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Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 1 1 SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO Direito do Trabalho 2 facebook.com/profrenzetti @profrenzetti renzettiprofessor@gmail.com 3 4 SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO 5 Art. 3º CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 6 § único CLT. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 2 7 EMPREGADOR 1 – 2 – 3 - 8 EMPREGADOR Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 9 Art. 2º § 1º CLT. Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 10 (CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Administrativa) A respeito das empresas e entidades a ela equiparadas, julgue os itens subsecutivos. Apesar de contratar empregados pelo regime celetista, entidade filantrópica não é considerada empregador, dado que não assume os riscos da atividade e não tem finalidade lucrativa. GABARITO ERRADO 11 Art. 2º § 2º CLT. Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. GRUPO ECONÔMICO 12 EMPRESAS LIGADAS ENTRE SI EMPRESA MÃE CNPJ PRÓPRIO QUADRO DE PESSOAL ATIVIDADES ECONÔMICAS DIVERSAS Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 3 13 FINALIDADE LUCRATIVA NÃO ACARRETARÁ GRUPO ECONÔMICO 14 15 A formação do grupo econômico depende da presença de, no mínimo, duas empresas, as quais estejam sob direção única, existindo sempre uma empresa principal, controladora das demais. Todas as empresas do grupo deverão exercer atividade econômica, mas não necessariamente a mesma atividade. Ex: uma padaria, uma farmácia, uma indústria. Prevaleceu a teoria do “E” único para definir a responsabilidade solidária passiva do grupo de empresas pelo adimplemento das obrigações trabalhistas. 16 Todas as empresas do grupo, salvo disposição em contrário, poderão exigir serviços do “e”, durante o mesmo horário de trabalho, sem que isso configure a existência de mais de um pacto de emprego, como preconiza a súmula 129, TST: “A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário”. SOLIDARIEDADE ATIVA 17 (FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) Regis é empregado da empresa “FGF Ltda.”. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa “FTT Ltda.”, empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa “FGF Ltda.”. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa “FGF Ltda.” e para a empresa “FTT Ltda.”, durante a mesma jornada de trabalho, 18 a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa “FTT Ltda.”, havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa “FTT Ltda.”, havendo controle de horário. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 4 19 d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa “FTT Ltda.”, bem como houver controle de horário. GABARITO D 20 Alteração do polo SUBJETIVO do contrato de trabalho. Com a TRANSFERÊNCIA da TITULARIDADE (SUCEDIDO) do negócio de um proprietário para outro, o NOVO PROPRIETÁRIO (SUCESSOR) ASSUME TODOS os DIREITOS e DÍVIDAS existentes. Art. 10 CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. SUCESSÃO DE EMPREGADOR 21 Art. 448 CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalhos dos respectivos empregados. 22 REQUISITOS TRASNFERÊNCIA DO NEGÓCIO PARA OUTRO TITULAR CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO 23 24 OJ 261 SDI-I TST. BANCOS. SUCESSÃO TRABALHISTA (inserida em 27.09.2002) As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 5 25 OJ 92 SDI-I TST. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS. RESPONSABILIDADE TRABALHISTA (inserida em 30.05.1997) Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. 26 A B 27 Privatização = Sucessão? Súmula nº 430 do TST Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que, considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização. 28 HIPÓTESES DE EXCEÇÃO A SUCESSÃO DE EMPREGADORES: ENTES DE DIREITO PÚBLICO (OJ 92) FALÊNCIA e RECUPERAÇÃO JUDICIAL 29 30 Art. 60 Lei 11.105/05. Se o plano de recuperação judicial aprovado envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 desta Lei. Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, observado o disposto no § 1º do art. 141 desta Lei. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 6 31 Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de que trata este artigo: II. o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho. 32 PODERES DO EMPREGADOR Art. 2º CLT. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Atenção! Poderes ABSOLUTOS? Direito de resistência do empregado = jus resistentiae. 33 PODER DE ORGANIZAÇÃO Consiste na distribuição de tarefas aos empregados, fixação da jornada, uso de uniformes, crachás, etc. Através desse poder poderá o empregador expedir ORDENS GERAIS, por meio do regulamento empresarial (PODER REGULAMENTAR). 34Súmula nº 51 do TST I. As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 35 PODER DE CONTROLE O empregador fiscaliza as tarefas executadas, verifica o cumprimento da jornada de trabalho, fiscaliza e protege o seu patrimônio etc. Art. 373-A CLT. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: VI. proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias. 36 PODER DISCIPLINAR Como sabemos, o empregado está SUBORDINADO às ordens dadas pelo empregador. Se ocorrer a desobediência ou o descumprimento às ordens impostas, poderá o “E” aplicar as seguintes penalidades: 1 – advertência verbal ou escrita. 