferida, 
sutura etc. 
 
- Ação sistêmica ou geral é quando a ação do fármaco se manifesta ao atingir o 
meio interno, isto é, a corrente sangüínea; como por exemplo, ao administrar 
medicamento intravenosamente, intra-arterial etc. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS DE ACORDO COM SUAS 
INCOMPATIBILIDADES 
 
Incompatibilidade das drogas é a reação que ocorre quando se misturam 
substâncias que não combinam entre si e que provocam alterações na natureza física 
ou química ou no valor terapêutico das drogas. 
 
- Física é a alteração no estado físico dos componentes de duas ou mais 
drogas. Ex: precipitação. 
 
- Química é a reação entre os componentes de duas ou mais drogas, dando 
origem a uma substancia nova com características diferentes e 
indesejáveis. 
 
- Terapêutica é quando a incompatibilidade acontece no caminho do 
fármaco pelo organismo (farmacocinética) ou no local de ação principal 
(farmacodinâmica). 
 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 
A forma como os fármacos se apresentam depende das características de sua 
composição. Geralmente apresentam-se nos 3 estados físicos: sólido, liquido e gasoso, 
alem das formas semi-sólidas ou intermediárias e das radiações. 
 
- Medicamentos sólidos são encontrados em forma de comprimidos, 
drágeas, cápsulas, pílulas, supositórios, pastilhas ou tabletes, pós, 
granulados etc. 
 
 Comprimido é um pequeno disco de forma arredondada, preparado com 
excipientes diversos, geralmente amido. É fabricado por compressão e 
geralmente é colorido. À medida que vai sendo desintegrado no estomago, 
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libera o principio ativo que vai sendo absorvido a atingindo a corrente 
sangüínea. 
 Drágea é um comprimido revestido por uma cobertura para que seja 
desintegrado e absorvido quando atingir o intestino delgado. 
 Cápsula é o invólucro de substância gelatinosa de forma cilíndrica onde 
o fármaco é acondicionado. Uma vês dissolvida a gelatina o principio ativo 
atinge a corrente sangüínea. 
 Pastilhas ou tablete apresenta-se no forma redonda ou retangular, 
confeccionado com fármaco e açúcar, que dissolve na boca. 
 Pó é o fármaco finamente pulverizado, encontra-se sob forma de cristais 
ou amorfo (são os contidos em frascos, ampolas ou em caixas). 
 Granulado é a substancia em partículas solúveis com forma irregular e 
áspera. 
 
- Medicamentos semi-sólidos é a preparação pastosa ou oleosa, contida 
em frascos ou pote, como as pomadas e cremes. Em bisnagas ou em 
invólucros gelatinosos denominados pérolas. 
 
- Medicamentos gasosos são encontrados em recipientes especiais, 
denominados torpedos ou balas. Habitualmente são administrados sob 
forma de aerosol, inalação, nebulização, vaporização etc. 
 
- Medicamentos irradiantes são representados por cobalto, césio, raios 
laser, iodo radioativo. 
 
- Medicamentos líquidos são encontrados em forma de: 
 
 Solução é a mistura de uma ou mias drogas em um solvente apropriado, 
a solução é homogênea e de aparência límpida. 
 Emulsão é a combinação de dois líquidos que não se combinam (água e 
óleo). Ex: extrato de fígado de bacalhau (devendo ser agitado antes do 
uso). 
 Suspensão é a mistura de uma droga num determinado liquido e este 
não dissolve totalmente, ficando suas partículas suspensas no solvente. Ex: 
hidróxido de alumínio, que antes do usos deve ser agitado. 
 Xarope é a combinação de fármaco com água e açúcar com sabor 
aromático. Ex: Iodeto de Potássio. 
 Elixir è a mistura da droga com álcool, com sabor aromático. Ex: Elixir 
paregórico. 
 Tintura é a mistura da droga com álcool,álcool e água, geralmente com 
10% do principio ativo. Ex: tintura de iodo. 
 Extrato é as substância obtida das plantas ou animais que são 
colocadas em dissolvente apropriado. Evaporando-se depois, ate a 
consistência do extrato desejada. 
 Colírio é a solução medicamentosa para instilar no olho. 
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 Ampola é o dispositivos de material plástico ou de vidro contendo 
líquidos medicamentosos ou solventes. 
 Loção é um preparado aquoso cuja droga fica em suspensão, usado no 
tratamento das afecções da pele. 
 Poção é a mistura de vários medicamentos dissolvidos em água 
acrescido de xarope. 
 
AÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
 
A administração de medicamentos requer segurança, responsabilidade e 
conhecimento sobre a ação dos mesmos no organismo, assim como os métodos e as 
vias de administração, a dose máxima e a terapêutica, os efeitos colaterais, interação 
medicamentosa e sintomas que evidenciam efeitos tóxicos. 
 
1. Ação Local – diz-se do medicamento cuja ação se restringe ao local da 
aplicação: 
 
- Pele aplicação de pomadas numa ferida ou numa área do corpo, fricção de 
substancias nos músculos e articulações. 
 
- Mucosa colocação de cremes ou óvulos vaginais, instalação de um 
medicamento na mucosa nasal ou ocular. 
 
O efeito local de um medicamento pode ser considerado: 
 
- Antisséptico quando destrói ou impede o desenvolvimento microbiano. Ex: 
PVPI (Polvidine). 
 
- Adstringente quando precipita as proteínas tendo porem pouca 
penetração celular, atingindo apenas a superfície. Ex: ácido tânico ou 
tanino. 
 
- Irritante quando produz irritação no tecido cutâneo ou mucosa, produzindo 
maior fluxo sangüíneo no local. 
 
- Emoliente quando protege e amolece a pele e a mucosa. Ex: óleo de 
amêndoa, lanolina. 
 
- Anestésico quando causa a perda da sensação dolorosa em determinado 
local. 
 
2. Ação geral ou sistêmica – diz-se do medicamento que introduzido no 
organismo, cai na corrente sangüínea e atinge órgãos e tecidos, podendo ter as 
seguintes reações: 
 
- Seletiva quando age sobre certos tecidos ou órgãos do corpo. 
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- Estimulante quando aumente a atividade celular. 
 
- Depressivo quando diminui a atividade celular; algumas drogas agem no 
sistema nervoso, deprimido o centro respiratório. Ex: morfina. 
 
- Cumulativa quando a concentração do medicamento vai aumentando no 
organismo e atinge níveis altos no plasma sangüíneo. 
 
- Anti-infeccioso quando um medicamento é capaz de destruir 
microorganismos causadores de infecção. 
 
- Antagônico quando a droga é administrada e produz efeitos contrários. 
 
- Sinérgico quando a droga é administrada em conjunto com outra, sendo 
que uma reforça a aço da outra. 
 
 
FINALIDADES DE TERAPIA MEDICAMENTOSA 
 
- Preventiva e profilática: quando previnem o aparecimento de certas 
doenças ou diminuem a gravidade das mesmas. Ex: vacina. 
- Preventiva ou sintomática: quando são usados com a finalidade de aliviar 
os sintomas. Ex: analgésicos. 
- Curativa ou terapêutica: quando são utilizados para curar ou tratar a 
doença. Ex: antiarrítimicos, antibióticos. 
- Diagnostica: quando auxiliam na elucidação de um diagnostico. Ex: 
solução de contraste. 
 
Questões para revisão 
1. Defina farmacologia. 
2. De acordo com sua origem, como podemos classificar os fármacos? 
3. De acordo com sua Ação no organismo como podemos classificar os fármacos? 
4. Cite 3 formas de apresentação dos medicamentos. Exemplifique. 
5. Diferencie Ação local e Ação geral de um medicamento. 
 
