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Engenharia AmbientalNP1

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA
CAMPUS BRASÍLIA
D832 – ENGENHARIA AMBIENTAL
NP1
 
FRANKLIN CÉSAR ALVES DO NASCIMENTO 
RA: T133FF-3
TURMA: TT0S30
FINAL DE TUBO
INTRODUÇÃO
É um sistema em fase de declínio não deve impulsionar o crescimento já que há menos energia disponível. Por um ou outro meio, o sistema deve desenvolver-se para adaptar-se ao declínio. 
A ideia de produzir bens e serviços sem desperdícios deve fazer parte de nossas preocupações quotidianas. 
Às constatações de permanentes e variadas agressões ao ambiente podem ser associadas ao desperdício de energia e de recursos naturais. 
E, hoje, já se considera na mesma ordem de importância a conservação de matérias-primas não-renováveis, a conservação de energia e a minimização de resíduos. 
A prevenção à poluição e a reciclagem devem se tornar atitudes inerentes às atividades industriais.
Dos anos 90 até hoje, um grande número de ferramentas, como certificações ambientais, movimentos e campanhas foram criados em várias partes do mundo com o objetivo de consolidar conceitos como o de desenvolvimento sustentável, traduzindo-os em prática de gestão. 
Há cerca de duas décadas não se considerava, entre os problemas da engenharia, que questões ambientais se impusessem tão claramente como desafio para a sobrevivência das organizações e da própria sociedade em que elas estão inseridas. 
Estas ferramentas atendem às necessidades dessas organizações em diversas etapas de produção, contribuindo para processos de aprendizagem, auto avaliação, prestação de contas e incorporação de princípios de responsabilidade ambiental nas suas atividades.
Mediante o cenário econômico atual, onde as pessoas aspiram cada vez mais pelo “TER”, desfazendo de seus produtos de uma maneira muito rápida em função das opções ofertadas e pelo modismo da época em vigor, ocasiona consequentemente um aumento crescente no modelo chamado: capitalismo. Que tem como lema: produzir, e cada vez mais despertar e impulsionar os anseios e desejos dos consumidores ligados à cadeia. (TECHOJE, 2010).
O desenvolvimento do capitalismo deve ocorrer e as necessidades e desejos devem ser supridas, perfazendo desta maneira um vínculo entre a produção e consumidores. Porém a estrutura linear, produção – consumidor (sociedade) deveria ser substituída por um modelo triangular, pois o aspecto meio ambiente deveria estar conectado as duas referências. 
Desta maneira entenda-se que o desenvolvimento do capitalismo deveria ser compatível com as estratégias ecológicas de preservação do meio ambiente, afinal este é a fonte para os recursos naturais que irão abastecer os processos produtivos, para a confecção do produto final e em grande parte das situações será este mesmo meio ambiente.
Toda esta situação indica a necessidade imperiosa em discutir a fundo os modelos de desenvolvimento e de gestão vigentes e as consequências acarretadas a própria empresa, meio ambiente e sociedade, sendo estas uma condição para conceber outras formas ecologicamente equilibradas com o processo industrial. 
Segundo o Worldwatch Institute (2000), “As economias não serão suportáveis por muito tempo a menos que o ambiente natural que as sustenta o seja”. No entanto, para que o ambiente se suporte, é preciso promover uma relação mútua entre ambientalismo e crescimento econômico, propiciando o desenvolvimento sustentável, obtido a partir de uma redução dos impactos ambientais decorrentes principalmente de atividade produtivas (CAPRA, 2000).
É necessária uma nova visão que reestruture conceitos e busque aplicar tecnologias mais limpas nos processos produtivos das empresas, o que consequentemente irá gerar mais saúde ambiental, que por sua vez irá gera saúde social e por fim irá gera saúde econômica para o empreendimento, sendo este o motivo fim do mesmo existir.
