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Tributario

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SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CREDITO TRIBUTARIO
1.Conceito- O crédito tributário está sujeito a diversos fenômenos, após constituído várias possibilidade jurídica surge com ele, e a primeira é a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
A partir do momento que o fisco tem pronto um CT, nasce pra ele então a prerrogativa de cobrar, então o CT trás inerente a ele a possibilidade de cobrança que é a exigibilidade, que pode ser cobrado pelo fisco, acontece que em determinada situações, ainda que o CT esteja constituído e perfeito o credor vai estar impossibilitado de cobrar que é a suspensão da exigibilidade do crédito, sendo situações nas quais a exigibilidade do crédito tributário fica paralisada ficando impossibilitado de ser cobrado. As situações de exigibilidade está prevista no Art. 151 CTN
2. Momento essas cláusulas podem ser verificada a sua suspensão podendo acontecer antes ou depois da constituição do crédito. O CT esta sujeito a ter sua cobrança paralisada antes ou depois de sua constituição
 3. Obrigações acessórias
Essa suspensão afeta as obrigações acessórias? O CT envolve a obrigação principal que é a de pagar, e a acessória é de fazer ou não fazer. Desse modo essa suspensão não abrange as obrigações acessórias, a suspensão só abrange o dever de pagar que é a principal. (Art. 151 PU).
4. Rol das causas 
Quais são as circunstância que não deixa o fisco cobrar o devedor. 
Esse Rol é previsto no Art. 151 do CTN. São 5 situações: Moratória, Depósito, Reclamações 
4.1 Moratória- deve ser concedida por lei do ente político competente para a instituição de tributo, significando dilação do prazo para pagamento do crédito.
a) Conceito
É o período sem pagamento. Quando se concede uma moratória, significa que o prazo para pagamento aumentou, vamos lá que o tributo vença em 11/02 e concederam uma moratória de 60 dias e então será pago em 11/04, a moratória é o aumento no prazo para pagamento do tributo.
b) Formas de Concessão- Como a moratória é concedida? Moratória para que seja concedida precisa de Lei, sendo um instituto regido pelo principio da legalidade. Essa Lei pode vir de duas formas: Em algumas situações a Lei concede esse prazo maior diretamente, sem a necessidade de que faça requerimento, ela simplesmente diz que fica dilatado o prazo, quando isso acontece chamamos de moratória de caráter geral, então a lei estabelece o prazo da moratória e os tributos que estarão abrangidos. A segunda seria que pode acontecer que a Lei da Moratória coloque alguns requisitos e condições que precisam ser demonstrada pelo interessado para conseguir essa moratória, ou seja, nas seguintes condições que o devedor deve provar. Pra quem esse devedor deve provar? O interessado em ter mais prazo para pagar deve fazer um requerimento para a autoridade tributária para verificar se você preenche os requisitos exigidos, caso não comprove os requisitos, não se enquadrando, então você não vai receber a moratória, a doutrina chama esse instituto de moratória individual. Mas se por acaso eu me enquadro, só que ainda sim a autoridade tributária negou a moratória, então na concessão da moratória não há de se falar em discricionariedade administrativa, mas caso se negue a medida é um Mandado de Segurança para conseguir. 
c) Legitimidade Quem pode conceder? É o credor, ou seja, aquela pessoa jurídica que cobra o tributo. Se o tributo é da união, ela então concede a moratória, assim acontece com Estado e Município.
A moratória heterônoma (Art. 152, B CTN) - se por acaso a UNIÃO conceder moratória dos tributos dela para obrigação de direito privado, então se paralisa tudo, essa alínea autorizaria que a união também concederia moratória dos Estados e Municípios, só que essa alínea é antiga. Isso aqui não foi recepcionado pela CF, pois afronta. 