 
 
 
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 Trabalho em Equipe: 
o Preencher o quadro abaixo descrevendo qual a indicação e ações de Enfermagem dps 
grupos de medicamentos que seguem. 
Medicamentos que atuam no aparelho digestivo 
 
GRUPO DE MEDICAMENTOS INDICAÇÃO AÇÕES DE ENFERMAGEM 
Antiácidos 
Antieméticos 
Laxativos 
Antidiarreícos 
 
Medicamentos que atuam no aparelho Circulatório 
GRUPO DE MEDICAMENTOS INDICAÇÃO AÇÕES DE ENFERMAGEM 
Digitálicos 
Antiarrítmicos 
Coagulantes 
Antianemicos 
Diuréticos 
 
Medicamentos que atuam no aparelho Respiratório 
 
GRUPO DE MEDICAMENTOS INDICAÇÃO AÇÕES DE ENFERMAGEM 
Broncodilatadores 
Expectorantes 
Antitussígenos 
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Medicamentos que atuam no Sistema nervoso 
 
GRUPO DE MEDICAMENTOS INDICAÇÃO AÇÕES DE ENFERMAGEM 
Hipnóticos 
Sedativos 
Anticonvulsivante 
Analgésicos 
 
GRUPO DE MEDICAMENTOS INDICAÇÃO AÇÕES DE ENFERMAGEM 
Antibióticos 
Quimioterápicos 
Soluções Parenterais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS 
As vias de administração dos medicamentos são determinadas pelos objetivos do 
tratamento e pelas propriedades do fármaco em si e pelas condições clínicas do paciente. 
Tecnicamente as duas principais vias de administração são: enteral e a parenteral. 
1. Enteral consiste na administração de medicamentos pela via gastrointestinal. Por 
via enteral a absorção do fármaco se da no trato digestório podendo iniciar na boca e 
ir ate o intestino. 
 Via Oral (V.O) – é a via de administração mais comum. A maioria dos fármacos 
absorvidos através do trato gastrointestinal penetra na circulação porta e 
passa pelo fígado antes de ser distribuída para a circulação sanguínea. No 
fígado sofre metabolismo de primeira passagem. Muitos fatores influenciam 
na absorção do fármaco por esta via, como: ingerir o medicamento com 
estomago vazio ou com alimentos, tipo de liquido, presença de alimentos no 
estomago etc. cada um com sua consistência. A maioria dos medicamentos 
deve ser ingerida com água e com o estomago vazio (ver instruções no bulário) 
e conforme o local de desintegração do fármaco bem antes de repousar-se. 
 Via sub-lingual (V.S) – coloca-se o medicamento sob a língua, permitindo a sua 
penetração diretamente para a circulação sistêmica. Deve esperar a absorção 
da medicação pela mucosa evitando a sua deglutição, nem tomando líquido 
em seguida. 
 Via Retal por esta via o fármaco não sofre ação enzimática do processo de 
digestão, nem de acidez pelo estômago. 
 Via Gástrica e Via Duodenal – quando o fármaco é introduzido diretamente no 
estomago e duodeno. SNE, SNG. 
 
2. Parenteral a administração de medicamentos por via parenteral é utilizada para 
fármacos de difícil absorção pelo trato digestório e também quando o tratamento 
requer rápido inicio de ação pelos motivos urgentes ou emergenciais. Consiste na 
injeção de medicamentos através das vias: intravenosa (IV) ou endovenosa (EV), 
intramuscular (IM), subcutânea (SC) e intradérmica (ID). O termo via parenteral diz-se 
da via que não seja a do trato gastrointestinal utilizada para administração de diversas 
substâncias (líquidos, medicamentos etc). 
 O que é injeção? 
Injeção é a introdução de medicamentos por meio de uma pressão com uso de 
seringa, realizada por uma punção. 
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a) Via intravenosa (IV) ou endovenosa (EV) – é a introdução do medicamento 
diretamente na corrente sanguínea. Como o fármaco entra em contato direto com a circulação 
sistêmica, seu efeito é rápido, por atingir rapidamente as células ou tecido-alvo. A injeção do 
medicamento deve ser realizada lentamente, observando as reações adversas, lembrando que 
a técnica asséptica deve ser obedecida rigorosamente. 
b) Via intramuscular (IM) – é a introdução do medicamento no tecido muscular sendo 
absorvido ou lenta ou rapidamente,de acordo com o veiculo utilizado para diluição. 
c) Via intradérmica – é a aplicação na derme, utilizada normalmente para teste de 
sensibilidade. 
3. Outras Vias 
- Respiratória: 
 Inalatória/nebulização por inalação o medicamento entra em contato com a 
mucosa do trato respiratório e do epitélio pulmonar. 
 Intra-traqueal introdução do fármaco através da cânula ou sonda entraqueal 
para obter efeito rápido. 
 Intra-nasal aplicação do fármaco por vias nasais, por inalação ou spray nasal. 
 
