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Relatório de hematologia

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2
FAM - FACULDADE DE AMERICANA
BIOMEDICINA
RA: 20171925 NOME: Jhennyfer dos Santos Barbosa
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Hematologia
Americana-SP
2020
FAM - FACULDADE DE AMERICANA
BIOMEDICINA
RA: 20171925 NOME: Jhennyfer dos Santos Barbosa
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Hematologia
Relatório de estágio, apresentado a disciplina de hematologia do curso de Biomedicina da Faculdade de Americana, sob orientação da supervisora Profª. Elaine Berro.
Americana-SP
2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO	4
2. DOENÇAS DA SÉRIE VERMELHA	6
2.1 Anemia falciforme	6
2.2 Eliptocitose Hereditária	7
2.3 Anemia Ferropriva	7
2.4 Anemia aplástica	8
2.5 Anemia hemolítica autoimune	9
2.6 Anemia perniciosa	10
2.7 Anemia sideroblástica	11
2.8 Acantocitose	12
3.  DOENÇAS DA SÉRIE BRANCA	13
3.1 Leucemia mielóide aguda	13
3.2 Leucemia Linfóide aguda	14
3.3 Leucemia mieloide crônica	15
3.4 Leucemia linfoide crônica	16
3.5 Agranulocitose	16
3.6 Síndrome de Chédiak-Higashi	17
3.7 Linfoma De Hodgkin	18
3.8 Linfoma De Burkitt	18
4. DOENÇAS PLAQUETÁRIAS	20
4.1 Doença de von Willebrand	20
4.2 Hemofilias	20
4.4 Síndrome de Aldrich (Wiskott-Aldrich)	22
4.5 Trombocitemia Essencial	22
4.6 Púrpura Trombocitopênica Idiopática	23
4.7 Trombastenia de Glanzmann	23
4.8 Síndrome de Bernard Soulier	24
5. CONCLUSÃO	25
6. REFERÊNCIAS	26
1. INTRODUÇÃO
O sangue é um tecido fluido, formado por uma porção celular que é composta por eritrócitos, leucócitos e plaquetas, que circulam suspensos no plasma (LORENZI, 2006). 
Essas células são formadas pelo processo denominado hematopoese a partir de uma única célula-mãe, designada célula pluripotente, totipotente, stem-cell ou célula tronco. Esse processo surge no período embrionário, da sétima semana até o quarto mês, a formação das células é realizada no saco vitelino, do quarto ao sexto mês no baço e no fígado, depois passa-se a ocorrer na parte esponjosa dos ossos, originando assim células da linhagem eritrocitária, branca e plaquetária (LORENZI, 2006).
	A eritropoiese normalmente se faz pela diferenciação da stem cell em célula da linhagem eritrocitária, intitulada proeritroblasto, com potencial de se dividir e se diferenciar nas seguintes células: eritroblasto basófilo, eritroblasto policromatófilo, eritroblasto ortocromático e reticulócito (VERRASTRO; LORENZI; NETO, 2010). 
	No processo de maturação os eritroblastos passam por um processo de maturação denominado cariorréxis, no qual ocorre degeneração nuclear (LORENZI, 2006), e então é  liberado para a circulação sanguínea periférica, 24 a 48 horas após perder seu retículo, tornando-se células maduras denominadas de eritrócito, hemácia ou glóbulo vermelho, anucleado, com reservas energéticas para uma meia vida funcional de 120 dias (VERRASTRO; LORENZI; NETO, 2010). Possui forma de disco bicôncavo, com a borda medindo aproximadamente 2,6 µm e o centro 0,8 µm, apresenta assim borda mais corada e o centro bem mais claro (LORENZI, 2006). 
Estas são as mais abundantes células sanguíneas, são cerca de 700 vezes mais numerosos que os Glóbulos Brancos e 17 vezes mais que as Plaquetas (PINHO, 2011) e tem como função transportar oxigênio dos pulmões aos tecidos, mantendo a perfusão tissular adequada, e transportar CO2 dos tecidos aos pulmões (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
Compondo o sistema imunológico, cada subtipo dispõe funções características e distintas entre si, representando o grupo mais heterogêneo das células sanguíneas no ponto de vista morfológico e fisiológico (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
	Os leucócitos são classificados em classes diferentes: leucócitos mononucleares agranulócitos e os polimorfonucleares granulócitos. A primeira classe possui como característica um único núcleo uniforme, e é composta pelos linfócitos, plasmócitos e os monócitos, já a segunda classe possui um núcleo multiforme e segmentado com presença de granulações no citoplasma, incluem os neutrófilos, eosinófilos e basófilos (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
Sob tal classificação incluem-se vários tipos celulares que se diferem morfologicamente e funcionalmente (LORENZI, 2006). Os linfócitos são classificados em linfócitos T que expressam antígeno, linfócitos B funcionam como receptores para antígenos específicos e linfócitos NK que destrói células-alvo sem a participação da molécula do complexo de histocompatibilidade, agindo sobre células tumorais e células infectadas por vírus. Os plasmócitos são responsáveis pela síntese de imunoglobulinas, os monócitos em diferentes tecidos, podem participam da fagocitose de células, regulação da função de outras células, processamento e apresentação de antígenos, reações inflamatórias e destruição de micróbios e células tumorais. Os neutrófilos têm função fagocitose e o eosinófilo e o basófilo têm função importante na mediação de processos inflamatórios (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
Megacariocitopoese refere-se à proliferação, diferenciação e maturação dos megacariócitos, levando à produção de plaquetas, que são fragmentos citoplasmáticos anucleados, responsáveis por processos bioquímicos envolvidos na hemostasia, trombose e coagulação do sangue (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). 