O CTN se preocupou em trazer requisitos mínimos para a concessão de moratória, o que essa lei teria que conter? Previstos no Art. 153, 
I- sendo o prazo a mais que vai ter para pagar o tributo, 
II- o que o interessado tem que comprar para conseguir a moratória individual
a- quais tipos de tributos que aplica a isso 
b- quando se aumenta o prazo para pagamento de tributo e se estabelece um parcelamento, a moratória pode fazer isso.
c- prerrogativa que a lei da moratória pode estabelecer, ou seja, se dá mais prazo para pagar, só que ai tem que apresentar uma garantia, normalmente um bem fica em garantia, a lei pode trazer essa exigência.
d) Abrangência
Essa moratória pega somente os créditos do momento da lei, ou também dos créditos anteriores? O CTN trás a regra no Art. 154, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituído ou a data da lei ou despacho que a conceder. Desse modo só abrange os CT que já estão em aberto, ou seja, já existem ou estão em processo para surgir. Ex: um prefeito faz uma moratória de parcelamento de IPTU antigo.
e) Exclusão - Art. 154 Pu
O CTN procura coibir ilicitudes, temos a situação em que o devedor pode ser excluído da moratória, ou seja, retirado dele essa moratória. Desse modo se o devedor agiu com dolo, má fé, então se perde a moratória. Ex: Se trás na moratória documentos falsos, então se perde a moratória. Ai caso perca, o tributo vem com juros, multa... 
 f) Revogação - Art.155 CTN
são situações que o contribuinte perde a moratória, mas nem sempre por culpa do contribuinte. Imagine quando a Moratória foi proferida e ai foi pro superior dele e entenderam estar errado, então aconteceu erro da Administração, desse modo a Adm. tira, afirmando o equívoco. Pode acontecer também de que se cumpriu os requisitos certo, só que ao longo do tempo você saiu das condições da moratória, não cumprindo mais os requistos, EX: imagine o caso de ICMS para empresa que fatura X, na época do requerimento preenche os requisitos e passa um tempo a empresa começa a faturar X+10 então está saindo dos requisitos, saindo da condição da moratória. 
 Nas situações em que não há dolo, fraude, pode acontecer duas coisas: 
I- com penalidade pois houve dolo
II- sem penalidade pois não teve culpa.
4.Rol das causas suspensivas
b)Deposito – artigo 151, inc II- Conceito: é uma causa suspensiva do credito tributário, por meio do qual o suj passivo discordando o debito, efetua o dep. de seu montante integral como meio de evitar a respectiva cobrança pelo fisco, enquanto não forem esgotadas as possibilidade de discussão cabíveis. Ex. certa situação o contribuinte não concorda], sabemos q qdo temos a divida contra vc se não fizer nada pra suspender a dividia vai estar em aberto e será cobrado. O dep. É uma oportunidade do devedor de discutir a divida, de questionar + sem ter contra si o efeito da exigibilidade ativa. O dep vc efetua não porq concorda + sim porq não quer o cred tributário. Pois vc tem discussão adm. Se efetuar dep seja ela adm ou judicial vc evita do fisco cobrar, e a vantagem, EX. consegue certidão. Vc dep porque discorda. Não pode confundir o dep de causas suspensivas com outro dep. Esse dep é ato voluntario. Pra se poupar de cobrança tributaria
-Integralidade- Esse depósito tem que ser do montante integral, sendo o montante que a administração considera e não o qual eu acho. Sendo o valor da notificação. 
-Procedimento- pode ser deposito ainda na esfera administrativa ou também quando leva a discussão para o âmbito judicial. Os depósitos normalmente é feita de forma bem livre, podendo ser efetuada quando se está em discussão administrativa ou também quando se leva a discussão para o âmbito judicial. Ex: Imagine que perdeu na esfera administrativa, mas você ainda está inconformado, então ou você entra com ação anulatória do lançamento, ou mandado de segurança, ação cabível conforme o caso. Então pra evitar uma execução fiscal você deve depositar. Esse depósito é através de uma guia, então a discussão vai se desenvolver. 