- Intra-óssea introdução do medicamento no canal medular. 
- Transdérmica é a aplicação do fármaco à pele por meio de adesivo. 
- Tópica utilizada para obter efeito local como por ex: colírio, creme, pomada. 
- Intratecal;intraventricular é a introdução do fármaco diretamente no liquido céfalo-
raquidiano (LCR). 
- Intraperitoneal introdução do fármaco na cavidade peritoneal. 
- Intrapleural aplicação do fármaco na cavidade pleural. 
- Otológica introdução do fármaco por instilação no ouvido. 
- Vaginal 
- ocular etc. 
 
 
 
 
 
 
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 Exercicio de Fixação 
o Pesquise e Complete a Tabela abaixo: 
 
 
 
Via adm. 
Volume máximo Áreas de aplicação Posição da agulha 
(BISEL) 
ID 
 
 
 
 
SC 
 
 
 
 
EV 
 
 
 
 
IM 
 
 
 
 
 
 
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
O médico responsável pelo paciente prescreve medicamentos de acordo com a sua necessidade e o 
resultado que se quer obter. Portanto, a regra básica na administração de medicamentos é: 
I – Todo medicamento só pode ser administrado com prescrição médica na qual 
deve constar: 
- nome do paciente, número de registro e de leito (ou apartamento); 
- data da prescrição; 
- nome do medicamento; 
- dose a ser administrada; 
- número de vezes ao dia; 
- vias de administração; 
- assinatura do médico. 
 
II – Obedecer os “Cinco certos” (DUGAS, 1986): 
- paciente certo; 
- medicamento certo; 
- 3x (Ler quando? – do armário, aspiro administrar ao paciente); 
- dose certa; 
- via certa; 
- hora certa. 
 
Cuidados básicos na administração de medicamentos 
 
A administração de qualquer medicamento requer da enfermagem o conhecimento de 
anatomia e fisiologia, microbiologia, farmacologia, técnica no preparo com cuidado especifico e 
segurança para esclarecer duvicas do paciente. 
O preparo do medicamento deve ser realizado em local adequado, isto é, na sala de 
preparo de medicação, com boa iluminação, arejada, livre de trânsito de pessoas, com 
bancada de preparo com gavetas etc. 
A sala de preparo de medicação deve conter locais adequados para o 
armazenamento de medicamentos e dos materiais descartáveis que serão utilizados no 
preparo. 
 
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Os cuidados são: 
1. Quanto à prescrição médica 
Verificar o nome do paciente, leito, data da prescrição, nome do medicamento, 
concentração e dosagem do medicamento, via e horário de administração e assinatura do 
médico com CRM (Conselho Regional de Medicina). 
Esteja atento a todos estes itens, lembrando que na duvida, esclarecer antes, 
consultando o DEF (Dicionário de Especialidades Farmacêuticas), o Enfermeiro ou estudando 
bulário. 
2. Quanto ao medicamento 
 
Observar rótulo/data da validade, aspecto da substância, presença de precipitação, corpo 
estranho etc, e a fórmula farmacêutica que determina o método de administração, portanto, deve-
se estudar a bula antes de administrar no cliente. É de uma importância encontrar ali os dados de 
como administrar, quais cuidados a tomar, como armazenar e o que observar no paciente. 
 