2. DOENÇAS DA SÉRIE VERMELHA
2.1 Anemia falciforme 
A anemia falciforme é a doença hereditária monogênica (MANFREDINI et al., 2007), considerada como   uma anemia  hemolítica  grave,  resultante  de fatores genéticos  (MARQUES et al., 2012) por uma mutação no gene 𝛃 da globina, em que há a substituição de uma base nitrogenada do códon GAG para GTG (MANFREDINI et al., 2007), resultando na alteração  do  ácido  glutâmico  por  uma valina  na  posição  6  da  cadeia  beta  da hemoglobina  (MARQUES et al., 2012). Essa permuta origina uma molécula de hemoglobina anormal denominada hemoglobina S (HbS), ao invés da hemoglobina normal chamada de hemoglobina A (HbA) (MANFREDINI et al., 2007). Com isso ocorre uma modificação físico-química na molécula denominado de falcização, fazendo com que os eritrócitos passem por uma hemólise acelerada adquirindo formato de foice (MARQUES et al., 2012). 
A alteração celular causada pelo processo de falcização influencia intensamente o fluxo sanguíneo, aumentando a sua viscosidade (MANFREDINI et al., 2007), responsável pelos sintomas muito dolorosos característico das crises de falcização, como, tromboses, dores musculares, dores abdominais, dores no peito, priapismo, úlceras nas pernas, crise de hemólise aguda, crises de aplasia medular, insuficiência renal, entre outros (LORENZI, 2006).
Seu diagnóstico é complexo, sendo realizado através de achados do hemograma que mostra a presença de anemia de tipo hemolítico, teste de falcização dos eritrócitos, eletroforese de hemoglobina que revela a variante HbS (LORENZI, 2006), teste de Solubilidade, focalização Isoelétrica, imunoensaio, diagnóstico em neonatos, dosagem de hemoglobina fetal e hemoglobina A2 (NOGUEIRA; SILVA; PAIVA, 2013).
Não há tratamento específico para a doença falciforme, sendo necessário medidas para minimizar consequências da anemia crônica, crises de falcização e susceptibilidade às infecções são (MANFREDINI et al., 2007), e a detecção precoce da anemia falciforme permitiria o aconselhamento genético (MARQUES et al., 2012).
2.2 Eliptocitose Hereditária
 
A Elipitocitose Hereditária é uma doença de hereditariedade autossômica dominante, caracterizada pela presença de eritrócitos em forma elíptica no sangue periférico (MARTINS, 2014; COELHO JÚNIOR et al., 2019), provocada por um defeito nos heterodímeros de espectrina (mutações na αespectrina, β-espectrina, glicoforina C, entre outras), tornando o citoesqueleto dos eritrócitos instável e mais facilmente deformável. A passagem desses através dos capilares da microcirculação provoca defeitos nas interações horizontais da membrana do eritrócito, tornando-se cada vez mais elípticos à medida que envelhecem na circulação (MARTINS, 2014; LORENZI, 2006). 
A elipitocitose hereditária é uma desordem hematológica rara, na maioria dos casos é assintomática, de modo que suadescoberta seja um achado incidental (COELHO JÚNIOR et al., 2019). Nas formas homozigóticas e heterozigóticas, apresenta anemia severa, com esplenomegalia e icterícia em grau elevado (LORENZI, 2006). Já a forma clínica é variável, podendo o paciente apresentar hemólise leve, moderada ou grave, e até mesmo não apresentar hemólise (COELHO JÚNIOR et al., 2019).
	Seu diagnóstico se dá pela presença de hemácias elípticas na circulação em pequena quantidade, é possível observar uma elevada porcentagem de eliptócitos no esfregaço sanguíneo, quando ocorre anemia hemolítica severa (LORENZI, 2006). 
	Como forma de tratamento é indicado a esplenectomia a fim de controlar a destruição exacerbada dos eritrócitos anômalos circulantes (LORENZI, 2006).
2.3 Anemia Ferropriva
A anemia por deficiência de ferro é consequência de um extenso período de balanço negativo entre a quantidade de ferro biologicamente disponível e a necessidade orgânica deste oligoelemento (JORDÃO; BERNARDI; BARROS FILHO, 2009). No organismo o ferro é armazenado na forma de ferritina e de hemossiderina, e mulheres e crianças apresentam uma baixa reserva de ferro estocado (LORENZI, 2006). Por isso a anemia ferropriva tem maior prevalência em mulheres e crianças, principalmente nos países em desenvolvimento (JORDÃO; BERNARDI; BARROS FILHO, 2009).
A deficiência de ferro pode ser ocasionada por aumento da necessidade, excesso de perna como na hemorragia, má-absorção do ferro na alimentação e/ou por uma dieta deficiente de ferro (LORENZI, 2006).
Vista como um sério problema de Saúde Pública, a anemia pode prejudicar o desenvolvimento mental e psicomotor, causar aumento da morbimortalidade materna e infantil, além da queda no desempenho do indivíduo no trabalho e redução da resistência às infecções (JORDÃO; BERNARDI; BARROS FILHO, 2009). Apresenta sinais como fadiga, prejuízo no crescimento e no desempenho muscular, danos no desenvolvimento neurológico, distúrbios comportamentais como irritabilidade, alterações no crânio, e anormalidades nos ossos longos (CARVALHO; BARACAT; SGARBIERI, 2006).
A carência de ferro ocorre no organismo de maneira gradual e progressiva.  Diversos parâmetros hematológicos e bioquímicos que refletem estágios da deficiência podem ser usados no diagnóstico do estado nutricional de ferro no paciente (CARVALHO; BARACAT; SGARBIERI, 2006).
