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Doenças Alérgicas Fernanda Gontijo 2017 Reação de Hipersensibilidade • Resposta imune adaptativa que ocorre de forma exagerada ou inapropriada -Resposta para antígenos estranhos (não próprios) desregulados ou não controlados - Resposta imune contra antígenos próprios, como resultado de uma FALHA NA TOLERÂNCIA própria. Reação de Hipersensibilidade • Requer um contato prévio do indivíduo com o alérgeno • Resposta imunológica: humoral ou celular • Causam inflamação sistêmica ou local; Resposta imediata (segundos) • Decorrente da atividade da histamina e prostaglandinas Contração de musculatura lisa / Broncoconstrição Prurido e Rash (Exantema) Permeabilidade vascular Edema Secreção de muco Resposta tardia (8-10 horas) - Decorrente da liberação de leucotrienos, quimiocinas, citocinas e enzimas pelos mastócitos - Produção de muco e remodelagem tecidual - Responsável pela cronicidade de doenças respiratórias alérgicas (asma) Hipersensibilidade tipo I ETAPAS 2 - Apresentação do alérgeno aos linfócitos T naïve, via APCs 3 - Ativação dos linfócitos T naïve a linfócitos auxiliar (Th2) (produção de IL-4, IL-13, IL-9, IL-5) 5 - Ligação da IgE produzida à superfície de mastócitos e basófilos (via receptores de alta especificidade para a porção Fc) 1 - Primeiro contato com o alérgeno 4 - Ativação de linfócitos B, que passam a produzir IgE Hipersensibilidade tipo I • Sensibilização ao alérgeno Hipersensibilidade tipo I ETAPAS 1- Segundo contato com o alérgeno 2 - Ligação do alérgeno às moléculas de IgE presentes na superfície de mastócitos e basófilos 3 - Degranulação de mastócitos e basófilos: liberação de mediadores químicos (histamina, leucotrienos e prostaglandinas) responsáveis pelos sintomas alérgicos. Hipersensibilidade tipo I • Reação alérgica Hipersensibilidade tipo I Limitada a um tecido ou órgão específico Dermatite atópica Urticária Hipersensibilidade tipo I Degranulação sistêmica de mastócitos Anafilaxia induzida por alergia alimentar Hipersensibilidade tipo IV - Resposta imune mediada por células T efetoras específicas a Ags exógenos - A resposta celular induz lesões nos locais onde o Ag penetra Hipersensibilidade tipo IV Hipersensibilidade Proteína Tipo Tardia Veneno de inseto Tuberculina (PPD) Hipersensibilidade Haptenos de contato (Dermatite de contato) Enteropatia sensível Gliadina ao glúten (Doença Celíaca) Injetado na pele Absorvido pela pele Absorvido pelo intestino • Uma variedade de doenças humanas são causadas por respostas imunes a antígenos ambientais não microbianos que envolvem linfócitos (Th2), imunoglobulina E (IgE), mastócitos e eosinófilos. Hipersensibilidade imediata, porque começa rapidamente, em poucos minutos de estimulação antigênica, e tem grandes consequências patológicas. Após a resposta imediata, há um componente inflamatório que se desenvolve de forma mais lenta chamado reação de fase tardia caracterizado pelo acúmulo de neutrófilos, eosinófilos, macrófagos e células CD4 Th2. Na medicina clínica, estas reações são chamadas ALERGIA ou ATOPIA, e as doenças associadas são chamadas doenças alérgicas, atópicas ou de hipersensibilidade imediata. Características gerais das reações imunes dependentes de IgE • As características das doenças alérgicas são a ativação das células Th2 e a produção de anticorpos IgE. Ligação da IgE aos receptores de alta afinidade estimula a liberação de mediadores inflamatórios Características gerais das reações imunes dependentes de IgE • Existe uma forte predisposição genética para o desenvolvimento de atopia. • Os antígenos que provocam hipersensibilidade imediata, também chamados de alérgenos, são geralmente proteínas ambientais comuns e substâncias químicas que podem modificar proteínas. • As citocinas produzidas pelas células Th2 são responsáveis por muitas das características da hipersensibilidade imediata. Características gerais das reações imunes dependentes de IgE • Reações de hipersensibilidade imediata se manifestam de diferentes maneiras, dependendo dos tecidos afetados, incluindo erupções cutâneas, sinusite, constrição dos brônquios, dor abdominal, diarreia e choque sistêmico. Produção de IgE Os indivíduos atópicos produzem altos níveis de IgE em resposta a alérgenos ambientais, enquanto os indivíduos normais geralmente produzem outros isotipos de Ig, como IgM e IgG, e apenas pequenas quantidades de IgE O anticorpo IgE é responsável pela sensibilização dos mastócitos e fornece o reconhecimento de antígenos para as reações de hipersensibilidade imediata. Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos na Hipersensibilidade Imediata Mastócitos: presentes no tecido conjuntivo, secretam uma variedade de mediadores que são responsáveis pelas manifestações das reações alérgicas (histamina, heparina e/ ou sulfato de condroitina, proteases). Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos na Hipersensibilidade Imediata Basófilos : presentes nos vasos sanguíneos, são granulócitos com semelhanças estruturais e funcionais aos mastócitos (histamina, sulfato de condroitina, proteases). Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos na Hipersensibilidade Imediata Eosinófilos: são granulócitos derivados da medula óssea que são abundantes nos infiltrados inflamatórios das reações de fase tardia e estão envolvidos em muitos processos patológicos das doenças alérgicas. Reações dependentes de IgE e de Mastócitos Reações dependentes de IgE e de Mastócitos A Reação Imediata As primeiras mudanças vasculares que ocorrem durante as reações de hipersensibilidade imediata são demonstradas pela reação de pápula e de halo eritematoso para a injeção intradérmica de um alérgeno. A reação de pápula e halo eritematoso é dependente de IgE e mastócitos. Reações dependentes de IgE e de Mastócitos A Reação de Fase Tardia A reação imediata de pápula e eritema é seguida 2 a 4 horas mais tarde por uma reação de fase tardia, que consiste no acúmulo de leucócitos inflamatórios, incluindo neutrófilos, eosinófilos, basófilos e células T auxiliares. A reação de fase tardia pode ocorrer sem uma reação de hipersensibilidade imediata precedente detectável. 1. sensibilização do indivíduo; 2. produção de IgE específica ao alérgeno; 3. ligação de IgE específica em mastócitos e basófilos; 4. novo contato com o mesmo antígeno; 5. Degranulação de mastócitos ou basófilos; 6. liberação de mediadores inflamatórios; 6. sintomas Sequência de eventos A susceptibilidade genética para doenças alérgicas Fatores Ambientais na Alergia Está claro que as influências ambientais têm um impacto significativo sobre o desenvolvimento de alergias, e eles sinergizam com os fatores de risco genéticos. Doenças Alérgicas em seres humanos: patogênese e terapia • A degranulação dos mastócitos é um componente central de todas as doenças alérgicas, e as manifestações clínicas e patológicas da doenças dependem dos tecidos em que os mediadores têm efeitos, bem como da cronicidade do processo inflamatório resultante. Doenças Alérgicas em seres humanos: patogênese e terapia • Anafilaxia sistêmica: hipersensibilidade imediata, caracterizada por edema em muitos tecidos e uma queda na pressão arterial, secundária à vasodilatação. Doenças Alérgicas em seres humanos: patogênese e terapia • Asma brônquica: provocada por repetidas reações alérgicas de hipersensibilidade de fase imediata e de fase tardia no pulmão. Tríade clinicopatológica de obstrução intermitente e reversível das vias aéreas, inflamação crônica dos brônquios com eosinófilos, e a hipertrofia das células do musculo liso brônquicoDoenças Alérgicas em seres humanos: patogênese e terapia Reações de Hipersensibilidade imediata no Trato Respiratório Superior, Trato Gastrointestinal e Pele Rinite alérgica: as manifestações clínicas incluem o edema da mucosa, a infiltração leucocitária com eosinófilos em abundância, secreção de muco, tosse, espirros e dificuldade de respirar (hipersensibilidade imediata aos alérgenos comuns, pólen, ácaros, poeira doméstica). Doenças Alérgicas em seres humanos: patogênese e terapia Reações de Hipersensibilidade imediata no Trato Respiratório Superior, Trato Gastrointestinal e Pele Urticária e o eczema: ocorre em resposta ao contato direto com os alérgenos ou após o alérgenos entrar na circulação através do trato intestinal ou através de injeção; sintomatologia: reação aguda de pápula e eritema. Resumindo Resumindo Tratamento das reações de hipersensibilidade imediata Testes diagnósticos em uso clínico corrente Testes in vitro IgE total IgE específica para alérgenos Citologia e biópsia nasais Dosagem de mediadores inflamatórios Testes in vivo Teste cutâneo de hipersensibilidade imediata Provocação com alérgeno ou mediadores Teste cutâneo Testes cutâneos Gotas do Alérgeno são colocadas sobre a pele do antebraço ou das costas, numa disposição predeterminada, e a pele é então perfurada. Teste cutâneo Os alérgenos suspeitos são injetados na pele. Desvantagem ➢ São dolorosos ➢ Podem provocar reações alérgicas exacerbadas (choque anafilático)
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