3. Quanto ao preparo a administração 
A enfermagem deve observar sempre a regra dos cinco certos – medicamento certo, via certa, 
dose certa, hora certa e paciente certo. 
- lavar as mãos; 
- concentrar a atenção no trabalho, evitar conversar enquanto prepara medicação; 
- utilizar para consulta e identificação da medicação preparada, com a prescrição 
médica ou cartão de medicação, conforme rotina estabelecida da Instituição; 
- limpar a bandeja com álcool a 70% para colocar medicação preparada no copinho, 
seringa ou outros recipientes por seqüência do número de leitos. 
- Colocar identificação: 
- nome do paciente; 
- leito; 
- medicação prescrita; 
- dosagem, via e hora. 
 
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Observação: A identificação no caso de injetáveis deve ser colocada no corpo da 
seringa. 
- Ler o rótulo do medicamento três vezes: 
- 1º ao retirar da gaveta; 
- 2º antes de colocar no recipiente ou aspirá-lo na seringa; 
- 3º antes de recolocar ou desprezar as ampolas e frascos vazios. 
- Medicação com rótulo ilegível, sujo e duvidoso não deve ser administrado. 
- Abrir sempre um frasco por vez, (tampa virada para cima) evite tocar o comprimido 
com a mão. 
- Nunca recolocar medicamento no frasco: desprezá-lo. 
- Antes de fechar a tampa do frasco, bisnaga, vidro etc., observar se está limpa (se 
estiver suja, limpar com gaze). 
- Recolocar o frasco sempre no local certo. 
- Desprezar o material em local adequado. 
- Agitar sempre a suspensão. 
- Não misturar medicamentos, mesmo que sejam comprimidos. 
- Providenciar medicamentos em falta na clínica: a substituição do medicamento é 
competência médica. 
- Preparar os medicamentos injetáveis com técnica asséptica rigorosa. 
- Não administrar o medicamento preparado por outra pessoa, a menos que 
venham em doses prontas da farmácia. 
- Não deixar a bandeja de medicação na enfermaria, caso necessite sair naquele 
momento. 
- Antes de administrar a medicação, conferir o nome do paciente, o número do leito. 
Deve-se perguntar o nome do paciente e nos casos de pacientes impossibilitados 
de se comunicar, identificá-los pela pulseira. 
- Ao preparar a medicação colocar um pontinho no horário e somente após a 
ingestão ou aplicação do medicamento, deve ser checado no horário 
correspondente. 
- Se o paciente recusar o medicamento, estiver ausente da clínica, com dificuldade 
ou incapacidade na deglutição ou outros motivos, rodelar o horário e justificar no 
relatório de enfermagem. 
- Avisar ao paciente qual a medicação que ira ser administrada, no caso injetáveis 
avisar do procedimento, para que serve, como e onde vai ser feito, esclarecendo 
as duvidas e orientando sobre os cuidados. 
- Os medicamentos injetáveis, principalmente intravenosos, devem ser 
administrados lentamente, observando sempre a reação do paciente (sudorese, 
palidez, sonolência, prurido, mal estar, náuseas, alteração do padrão respiratório, 
nível de consciência etc.). 
- Anotar e comunicar sobre intercorrências que o paciente apresentar. 
- Manter a unidade limpa e em ordem, desprezando, lavando e colocando os 
materiais utilizados em locais adequados. 
 
