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3. Hipotálamo

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Fisiologia do 
Sistema 
Regulador 
 
 
 
Prof: Mauro Duarte 
HORMÔNIOS 
 Hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas 
do sistema endócrino ou por neurônios especializados. 
 
 São de extrema importância para o controle do funcionamento 
do corpo humano. 
 
 Vários hormônios são produzidos em nosso corpo, sendo que 
cada um possui um efeito específico. 
HORMÔNIOS 
 Fisiologistas Ernest Starling e William Bayliss, ambos 
britânicos, que identificaram as substâncias denominadas 
hormônios, em 1902. 
 
 São produzidos pelo próprio organismo, em glândulas ou 
tecidos especializados, e são derivados de proteínas, 
lipídios, glicídios, etc. 
Do Grego HORMAO 
Estímulo 
Movimento 
HORMÔNIOS 
 Os hormônios atuam nas células e o efeito é resultado das 
respostas celulares. 
 
 Possuem função reguladora ou homeostática, integram os 
diversos sistemas do organismo, desenvolvimento, reprodução 
e crescimento de órgãos do corpo e ajudam outros hormônios 
em sua funções, além de alterar a permeabilidade celular, eles 
podem alterar a atividade de enzimas e liberação de outros 
hormônios. 
Funções 
Centro Regulador Hipotalâmico 
 Hipotálamo é a parte do diencéfalo relacionada ao controle de funções 
viscerais, endócrinas e autonômicas, e com o comportamento afetivo. 
 
 Localização na parte central do cérebro, protegida pela calota craniana. 
 
 Corresponde a uma pequena área no SNC responsabilizada por fenômenos 
vitais dentro do organismo animal e, dada a sua importância, 
evolutivamente foi privilegiada pela sua localização na parte central do 
cérebro, protegida pela calota craniana. 
 
 O hipotálamo se estende da região do quiasma óptico à margem caudal dos 
corpos mamilares. 
 
Hipotálamo 
Corpos mamilares 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
 1 - Regulação da Adenohipófise 
 
 2 - Regulação da Diurese e "Descida do Leite"=> a partir da liberação de 
ADH e Ocitocina 
 
 3 - Controle do Sistema Nervoso Autônomo 
 
 4 - Regulação da temperatura por estímulo local 
 
 5 - Regulação do sono (Posterior) e Vigília (Anterior) 
 
 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
 6 - Regulação da fome (hiperfagia = ventromedial, Afagia = Lateral) 
 
 7 - Regulação da sede (osmorreceptores locais) 
 
 8 - Controle do comportamento e das emoções (indiferença, fobia, 
agressividade etc...) 
 
 9 - Ação regulatória indireta sobre o funcionamento da Tireóide, Adrenal, 
Gônadas, Gls. mamárias. 
 
 10 - Neurotransmissão nervosa auxiliar 
 
 
Centro Regulador Hipotalâmico 
 É responsável pelo comando da endocrinologia em geral, exercendo sua 
ação direta sobre a hipófise e indireta sobre outras glândulas: adrenal, 
gônadas, tireóide, mamárias, e ainda sobre vários tecidos orgânicos 
(muscular, ósseo, vísceras) pois possui células sensíveis aos níveis 
circulantes de esteróides, glicocorticóides, T3, T4, e outros hormônios. 
 
 Capaz de regular a secreção destes através de um mecanismo de feed 
back negativo. 
 
 O hipotálamo é o principal centro subcortical de regulação de atividade 
simpática e parassimpática. 
 
 
 
Centro Regulador Hipotalâmico 
 Exerce atividade sobre a regulação do sono, do metabolismo de 
açucares e gorduras, regula a temperatura corporal e o balanço 
hídrico. 
 
 Funções complexas como as emoções e reações afetivas estão sob 
controle do hipotálamo e suas conexões com o sistema límbico. 
 
 Estes controles são contínuos durante toda a vida do indivíduo e 
fundamentais para a sobrevivência. 
 
 Centro Regulador Hipotalâmico 
 Anatomicamente e funcionalmente pode ser dividido em duas porções: 
• Anterior e Posterior 
 Cada porção por sua vez apresenta uma série de áreas e núcleos que são 
responsáveis por funções fisiológicas determinadas. 
 
 
 
Controle simpático/parassimpático: 
 As regiões anterior e medial do hipotálamo regulam a função 
parassimpática. 
 
 O estímulo desta áreas hipotalâmicas determina a vasodilatação 
periférica, aumento do tônus e da motilidade vesical e do trato 
digestivo. 
 