Quando ocorre a diminuição dos estoques de ferro no organismo o diagnóstico é realizado por meio de dosagem de ferritina sérica. Quando há deficiência no transporte de ferro, pode ser utilizado a capacidade total de ligação do ferro (CTLF), a saturação da transferrina e a avaliação de ferro disponível aos tecidos é a protoporfirina eritrocitária livre (PEL) (CARVALHO; BARACAT; SGARBIERI, 2006). No estágio em que o ferro está limitado o hemograma é caracterizado pela diminuição da taxa de hemoglobina e do hematócrito, podendo apresentar ou não variação no número de eritrócitos. A anemia é de tipo macrocítica e hipocrômica, e a dosagem de ferro sérico é sempre baixa (LORENZI, 2006).
	O tratamento baseia-se em eliminar as possíveis causas da falta de ferro no organismo, e na administração de ferro preferencialmente por via oral (LORENZI, 2006).
2.4 Anemia aplástica
A anemia aplástica ou aplasia de medula óssea é uma doença rara, desencadeada por causas congênitas ou adquiridas. Definida por pancitopenia moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea (PORTARIA SAS/MS, 2013).
Ocorre devido a deficiente formação de precursores eritroblásticos medulares a partir da célula pluripotente (stem-cell), decorrente de alterações do elemento essencial, das células que dele se originam ou alteração do microambiente em que essas células se desenvolvem (LORENZI, 2006).
Caracterizada por pancitopenia (redução na contagem das três séries sanguíneas: hemácias, leucócitos e plaquetas) associada à hipoplasia da medula óssea (SOUSA, 2012). Como sintomas apresenta fraqueza, desânimo e cansaço fácil devido à anemia, quadros hemorrágicos, febre, palidez, púrpura, petéquias, entre outros.
O diagnóstico da anemia aplástica é baseado no hemograma que é caracterizado por anemia de tipo normocítico e normocrômico, leucopenia e plaquetopenia (LORENZI, 2006). Ocorre também presença de citopenias no sangue periférico, secundárias à insuficiência medular, com exame histopatológico compatível com hipoplasia ou aplasia medular (SOUSA, 2012).
Supõe-se que a anemia aplástica ocorra devido a uma agressão à célula-tronco hematopoiética pluripotente, acarretando sua diminuição em número ou até sua ausência na medula óssea, isso pode suceder-se com uso de medicamentos, neoplasias hematológicas, doenças sistêmicas, infecções ativas, agentes químicos e radiação (PORTARIA SAS/MS, 2013).
A anemia aplástica é uma doença rara, com alta letalidade e potencialmente curável com o transplante de medula óssea (SOUSA, 2012). É importante identificar possíveis agentes desencadeadores do quadro de aplasia para começar o tratamento adequado (PORTARIA SAS/MS, 2013), como hemotransfusões e antibioticoterapia, e a anemia aplástica adquirida é atualmente tratada com imunossupressores ou transplante alogênico de medula óssea (SOUSA, 2012).
2.5 Anemia hemolítica autoimune
A anemia hemolítica auto-imune (AHAI) caracteriza-se pela presença de auto-anticorpos, que diminuem a o tempo de sobrevida dos eritrócitos se ligando neles, por meio de sua remoção da circulação pelos macrófagos do sistema retículo-endotelial. Pode ser subdividido em dois grupos primária e secundária. Onde a primária é caracterizada por ser um achado clínico e não se identifica doença sistêmica de base para explicar a presença de auto-anticorpos. Já a secundária ocorre no contexto de uma doença sistêmica (OLIVEIRA et al., 2006).
O que causa a presença desses auto-anticorpos é desconhecida, entretanto acredita-se que pode ser por depressão do sistema imune através de ação viral,  alteração dos antígenos de superfície dos eritrócitos por vírus ou drogas, alteração do equilíbrio entre as células T facilitadoras e supressoras, e possível reação cruzada dos anticorpos induzidos por agentes infecciosos contra antígenos de superfície dos eritrócitos (OLIVEIRA et al., 2006). 
O paciente pode apresentar sinais clínicos e laboratoriais de hemólise como icterícia, esplenomegalia, reticulocitose, esferócitos, policromasia, sem desenvolver anemia (CANÇADO; LANGHI JR; CHIATTONE, 2005).
Para o diagnóstico de AHAI vários testes laboratoriais são empregados. Os níveis de hematócrito e hemoglobina, encontram-se, geralmente, normais, porém, esses níveis podem estar diminuídos em hemólises severas (BOLDRIN, 2012). A anemia pode ser normocrômica normocítica ou hipocrômica macrocítica. Pode haver presença de esferocitose, hemácias em alvo, ovalocitose, hemácias em foice e outras alterações qualitativas dos eritrócitos (LORENZI, 2006).
O tratamento da AHAI tem como objetivos reduzir a produção de anticorpos e diminuir ou cessar a hemólise mediada por auto-anticorpos ou complemento. A eficácia do tratamento depende, basicamente, do tipo de auto-anticorpo e da causa (CANÇADO; LANGHI JR; CHIATTONE, 2005). Os esteróides são o tratamento de primeira escolha, seguidos pela imunoglobulina intravenosa, transplante de células-tronco de sangue periférico ou uso de anticorpo anti-CD20 rituximabe (FERREIRA et al., 2012).
2.6 Anemia perniciosa
A anemia perniciosa é causada pelo decréscimo ou ausência de fator intrínseco (IF) devido à atrofia da mucosa gástrica ou destruição auto-imune de células parietais produtoras de IF, que leva  há uma diminuição na produção de ácido e IF e uma mudança adicional na absorção de vitamina B12 (PAZ; HERNÁNDEZ-NAVARRO, 2005). Acomete pessoas de idade madura, com mais de 50 anos, de ambos os sexos, mais frequente em pacientes de pele e olhos claros (LORENZI, 2006).