 
 
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Observação: 
A administração de medicamentos só deverá ser feita quando houver ordem escrita datada a 
assinada pelo médico, exceto em situação de emergência em que as medicações podem ser 
administradas por ordem verbal, depois prescritas e checadas. 
Habitualmente a prescrição médica é válida para 24 horas. 
Antes da administrar qualquer medicamento, saiba a sua ação, contra-indicação e seu 
efeitos colaterais para que esteja atento a sinais e sintomas de contra-indicação e reações 
adversas durante e após a administração. 
Para assegurar-se de que é o paciente certo, quando na se conhece, a melhor 
maneira de certificar-se é perguntando o nome completo. Por exemplo: “qual é seu nomecompleto?”, “como se chama?”. Numa enfermaria podem estar acomodados vários paciente 
com o mesmo primeiro nome, por isso atentar a este detalhe. 
Muitas vezes o paciente pode estar confuso não tendo condições de verbalizar ou 
desconhece o próprio nome. 
Não confiar também no número do leito, muitas vezes na enfermaria o paciente 
desorientado ou confuso pode mudar de leito por conta própria. 
confira o nome com a pulseira de identificação. 
Abreviaturas mais comuns utilizadas na Prescrição Médica: 
ACM = A critério medico 
≥ = Maior ou igual 
≤ = Menor ou igual 
NaCl = Cloreto de sódio 
KCI = Cloreto de potássio 
CaCO3 = Carbonato de potássio 
MgSO4 = Sulfato de magnésio 
CaCI 
= Cloreto de calico 
KMnO4 = Permanganato de potássio 
S/n = Se necessário 
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I – ADMINISTRAÇAO DE MEDICAMENTOS POR VIA ORAL 
 
1. Via Oral (VO) – É a administração de medicamentos pela boca. 
 
2. É contra-indicada quando: 
- o medicamento irritar a mucosa gástrica, interferindo na digestão; 
- em casos de vômito; 
- o paciente é incapaz de deglutir ou inconsciente; 
- o paciente está em jejum para cirurgia ou exames. 
 
3. Material: 
- cálice, copinhos, colheres, conta-gotas, dosímetros; 
- fita crepe ou etiqueta de identificação; 
- gazes, espátulas, s/n; 
- bandeja. 
 
4. Procedimento após verificar a regra básica I e II: 
- lavar as mãos; 
- colocar os medicamentos nos recipientes, identificados previamente com nome do 
cliente, leito, medicamento, via e dose diluindo-os s/n.; 
- colocar o pontinho no horário de medicação preparada; 
- levar a bandeja para junto do cliente; 
- perguntar o nome completo do paciente, conferindo com a identificação do 
recipiente ou cartão; 
- explicar o procedimento, informar sobre a medicação a ser administrada; 
- posicionar o cliente em decúbito favorável à deglutição do medicamento; 
- colocar o comprimido na boca ou na mão do paciente; 
- oferecer-lhe água; 
- verificar se o paciente deglutiu o medicamento, permanecendo ao seu lado até 
que seja ingerido. 
 
 
 
 
- colocar o material em ordem; 
- lavar as mãos; 
- checar a medicação, segundo o protocolo da Instituição (se faz só um 
Nunca deixar a medicação sobre a mesa de cabeceira ou entregar aos 
familiares para ser administrada depois. 
Caso necessite sair do aposento, não deixar a bandeja de medicação na 
enfermaria. 
es 
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- traço em cima do horário ou rubricando. Ex: 10 ou 10 e fazer anotação. 
 
Cuidados especiais na administração oral 
 
- ler cuidadosamente a Prescrição Médica, na dúvida, espere até que tudo esteja 
esclarecido; 
- medir a quantidade exata, usando cálice para volume, conta-gotas, colher de 
sopa, sobremesa ou chá para medidas (ou seringa); 
- quando o medicamento é liquido, segurar o cálice de maneire que o traço indicado 
a quantidade fique ao nível dos olhos, esse traço, (nível) é marcado com a unha 
ou polegar; 
- diluir os medicamentos (comprimidos) quando o paciente tiver dificuldade na 
deglutição; 
- na medida do possível, se não houver contra-indicação, disfarçar o gosto do 
medicamento com açúcar ou usar canudinhos. 
 
 
 
 
 
 
II – VIA SUB LINGUAL (SL) 
 
PCT : 
- não pode alimentar-se / nem ingerir liquido. 
- não pode estar comendo a mais ou menos 20 minutos. 
- Nem salivar, nem engolir. 
 