-Destinos- tem dois destinos, se você ganha a briga o dinheiro volta pra você o juiz expede alvará, já no caso de perda o dinheiro vai para o fisco. 
c)Reclamaçõese recursos artigo 151, inciso III- fase contenciosa- no âmbito federal tem um decreto lei que regulamenta isso Lei 70235, em cada estado ou município pode ser que exista normas próprias, município também pode ter lei própria, precisa olhar na lei de cada estado e município para ver qual é prazo das reclamações e recursos. Nessa situação a exigibilidade acontece pq o credito não esta constituído integralmente pois somente teve uma fase. Na esfera administrativa não precisa fazer deposito ela já suspende. 
d)Liminares- são tratada nos incisos do artigo 151, inciso IV e V- quando se esgota na esfera administra pode começar na esfera judicial, no caso do juiz não der a liminar poderá fazer o deposito.
e)Parcelamento- artigo 151, inciso VI- essa ideia é equivalente ao parcelamento normais, pega o montante do debito e fraciona a quitação dele ao determinado período de tempo, é uma espécie de moratória. É matéria sujeita a matéria legal, o Estado e União pode parcela, desde que exista uma lei especifica.  
são modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário: concessão de medida liminar ou tutela antecipada e depósito do montante integral.
EXTINÇAO DO CREDITO TRIBUTARIO – desconstitui o CT
1.Conceito- liberando este ultimo do dever de satisfazer o credito tributário. O CT é o vínculo entre o fisco e o devedor pelo meio do qual o fisco pode cobrar a importância devida. A extinção do crédito é a quebra desse crédito, onde o Estado te libera do dever de pagar, é o rompimento do vínculo jurídico havido entre fisco e o sujeito passivo, liberando este ultimo do dever de satisfazer o CT. Além do pagamento, existe vários meios de extinguir o CT.
2.Meios artigo 156- existem vários outros meio para extingue o credito tributário. Além das opções do Ar. 156 a doutrina trás uma pergunta interessante, se olhar esse rol do Art. 156 se dá falta de outros meios extintivos do Direito civil. Seria a confusão, que seria quando se reúne na mesma pessoa a qualidade de credor e devedor da dívida Ex: se tem um imóvel em SAP, e acontece que o município está procurando um lugar pra colocar um departamento, então a prefeitura Compra essa casa, mas tem imposto atrasado, mas ai quem compra passa a ser devedor, então o município passa a ser devedor deste tributo. 
Tem outra corrente que defende que esse Art. é taxativo, sendo somente o que está no Artigo. 
Prevalece a primeira corrente, onde se aplica a confusão. 
3.Subsistencia da Obrigação Tributaria- Em Direito Tributário, obrigação e crédito são realidade bem diferentes, sendo institutos separados. Acontece que podem ocorrer situações em que o CT pode ter sido extinto, mas aquela obrigação que o gerou permanece integra, muito embora o CT ser extinto, só que a obrigação tributária está inteira, então se a obrigação tributária está vigente surge um novo crédito tributário. 
4. meios extintivos
a)Transação
-Conceito- equivale ao acordo, previsto no artigo 156, inciso III, é o acordo. São as concessões mutua e recíprocas em que as partes têm com a finalidade de prevenir ou por fim a um litígio.
-Tratamento legal- artigo 171 CTN- Tem que haver previsão legal autorizadora, e é essa lei que vai trazer as condições que autorizariam essas transações. Cada ente tem por lei a faculdade de fazer ou não essa transação. Não tem transação preventiva de litígio, apenas aquela quando já existe um conflito entre o sujeito passivo e o sujeito ativo. 
b)Remissão
-Conceito- é um perdão da divida de maneira total ou parcial. 
-Situações autorizadoras- estão no art.172 CTN - 
- temos que ter lei de cada um dos entes autorizando que a autoridade tributária conceda o perdão de uma divida.
