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Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 1 1 TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Direito do Trabalho 2 TERMINAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 3 A CLT utiliza o termo RESCISÃO para determinar qualquer hipótese de terminação do contrato de trabalho. RESILIÇÃO RESOLUÇÃO RESCISÃO CAUSAS DA RESCISÃO 4 OCORRE QUANDO UMA DAS PARTES OU AMBAS, RESOLVEM SEM JUSTO MOTIVO ROMPER O PACTO LABORAL. • DUAS SÃO AS HIPÓTESES: • Dispensa sem justa causa • Pedido de demissão RESILIÇÃO 5 • Tem natureza de direito potestativo, ao passo que depende unicamente do “E”, sem justa causa. • A dispensa é formalizada pelo aviso prévio, através do qual o “E” comunica ao “e” que não mais se utilizará de seus serviços a partir de tal dia. DISPENSA SEM JUSTA CAUSA 6 • Saldo de salário; • 13º salário proporcional; • Férias + 1/3 vencidas (se for o caso); • Férias + 1/3 proporcionais; • Aviso prévio; • Saque do FGTS + Indenização de 40%; • Seguro desemprego. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 2 7 • Se o “e” não pretende continuar a prestar serviços ao “E”, deve pedir demissão. • O pedido é formalizado através do aviso prévio, pelo qual o trabalhador pré-avisa o “E”, 30 dias antes da data em que pretende deixar o emprego, sua intenção de fazer cessar a prestação de serviços. • A cessação da prestação de serviços por parte do “e”, sem a respectiva comunicação ao “E”, configura abandono de emprego e não demissão. PEDIDO DE DEMISSÃO 8 • Saldo de salário (dias efetivamente trabalhados) • 13º salário proporcional; • Férias + 1/3 vencidas (se for o caso); • Férias + 1/3 proporcionais. 9 • O TÉRMINO DO CONTRATO OCORRE EM RAZÃO DE ATO FALTOSO PRATICADO POR UMA OU POR AMBAS AS PARTES. • “e” DISPENSADO POR JUSTA CAUSA (art. 482 CLT) SÓ TERÁ DIREITO AO SALDO DE SALÁRIO E À INDENIZAÇÃO DAS FÉRIAS NÃO GOZADAS + 1/3 CONSTITUCIONAL. • RESCISÃO INDIRETA • CULPA RECÍPROCA RESOLUÇÃO 10 • O “e” é subordinado juridicamente ao “E”, pode sofrer as seguintes sanções: advertência (verbal ou escrita), suspensão disciplinar e dispensa por justa causa. • A configuração da justa causa depende da comprovação de alguns requisitos: • Gravidade da falta • Imediatidade ou atualidade • Proibição do “bis in idem” JUSTA CAUSA 11 • Tipicidade • Não discriminação 12 Art. 482 CLT. Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: a) ato de improbidade; b) incontinência de conduta ou mau procedimento; c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço; d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena; Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 3 13 e) desídia no desempenho das respectivas funções; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) violação de segredo da empresa; h) ato de indisciplina ou de insubordinação; i) abandono de emprego; j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; 14 k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; l) prática constante de jogos de azar. Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional. 15 • Art. 158 CLT • Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: • b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecido pela empresa. 16 Art. 235-B CLT. São deveres do motorista profissional empregado VII. submeter-se a exames toxicológicos com janela de detecção mínima de 90 (noventa) dias e a programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica, instituído pelo empregador, com sua ampla ciência, pelo menos uma vez a cada 2 (dois) anos e 6 (seis) meses, podendo ser utilizado para esse fim o exame obrigatório previsto na Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, desde que realizado nos últimos 60 (sessenta) dias. 17 Parágrafo único. A recusa do empregado em submeter-se ao teste ou ao programa de controle de uso de droga e de bebida alcoólica previstos no inciso VII será considerada infração disciplinar, passível de penalização nos termos da lei. 18 • Art. 483 CLT. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: • a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato; • b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo; • c) correr perigo manifesto de mal considerável; • d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato; RESCISÃO INDIRETA Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 4 19 • e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama; • f) o empregador ou seus prepostos ofenderem- no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; • g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. 20 RESCISÃO INDIRETA • 1 – quando o “E” descumprir as obrigações contratuais. • 2 – quando houver a redução do trabalho por peça ou tarefa. 21 Na rescisão indireta, o “e” receberá a totalidade das verbas salariais, como se tivesse sido dispensado SEM JUSTA CAUSA. 22 • Ocorre quando tanto o “e” quanto o “E” cometem falta grave, tipificadas, respectivamente, nos artigos 482 e 483 da CLT. • Deverá ser reconhecido em JUÍZO. Neste caso, haverá DIVISÃO das verbas rescisórias. CULPA RECÍPROCA 23 Art. 484 CLT. Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de culpa exclusiva do empregador, por metade. 24 Súmula nº 14 do TST. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais. Saldo de salário e férias vencidas (direito adquirido) = Indenização FGTS? Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 5 25 • CORRESPONDE À RUPTURA CONTRATUAL DECORRENTE DE NULIDADE. • Súmula nº 363 do TST. A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. RESCISÃO 26 • TAMBÉM OCORRERÁ A RESCISÃO NOS CASOS DE CONTRATOS CUJO OBJETO ENVOLVA ATIVIDADE ILÍCITA. • OJ199 SDI-I TST. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. 27 • EXTINÇÃO DA EMPRESA • Pelo princípio da alteridade, os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao “E”. • Logo, extinta a empresa serão devidas aos obreiros todas as verbas atinentes à dispensa imotivada, além do respectivo aviso prévio (súmula 44 do TST).FORMAS ATÍPICAS DE TERMINAÇÃO 28 • Factum Principis • Art. 486 CLT. No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. 29 • Dispensa discriminatória • Súmula nº 443 do TST • Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego. 30 • Art. 477 § 1º CLT. O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão do contrato de trabalho, firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do Trabalho e Previdência Social. PAGAMENTO, QUITAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 6 31 • § 3º. Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a assistência será prestada pelo representante do Ministério Público ou, onde houver, pelo Defensor Público e, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz. 32 • § 7º. O ato da assistência na rescisão contratual (§§ 1º e 2º) será sem ônus para o trabalhador e empregador. • § 2º. O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente às mesmas parcelas. 33 • § 4º. O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. • § 5º. Qualquer compensação no pagamento de que trata o parágrafo anterior não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado. 34 • Art. 439 CLT. É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de dezoito anos dar, sem assistência dos seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida. 35 § 6º. O pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) até o primeiro dia útil imediato ao término do contrato; ou b) até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento. 36 § 8º. A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 7 37 Art. 467 CLT. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento). 38 39 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa Mário, empregado da Empresa X, foi despedido por justa causa por ter praticado ofensas físicas contra seu chefe. Ingressou com ação trabalhista contra sua ex-empregadora, mas não comprovou suas alegações de que agiu desta maneira por ter sido ofendido em sua honra por seu superior hierárquico, razão pela qual a sentença trabalhista manteve a justa causa aplicada como motivo da rescisão do contrato de trabalho. Neste caso, Mário terá direito, além do saldo de salário, a: 40 a) férias vencidas + 1/3 que já tinha adquirido. b) aviso prévio, 50% de 13º salário proporcional e 50% das férias vencidas + 1/3, sem direito ao saque dos depósitos do FGTS e da multa de 40%. c) todas as verbas rescisórias como dispensa sem justa causa, pois ofensas físicas contra seu chefe não se configuram como motivo de justa causa, estando errada a sentença proferida. 41 d) 13º salário proporcional e férias vencidas + 1/3, além do saque dos depósitos do FGTS, sem a multa de 40%. e) nenhuma outra verba rescisória, em razão da prática de conduta tipificadora da justa causa. GABARITO A 42 2015 – FCC - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Técnico Judiciário - Administrativa Katila, empregada da empresa Z, estava afastada de seu emprego em razão de uma doença cardíaca. Durante alguns meses Katila recebeu auxilio-doença previdenciário. Após 40 dias da cessação efetiva do benefício previdenciário, Katila ainda não retornou a seu emprego e não justificou o motivo de não retornar. Neste caso, conforme súmula do TST: Professor Luiz Antonio de Carvalho www.lacconcursos.com.br 8 43 a) o contrato de trabalho de Katila extinguiu-se após quinze dias da cessação do benefício previdenciário, prazo legal, para que a empregada retorne ao emprego. b) a empresa Z deverá aguardar o prazo legal de sessenta dias e somente após o decurso deste prazo poderá presumir o abandono de emprego. c) não haverá presunção de abandono de emprego, uma vez que a empregada estava recebendo benefício previdenciário, devendo a empresa Z convocá-la para retorno imediato ao trabalho através de prova escrita. 44 d) a empresa Z deverá aguardar o prazo legal de noventa dias e somente após o decurso deste prazo poderá presumir o abandono de emprego. e) presume-se o abandono de emprego e a empresa Z poderá rescindir o contrato de trabalho com justa causa. GABARITO E 45 2014 – FCC - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Administrativa Vera, empregada da empresa “A”, estando atolada em dívidas, informou levianamente a seu superior hierárquico que havia mudado de residência, apresentando novo comprovante falso, visando receber maiores vantagens a título de vale-transporte. A empresa “A” descobriu a atitude de sua empregada e rescindiu o seu contrato de trabalho por justa causa, em razão da prática de falta grave caracterizada por: 46 a) desídia. b) ato de incontinência de conduta. c) desídia e insubordinação. d) ato de improbidade. e) ato de indisciplina. GABARITO D 47
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