 As regiões lateral e posterior do hipotálamo regulam a função 
simpática. 
 
 
 Quando estas áreas do hipotálamo são estimuladas, observam-se 
as respostas de combate ou fuga típicas da reação simpática: 
 
 Piloereção, taquicardia, vasoconstricção, sudorese, dilatação 
pupilar, aumento da pressão sanguínea e da frequência 
respiratória, e inibição dos movimentos peristálticos viscerais. 
 
Controle simpático/parassimpático: 
Relação com o sono: 
 A substância reticular ativadora (SRA) projeta fibras para o tálamo e 
para o córtex, fibras estas que em seu trajeto passam pela porção 
posterior do hipotálamo. 
 
 Diversos experimentos mostram que estimulação do hipotálamo 
posterior em animais em vigília levam ao sono profundo, mas isto 
provavelmente se deve às conexões do tálamo que por ali passam. 
 
 Parece não haver um centro de vigília hipotalâmico próprio, mas 
lesões a nível de hipotálamo posterior danificam as projeções 
aferentes da SRA, levando ao coma. 
 
Controle da fome: 
 O hipotálamo regula a ingestão de alimentos através de dois centros: 
 
 Centro da fome [lateral, no núcleo do leito do feixe medial do cérebro 
anterior em sua junção com as fibras pálido-hipotalâmicas] 
 
 A estimulação do centro da fome induz à conduta de comer e sua 
destruição leva a severa desnutrição por anorexia. 
 
Controle da fome: 
 O hipotálamo regula a ingestão de alimentos através de dois centros: 
 
 Centro da saciedade [localizado no núcleo ventro-medial]. 
 
 Estimulação do centro da saciedade leva à conduta de cessar o ato de 
alimentação e a destruição deste centro leva à hiperfagia e obesidade. 
Controle da fome: 
 Estes centros não trabalham alternadamente. 
 
 O centro da alimentação está sempre ativado e pode ser inibido pelo 
centro da saciedade. 
 
 O centro da saciedade é ativado quando os níveis de glicose em suas 
células for elevado. 
 
 Quando os níveis de glicose forem baixos, as células são inibidas e o 
centro da fome passa a exercer sua função. 
 
Controle da fome: 
 O sistema límbico também exerce um papel no controle da fome. 
 
 Nos casos de lesão dos núcleos amigdalóides do sistema límbico, os 
animais apresentam hiperfagia [mais discreta do que em lesões do 
hipotálamo], porem perdem o critério da escolha de alimentos e 
ingerem alimentos deteriorados e diversos materiais e objetos. 
 
 Animais hiperfágicos costumam apresentar também alterações de 
comportamento do tipo agressividade. 
Controle da fome: 
 Outros fatores também colaboram no ato da alimentação em seres 
humanos, dificultando assim o estudo puro dos centros 
controladores da fome são: visão e olfação, contrações peristálticas 
do estômago vazio, gasto energético com exercícios, fatores 
culturais, situações de ansiedade, recuperação pós-enfermidades e 
cirurgias etc. 
Controle da sede: 
 A região do controle da ingestão de líquidos se localiza no hipotálamo 
lateral e as células são chamadas osmoreceptores pois reagem à pressão 
osmótica dos líquidos que as cercam. 
 
 Lesões ou estimulações de certas áreas do hipotálamo levam à alteração 
da ingestão de líquidos sem que haja qualquer alteração na ingestão de 
alimentos sólidos. 
Controle da sede: 
 As células do centro da sede apresentam um abundante suprimento 
sanguíneo e a osmolaridade plasmática é o maior fator regulador daingestão de água. 
 
 O núcleo paraventricular e principalmente o núcleo supraóptico do 
hipotálamo sintetizam, transportam e liberam a vasopressina (hormônio 
anti-diurético, ADH) e a ocitocina. 
 
 Nesta região do hipotálamo as células osmorreceptoras respondem 
rapidamente a situações de desidratação (hiperosmolaridade sanguínea) 
e hiperhidratação (hipoosmolaridade), ajustando a produção de ADH. 
Controle da sede: 
 Quando o ADH alcança o rim, aumenta a ação facilitatória sobre a 
reabsorção de água nos túbulos contornados distais e coletores. Na 
ausência de ADH, maior diurese aquosa ocorre. 
 
 Outro fator que regula a ingestão de água é a secura da mucosa 
faríngea. Mesmo com lesão do centro da sede que determina adipsia, um 
animal ingerirá pequenas quantidades de água para obter alívio desta 
secura. 
Controle da Temperatura: 
 A regulação da temperatura corporal é mediada principalmente pelo 
hipotálamo através das áreas de produção, conservação e dissipação de 
calor. 
 