- os tributos cabem ao sujeito passivo informar a matéria de fato para a administração.
- a própria lei estabelece os tetos do que seria irrisório. 
- o ctn trouxe esse rol de situações em que o legislador escolhe uma delas e estabelece os parâmetros.
A remissão hoje é um negocio difícil de se praticar por causa da lei de responsabilidade fiscal, pois esta prevê balizas para os administradores.
Não se confunde com anistia uma forma de exclusão do credito tributário. 
c)Conversão do deposito em renda- inciso VI
-Contexto- acontece quando foi feito um depósito.
-Transito em julgado- exige o transito em julgado da decisão. Teoricamente tem que esperar esse transito em julgado para esse valor ir para os cofres públicos. Tributos no plano Federal Lei 9703/98 estabelece que se o contribuinte sagrar vencedor levanta o depósito por alvará. Se o ente publico vencer converte em renda. 
d)Pagamento antecipado e homologação do lançamento inciso VII- essa causa tem aplicação em tributos específicos, que são aqueles lançados para a homologação. Enquanto não há homologação o pagamento fica sobre causa suspensiva.
-Aplicação- 
e)Decisões- artigo 156, inciso 9 e 10- inciso 9 trata de decisões administrativas e inciso 10 decisões judiciais 
-Administrativa- lançamento tem a faceta de direito administrativo, podendo o sujeito passivo exercer o contraditório. Se em alguma instancia o sujeito passivo vencer, extingue o credito tributário. Tem que ser uma decisão que não pode mais ser alterada, ou seja, é irreformável
-Judicial- se o sujeito passivo não estiver satisfeito com o lançamento, enfim com o crédito tributário, pode ingressar no poder judiciário para obter uma decisão judicial favorável. Pode discutir hipótese de incidência, fato gerador, procedimento do lançamento, taxa de juros, critério de correção monetária, etc. a decisão judicial para extinguir o crédito tributário deve transitar em julgado.
f)Consignação em pagamento artigo 156, inciso VIII. 
-Conceito- é um procedimento judicial, destinada a possibilitar ao devedor pagar aquilo que ele deve, parte da ideia de que pagar não é somente um dever do sujeito passivo, mas também é um direito, sendo a forma pela qual o devedor se livra de uma obrigação. Se o devedor tem alguma dificuldade em pagar, é importante a consignação que tem índole processual destinada a proteger o sujeito de não ser mais devedor do fisco. 
-Cabimento- previsão no artigo 164. recusa de recebimento, subordinação do recebimento. Consigna a importância em juízo para ver pra quem ira pagar se é pro Município ou para a Uniao. 
g)Dação em pagamento
-Conceito- artigo 156, inciso XI- o credor aceita receber algo diverso do que foi pactuado. A dação em pagamento foi acrescentada no CTN com a emenda 104/2001. A regra de extinção do crédito tributário é em dinheiro. Porem pode ocorrer dação em pagamento com bens imóveis. Deve acontecer na forma estabelecida em lei, enfim cada ente tem que ter lei própria autorizando dação em pagamento. No ano de 2016 foi regulamentada a dação em pagamento no âmbito federal (união). Pode ter dação em pagamento parcial, enfim parte em dinheiro e parte em imóvel. Divida de tributo do simples não cabe dação em pagamento. O imóvel que porventura foi dado em dação em pagamento, deve estar livre de ônus.
-Tratamento Legal- Lei 13.259/16. 
h)Compensação
-Conceito- artigo 156, inciso II- a origem é o direito privado. É conhecido com o encontro de contas. Há uma reciprocidade entre credor e devedor. Sou credor em relação a uma obrigação e devedor em relação à outra obrigação. Só pode ser efetuada existindo lei para compensação. Cada ente dentro de uma esfera deve editar lei 
-Previsão Legal- artigo 170 CTN- é necessário a lei, pode estabelecer condições e certos requisitos para acontecer. -LEI FEDERAL 8383/91: essa lei fala sobre a compensação de tributos lançados por homologação da união. Só pode compensar tributo das mesmas espécies, ou seja, tem a mesma destinação constitucional e são administradas pelo mesmo ente. EX: não pode compensar credito do imposto de renda com credito de IOF são produtos com finalidade diferente, agora se for de importação e exportação a finalidade constitucional é a mesma. 