2 – suspensão disciplinar, de no máximo, 30 dias. 3 – demissão por justa causa. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 7 37 ADVERTÊNCIA SUSPENSÃO JUSTA CAUSA 38 39 2013 – FCC - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico Judiciário - Área Administrativa O poder de direção do empregador pode se manifestar de algumas formas: (1) criação de um quadro de carreira; (2) a exigência de marcação de ponto pelos empregados; (3) aplicação de advertência e suspensão ao empregado desidioso. Estes exemplos aplicam-se, respectivamente, nas seguintes modalidades: 40 a) poder de controle; poder de organização; poder disciplinar. b) poder de organização; poder de controle; poder disciplinar. c) poder de controle; poder disciplinar; poder de organização. d) poder disciplinar; poder de organização; poder de controle. e) poder de organização; poder disciplinar; poder de controle. GABARITO B 41 2010 – FCC - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa Considerando que ocorreu a fusão da empresa A com a empresa B formando-se a empresa AB e que a empresa C foi adquirida pela empresa D, os empregados a) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. b) apenas da empresa AB preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. 42 c) da empresa AB e da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, com todos os seus efeitos passados, presentes e futuros. d) da empresa AB e da empresa D não preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, devendo ser elaborado obrigatoriamente novos contratos, dispensada a experiência. e) apenas da empresa D preservam com os novos empregadores os antigos contratos de trabalho, exclusivamente para efeitos presentes e futuros. GABARITO C Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 8 43 2015 – FCC - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário - Área Judiciária A solidariedade quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas exige a) a existência de empresas com a mesma personalidade jurídica. b) a existência de direção, controle ou administração de uma empresa em relação a outras, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer atividade econômica, embora cada uma com personalidade jurídica própria. 44 c) a existência de empresas com personalidade jurídica e direção diferentes, mas com unidade de objeto social. d) a existência de previsão nos contratos sociais das empresas, pois a lei civil dispõe que a solidariedade decorre da lei ou do contrato. e) acordo entre empregado e o empregador, não bastando a simples configuração de grupo de empregadores. GABARITO B 45 2013 – FCC - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Regis é empregado da empresa “FGF Ltda.”. Regis presta serviços, durante a mesma jornada de trabalho, para a empresa empregadora e para a empresa “FTT Ltda.”, empresa esta pertencente ao mesmo grupo econômico da empresa “FGF Ltda.”. De acordo com entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, em regra, a prestação de serviços de Regis para a empresa “FGF Ltda.” e para a empresa “FTT Ltda.”, durante a mesma jornada de trabalho, 46 a) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte e cinco horas semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo controle de horário. b) caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho em razão da simultaneidade na prestação de serviços. c) só caracteriza a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis trabalhar mais de vinte horas semanais para a empresa “FTT Ltda”, havendo controle de horário. 47 d) não configura a coexistência de dois contratos de trabalho. e) só configura a coexistência de dois contratos de trabalho, se Regis receber ordens direta de superior hierárquico contratado pela empresa “FTT Ltda”, bem como houver controle de horário. GABARITO D 48 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista Judiciário - Área Administrativa A Empresa Leia Mais, editora de livros, admitiu e dispensou Arnaldo como empregado na função de jornalista, que nada recebeu a título de verbas rescisórias. O sócio de Leia Mais também dirige a Empresa Tô Seguro, que explora o ramo de vigilância e segurança. Considerando que Arnaldo nunca prestou qualquer tipo de serviço para a empresa Tô Seguro, ao ingressar com reclamação trabalhista, terá direito a mover ação contra Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 9 49 a) a Empresa Leia Mais apenas, por serem empresas com objetos sociais distintos, não podendo se caracterizarem como grupo econômico. b) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade subsidiária da Empresa Tô Seguro no pagamento de suas verbas trabalhistas. c) a Empresa Leia Mais apenas, sua empregadora, sendo que em caso de inadimplência, poderá ingressar novamente contra a Empresa Tô Seguro. 50 d) a Empresa Leia Mais apenas, pois nunca ativou-se na Empresa Tô Seguro, não podendo responsabilizá-la por suas verbas trabalhistas. e) ambas as empresas, alegando grupo econômico e responsabilidade solidária entre elas no pagamento de suas verbas trabalhistas. GABARITO D 51
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