Consiste em colocar o medicamento debaixo da língua a fim de ser absorvido pela mucosa bucal. 
Cuidado especifico na administração por via sub lingual é orientar o paciente para levantar, colocar 
o medicamento e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, não tomando 
líquidos logo em seguida à medicação para maximização da absorção da droga. 
III – VIA GÁSTRICA (SNG) E DUODENAL (SNE) ENTERAL 
 É a introdução de medicamentos por sonda gástrica, ou por sonda enteral. 
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 É utilizada em pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir. 
 Os comprimidos devem ser dissolvidos em água após trituração e administrados com seringa. As 
cápsulas são abertas dissolvendo-se o conteúdo em água. Antes da administração de 
medicamentos por via gástrica ou enteral, testar o posicionamento da sonda e lavar a sonda 
com água, caso esteja com dieta. Após a administração do medicamento lavar a sonda com 20 
ml de água filtrada na seringa para evitar a obstrução da sonda e também para que o fármaco 
não fique aderido na parede da sonda ou fique parado na sua extremidade. 
IV – VIA RETAL (VR) 
É a introdução de medicamento no reto para ser absorvido através da mucosa retal, podendo 
ser administrado sob a forma de supositórios, clister, irrigação e gota a gota. 
Deve-se manter a privacidade do paciente cercando-o com o biombo. Orientar e esclarecer 
sobre o procedimento e pedir sua colaboração para que retenha o supositório, ou o líquido o 
máximo que puder. 
V – ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 
Via parenteral refere-se à administração de fármacos por via que não seja gastrointestinal. Os 
medicamentos parenterais ou drogas injetáveis são injetados por via: intradérmica (ID), subcutâneo 
(SC), intramuscular (IM) e intravenosa (IV) ou endovenosa(EV). Estas vias parenterais são as 
habitualmente realizadas pelas equipes de enfermagem existindo outras que são de competência 
médica, como intracardíaca, intrarterial, intratecal, intra óssea etc. 
1. Material para injeções parenterais: 
- seringas e agulhas esterilizadas; 
- cateteres periféricos intravenosos (em casos de medicação intermitente); 
- recipiente com bolas de algodão secas, com tampa; 
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- recipiente com álcool a 70% ou solução antisséptica padronizada pela instituição; 
- garrote; 
- medicamento prescrito; 
- fita crepe ou etiqueta de identificação; 
- saquinho de lixo; 
- recipiente para material pérfuro-cortante; 
- luva de procedimento para preparo de alguns medicamentos e para administração. 
- Bandeja previamente desinfetada com álcool a 70 % forrada com papel tolha (seguir 
protocolo da instituição). 
Seringa 
As seringas mais utilizadas possuem uma graduação que varia de 1, 3, 5, 10 e 20 ml ou cc. A 
sua escolha depende do volume da droga a ser aspirada. No mercado existem seringas de 
vidro, plástico e de metal. 
a) seringa compreende duas partes distintas. 
- Corpo ou Cilindro – é a parte externa que contém graduação em ml ou em unidade que 
indica a sua capacidade. A porção terminal do cilindro é o bico onde de adapta a agulha 
- Êmbolo – é a parte interna que se introduz no cilindro e deve permanecer estéril, e 
encaixar-se perfeitamente. Deve-se pegar apenas na parte que fica por fora do cilindro. 
b) Agulha: 
 
2. Cuidados básicos na administração de medicamentos por via parenteral: 
Além dos cuidados gerias na administração de medicamentos: 
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- o medicamento deve estar em forma líquida, soluções absolutamente estéreis, isentas de 
substâncias pirogênicas; 
- todo o material utilizado deve se estéril e se possível, descartável; 
- obedecer rigorosamente a técnica asséptica; 
- a introdução do medicamento deve ser lenta, a fim de evitar ruptura de capilares e 
também observar reações do paciente; 
- preparar o paciente psicologicamente explicando o procedimento e administrar o 
medicamento colocando-o em posição confortável. 
 
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