Possui quadro clínico característico como produção de astenia, palpitações, sudorese, tontura e insuficiência cardíaca (PAZ; HERNÁNDEZ-NAVARRO, 2005), cansaço, palidez acentuada, dificuldadeem se locomover, perturbação mental e esfincteriana, sensação parestésica e hipo ou hiper-reflexia (LORENZI, 2006). Entre os distúrbios digestivos, destacam-se anorexia, diarréia, estomatite angular, língua lisa e despapilada, dolorosa ao toque e com uma cor vermelha profunda, denominada glossite de Hunter (PAZ; HERNÁNDEZ-NAVARRO, 2005). 
No exame de sangue é possível observar a presença de oligocitemia, baixa hemoglobina e macrocitose. A determinação do volume corpuscular dos eritrócitos (VCM) é de grande importância pois seu valor sempre aparece elevado (LORENZI, 2006).
O tratamento consiste em reduzir e prevenir a sua ocorrência, depósitos normalizando vitamina B12 (PAZ; HERNÁNDEZ-NAVARRO, 2005). Baseia-se na administração de injeções intramusculares de vitamina B12 sob forma de cianocobalamina ou de hidroxicobalamina (LORENZI, 2006) ou por via oral, apenas a doses muito elevadas de vitamina B12, podem corrigir o défice B12 em pacientes com défice de FI (PAZ; HERNÁNDEZ-NAVARRO, 2005). 
 
 
2.7 Anemia sideroblástica
A anemia sideroblástica é um grupo heterogêneo de desordens com duas características em comum: presença de sideroblastos em anel na medula óssea e biossíntese da heme prejudicada (VICARI; FIGUEIREDO, 2020). Pode ser adquirida ou congênita, onde a anemia sideroblástica adquirida está associada à síndrome mielodisplásica e causa anemia macrocítica, já a anemia sideroblástica congênita é causada por mutações autossômicas ligadas ao cromossomo X caracterizada por anemia microcítica-hipocrômica com aumento do ferro sérico e da saturação de ferritina e transferrina. Ambos os tipos apresentam deficiência na síntese da heme devido a incapacidade de incorporar ferro à protoporfirina, levando à formação de sideroblastos em anel (BRAUNSTEIN, 2018).
Apresenta como quadro clínico sintomas usuais de anemia, incluindo fadiga, diminuição da tolerância à atividade física e tonturas. No entanto, pode haver casos mais leves de anemia sideroblástica hereditária cujos sintomas não chamam a atenção até a idade adulta (VICARI; FIGUEIREDO, 2020). 
O esfregaço de sangue revela hipocromia, microcitose e basofilia (VICARI; FIGUEIREDO, 2020). Apresenta eritrócitos hipocrômicos no sangue periférico, medula óssea rica em série vermelha e ferro elevado no soro, principalmente acumulado ao redor dos núcleos, em especial nos eritroblastos, daí o nome sideroblastos em anel (LORENZI, 2006).
Tem por tratamento a eliminação de uma toxina ou um fármaco que causam o quadro ou a utilização de suplementos de minerais e/ou vitaminas que podem levar à recuperação do quadro (BRAUNSTEIN, 2018).
 
2.8 Acantocitose
A anemia de Fanconi (AF), também conhecida como Síndrome da Pancitopenia de Fanconi, é uma doença genética recessiva, causada por mutações de genes envolvidos na reparação do DNA. Sua principal característica citogenética é a presença de quebras cromossômicas, o quadro hematológico geralmente se inicia nas duas primeiras décadas de vida e é progressivo (PAULINO et al., 2017).
Atualmente, é considerada a causa hereditária mais comum de falência da medula óssea. Os pacientes possuem risco aumentado para tumores tanto hematológicos como para sólidos (ZEN et al., 2011), caracterizada pela combinação variável de hipoplasia da medula óssea, pancitopenia, malformações de rádio e polegar, anomalias renais e de pigmentação cutânea (PAULINO et al., 2017). 
O diagnóstico apresenta uma anemia que costuma ser do tipo macrocítica, com poiquilocitose marcada. São encontrados aumentos de hemoglobina fetal e de expressão do antígeno i nos eritrócitos (LORENZI, 2006).
Corticosteróides e andrógenos podem ser usados como forma de tratamento, é recomendado também o transplante de medula óssea (LORENZI, 2006).
3.  DOENÇAS DA SÉRIE BRANCA
3.1 Leucemia mielóide aguda
A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma doença clonal do tecido hematopoético que se caracteriza pela proliferação anormal de células progenitoras da linhagem mielóide (CARVALHO; PEDROSA; SEBASTIÃO, 2020), onde o processo de diferenciação das células pluripotentes da medula óssea ocorre interrupção ou dificuldade de maturação, de modo que se acumulam células jovens que nunca chegam ao amadurecimento completo (LORENZI, 2006), ocasionando assim produção insuficiente de células sanguíneas maduras normais (CARVALHO; PEDROSA; SEBASTIÃO, 2020).
O processo neoplásico que dá origem ao clone leucêmico pode surgir em qualquer estágio do desenvolvimento celular, ou seja, em qualquer fase da hematopoese (SILVA et al., 2006), possibilitando assim a classificação morfológica dos vários tipos de leucemias mielóides agudas (CARVALHO; PEDROSA; SEBASTIÃO, 2020).
	Sua etiopatogenia pode estar relacionada a translocações e mutações genéticas de genes responsáveis por correção de erros genéticos herdados, a agentes mielotóxicos e cancerígenos, como fatores extrínsecos que podem desencadear tais alterações, como exposição à radiações ionizantes, não ionizantes, organofosforados, entre outros agentes (CARVALHO; PEDROSA; SEBASTIÃO, 2020).
O paciente pode apresentar sintomas como palidez cutaneomucosa, febre, infecções, hemorragias, adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, alterações de pele, sintomas neurológicos, dores ósseas, derrame pleural, insuficiência respiratória e infiltrado tumoral em qualquer tecido (LORENZI, 2006).  A infiltração da medula é frequentemente acompanhada de neutropenia, anemia e plaquetopenia (SILVA et al., 2006).
