Buscar

Max Weber. SLIDES PARA APRESENTAÇÃO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Max Weber
Curso Direito – FEATI/UNIESP
Prof.Ms. Flavia Wegrzyn Martinez
Biografia
1864 Nasce em Erfurt, na Alemanha, em 21 de abril. Filho de família de classe média alta teve uma educação voltada para as humanidades: educação secundária em línguas, história e literatura clássica.
1882-1889 Desenvolve estudos universitários em Heidelberg, Gottingen e Berlim nos campos da economia, história, filosofia e direito.
1889 Escreve sua tese de doutoramento sobre a história das companhias de comércio durante a Idade Média. 
1894 Torna-se professor de economia em Freiburg.
1898 Sofre depressão e deixa os trabalhos docentes
Biografia
1903 Volta à atividade na qualidade de co-editor do Arquivo de Ciências Sociais, publicação de referência no desenvolvimento dos estudos sociológicos na Alemanha.
1904 Publica ensaios sobre os problemas econômicos das propriedades dos Junker, sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 
1905 Parte para os Estados Unidos, onde pronuncia conferências e recolhe material para a publicação da segunda parte de A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 
Biografia
1910-1914 Redige Economia e Sociedade
1914 Durante a primeira guerra, como capitão do exército, administra 9 hospitais em Heidelberg.
1919 Profere conferências em Munique que serão publicadas em 1923 sob o título de História Econômica Geral.
1920 Morre em conseqüência de uma pneumonia aguda.
1922 Publica-se Economia e Sociedade.
Algumas obras centrais	
A ética protestante e o espírito do capitalismo (1904 e 1905)
Economia e sociedade (1922)
História geral da economia (1923)
Coletâneas publicadas no Brasil: 
Ensaios de sociologia (Gerth e Mills - Zahar, 1979)
Max Weber: Sociologia (Cohn – Ática, 1982)
Max Weber (Coleção ‘Os Pensadores’ – Abril Cultural, 1980)
Contexto da obra
Meados do século XIX: início do estudo científico dos fatos humanos. 
Triunfo das ciências naturais (ruptura com a Idade Média – triunfo da razão – homem senhor de si e da natureza).
Disputa metodológica.
Contexto da obra
Duas correntes de pensamento nas ciências sociais nascentes: 
Positivistas: abordagem dos fenômenos humanos como nas ciências naturais, busca da explicação (tradição empirista inglesa e utilitaristas do século XIX). Bacon (1561-1626). Hume (1711-1776), Comte (1798-1857) e Durkheim (1858-1917).
Antipositivistas: afirmavam a peculiaridade dos fenômenos humanos, busca da compreensão, sentido e não da relação causa e efeito. Para eles a ciência natural (relação sujeito/objeto) difere das ciências humanas (relação sujeito/sujeito). Tradição no idealismo filosófico alemão: Hegel (1770-1831), Windelband (1848-1915), Dilthey (1833-1911), Weber (1864- 1920)
Contexto da obra
“Ciências da natureza” e “ciências do espírito”: diferenças estabelecidas na relação entre o pesquisador e a realidade pesquisada
Dilthey: “nós explicamos a natureza, enquanto compreendemos a vida da mente”.
Sociologia weberiana
Diagnóstico/problemas da modernidade:
Marx
Alienação
Durkheim
Anomia
“ausência ou a deficiência da organização social”
Weber
Racionalização
Objetivo da sociologia
Diferentemente da sociologia de Durkheim, não consiste em explicar os fatos sociais. 
A sociologia de Weber tem como objetivo captar as conexões de sentido da ação humana (compreender). 
Conhecer um fenômeno social seria extrair dele o conteúdo simbólico da ação ou das ações que o configuram. (Pergunta chave: qual o sentido [importância] que o ator dá a sua conduta? O foco deixa de ser a causa estrutural, para ser o sentido)
Objetivo da sociologia
	“[...] se agora sou sociólogo, então é essencialmente para pôr um fim nesse negócio de trabalhar com conceitos coletivos. Em outras palavras: também a Sociologia somente poder ser implementada tomando-se como ponto de partida a ação do indivíduo ou de um número maior ou menor de indivíduos, portanto de modo estritamente individualista quanto ao método” (Weber em uma carta ao economista Robert Liefmann em 1920). 
O objeto da sociologia 
“É uma ciência voltada para a compreensão interpretativa da ação social e, por essa via, para a explicação causal dela no seu transcurso e nos seus efeitos” (Weber)
O objeto da sociologia é o fenômeno social que se configura pela ação humana (e essa assume diferentes configurações).
 
