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Cultura e Sociedade - um resumo baseado na obra de Metcalf

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
RESENHA CRÍTICA
“CULTURA E SOCIEDADE”
Salvador - Bahia
2018
EVANY ELMA SANTOS FALCÃO
Resenha Crítica da apostila “Cultura e Sociedade”, apresentando a matéria de Antropologia, Prof. Valdélio, como parte das exigências para a obtenção de nota da unidade correspondente.
Salvador - Bahia
2018
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – DEDC
CAMPUS I – SALVADOR 
RESENHA CRÍTICA - I UNIDADE 
DOCENTE: VALDÉLIO SANTOS SILVA
DISCENTE: EVANY ELMA SANTOS FALCÃO
CULTURA E SOCIEDADE
METCALF, Peter. 
CULTURA E SOCIEDADE/ Peter Metcalf; Revisão Técnica: Danilo Ferreira da Fonseca; Tradução de Ariosvaldo Griesi. – São Paulo: Saraiva 2015. P.224, (Homem, Cultura e sociedade).
Peter Metcalf foi um professor e pesquisador na Universidade de Singapura e na Papua Nova Guiné, além de ter vivido nas “casas longas”, de Bornéu, realizando estudos antropológicos de campo. Suas especialidades são: sudeste da Àsia, estudos comparativos de religião e a relação entre poder, comunidade e ideologia. Atualmente, é o professor de Antropologia na Universidade da Virginia, Estados Unidos. Entre outras publicações do mesmo autor temos They Lie, we Lie: Getting on with Anthropology (Routledge, 2001) – Obra não publicada em português.
RESUMO DA OBRA
Cultura e sociedade, do antropólogo Peter Metcalf, é uma obra que reflete o conhecimento antropológico. O primeiro capítulo, “Deparando-se com as diferenças culturais”, faz uma reflexão sobre os choques e ajustamentos culturais. Para o autor, passamos por mudanças e por choques culturais a todo o momento, e nem precisamos viajar para perceber essas questões. O cruzamento de fronteiras está no simples uso de uma gíria que não seja familiar, o que garante a condição de forasteiro. Nesses pressupostos, Metcalf começa mostrando como esse cruzamento cultural foi posto na antropologia, desde a primeira geração até a década de 1960. Após refletir sobre o choque cultural, o autor pondera sobre o trabalho do antropólogo, que deve desaprender pequenas coisas aprendidas ao longo de sua vida para mergulhar na nova cultura. Nesse viés, ele entende a cultura como processo de socialização. 
No Tópico inicial há uma série de argumentos que nos colocam na posição de alta reflexão quanto as nossa conduta diante do novo. Em outras palavras, não existe correlação significativa entre a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado. O Determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural. “A antropologia é uma aventura”, é a expressão usada por Metcalf ao passar a ideia de que ela nos concede a oportunidade de explorar o mundo de cada pessoa e cada cultura, onde cada vida se desdobra de acordo com os dicotômicos entendimentos da ordem natural das coisas. Conhecer o outro da velha “além dos olhos”. Há uma preocupação direcionada a concepção de captura desse explorar, chegou uma época em que os antropólogos tiveram a conclusão de que alguns relatos não era suficientes para a base das pesquisas em que se dispunham a fazer, a vivencia naquele local traria mais resultado do que uma lista cheia de perguntas. Baseado nisso, como então se desfazer de seu conteúdo e de seus conceitos sociológicos para mergulhar numa outra cultura? Como não julga-la de acordo a seus preceitos e idealizações vista até o presente momento? O modo de pesquisa iniciado exigia e ainda exige um senso de disciplina moderna como base. O que significa isso? Para cada cultura, cada ambiente uma analise interna, descontruindo estereótipos de contradições produzidos pelo Eu. Para a maior parte das pessoas do mundo contemporâneo, não é preciso viajar e se afastar muito de casa para cruzar fronteiras culturais, muitas delas estão na distancia de um sofá para o outro, dentro do próprio lar. Mudanças culturais acontecem a todo o momento ao nosso redor e quanto mais formos capazes de lidar com elas, seremos mais capazes de detectá-las e avaliar seu significado. Metcalf faz uma ressalta aos dias de hoje e a nossa pouca tolerância quanto às demais pessoas ao nosso redor: 
“Nunca houve uma época em que, os seres humanos vivessem em tamanho isolamento a ponto de não saberem nada uns dos outros.”