Seu diagnóstico se dá pelo hemograma e mielograma e se houver necessidade através de biópsia óssea, que mostra condições do tecido medular, se há fibrose, se há infiltração leucêmica global ou não, edema, necrose,etc (LORENZI, 2006).
Através do diagnóstico inicial e classificação do tipo de leucemia é decidido sobre qual estratégia quimioterápica iniciar (CARVALHO; PEDROSA; SEBASTIÃO, 2020). Por meio da medida de suporte é possível melhorar as condições do paciente, diminuindo assim o risco de complicação, como hidratação oral, transfusão de hemácias e/ou plaquetas, isolamento, evitar ingestão de alimentos crus, antibioticoterapia, etc. Já o tratamento específico visa eliminar ou controlar a proliferação das células leucêmicas, por meio de quimioterápicos em combinação (LORENZI, 2006).
3.2 Leucemia Linfóide aguda
A leucemia linfoide aguda (LLA), neoplasia hematológica que determina proliferação, acúmulo e infiltração de células linfocitárias imaturas (ZANICHELLI; COLTURATO; SOBRINHO, 2010), presentes em grande número na medula óssea, no timo e nos gânglios linfáticos (LORENZI, 2006). Caracteriza-se por ser heterogênea, apresentando ampla diversidade de aspectos clínicos e biológicos (ZANICHELLI; COLTURATO; SOBRINHO, 2010). As células leucêmicas acondicionam certo potencial de multiplicação, mas não se diferenciam até formas mais maduras e normais, acumulando-se assim os linfoblastos ou células jovens em grande número e em etapas diferentes de sua maturação (LORENZI, 2006).
Estudos apontam que sua etiopatogenia pode acontecer pelo retrovírus (vírus que contém a enzima transcriptase reversa) que pode integrar o DNA de suas células hospedeiras e transformá-las em células leucêmicas, ou alterações cromossômicas como translocações envolvendo cromossomos diferentes, que podem estimular a ação oncogenes localizados em pontos lesionados ou próximos a ele, acarretando assim  em neoplasia (LORENZI, 2006).
Os sinais e sintomas mais frequentes são febre, adenomegalias, manifestações hemorrágicas, palidez, hepatomegalia, esplenomegalia, fadiga e dor óssea. No entanto, outras doenças podem apresentar manifestações semelhantes (NEHMY et al., 2011).
A confirmação do diagnóstico é feita pela realização do hemograma que apresenta quase sempre anemia e plaquetopenia com alta proporção de blastos linfóides e leucocitose variável (LORENZI, 2006) e mielograma, com a análise morfológica complementada pelos exames de imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular, estes últimos fundamentais para a escolha do esquema terapêutico (NEHMY et al., 2011).
	Apresenta pior prognósticoem crianças com menos de 12 meses, quando apresenta maior massa de células leucêmicas, em pessoas do sexo masculino, negros, adenomegalia, hepatoesplenomegalia, e falta de resposta ao tratamento (LORENZI, 2006).
O tratamento padrão para diagnosticados com LLA têm sido a quimioterapia intratecal (fármacos lançados diretamente no líquido cefalorraquidiano) combinada à quimioterapia sistêmica (HAZIN et al., 2015).
3.3 Leucemia mieloide crônica
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença adquirida clonal da medula óssea caracterizada pela presença do cromossomo Philadelphia (Ph), resultante da translocação entre os cromossomos 9 e 22 (FUNKE et al., 2010). Constitui uma desordem mieloproliferativa, onde uma ploriferação de células mielóides granulocíticas, que mantêm sua capacidade de diferenciação. O clone defeituoso gerado dessa célula se expande e infiltra o parênquima medular, de modo lento, mas progressivo, em detrimento da proliferação das células normais (LORENZI, 2006).
A LMC representa cerca de 20% das leucemias do adulto ocorrendo com maior frequência em indivíduos do sexo masculino, de idade de 55 anos. Apesar dessa provável relação causal entre LMC e radiação ionizante, a maioria dos casos parece ser esporádica, não havendo fator predisponente (BOLLMANN; GIGLIO, 2011).
Apresentam sintomas de hipercatabolismo (fadiga, perda ponderal, sudorese noturna e febre) e desconforto abdominal decorrente da esplenomegalia (BOLLMANN; GIGLIO, 2011).
O diagnóstico de LMC é baseado na contagem sanguínea (leucocitose, plaquetose e trombocitose) e no diferencial (granulócitos imaturos, de metamielócitos a mieloblastos, e basofilia) (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2013). Há desvio à esquerda, até mieloblastos, de modo não escalonado. A anemia pode ser discreta ou acentuada (LORENZI, 2006). 
Dentre as opções terapêuticas estão a hidroxiureia, o interferon-a, o transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas e o imatinibe (ALVARENGA et al., 2010). 
3.4 Leucemia linfoide crônica
Leucemia Linfóide Crônica (LLC) é uma neoplasia maligna de linfócitos B maduros com aspecto monomórfico, que se acumulam em tecidos linfóides secundários, medula óssea e sangue periférico (DUARTE, 2009). Caracterizada grande por leucocitose no sangue, que é causada por aumento acentuado de linfócitos de tipo maduro, com raros linfoblásticos e prolinfócitos circulantes. Tal alteração não está definitivamente esclarecida, entretanto a conhecimentos sobre rearranjos genéticos frequentemente encontrados na LLC (LORENZI, 2006).
Apresenta caráter lento e progressivo por isso pode se apresentar assintomática durante anos, mas acaba se manifestando pelo crescimento de órgãos linfóides secundários, como gânglios linfáticos, baço e hepatomegalia, em muitos casos apresenta quadro clínico severo, com anemia grave, icterícia, hepatoesplenomegalia e adenomegalia generalizada (LORENZI, 2006).