-Sumulas 212 e 213, do STJ- a Sumula 213 versa sobre a compensação requerida por mandado de segurança. A Sumula 212 afirmaque a compensação não pode ser deferida liminarmente.
i)Pagamento -Conceito- : é o meio direto de extinção de uma obrigação com a entrega de um respectivo objeto. Para pagar não necessita de lei autorizadora por ser um meio direto. Esta previsto nos artigos 157 a 163 e 165 a 169. O fato de ter sido multado não afasta a obrigação de pagar um tributo
-Presunção- esta prevista no art.158. No direito civil quando se paga uma parcela se presume que tenha pago as parcelas anteriores. Em tributário essa presunção não se aplica. Pode ter pago o valor do tributo X, mas o pagamento desse tributo não significa que tenha quitado outros débitos em relação a aquela fazenda publica. Ex: paguei o IPTU de 2017. O fato de ter pago este, não se presume que tenha pago o de 2016. 
-Local- esta previsto no art.159. Repartição competente do domicilio do sujeito passivo (fazenda publica credora). Se o devedor é o estado deve-se ir à agencia estadual, aplicando-se também o mesmo caso quando se tratar de municípios. Atualmente o pagamento de tributos é feito em instituições bancárias credenciadas. Ex: IPTU – prefeituras, IPVA – receita estadual
-Prazo-esta prevista no art.160. É uma regra subsidiária. Quando a legislação não fixar data, o prazo é de 30 dias contados da notificação do sujeito passivo.
- descontos: em tributário pode existir desconto por pagamento antecipado, porém não se consegue negociar com liberdade, dependendo de lei e deve ser feitas dentro das condições que a lei estabelece, não tendo as partes autonomia para isso. Rui Barbosa nogueira diz que essa concessão não pode ser uma ferramenta de intimidação do contribuinte.
-Mora- está prevista no art.161. Se não pagar o tributo no vencimento está sujeito a juros e penalidades pecuniárias. Os juros são calculados a taxa de 1% ao mês se a legislação do tributo não tiver algo diferente. Esse percentual não é aplicado hoje nos tributos federais. Tem usado muito essa cobrança por meio da taxa selic (sistema especial de liquidação de custódia). Consulta tributaria é o procedimento administrativo por meio do qual o contribuinte pode sanar as suas duvidas a respeito da maneira correta de se pagar um tributo. Se chegar o vencimento e eles não responderem, não há incidência de juros daquele período correspondente. Ex: na pendência da conduta o contribuinte não é penalizado por multa. A consulta é protocolada antes do vencimento. A consulta não é instrumento de postergação de tributo
-Repetição de indébito- esta prevista no art.165. É a restituição daquilo em foi pago indevidamente. É possível na situação em que pagou indevidamente o tributo, buscando esse valor de volta. É a vedação do enriquecimento sem causa, não podendo o fisco rete-lo, restituindo para a pessoa que pagou o tributo. Em direito tributário não é preciso provar o vicio de vontade. Nossa vontade é irrelevante. Basta provar que o tributo pago era indevido. Esse tributo pode se apresentar de duas formas: ou pagou sem dever absolutamente nada ou pagou a mais do que devia. Esse valor é pedido de volta, seja ele total ou parcial, na mesma proporção em relação o valor das multas e dos juros. Se a multa for relativa por descumprir a obrigação acessória, não pede de volta.
- tributos indiretos: está no art.166. Os mercados, lojas já cobram os tributos. O devedor de ICMS é o estabelecimento comercial. O dinheiro sai do bolso do consumidor. Se a loja está pagando ICMS a mais, somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo. Ocorre diariamente. São tributos embutidos nas parcelas em que compramos.