Deve-se repensar o conceito de gestão ambiental aplicado às empresas, classificado como “fim de tubo”, pois este tornou-se impotente para lidar e reverter os problemas ambientais ocasionados com o desenvolvimento. É importante que a empresa adote em seu sistema de gestão o princípio de Prevenção da Poluição, como por exemplo, o programa Produção Mais Limpa - PML, sendo esta uma forma para equilibrar os pilares do Desenvolvimento Sustentável: desenvolvimento econômico, proteção ambiental e equidade social. 
METODOLOGIA
A adoção de metodologias de Prevenção de Poluição tem como finalidade fundamentar uma estratégia eficaz para evitar desperdícios de matérias-primas e energia, os quais seriam convertidos em resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, responsáveis por adicionar custos aos processos produtivos e gerar problemas ambientais, ocasionado consequentemente redução no resultado financeiro da empresa.
Prevenção à Poluição diz-se de qualquer prática, processo, técnica ou tecnologia que vise à redução ou eliminação de poluentes em volume, concentração e/ou toxicidade. Inclui substituição de matérias-primas; aumento de eficiência no uso de insumos (energia, água); modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos; reformulação ou replanejamento de produtos; melhoria nos gerenciamentos administrativos e técnicos da atividade poluidora. (MAZZINI, 2008).
Perante as metodologias de Prevenção de Poluição temos a chamada PML – Produção Mais Limpa.
Produção Mais Limpa significa a aplicação contínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios ambientais e econômicos para os processos produtivos. (UNIDO – United Nations for Industrial Development).
Em consonância com os acordos multilaterais estabelecidos na Rio 92, o conceito de Produção Mais Limpa foi definido conjuntamente pela Organização pelo Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (UNIDO) e pelo Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA) no início da década de 1990, como a aplicação contínua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços com o intuito de aumentar a eco eficiência e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente.
Por meio das metodologias e tecnologias de PL tem sido possível observar a maneira pela qual cada processo de produção pode se tornar mais limpo e mais eficiente, seja na economia de água, na redução da energia utilizada, na quantidade de matéria prima, ou ainda na geração intermediária ou final de resíduos. Hoje os desafios estão antes e depois do processo de produção, isto é, no eco design - no próprio desenho dos produtos, na substituição de materiais e nas embalagens.
Ao longo da última década, o conceito de PL foi ampliado devido às pressões de organizações não governamentais (ONGs), dos consumidores, da competição de mercado e de novos instrumentos de políticas públicas. Passou a incorporar novas variáveis, critérios e princípios incluindo as questões sociais que estavam relegadas em relação às ambientais. A evolução do conceito de PL levou à ideia de "Produção e Consumo Sustentáveis" (PCS), que reúne as duas pontas do processo produtivo com impacto direto na sustentabilidade.
Também contribuíram para isso as crescentes preocupações com o aquecimento global e outras evidências de que o atual paradigma na produção e no consumo está ultrapassando os limites da capacidade de suporte do nosso planeta. Além das variáveis já clássicas (redução no consumo de matérias primas, água e energia, além do tratamento dos resíduos) o conceito de PL passou a incorporar a ideia de que uma produção mais limpa é um padrão que emite menos GEE (Gases do efeito estufa). Uma nova literatura propõe que a produção mais limpa é a "produção de baixo carbono".
Com uma legislação cada vez mais restritiva à geração de externalidades, vem aumentando a preocupação com o pós-consumo dos produtos, isto é, quandoos mesmos não têm mais vida útil ou se tornaram obsoletos. Todos estes novos conceitos levam hoje o setor produtivo mais progressista ou mais competitivo a falar de ciclo completo dos produtos, ampliando significativamente os níveis de intervenção que busca maior sustentabilidade na produção de bens e serviços.
