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Anemias do Doenças crônicas e hipotiroidismo resumo

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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ-UNOCHAPECÓ
ÁREA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE FARMÁCIA, 8º PERÍODO
COMPONENTE CURRICULAR: HEMATOLOGIA AVANÇADA
PROFESSORES: MARIA TERESA LANG E LILIAN NUNES
ACADÊMICOS: AMANDA PIROLLI, ANDRÉIA MARTINELLI E EUSÉBIO NETO
Seminário sobre Anemias por Doenças Crônicas e Hipotireoidismo
Por Hipotireoidismo:
	As anemias constituem as doenças do sangue mais frequentes. Significa redução da hemoglobina por unidade de volume de sangue e varia de acordo com a idade e com o sexo. Podem ser provocadas por diversos fatores e se classificam segundo os critérios morfológicos: hipocrômia, hipercrômia, normocrômia, microcitose, macrocitose e normocitose, ainda pode incluir anisocromia e anisocitose (ALEGRE; CARVAHA, 2009).
	A deficiência de hormônios tiroidianos pode, muitas vezes, levar à anemia, por outro lado, pacientes com certos tipos de anemia podem ser mais suscetíveis ao hipotireoidismo. A beta-talassemia maior pode ser acompanhada de hipotireoidismo, devido à terapia transfusinal regular que leva à sobrecarga de ferro na glândula tireoide (BRENTA et al., 2013).
	Em um estudo realizado com 50 crianças de um hospital pediátrico com beta talassemia mostrou que a prevalência de hipotireoidismo foi de 8,4% no início e aumentou para 13% após 12 anos de acompanhamento. Em 25% dos pacientes, o grau de disfunção tireoidiana piorou com graus diferentes de severidade. Cinco dos 17 pacientes (28%) com a função da tireoide normal no início foram classificados como tendo hipotireoidismo subclinico ao final do estudo (BRENTA et al., 2013).
	A anemia perniciosa, provavelmente devido à sua origem autoimune comum, é outro tipo de anemia relacionada ao hipotireoidismo primário que deve ser considerada no rastreamento da função tireoidiana (BRENTA et al., 2013). Pacientes com hipotireoidismo tem maior incidência de anemia perniciosa, que cursa com anemia macrocítica. Menorragias frequentes e o defeito na absorção de ferro é o resultado da acloridria (diminuição do suco gástrico), podem levar a anemia microcítica e hipocrômica (NETO; VAISMAN, 2017),
	Pacientes com hipotireoidismo apresentam produção de eritropoietina diminuída e consequente anemia normocrômica e normocítica, que, na maioria das vezes, é leve (NETO, 2009).
	Outra situação que pode ser considerada para rastreamento da tireoide, são os pacientes idosos com anemia. Em um estudo realizado com 316 pacientes com idade entre 65 anos ou mais, o hipotireoidismo foi encontrado em uma incidência significativamente maior em pessoas com anemia, em comparação com aqueles sem anemia (BRENTA et al. 2013).
Sinais e sintomas:
Desânimo;
Edema periorbitário;
Queda de cabelo;
Sensibilidade ao frio;
Mudança no tom de voz;
Edema maleolar;
Bradicardia.
Exames confirmatórios
	Outros exames além do hemograma podem diagnosticar a doença. Podem ser solicitados T4 e TSH (FAILACE, 2003).
Por Doenças Crônicas (ADC):
Anemia por falha da medula óssea em aumentar a eritropoese suficientemente para compensar a sobrevida das hemácias (CANÇADO; CHIATTONE, 2002);
É a segunda causa mais frequente de anemia (CANÇADO; CHIATTONE, 2002);
É a causa mais frequente de anemia em pacientes internados (CANÇADO; CHIATTONE, 2002);
Incidências das ADC:
Infecções (aguda e crônica) 18 a 95% - virais inclusive HIV, parasitárias, bacterianas e fúngicas;
Câncer 30-77% (influenciado pela terapêutica e idade);
Doenças auto-imunes 8-71% - artrite reumatoide, LES, vasculites e doença inflamatória intestinal;
Rejeição crônica após transplante de órgão sólido 8-70%;
Doença renal crônica e inflamatória 23-50% (CANÇADO;CHIATTONE, 2002).
Patogênese:
Distúrbio do metabolismo do ferro;
Diminuição da sobrevida da hemácia;
Resposta medular inadequada;
Deficiência absoluta ou relativa da síntese de EPO (FAILACE, 2003).
Características clínicas:
Sintomas relacionados à doença de base;
Desenvolve-se nos primeiros 30 a 60 dias;
Dificilmente progride;
Correlação entre anemia e intensidade da doença de base (FAILACE, 2003).
Características hematológicas e laboratoriais:
Anemia:
- Hemoglobina: 9 a 12 g/dL;
- Hematócrito: 25 a 40%
Hemácias normocítica e normocrômica ocorre em 70% dos casos;
Hipocrômia em 50% dos casos;
Microcitose em 30% dos casos (FAILACE, 2003).