- prazo: esta previsto no art. 168. O direito de pleitear extingue-se com o decurso do prazo de 05 anos a contar: situações de pagamento indevido ou erro de identificação do sujeito passivo. Se você questiona e perde e depois paga. Mesmo insatisfeito continua reclamando e somente La na frente tem essa rescisão. Quando o tributo é declarado inconstitucional pelo supremo, requer-se o dinheiro de volta. Essa declaração de inconstitucionalidade exerce alguma influencia no prazo? O STJ entendeu que essa data de declaração de inconstitucionalidade é desnecessária para fins de contagem desse prazo. A lei complementar 118/2005 passou a estabelecer que para os tributos lançados por homologação a extinção se da com o pagamento, ou seja, não seria necessário esperar os 05 anos. 
-Ação anulatória: esta prevista no art. 169. Prescreve em dois anos. Se você pedir a restituição pela via administrativa e for negada, ai você quer anular essa decisão, para essas situações o prazo é de 02 anos. Pela via judicial o prazo é de 05 anos. O prazo de prescrição é interrompido pelo inicio da ação judicial. Recomeçando seu curso por metade a partir da data da intimação. A prescrição intercorrente é a situação em que o processo fica inerte por culpa da própria parte.
DECADENCIA E PRESCRIÇÃO ARTIGO 156, INCISO V CTN
a)Aspectos Gerais- a extinção de direitos provocada pela decadência e prescrição foram classificadas como meio extintivo do credito tributário. 
Na decadência o direito que desaparece é o direito de se constituir o credito tributário e para a fazenda publica essa constituição acontece por meio do lançamento. A decadência É uma forma de extinção em decorrência da perda do direito da fazenda publica fazer o lançamento. 
Prescrição é uma idéia do direito civil, sendo a situação de quando o direito está prescrito, não podendo o titular ajuizar a ação para requerer esses direitos. Na prescrição o problema está no ajuizamento da ação, no qual o fisco já tem o credito tributário, mas o devedor não satisfez esse credito, podendo o credor buscar as vias judiciais, como a execução fiscal. O credito já está constituído, o devedor não terá pago e o fisco irá executar. Se o fisco não ajuizar no prazo legal, estará prescrito. 
Decadência e prescrição em âmbito tributário são matérias que só podem ser tratadas por lei complementar. A sumula vinculante nº08 declara inconstitucional os artigos 45 e 46 da lei 8212/91. Essa lei é a de custeio da previdência social. O prazo decadencial é fixado na lei, não se admitindo que por meio da vontade das partes se aumente ou diminua. Em tributário temos suspensão e interrupção, sendo diferente do direito civil. 
 
b)Prazo decadencial e sua contagem
-Tipo de lançamento de oficio e declaração, segue a regra do art.173, inciso I. Será contado do primeiro dia do exercício seguinte aquele que o lançamento poderia ter sido efetuado. Ex: FG em 29/03/1. TERMO INICIAL – 01/01/19. O ultimo dia de o fisco fazer esse lançamento será em 31/12/2022. A decadência é um problema anterior a prescrição. Por homologação artigo 150, §4º 
-Situações especiais
1. art.173, inciso II. Aqui é uma regra diferente nos casos de anulação do lançamento por vicio formal. Nós tivemos um lançamento só que ele foi anulado por um vicio formal. Daí surge para o fisco à prerrogativa de lançar novamente. Essa discussão é feito administrativamente ou judicialmente. Para realizar esse segundo lançamento, será contado no prazo de 05 anos da decisão que anulou o primeiro lançamento. Ex: FG aconteceu em 2017 e o lançamento em 2018, com a decisão em 2018, tendo até 2033 para lançar um fato que aconteceu em 2017. Recomeço de contagem é hipótese de interrupção de prazo decadencial.