Assim, o conceito de PCS é mais que a soma das duas partes (produção consumo). Trata-se da aplicação de uma abordagem integrada entre produção e consumo, com vistas à sustentabilidade, entendendo-se que há uma relação de influência e dependência recíproca entre essas duas dimensões da ação humana; a produção afeta o consumo (por exemplo, por meio de design de produtos e dos apelos do marketing), mas também o consumo afeta a produção (por exemplo, na medida em que as escolhas dos consumidores influenciam as decisões dos produtores). Há inúmeros casos relatados na literatura corrente sobre o assunto que mostra o poder do consumidor. Casos de boicote a determinados produtos que poluem o meio ambiente ou causam danos à saúde levaram as empresas a processos corretivos bem-sucedidos. (MMA, 2017).
A Produção Mais Limpa apresenta um processo de melhoria contínua, o qual visa tornar a atividade produtiva menos danosa ao meio ambiente, tendo como mecanismo fundamental para realização das melhorias não apenas as tecnologias, mas também uma mudança de gestão da empresa e das pessoas envolvidas nos processos.
Dentre a mudança de gestão o foco é eliminar os tratamentos de resíduos e emissões gerados no processo produtivo, chamado “fim de tubo”, que para a empresa e meio ambiente é extremamente ineficiente, pois ocasiona o desperdício e perda das matérias-primas no processo e em seguida, o incremento do custo para a disposição dos resíduos gerado sem função do mesmo processo produtivo. 
A prioridade da Produção mais Limpa é a não geração do resíduo e emissões, por isso é importante levantar as causas da geração e atuar nas mesmas para maximizar o uso da matéria prima empregada nos processos produtivos e para garantir que realmente estas sejam transformadas em produtos, sendo um programa que integra completamente os objetivos ambientais aos processos de produção.
Uma vez que evitar a geração do resíduo não seja possível, o ideal é que o mesmo possa ser reciclado internamente, ou seja, reintegrados ao processo de produção, tendo como última opção o descarte deste resíduo para fora da empresa. Caso isto aconteça os receptores dos resíduos devem ser aptos e devidamente regularizados perante o órgão ambiental para receber os mesmos e dar disposição e tratamentos adequados, de modo a neutralizar e/ou minimizar qualquer impacto ambiental adverso.
Para a implementação da Produção Mais Limpa é importante o apoio da Alta Direção da empresa, para que este possa subsidiar e impulsionar o processo junto aos seus liderados, veja as etapas de implementação da P+L na figura a baixo.
Vantagens e benefícios alcançados com a Produção de Produção Mais Limpa para empresa, colaboradores, meio ambiente, sociedade são vários, dentre eles podemos ressaltar alguns:
- Redução de resíduos gerados e emissões;
- Reuso de resíduos de processo;
- Reciclagem de resíduos;
- Redução de desperdícios;
- Diminuição dos riscos de acidentes ambientais;
- Redução dos custos de produção e aumento da eficiência e competitividade;
- Melhoria das condições de saúde e segurança do colaborador;
- Melhoria da imagem perante aos órgãos ambientais, consumidores, fornecedores e a comunidade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que nesse tipo de abordagem, o tratamento e o controle dos poluentes ocorrem depois que estes são gerados. Mas, na maioria dos casos, os resíduos e emissões não são eliminados, mas somente transferidos de um meio para outro (por exemplo, da água para o solo).
Como não podemos parar o desenvolvimento econômico, é necessário adaptar o modelo do capitalismo vigente, onde as empresas precisam e com certeza continuaram a produzir, porém sendo necessário adotar medidas preventivas em relação ao meio ambiente, como a implantação da Produção Mais Limpa, até mesmo em resposta à responsabilidade financeira adicional trazida pelos custos de controle e dos tratamentos de final de tubo. 
BIBLIOGRAFIA
Site FIESP: acesso em 24/03/17
http://www.fiesp.com.br/ambiente/perguntas/producao-limpa.aspx
Site MMA: acesso em 24/03/17
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/do-conceito-de-pl-para-o-conceito-de-pcs
Site TECHOJE: acesso em 24/03/17
http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/929

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