O diagnóstico se dá por achados no hemograma, que apresenta leucocitose variada, linfócitos aumentados, anemia e plaquetopenia podem estar presentes (LORENZI, 2006).
Transplante alogenéico de medula óssea e autológo e não mieloablativo, constituem alternativas terapêuticas (CARRIÇO; GADELHA, 2003).
3.5 Agranulocitose
Agranulocitose é uma doença séria e rara, frequentemente causada por tratamento com drogas antitireoidianas, que acarretam na diminuição dos granulócitos. A letalidade é de aproximadamente 10% (HAMERSCHLAK; CAVALCANTI, 2005; PANAROTTO; MAYER; PEDRUZZI, 2013). A agranulocitose ocorre com maior frequência em pacientes do sexo feminino, em idosos e de ascendência não caucasiana (CARNEIRO et al., 2011).
Os sintomas decorrentes dessa condição são geralmente manifestados por infecções como tonsilite, faringite, estomatite, pneumonia, febre, celulite ou pioderma, odinofagia, erupção morbiliforme, orofaringe (PANAROTTO; MAYER; PEDRUZZI, 2013; HAMERSCHLAK; CAVALCANTI, 2005; CARNEIRO et al., 2011). 
O diagnóstico se dá por hemograma que apresenta uma grande redução do número de granulócitos no sangue periférico e é caracterizada pela contagem de neutrófilos menor que 500/μL (PANAROTTO; MAYER; PEDRUZZI, 2013). A medula óssea pode ser hipocelular ou mesmo acelular, com ausência de células mais maduras do que mieloblastos e promielócitos (CARNEIRO et al., 2011).
O tratamento da agranulocitose é feito com GM-CSF (Fator estimulante de colônias de granulócitos-macrófagos) por apresentar grande eficácia para recuperação dos pacientes (PANAROTTO; MAYER; PEDRUZZI, 2013).
3.6 Síndrome de Chédiak-Higashi
A síndrome de Chédiak-Higashi (CHS) é um distúrbio autossômico recessivo raro (KITOH et al., 2013), que apresenta grande granulações nos granulócitos. Decorre deficiência funcional das células, com diminuição da capacidade de morte microbiana. Os neutrófilos apresentam também defeito da capacidade de deformação e da quimiotaxia. Ambas determinam assim maior suscetibilidade às infecções, especialmente nos indivíduos homozigóticos (LORENZI, 2006).
Caracterizada por albinismo oculocutâneo, imunodeficiência, alterações neurológicas progressivas, alterações de coagulação e síndrome linfoproliferativa. A falha imune está associado à função citolítica prejudicada das células T e natural killer e ao atraso na quimiotaxia de neutrófilos e monócitos. Podem apresentar também febre, anemia, neutropenia, trombocitopenia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, icterícia e coagulopatia (FANTINATO et al., 2011).
Seu diagnóstico se dá pelos achados de corpos gigantes de inclusão em praticamente todas as células granulosas (KITOH et al., 2013). Na pele é possível observar melanossomas gigantes, no olho há diminuição dos pigmentos tendo potencial para nistagmo, fotofobia e diminuição da acuidade visual, ocorrendo alteração na cor da íris, que pode apresentar coloração acinzentada, azulada ou acastanhada (FANTINATO et al., 2011).
O tratamento é feito através de transplante de medula óssea, que corrige os defeitos imunológicos e hematológicos (FANTINATO et al., 2011)
3.7 Linfoma De Hodgkin
O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia rara que envolve o sistema linfático (LOPES; MOREIRA; SOARES, 2011). Sua etiopatogenia pode estar relacionada com o vírus Epstein-Barr (EBV), perturbação da imunidade celular (imunodeficiência) e/ou fatores hereditários e ambientais (LORENZI, 2006).
É uma doença proliferativa dos tecidos linfóides, com o aparecimento de uma tumoração cervical indolor, com consistência de borracha, causada pelo aumento de um gânglio ou de um grupo de gânglios linfáticos (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). Apresenta adenomegalia, quadro febril crônico, sudorese noturna e emagrecimento progressivo. Em algumas ocasiões, o paciente pode apresentar infiltração linfomatosa de tecidos extraganglionares indicando um pior prognóstico, outro fator de um mau prognóstico é a neutrofilia associada a linfopenia absoluta (LORENZI, 2006).
O diagnóstico do linfoma de Hodgkin é feito por meio da avaliação histopatológica de tecido acometido pela doença, obtido por biópsia (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). O hemograma apresenta anemia, podendo haver leucopenia ou leucocitose (LORENZI, 2006).
O tratamento é realizado por radioterapia e quimioterapia (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013), entretanto o tratamento padrão para a maioria dos pacientes é o esquema ABVD, que  consiste na associação das drogas: adriamicina, bleomicina, vincristina e dacarbazina, e pode estar ou não associado a radioterapia (LOPES; MOREIRA; SOARES , 2011).
3.8 Linfoma De Burkitt
O linfoma de Burkitt é um tipo de linfoma não-Hodgkin (FREITAS; BARROS; QUINDERÉ, 2008), que está relacionado às células B do centro germinativo ou pós-centro germinativo, esse linfoma se caracteriza pela agressividade clínica e histológica (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). Acontece nas primeiras décadas de vida, acometendo principalmente indivíduos do sexo masculino. É pobremente diferenciado caracterizado pela proliferação monoclonal de linfócitos-B5 (FREITAS;BARROS; QUINDERÉ, 2008). 