 Os sistemas enzimáticos do corpo tem necessidades estritas de 
temperatura para optimização de sua função. 
 
 
 
 O corpo humano, assim como os de outros animais 
homeotérmicos, não apresenta variações de 
temperatura de acordo com o ambiente, mas sim de 
acordo com suas situações específicas. 
 
Controle da Temperatura: 
 Nos seres humanos o controle da temperatura é bastante rígido. 
 
 A temperatura corporal varia 0,2 °C durante o dia e a temperatura 
visceral fica em média 0,5 °C maior que a temperatura da pele e as 
extremidades são mais frias que o resto do corpo. 
 
 Alguns fatores ambientais e pessoais podem mudar a temperatura 
corporal [ex, ingestão de alimentos quentes ou frios, épocas do ciclo 
menstrual, exercícios, temperatura ambiente etc], mas estas mudanças 
geralmente são pequenas e ocorre um rápido ajuste às variações 
fisiológicas pelo hipotálamo. 
Controle da Temperatura: 
 A temperatura se mantem estável graças ao equilíbrio entre a produção 
e perda de calor pelo corpo. 
 
 A produção de calor se dá principalmente pela ingestão de alimentos e 
pela contração dos músculos esqueléticos. 
 
 Adrenalina e noradrenalina produzem um aumento fugaz da 
temperatura corporal. 
 
 Tiroxina (hormônio tireoidal) produz um aumento mais duradouro. 
Controle da Temperatura: 
 A gordura marrom, encontrada em crianças e em diversos animais, é 
produtora de grandes quantidades de calor devido à intensidade de seu 
metabolismo. 
 
 
 A perda de calor se dá quando a 
temperatura ambiente está abaixo da 
temperatura corpórea. 
 A pele determina, em grande parte, a 
quantidade de calor ganha ou perdida. 
 Dependendo do fluxo de sangue para a pele, 
mais ou menos calor é perdido das partes 
internas do corpo. 
Controle da Temperatura: 
 Como a quantidade de pelos no corpo é pequena, usamos roupas para 
complementar a proteção para evitar perdas de calor. 
 
 A camada de ar aprisionada entre a pele e as roupas também é um 
importante isolante térmico. 
 
 A cor das roupas pode também ser considerada 
devido ao fator de calor irradiado pela luz. 
 
Controle da Temperatura: 
 A perda de calor pela pele se faz continuamente através da sudorese. 
 
 Perda de água de 50ml/hora nos seres humanos. 
 
 
 
 
 A evaporação de 1g de água retira cerca de 0,6kcal de calor. 
 Em caso de exercícios extenuantes, a sudorese pode atingir até 
1600ml/hora, determinando uma perda calórica de mais de 
900kcal/hora. 
 
 A perda desta água depende da 
evaporação do suor, que por sua vez é 
dependente da umidade do ambiente. 
Controle da Temperatura: 
 Para diminuir a perda de calor, os indivíduos assumem posições como 
"enrolar como uma bola", e apresentam tremor involuntário e aumento 
dos movimentos voluntários. 
 
 
 
 As respostas reflexas ativadas pelo frio são regidas pelo hipotálamo 
posterior [ex, tiritar de frio] e as respostas para o calor são 
determinadas pelo hipotálamo anterior [ex, vasodilatação periférica e 
aumento da sudorese]. 
 
Controle da Temperatura: 
 Febre é uma reação do organismo a substâncias pirogênicas, geralmente 
liberadas de células sanguíneas como resposta à infecção. 
 
 Num indivíduo febril, os mecanismos termorreguladores reagem como se 
tivessem sido reajustados, e apenas a febre acima de 43 °C pode ser 
considerada como nociva para o organismo, podendo levar à morte por 
lesão cerebral. 
 
 Hiperpirexia pode ser um sintoma de um tumor na região 
do hipotálamo anterior, de meningeomas supraselares e 
complicação de cirurgia desta área cerebral. 
Causas da Febre: 
 Entre as causas da febre, é importante destacar: 
 
 Infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas 
 Doenças do sistema nervoso central (hemorragias, traumatismos, 
tumores cerebrais) 
 Neoplasias (câncer de fígado, rins, intestinos, linfomas, leucemia), 
 Doenças cardiovasculares (infarto, tromboflebite, embolia pulmonar) 
 hipertireoidismo 
 Alguns tipos de hepatite e de doenças reumáticas, etc. 
Controle da Temperatura: 
 Na hipotermia os processos metabólicos e fisiológicos ficam retardados. 
 
