Buscar

caso concreto 15 psicologia aplicada ao direito

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144
Título
AULA 15
Descrição
1- O papel dos psicólogos no âmbito judiciário como promotores da cidadania, da
reinserção social e autonomia, abrange
(Analista Judiciário-Psicólogo - TJ - PE/2012)
(A) que sua profissão não lhe permite interpretar legislações, o que portanto o coloca
como assujeitado do sistema, no tocante às proposições de inserção do saber psicológico.
(B) as questões de disciplinamento e vigilância sobre a intimidade do sujeito, aspecto
difícil de ser atingido pelo Estado.
(C) que a colaboração no planejamento de construção de políticas sociais não é tarefa do
psicólogo, cabendo ao profissional do Serviço Social esse tipo de engajamento.
(D) um posicionamento crítico na mediação entre sujeito e Estado, produzindo
experiências consistentes de reestruturação das relações de mediação dos apenados com o
tecido social.
(E) que o trabalho do psicólogo deve se restringir a realizar perícias, não podendo
orientar, acompanhar ou dar orientações no âmbito do sistema judiciário da esfera penal.
2- Conforme a Lei Maria da Penha, sobre as atividades que competem ao psicólogo
judiciário que integra a equipe de atendimento multidisciplinar dos Juizados de Violência
contra a Mulher, são feitas as seguintes afirmações.
(Concurso de provas e títulos para concessão do título de especialista em Psicologia -
CFP / 2010)
I. Compete ao psicólogo judiciário comparecer à audiência judicial e subsidiar
verbalmente o magistrado, o Ministério Público e a Defensoria Pública, quanto aos
fatores de risco existentes na relação entre agressor e ofendida.
II. Compete ao psicólogo judiciário sugerir ao magistrado o afastamento do lar do ofensor
ou a mudança de guarda das crianças e adolescentes da família, quando estritamente
necessário.
III. Compete ao psicólogo judiciário fomentar a rede de proteção à mulher e às crianças e
adolescentes, existente na comunidade da ofendida.
Está(ão) correta(s):
A) todas as afirmações.
B) apenas duas das afirmações, incluindo a I.
C) apenas duas das afirmações, incluindo a II.
D) apenas uma das afirmações.
E) nenhuma das afirmações.
3- Sebastiana trabalhava como empregada doméstica numa há 12 anos. Naquele
momento as empregadas domésticas não tinham nenhum tipo de legislação que as
protegesse.
Certo dia, Sebastiana soube que estava grávida e ao comunicar ao pai este sumiu, voltou
para o interior de Minas e não deu notícias. Sebastiana estava com 44 anos e nunca havia
engravidado e sempre guardou em silêncio o desejo de ser mãe. Com pouquíssima
escolaridade mas se preocupando com a saúde do filho que ia nascer, foi procurar um
posto de saúde para o pré-natal do bebê. Não tinha nenhum parente no Rio, nossa
protagonista veio do interior do Maranhão. Não sabia mexer na internet e só tinha um
telefone celular de modelo antigo.Naquela época não havia no Brasil celulares em
conexão com a Internet. Assim, nem pode noticiar a sua família a novidade, já que não
sabia escrever para enviar cartas. Todavia, alegre, notificou a sua patroa da gravidez e
esta esboçou um suave contentamento.
Após três meses de gestação, começou a ter um sangramento pela madrugada e ao buscar
atendimento de emergência soube que estava com uma gravidez de risco e que não podia
participar de exercícios ou desgaste físico. Assim, levou o atestado médico a sua patroa
com uma listagem de atividades que Sebastiana não podia fazer. A patroa olhou o
atestado e nada falou, ao final do dia trouxe o dinheiro do mês(e nada mais) e dispensou
Sebastiana.
Desesperada e sem poder fazer a única coisa que sabia e podia para sobreviver ficou
muito confusa e triste. Alguns dias depois, o traficante da comunidade que Sebastiana
morava a convidou para trabalhar sentada em sua casa, pesando e embalando maconha e
cocaína. Aos noves meses de gestação Sebastiana foi presa.
Já condenada e dentro do sistema penitenciário, os psicólogos insistiam em fazer
pareceres e atestar a periculosidade das presas sem nenhuma (ou pouca) preocupação
com a história de vida de cada uma, com suas redes de pertencimento e nem tão pouco
preocupando-se em estabelecer empatia necessária a minimizar as dores do
encarceramento. Os psicólogos ali presentes no sistema penitenciário perderam sua
especificidade e transformaram-se em policiais disfarçados de psicólogos, preocupados
em vigiar e punir.
A partir do caso concreto em tela e tendo em vista que a Psicologia quais seriam as
principais atividades do psicólogo no sistema penitenciário?
Desenvolvimento
Questionar a posição do psicólogo enquanto um mero fazedor de laudos e pareceres, muitas vezes reproduzindo a figura da polícia das famílias, da sociedade e das prisões.

Continue navegando