2. art.173, parágrafo único. Aqui temos um termo inicial diferenciado. São as situações em que o fisco toma alguma medida fiscalizatória em relação ao sujeito passivo, sendo a data dessa notificação considerada como termo inicial dessa decadência. Ex: FG em 04/05/17. O termo inicial começa em 01/01/18 pela regra do inciso I. A decadência seria em 01/01/23. Pela regra do parágrafo único temos as seguintes situações: notificação em 20/08/17, sendo também classificada como termo inicial, tendo como decadência o dia 20/08/2022. A doutrina sustenta que se aplica a regra mais benéfica para o contribuinte. O STJ entendeu que a regra do parágrafo único sempre se aplica independentemente do momento que se inicia a fiscalização. RESP 766/050da primeira seção.
c)Decadência no lançamento por homologação: tem regra diferente. Aqui o contribuinte tem o dever de informar ao fisco e efetuar um pagamento. Ex: quando o contribuinte entrega essa declaração o STJ entende que essa já constitui o credito tributário (sumula 436). Se essa declaração está correta não temos o problema de decadência. Nesse caso o fisco tem que ver o pagamento. Se não foi pago inscreve em divida ativa e executa. Se tiver um problema na declaração como falsidade, omissão de informações etc. nesse caso se você esta diante de uma declaração com dolo, isso não serve para formar crédito tributário e diante dessa fraude o fisco deverá lançar de oficio. Se não houve fraude na declaração será usado a regra do art.150,§4º que diz; se a lei não fixar prazo será Ele de 05 anos a contar da ocorrência do fato gerador. Se essa declaração for parcial e ausente de dolo, conta-se o prazo do próprio fato gerador, salvo se comprovada a ocorrência de fraude, dolo ou simulação.
-Tese dos “cinco mais cinco “hoje não se aplica mais, mas foi entendimento do STJ por quase 10 anos. Era cinco + cinco porque era praticada de maneira cumulativa entre os artigos. Nas situações em que o pagamento não tivesse ocorrido, não tinha o que homologar. Nesse caso o fisco lançaria de oficio somando mais 05 anos
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d)Prazo prescricional e sua contagem -Em âmbito tributário o legislador enquadra isso à perda do próprio direito de credito, ou seja, do próprio credito tributário. A cobrança de credito tributário tem uma ação especifica que é a execução fiscal. O fisco vai perder o prazo para ajuizar a execução fiscal no prazo que ele tem para isso. Essa inércia provoca a prescrição e extingue o próprio credito tributário. O prazo prescricional é de 05 anos que é contado a partir do momento em que o tributo é vencido e não pago, ou seja, ao momento em que o fisco pode cobrar ou ajuizar a execução fiscal (art.174 do CTN). A partir do momento que o procedimento de discussão está acabado ou pronto, nesse momento temos a constituição definitiva pela via do lançamento. O contribuinte também pode constituir o credito tributário pela declaração. A partir do momento que o credito tributário está pronto, ai sim surge à prescrição. A decadência ocorre a partir do fato gerador até a formação do crédito tributário. O prazo entre a constituição definitiva e o ajuizamento da execução fiscal é de 05 anos. 
-Interrupção: esta prevista no art. 174, § único. A prescrição se interrompe: pelo despacho do juiz a que ordenar a citação em execução fiscal/ pelo protesto judicial/ por qualquer ato judicial que constitua em mora ou devedor/ por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
e)Suspensão do prazo prescricional
f)Prescrição intercorrente em matéria tributaria. é quando ação já esta proposta. Nas situações em que o processo fica paralisado pela inércia das partes. Essa prescrição é possível em uma execução fiscal. Se o fisco ficar inerte temos a prescrição intercorrente. Uma vez ajuizado a ação não pode ficar paralisada. Arquivada a execução fiscal quando não se consegue buscar os bens do devedor, depois de 01 ano começa a fruir essa prescrição intercorrente. É quando a Fazenda Pública fica inerte por mais de cinco anos, deixando de impulsionar o processo.