O objeto da sociologia
Ação: modalidade de conduta (ato, permissão, omissão) à qual o próprio agente associa um sentido subjetivo e que orienta essa ação.
Ação social: O sentido atribuído pelo sujeito as suas ações faz sempre referência ao comportamento dos outros, orientando-se por esse comportamento.
Sentido: manifesta-se em ações concretas e que envolve um motivo sustentado pelo agente como fundamento da sua ação (Cohn)
Sentido é mais em relação ao objetivo visado na ação. 
Relação social: probabilidade de que uma forma determinada de conduta social tenha seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade (ex. amizade, concorrência econômica).
O objeto da sociologia
Weber distingue 4 tipos de ação social:
Ação racional: É definida de acordo com os objetivos esperados
Ação racional com relação aos valores: baseada em uma disposição entre metas e expectativas. Movida por valores; a própria ação é importante.
Ação afetiva ou emocional: baseada em sentimentos e emotividade.
Ação tradicional: Assentada nos costume, práticas aprendidas.
O objeto da sociologia
Weber quer saber as linhas que vão ser percorridas ao longo do exercício da ação, que é a busca de objetivos que estão no agente, não são dados de fora .
As múltiplas linhas de ações se entrelaçam por roteiros que são percorridos por n agentes com suas metas e que se cruzam (tecido social) 
Uma imagem: Weber se preocupa mais com o movimento da aranha do que com a arquitetura da teia 
Sociedade: uma rede de relações com alguma estabilidade.
Método interpretativo
Weber define ciência como um campo “racional”, devendo-se separar a análise científica da ação política ou do julgamento de valores (observação rigorosa é, portanto, essencial). 
Entretanto, o entendimento dos fenômenos sociais não pode ocorrer da mesma maneira que nas ciências naturais (é necessário um método específico). 
Os fenômenos sociais têm uma regularidade causal, mas tal regularidade não pode ser expressa em leis imutáveis como nas ciências naturais. Ele defende a utilização de tipos ideais, que servem como referências analíticas em comparação com a realidade (valor heurístico).
Método interpretativo
O tipo ideal não descreve um curso concreto de ação, mas um desenvolvimento normativamente ideal (curso de ação possível). 
O uso do tipo ideal é diferente das generalizações científicas (leis), pois não pretende explicar, mas servir de referência para a análise e compreensão do real.
O tipo ideal não é falso nem verdadeiro, mas válido ou não válido, de acordo com a sua utilidade para a compreensão do fenômeno. 
A sociologia Weberiana e o estudo da sociedade moderna 
Weber faz um contraponto à visão marxista, segundo a qual o capitalismo surge na Europa apenas por conseqüência de condições eminentemente econômicas. 
Para ele, o que faz emergir o capitalismo é uma mudança de valores (ética) que ocorre no final da Idade Média (secularização). 
O capitalismo traz em si uma ética particular por meio da qual ganhar dinheiro passa a ser uma expressão da virtude. Mais tarde essa transição dará margem ao fenômeno da racionalização do mundo. 
A sociologia Weberiana e o estudo da sociedade moderna
Weber veicula o capitalismo à ética protestante, mostrando que essa nova forma de pensar e agir trazida pela Reforma será essencial para criar as condições necessárias ao advento do capitalismo. 
A ética racional do lucro torna-se legítima e, mais do que isso, passa a regular as várias esferas da vida (quebra da magia, desencantamento do mundo).
Sociologia econômica
Ciência econômica lida com a ação econômica, definida por seu significado
subjetivo: desejo de utilidades (e não ‘satisfação das necessidades’ para poder incluir a busca do lucro).
Sociologia econômica analisa ação econômica social, ou seja, ação econômica que leva em conta o comportamento de outros (cliente, concorrente, ordem legal, política e religiosa).
Em comum: tipo ideal e individualismo metodológico.
Sociologia econômica
Visão pluralista do ator econômico.
O ator econômico moderno é essencialmente um ator racional com relação aos fins.
No entanto, há necessidade de levar em conta também as outras formas da ação social na esfera econômica.
 Os motivos que levam o operário a trabalhar todos os dias podem ser:
racionais com relação aos fins (salário)
tradicionais (costume de trabalhar)
racionais em valor (ética do trabalho).
* * *

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Outros materiais