A cultura tratada no Tópico dois é um fenômeno necessariamente social, partilhado pelas pessoas de determinado grupo. Não é difícil supor que os grupos partilham valores regras da vida, modos de agir, de falar, de se vestir e etc. Portanto, ter em mente que há diferenças e similaridades entre um grupo e outro, significa entender que Cultura é estar disposto e aberto para conhecer, não obrigatoriamente aderir os costumes descobertos. Entender e interpretar o outro de forma que lhe proporcione aprendizado. Podemos imaginar no seguinte exemplo, como tudo que é plantado em uma criança pelos mais velhos no decorrer de seu desenvolvimento e criação de maneiras a mesa á religião. Tudo o que ela absorver com o decorrer do tempo, lhe trará conceito de cultura, mais o que não lhe é propriamente plantado é a possibilidade de aderir outros aspectos e viver de acordo com que compreende, é nesse momento então que surgi o choque das diferenças culturais. Imagine que esta criança cresce, e ao desenvolver-se, depara-se pela primeira vez a um grupo de desconhecidos, provavelmente se sentira insegura começa a pensar em coisas que automaticamente em outras ocasiões o faria, como mudar a forma de andar, o tom de voz ou até mesmo dependendo da situação como se veste. No Tópico três vemos que, o impacto do Choque cultural é algo próximo disso, exceto pelo fato de ser por um período mais longo. O nervosismo de adentrar a um ambiente ou ser aceito pode ser superado com alguns poucos ou longos minutos de conversa. É importante lembrar que o choque cultural não se apresenta somente por palavras, mas a famosa “linguagem corporal” são umas mais faladas em situações como estas. No Tópico quatro, os antropólogos ressaltam que em sua grande maioria não são imunes a tais reações, o máximo que o treinamento pode proporcionar é ensiná-los sobre o que esperar, para que haja uma preparação individual quantos aos seus próprios conceitos de aceitação da conduta do outro, que defere em parte, inteira ou, completamente da vista por ele até o momento. Entendem que precisam ser ‘ressocializados’, que deveria ser o termo correto para todos que vivem em ambientes que possam lhe trazer conflitos internos sobre o que é certo ou errado, sobre o que deveria ser feito ou não da forma que aprendeu. A “imersão total” na cultura é estar aberto a todo tipo de situação em que colocar a teste suas convicções, não como embate, mas, como uma forma de se sentir confortável com o novo e, adaptar com o que tem de bagagem de conhecimento agregado a infância até agora.
“É a capacidade humana de compreensão empática que altera a natureza, em decorrência a natureza reage e reclama o que é seu.”
Evany Falcão
Tópico Cinco: Etnocentrismo
Estranhar o que é diferente de seus costumes culturais não te transforma num xenófobo, mesmo que o significado se aplique a, aversão a estrangeiros e sua cultura. De certa forma, toda e qualquer pessoa que diferir de seus conceitos, práticas e crenças pode se caracterizar como estranho, mas a maneira como você lida com isso explora sua capacidade de se adaptar ao novo, ou ate mesmo a aceitação do novo. Como esperado, ao longo da história muitas pessoas recusaram a aventura e viram nela apenas algo perturbador e ameaçador. A vontade delas é aconchegar-se no familiar, não sair da zona de conforto e dar as costas ás outras pessoas. Essa reação é chamada de etnocentrismo, isto é, literalmente estar centrado em sua própria cultura ou etinicidade. Por si próprio, ele não é algo incomum ou imoral. A maioria daspessoas, na maior parte do tempo, precisa de algum claro sendo de identidade em que se apoiar, e não há nenhuma razão para não valorizarem aquilo que seus pais lhe ensinaram, aquela base que te sustentou por um tempo para criar a sua própria. O perigo é o etnocentrismo se transformar no chauvinismo, ou seja, ter a convicção de que tudo o que elas pensam ou fazem é correto, e tudo que todos os demais fazem ou pensam é errado, pouco razoável ou até mesmo cruel. Em outras palavras, não podemos achar que as coisas, o cotidiano e suas peculiaridades giram em torno do que conhecemos limitadamente como certo e errado. Tudo é uma questão de observação, se estivermos dispostos a observar sem nenhum roteiro em mente de como as coisas deveriam ser feitas, faladas ou apresentadas teríamos mais aproveitamento do conhecimento presente do que barreiras para serem descontruídas. 