EXCLUSÃO DO CT- impede que CT surja. 
1.Definição na exclusão teremos situações em que a constituição do crédito tributário será impedida. Temos a HI, FG E A OT. Após isso temos uma barreira que impede que o crédito se constitua. A rigor a Decadência seria uma causa de exclusão. Temos duas modalidades (art.175) isenção e anistia: a isenção e a anistia não afeta as obrigações tributárias acessórias. Mesmo diante dessas situações, só vão afetar a obrigação tributária principal essa terá que cumprir. 
2.Isençao a)Conceito é uma modalidade de exclusão do credito tributário, provocando a impossibilidade do fisco constituir contra a pessoa o credito tributário. Na isenção temos uma situação que é o seguinte: nos temos a lei que tributa os fatos. Na lei que concede a isenção, ela vai pegar alguns fatos da lei tributante e tirar esses fatos da hipótese de incidência. Ex: temos a lei do IPVA e temos também na lei situações de isenção como portadores de deficiência física ou veículos com mais de 20 anos. Esse é o mecanismo da isenção. Ela é um fenômeno que acontece no plano legislativo, como a lei que tributa e a lei que isenta. Tem efeitos para o futuro a norma isentiva. 
b)Classificação pode ser absoluta ou relativa. Absoluta é quando abrange todos os tributos de um determinado ente. A relativa vai abranger apenas algumas espécies tributárias. Uma isenção pode ser condicionada ou simples. Na condicionada os efeitos somente serão verificados diante da ocorrência de determinada evento futuro, situações onerosa. Na simples é concedida em qualquer necessidade do sujeito passivo, ou seja, é isento e pronto. Temos a isenção por prazo indeterminado ou determinado que são aquelas que durarão em um determinado espaço de tempo. Podem ser ampla ou regional. O critério é o território desse ente que esta concedendo a isenção, sendo para todo o território ou apenas a algumas partes do território, não podendo violar o principio da isonomia. Quanto a sua concessão Podem ser concedida em caráter geral e caráter especifico. A geral vai decorrer da lei sem a necessidade de provar a sua situação de enquadramento para a autoridade tributária. A especifica tem a previsão legal só que o interessado precisa fazer um requerimento e provar que se encaixa na situação isentiva. Quanto aos elementos definidores as isenções podem ser objetivas, subjetivas ou mistas. A objetiva é aquela que a lei leva em conta simplesmente o objeto e os fatos. A subjetiva é aquela que é estabelecida em função de características da pessoa, ou seja, do próprio contribuinte. A mista é quando se exigem aos dois. Reúne as características de ambas sejam pessoais ou relativos aos fatos. Quanto ao ente que concede, podem ser autônoma ou heterônoma. Autônoma é aquela que a lei isentiva é emanada do próprio ente que é o titular dos tributos. A heterônoma é quando a lei prove de um ente diferente que é o titular do tributo. Essas são vedadas.
c) Abrangência esta prevista no art. 177. A isenção não abrange ou afeta taxa e contribuições de melhoria. Será abrangido apenas os impostos. A lei isentiva não será aplicada aos tributos constituídos posteriormente a sua concessão. Tributos que surgirem depois não são abrangidos pela lei.
d)Revogabilidade em regra a isenção pode ser revogada por um ente. Exceto teremos algumas isenções que uma vez concedidas não podem ser revogadas. Art. 178. Se a isenção é temporária, não pode ser revogada. 
O principio da anterioridade não serve para revogação, somente para a criação. Não se aplica a anterioridade em revogação de isenção.
e) Isenção X Imunidade X Não incidência-são situações diferentes, muito embora o efeito pratico dela são equivalente, Isenção - quando parcela da HI é retirada, Imunidade- é a CF que fala não tributa aqui, Incidência- FG que não é gerador

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