Indica-se a participação do vírus Epstein-Barr (EBV) na patogênese do linfoma de Burkitt, que inibe a morte celular programada e contribui para o desenvolvimento e manutenção do linfoma de Burkitt. Nos portadores dessa patologia é possível observar a presença de da sequência de DNA do vírus EBV nas células-B e elevados títulos de anticorpos contra o próprio vírus (FREITAS; BARROS; QUINDERÉ, 2008).
Ocorre a tumefação da região e mobilidade dentária, com sintomas geralmente mínimos como, dor, sensibilidade e parestesia (FREITAS; BARROS; QUINDERÉ, 2008).
O exame citológico é peculiar por apresentar grande quantidade de vacúolos lipídicos citoplasmáticos. Morfologicamente, as células tendem a ser coesivas, de tamanho intermediário, citoplasma basofílico, núcleo redondo e nucléolos evidentes. O número de mitose é muito alto (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
O linfoma de Burkitt é preferencialmente tratado através de quimioterapia (FREITAS; BARROS; QUINDERÉ, 2008).
4. DOENÇAS PLAQUETÁRIAS
4.1 Doença de von Willebrand
A doença de von Willebrand (vW) é uma doença hemorrágica, causada por defeitos hereditários na concentração (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013), contém mutação no braço curto do cromossomo 12, alterando a  estrutura ou função do fator von Willebrand (FvW), ocorrendo assim disfunção plaquetária, acompanhada por diminuição dos níveis do fator VIII coagulante (BARBOSA; CUNHA; BARBOSA, 2007).
Os pacientes com essa alteração hemostática representam um grupo heterogêneo, com várias expressões fenotípicas classificadas (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013), apresentando epistaxe, menorragia, sangramento gengival, equimose, hematomas, hemorragia gastrintestinal, hemartrose e sangramento prolongado após procedimentos cirúrgicos, como manifestações clínicas mais comuns (BARBOSA; CUNHA; BARBOSA, 2007).
O diagnóstico pode ser feito através do teste de TTPA mostra valores aumentados, os fatores de VIII:C e VIII:Ag estão diminuídos, apresenta agregação plaquetária em presença de ristocetina diminuída, a análise genética permite avaliar as mutações do gene vW (LORENZI, 2006).
O tratamento pode ser realizado através do aumento de concentrações plasmáticas do FvW através da secreção de estoques endógenos por estimulação das células endoteliais pela vasopressina, por reposição do FvW mediante da infusão de concentrados de FvW, e uso de agentes que promovem a hemostasia e a cicatrização tecidual (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
4.2 Hemofilias 
As hemofilias são doenças hereditárias hemorrágicas resultantes da deficiência de fator VIII (hemofilia A) ou de fator IX (hemofilia B) da coagulação, resultantes de mutações que acometem tais fatores (PIO; OLIVEIRA; REZENDE, 2009). Como a transmissão se faz por uma mutação no cromossomo X, a doença acomete principalmente indivíduos do sexo masculino, sendo que mulheres atuam como portadoras (LORENZI, 2006).
Ambas as hemofilias apresentam o mesmo padrão de herança, tanto o gene do fator VIII como o do fator IX estão no braço longo do cromossomo X (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). 
As principais manifestações clínicas destas doenças são os sangramentos que podem ocorrer de forma espontânea ou induzida por trauma ou cirurgia (PIO; OLIVEIRA; REZENDE, 2009), podem apresentar também hemartroses, hematomas, sangramento gastrintestinal, sangramento em sistema nervoso central e hematúria (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
O diagnóstico baseia-se em achados clínicos, exames laboratoriais como, tempo de coagulação, tempo de tromboplastina parcial ativado, consumo de protrombina, ambos com valores aumentados, e dosagem dos fatores VIII:C ou IX alterada, com taxas variáveis (LORENZI, 2006).
O tratamento consiste na terapia de reposição de concentrado do fator deficiente, tratamento adjuvante, preventivo e o tratamento das complicações associadas à hemofilia (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
4.3 Púrpura Trombocitopênica Trombótica
Púrpura Trombocitopênica Trombótica é um distúrbio hematológico grave, raro, que se caracteriza por envolvimento do sistema nervoso central, caracterizada pela presença de Microangiopatia Trombótica (MAT), anemia hemolítica e trombocitopenia (CAMPOS et al., 2013).
Os pacientes apresentam sinais e sintomas como cefaléia, crises convulsivas, alterações neurológicas, hemorragia cutânea, gengivorragia, epistaxe, febre, função renal costuma estar alterada, palidez e icterícia (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
O diagnóstico apresenta hemólise com aumento do número de reticulócitos, dos níveis de Desidrogenase Lática (DHL), de bilirrubina indireta anemia hemolítica microangiopática,  anemia normocrômica e normocítica com presença de presença de esquizócitos no esfregaço do sangue periférico relacionado à trombocitopenia (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).O teste de Coombs é geralmente negativo (CAMPOS et al., 2013).
O tratamento baseia-se na transfusão de hemocomponentes, em especial do concentrado de hemácias, extração dos auto-anticorpos anti-ADAMTS13 e dos multímeros do fator de von Willebrand, e aplicação da enzima ADAMTS13, presente no plasma humano (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013).
4.4 Síndrome de Aldrich (Wiskott-Aldrich)
A Síndrome de Wiskott-Aldrich (WAS) é uma imunodeficiência ligada ao X (GONZALEZ; CARVALHO, 2011), causada por mutação no gene WASP (proteína da síndrome de Wiskot-Aldrich) (ANDRADE, 2015).
Apresenta trombocitopenia com plaquetas pequenas, eczema, infecções (GONZALEZ; CARVALHO, 2011), anemia hemolítca autoimune, vasculite, glomerulonefrite, púrpura de Henoch-Schöenlein e doença inflamatória intestinal, leucemia, linfoma e mielodisplasias, como principais sinais e sintomas (ANDRADE, 2015).