No Tópico seis, os antropólogos contestam a relação de sair em busca de respostas e novas descobertas com roteiro padrão de perguntas. Não seria mais proveitoso descobrirmos novos conhecimentos sem necessariamente temos uma lista de perguntas prontas? Existe mais aproveitamento quando imergidos num processo totalmente despidos de estereótipos, barreiras e conceitos prontos. Qualquer questionário preparado com antecedência fica limitado a incorporar exatamente aqueles preconceitos dos quais os antropólogos estão lutando para fugir. Em geral, os contextos naturais são melhores do que os artificiais. Ou seja, vale mais a pena deixar que questões religiosas- ou aquilo que possa vir transformar em questões religiosas – aflorarem nas atividades cotidianas. Gosto quando ele assemelha o processo de pesquisa não estruturada a um trabalho de detetive do que á “ciência de laboratório”. Experimentos controlados são impossíveis, pelo contrário devem ser exploradas pistas á medida que forem surgindo, mesmo que leve meses para que seus significados seja esclarecidos. Além disso, o antropólogo está, poderíamos dizer trabalhando em vários casos ao mesmo tempo, um caso pode ser deixado de lado por um tempo e ser reaberto tão logo surjam novas informações, provavelmente segundo uma perspectiva inesperada.
Fazer perguntas não é o problema, a questão é como são elaboradas. Estar conscientemente fazendo perguntas prova que o seu intelecto é capaz de produzir analises comportamentais do próprio individuo: a si mesmo. Fazer perguntas move-nos a respostas que impactam e transformam o ambiente e a conduta do individuo em sociedade.
Tópico sete ressalta os perigos de ser enganado por não verificar a veracidade das respostas
Acredito que, não no trabalho antropológico, mas todas as repostas devem ser verificadas para propagação da mesma. A conduta de discrição quanto à coleta de informações e a permissão do compartilhamento das informações por meios dos que colaboram com trabalho do antropólogo deve ser harmonioso. Há outro aspecto do conhecimento antropológico que precisa ser notado: ás vezes ele tem potencial de machucar aqueles que fornecem as respostas. Por exemplo, o antropólogo que ficou sabendo de algum segredo da família agiria de maneira correta se garantisse que ele não fosse divulgado dentro da comunidade. Isso é o mínimo que se pode fazer em troca da confiança depositada pelo informante. Em tais circunstâncias, as técnicas de observação participante tinha que ser captadas para atenderem a uma infinidade de circunstâncias diversas. O objetivo, entretanto, permanecia o mesmo: encontrar maneiras de entrar no mundo das outras pessoas, aprender a língua delas, seguir o estilo de vida delas o máximo possível e por um período longo, e possibilitar que a interação social se desdobrasse de maneira natural.
Considerações Finais 
A obra tem por objeto discutir nossa atuação numa sociedade diversificada em padrões, oferecer uma proposta de analise pessoal e reflexiva quanto a forma imediata, ou choque cultural quanto a, algo que se difere do conceito próprio do que é certo ou errado. Utilizando-se do rigor necessário à produção de conhecimentos confiáveis. É de grande auxilio, principalmente, àqueles que desenvolvem trabalhos acadêmicos no campo da ciência humanas. Não se trata de um seguir um simples manual, com passos a serem seguidos, até porque a ideia foi descontruir esse conceito, mas trazer a o conceito de que há fundamentos necessários à compreensão da natureza por método científico, nas ciências naturais e sociais, bem como diretrizes operacionais que contribuem para o desenvolvimento da atitude crítica necessária ao progresso do conhecimento.

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