Reticulócitos normais ou pouco aumentados;
Leucograma e contagem das plaquetas são normais ou alterados pela doença;
Ferro sérico < 50 ug/dL;
Índice de Saturação da Transferrina < 16%;
Ferretina normal ou aumentada;
Ferro medular normal, diminuído ou aumentado;
Receptor da transferrina normal (FAILACE, 2003).
Tratamento:
Doença de base;
Proteína eritropoética;
Reposição de ferro;
Transfusão de hemácias (FAILACE, 2003).
Anemia por Insuficiência Renal Crônica
Pacientes com insuficiência renal aguda não apresentam anemia, mas pacientes com insuficiência renal crônica quase sempre desenvolvem anemia severa (RAPAPORT, 1990).
Causas:
Multifatoriais:
- diminuir a eripropoetina;
- diminuir a resposta da eritropoietina;
- diminuir a meia vida do eritrócito;
- causa a deficiência do ferro (RAPAPORT, 1990).
Características hematológicas:
Anemia normocítica;
Hemácias normais;
Reticulócitos aumentados;
Hematócrito diminui com intervalo de 15 a 20%;
Medula não apresenta hiperplasia (FAILACE, 2003).
Anemia no paciente com HIV/AIDS
A infecção pelo HIV afeta células sanguíneas, justificando fazer a pesquisa de anticorpos sempre que o hemograma mostras citopenias sem explicação evidente (FAILACE, 2003).
Após 10 a 30 de contágio com o vírus, costuma haver uma doença febril, com linfócitos atípicos no sangue, com cura espontânea (FAILACE, 2003).
A anemia é preditor independente da redução de sobrevida e da progressão de doença no HIV (OLIVEIRA; OLIVEIRA; SOUZA, 2011).
Características hematológicas:
Anemia
- Está presente em 10% dos pacientes de forma assintomática;
- Em 50% dos pacientes com linfonodos;
- Em 80% dos pacientes com AIDS declarada tem características das ADC.
Neutropenia
- É notada na evolução da doença em 50 a 70% dos casos;
Trombocitopenia
- Está presente em mais de 30% dos pacientes, geralmente esse é o critério para o diagnóstico (FAILACE, 2003).
Anemias nas Hepatopatias
	Segundo Failace (2003), nas doenças hepáticas há ADC com todos os componentes patogênicos usuais, mas há alterações que são próprias.
Características hematológicas:
Presença de leptócitos e estomatócitos – não são reversíveis e não causam anemia sozinhos;
Macrocitose – é precoce nas hepatopatias crônicas e não ocorrem nas hepatites agudas;
Acantocitose e anemia hemolítica – surgem no quadro terminal da doença hepática (FAILACE, 2003).
Cirrose
Causas habituais de anemia:
- Anemia macrocítica moderada;
- Hematócrito em torno de 30%;
- Esplenomegalia congestiva;
Fatores que contribuem para o hematócrito baixo:
- Volume plasmático aumentado;
- Hemólise leve a moderada;
- Produção de hemácias prejudicadas.
A anemia não responde ao tratamento de ácido fólico ou vitamina B12 melhorando apenas à medida que melhoram as condições gerais do paciente (RAPAPORT, 1990).
Tratamento:
Reposição de vitaminas;
Introdução do HAART;
Trannfusão;
Proteínas eritropoéticas (FAILACE, 2003).
Anemias em pacientes com Lúpus
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que apresenta grande variação de etiopatogenia, manifestações clínico-laboratoriais e prognósticos. De modo geral, há predomínio de acometimento cutâneo e articular e ainda, alterações imunológicas com formação excessiva de múltiplos anticorpos (ASSIS; BRAAKLINI, 2009).
Características hematológicas:
Anemia hemolítica – critério para diagnóstico;
Normocrômica e normocítica – indicando atividade inflamatória da doença;
Leucopenia e linfopenia – na evolução da doença;
Plaquetopenia – menos de 10% apresentaram (ASSIS; BRAAKLINI, 2009).
Referências bibliográficas:FAILACE, Renato. Hemograma: manual de interpretação. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
CANÇADO, Rodolfo; CHIATTONE,Carlos: ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA, Rev. bras. hematol. Hemoter, v. 24, n.2, p. 127-136, 2002.
OLIVEIRA, Odete Correia Antunes de; OLIVEIRA, Ramon Antunes de; SOUZA, Lenice do Rosário de. Impacto do tratamento antirretroviral na ocorrência de macrocitose em pacientes com HIV/AIDS do município de Maringá, Estado do Paraná. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 44, n. 1, p. 35-39, Feb. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822011000100009&lng=en&nrm=iso>. access on 04 Nov. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822011000100009.
 ASSIS, Marcos Renato de; BAAKLINI, César Emile. Como Diagnosticar e Tratar Lúpus eritematoso sistêmico. Moreira Junior, Marília, n. 213, p.274-275, abr. 2009.
RAPAPORT, Samuel. Hematologia: Introdução. 2. ed. São Paulo: Roca, 1990.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v57n4/pt_03.pdf Acesso em 14/11/2017
Disponível em: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4075 Acesso em 14/11/17
NETO, Leonardo Vieira; VAISMAN, Mário. Numeração de páginas na revista impressa: 117 à 125.
Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1543/hipotireoidismo.htm > Acesso em: 14/11/2017

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