	No diagnóstico é possível observar trombocitopenia congênita com plaquetas pequenas, aumento de IgE e IgA, com IgM baixa, as células T diminuem em quantidade e função com a idade, trombocitopenia moderada (GONZALEZ; CARVALHO, 2011), e a sua confirmação se dá pela diminuição ou ausência da proteína SWA nas células sanguíneas (ANDRADE, 2015).
	São utilizados antibioticoterapia, reposição de gamaglobulina,transfusões de plaquetas,transplante de células-tronco hematopoiéticas como possíveis tratamentos (ANDRADE, 2015).
4.5 Trombocitemia Essencial
A trombocitose essencial (TE) A TE é uma neoplasia mieloproliferativa crônica BCR- -ABL1-negativa (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). Caracteriza-se pela hiperproliferação megacariocítica com consequente trombocitose periférica, favorecendo fenômenos trombo-hemorrágicos (BITTENCOURT et al., 2010).
	Alguns portadores são assintomáticos, entretanto em outros pacientes é possivel observar sintomas como vasomotora inespecífica, como eritromelalgia, cefaleia, distúrbios visuais, angina, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), embolia pulmonar, epistaxe, gengivorragia, hemorragias digestivas,  sangramentos em sistema nervoso central (BITTENCOURT et al., 2010).
O diagnóstico inclui a detecção de hiperplasia megacariocítica, revelando megacariócitos maduros hiperlobulados agrupados na medula óssea, e número elevado de plaquetas em sangue periférico (BITTENCOURT et al., 2010).
Como estratégia terapêutica fundamenta-se na estratificação de risco trombótico e hemorrágico (ZAGO; FALCÃO; PASQUINI, 2013). 
4.6 Púrpura Trombocitopênica Idiopática 
A púrpura trombocitopênica idiopática ou imune (PTI) é uma desordem auto-imune, trata-se de uma plaquetopenia decorrente da destruição das plaquetas sensibilizadas por auto-anticorpos (IgG) (LORENZI, 2006).
Seu quadro clínico é caracterizado pela presença de hemorragias, palidez cutânea e das mucosas, anemia espoliativa, ferropénica e esplenomegalia (LORENZI, 2006)
O hemograma apresenta plaquetopenia, leves alterações nas linhagens granulocíticas e eritrocitária, pode apresentar leucocitose com desvio à esquerda e reticulocitose, já o mielograma apresenta hipercelularidade com hiperplasia de eritroblastos e de megacariócitos. A prova de laço é positiva com tempo de coagulação normal. Seu tratamento é realizado através da corticoterapia (LORENZI,2006). 
4.7 Trombastenia de Glanzmann
Trombastenia de Glanzmann é uma desordem constitucional, com herança autossômica e recessiva. As plaquetas apresentam-se funcionalmente deficientes, embora em números e forma normais, entretanto não ocorre o tampão plaquetário que se faz necessário para estancar sangramentos, ocorrendo assim púrpuras, hemorragias gengivais e menorragias (LORENZI, 2006).
Ocorre devido às alterações quantitativas ou qualitativas no receptor de fibrinogênio, a integrina αIIbβ3, que é encontrada na superfície das plaquetas e possuin função essencial na agregação plaquetária por meio da resposta aos agonistas desta agregação (LEITE, 2019).
Tem como manifestações clínicas epistaxe, hemorragias de mucosas, gastrointestinais e formação de petéquias (LEITE, 2019). 
	O diagnóstico apresenta morfologia e contagem das plaquetas são normais, mas tempo de sangramento prolongado (YAZICI et al., 2015).
O tratamento é realizado através de  transfusão de plaquetas, em poucos casos, se faz necessário transplantes de medula óssea (YAZICI et al., 2015), pode se utilizar corticoides para diminuir quadros hemorrágicos (LORENZI, 2006), Com os cuidados adequados, a trombastenia de Glanzmann apresenta um bom prognóstico (YAZICI et al., 2015).
4.8 Síndrome de Bernard Soulier
Síndrome de Bernard Soulier é uma desordem constitucional, de herança autossômica e recessiva, caracterizada por hemorragias cutaneomucosas (LORENZI, 2006).
Apresenta distúrbio função plaquetária relacionado a defeitos qualitativos do complexo GPIbIX-V, um receptor de plaquetas para o fator von Willebrand, importante para a adesão de plaquetas no local da lesão vascular (ROLDÁN-TABARES, 2019).
	Apresenta sinais e sintomas como macrotrombocitopenia, sangramento gengival, roxo e contusões, os pacientes também podem tem hematúria e sangramento gastrointestinal, além de hemorragias difíceis de controlar (ROLDÁN-TABARES, 2019).
	O diagnóstico é caracterizado por contagem de plaquetas que pode variar de 20 a 140 x 109 além Extensão do tempo de coagulação (ROLDÁN-TABARES, 2019), plaquetopenia moderada, plaquetas gigantes, não apresenta agregação plaquetária induzida pela ristocetina, apresenta alterações das glicoproteínas da membrana plaquetária (LORENZI, 2006).
O tratamento baseia-se no uso de transfusões de plaquetas durante os episódios hemorrágicos (LORENZI, 2006).
5. CONCLUSÃO
A realização do estágio em hematologia foi de suma importância para minha formação como biomédica, uma vez que esta área é uma das mais requisitadas no ambiente laboratorial. Todo o conteúdo teórico previamente aprendido foi colocado em prática, de forma que, tanto os métodos práticos como esfregaço sanguíneo, quanto a visualização e diferenciação de estruturas ao microscópio se tornaram mais compreensíveis. Portanto, concluo que o período no laboratório associado ao conteúdo teórico previamente estudado proporcionou-me uma noção mais ampla dos métodos executados até então e a partir disso pude entender melhor o funcionamento da rotina laboratorial no setor de Hematologia.
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