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FISIOLOGIA APLICADA À ATIVIDADE MOTORA PROFª. MS. LILIAN FRANÇA WALLERSTEIN Sistema Cardiovascular Leitura para esta aula Capítulo 15 do livro do McArdle – Sistema Cardiovascular Capítulo 16 do livro do McArdle – Regulação e Integração Cardiovasculares Capítulo 16 do livro do Guyton – Ação bombeadora do coração e sua regulação Introdução O sistema cardiovascular integra o corpo como uma unidade praticamente autônoma que distribui para todas as células do corpo humano oxigênio e nutrientes, assim como recolhe os co-produtos do metabolismo. É um sistema diretamente afetado pela prática aguda ou crônica de atividade física. Componentes É um sistema contínuo composto por: uma bomba (o coração) um circuito de distribuição de alta pressão (as artérias) canais de permuta (os capilares) um circuito de coleta e de retorno de baixa pressão (as veias) Um sistema que garante ritmicidade VEIAS: Sistema de baixa pressão, não tem camada muscular, CHEGAM ao coração. ARTÉRIAS: Sistema de alta pressão, tem camada muscular, SAEM do coração. CAPILARES: Sistema de permuta (gases, nutrientes, excretores), extremamente delgado. A bomba cardíaca Órgão muscular, com quatro cavidades, com 2/3 de seu tamanho situados medianamente à esquerda da cavidade torácica. A bomba cardíaca Pesa cerca de 0,5Kg. Pode bater cerca de 40 milhões de vezes ao ano. Movimenta cerca de 5,3 milhões de L e sangue por dia em repouso. Composto por músculo cardíaco (miocárdio), cujas células são interconectadas entre si, de modo que um potencial de ação com origem em qualquer ponto do coração pode se propagar por toda sua extensão e fazer com que todo o órgão se contraia a um só tempo. A bomba cardíaca As fibras musculares cardíacas são interconectadas entre si, formando uma treliça (sincício). Cada célula com um ou dois núcleos centrais. Estriações transversais. Muitas mitocôndrias. AUTOMATISMO OU CRONOTROPISMO Responsável pela produção do estímulo cardíaco. Nodo sinoatrial: responsável pelo automatismo, é o marca-passo do coração. CONDUTIBILIDADE OU DROMOTROPISMO Responsável pela condução do estímulo cardíaco por todo o coração. Feixe de Hiss – maior velocidade Nodo átrio-ventricular – menor velocidade Propriedades da fibra cardíaca A bomba cardíaca com ritmo Nodo sinoatrial (nodo SA) – gerador do impulso cardíaco (membranas muito permeáveis ao sódio): marcapasso cardíaco. Nodo atrioventricular (nodo AV) – promove um retardo que permite que os átrios contraiam antes dos ventrículos. Fibras de Purkinge – condutoras do impulso cardíaco. 72 batimentos por minuto (bpm) em repouso. EXCITABILIDADE OU BATIMOTROPISMO Responsável pela aceitação do estímulo – capacidade de se ativar diante do estímulo. CONTRATILIDADE OU INOTROPISMO Responsável pela contração das fibras ao receber o estímulo Propriedades da fibra cardíaca Qualquer medicamento que tenha efeito no coração, interferirá, no mínimo, em uma das quatro propriedades. As três primeiras são elétricas, preparam o coração para responder ao estímulo elétrico com uma contração. A última é mecânica. O sincronismo é fundamental: sincício. Propriedades da fibra cardíaca Sincício A bomba cardíaca com ritmo SÍSTOLE: contração ventricular DIÁSTOLE: relaxamento ventricular Lei do coração (lei de Frank-Starling): dentro dos limites fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que chega ao átrio direito e o faz sem que haja represamento significativo de sangue nas veias. Quanto maior a pressão de entrada do sangue no coração, maior será o volume de sangue bombeado. Pressão arterial Força exercida pelo sangue na parede das artérias. O fluxo deve ser laminar e não turbilhão PRESSÃO SISTÓLICA: Ventrículo CONTRAI e ejeta sangue para as artérias. PRESSÃO DIASTÓLICA: Ventrículo RELAXA e as artérias estão expostas antes da contração cardíaca subsequente. Valor Normal: 120 x 80 mmHg Pressão arterial Controle nervoso do coração Controle nervoso do coração Estimulação Parassimpática (Vago): 1. Diminuição dos batimentos cardíacos 2. Diminuição da força de contração cardíaca 3. Maior retardo da condução dos impulsos cardíacos pelo nodo AV, alongando o retardo atrioventricular Diminuição das propriedades cardíacas Controle nervoso do coração Estimulação Simpática: 1. Aumento dos batimentos cardíacos 2. Aumento da força de contração cardíaca 3. Aumento da velocidade de condução dos impulsos cardíacos pelo coração Aumento das propriedades cardíacas Indicadores cardíacos FC: frequência cardíaca DC: débito cardíaco VS: volume sistólico Pós carga DÉBITO CARDÍACO: É o volume de sangue que o VE ejeta na aorta em um minuto. DC = VS x FC (mL/min) Indicadores cardíacos: DC No exercício o DC aumenta para suprir a necessidade de oxigênio dos tecidos. Atleta: o DC aumenta muito devido ao maior aumento do VS (hipertrofia excêntrica) Sedentário: o DC aumenta devido ao maior aumento da FC. Limitante, pois quanto maior a FC menor o tempo de diástole, encurtando o enchimento do coração. Efeito do exercício: remodelamento AERÓBIO: sobrecarga volumétrica HIPERTROFIA EXCÊNTRICA. As câmaras cardíacas crescem em volume (paredes crescem para fora), principalmente o VENTRÍCULO ESQUERDO. O coração fica mais eficiente e, em repouso, precisa trabalhar menos. A Fração de Ejeção aumenta a cada sístole. Remodelamento excessivo pode trazer problemas. Caso Incor. Efeito do exercício: hipertrofia excêntrica Efeito do exercício: remodelamento ANAERÓBIO (treinamento de força): sobrecarga pressórica. HIPERTROFIA CONCÊNTRICA. As câmaras cardíacas diminuem em volume (paredes crescem para dentro), principalmente o VENTRÍCULO ESQUERDO. O coração fica menos eficiente e, em repouso, precisa trabalhar mais. A Fração de Ejeção diminui a cada sístole. Não é benéfico à saúde. Efeito do exercício: hipertrofia concêntrica Efeito do exercício: hipertrofia concêntrica Efeito do exercício: remodelamento Efeito do exercício: remodelamento Aumento do fluxo sanguíneo coronariano. Menor risco de infarto do miocárdio. Aumento da capacidade de troca sanguínea ao nível dos capilares. Maior eficácia nas trocas gasosas. Efeito do exercício: outras adaptações Diminuição da atividade simpática. Aumento da atividade vagal. Diminuição da resistência periférica – diminuição da pressão arterial. Efeito do exercício: outras adaptações
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