 Há diminuição da frequência cardíaca e respiratória, da pressão arterial 
e do nível de consciência. 
 
 O ser humano tolera temperaturas de 24-28 °C e a diminuição da 
atividade metabólica e hemodinâmica produzida por esta condição pode 
ser usada com finalidade terapêutica [Ex, cirurgia cardíaca e trauma de 
crânio]. 
HIPÓFISE ou PITUITÁRIA 
 A Hipófise está localizada na base do cérebro em uma depressão óssea 
chamada de "sela túrcica", e envolvida quase totalmente pela dura-
máter. 
 
 
HIPÓFISE ou PITUITÁRIA 
 A Hipófise coordena o funcionamento das demais glândulas, porém 
não é independente, obedece a estímulos do hipotálamo. 
 
 É formada de três partes: 
 Hipófise anterior ou Adenohipófise 
 Hipófise intermediaria 
 Hipófise posterior 
 
 A atividade das células hipofisárias e a emissão de seus hormônios no 
sangue estão sob o controle de centros nervosos situados no 
hipotálamo. 
HIPÓFISE ou PITUITÁRIA 
 As relações entre as duas estruturas se faz por intermédio de 
substâncias químicas: os fatores de liberação, ou “releasing 
factors”, secretados por alongamentos de células 
especializadas do hipotálamo. 
 
 Dos sete hormônios produzidos pela adeno-hipófise, quatro 
exercem sua ação por intermédio de uma outra glândula 
endócrina. 
HIPÓFISE ou PITUITÁRIA 
 
 
HIPÓFISE ou PITUITÁRIA 
 
 
Adenohipófise 
REGULAÇÃO DA ADENOHIPÓFISE 
 Em 1905, Popa e Fielding descreveram uma relação vascular entre o 
hipotálamo e a hipófise. 
 
 Muitos anos após, Houssay (fisiologista argentino) demonstrou que 
tal vascularização se dirigia do hipotálamo para a hipófise e a partir 
daí os estudos acabaram por demonstrar o que hoje se conhece 
como sistema hipotalâmico-porta-hipofisário. 
 
 Tal sistema tem como finalidade conduzir certas substâncias do 
hipotálamo para a hipófise no sentido de controlar a hipófise. 
 
REGULAÇÃO DA ADENOHIPÓFISE 
 Essas substâncias, até então de natureza química desconhecida, foram 
chamadas de Fatores de Liberação (R.F = Releasing Factor) e tinham como 
finalidade estimular a hipófise anterior (adeno-hipofise). 
 
 Hoje se sabe que tais fatores são hormônios e podem ter caráter 
estimulante ou inibidor. Por essa razão passaram a ser chamados de 
Hormônios de Liberação (RH = Releasing Hormone) oude Inibição (IH = 
Inhibitting Hormone), dependendo de sua ação sobre a secreção das células 
hipofisárias. 
 Os hormônios controladores da hipófise são uma forma especial de integrar 
os sistemas nervoso e endócrino, dando origem ao que se denominou 
Neuroendocrinologia. 
 FATORES E HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS 
HORMÔNIO 
HIPOTALÂMICO 
NOME HORMÔNIO 
HIPOFISÁRIO 
AÇÃO 
GnRH Hormônio Liberador de 
Gonadotrofina 
FSH/LH Ação sobre testículos e 
ovários 
TRH Hormônio Liberador de 
Tireotrofina 
TSH Ação sobre a Tireóide 
CRH Hormônio Liberador de 
Corticotrofina 
ACTH Ação sobre a córtex da 
adrenal 
GHRH Hormônio Liberador de 
GH 
SOMATOTROFINA Ação sobre o 
metabolismo em geral 
GHRIH Horm.Inibidor da 
Liberação do GH 
 
PRF Fator Liberador de 
Prolactina 
PROLACTINA Ação sobre glândulas 
mamárias 
PIF Fator Inibidor da 
prolactina 
 
MSHRF Fator Liberador de MSH MSH Ação sobre os 
melanóforos 
Neurotransmissor 
MSHIF Fator Inibidor de MSH 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 A adenohipófise produz hormônios essenciais ao crescimento, ao 
metabolismo geral e à reprodução, garantindo a sobrevivência da 
espécie. 
 Ela produz pelo menos seis hormônios: 
 GONADOTROFINAS (sexuais) 
 Estas substâncias estimulam as gônadas [testículos e ovários] a 
produzirem células reprodutoras. 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 HORMÔNIO TIREOTRÓFICO (TSH) 
 
 Estimula a glândula tireóide e participa no metabolismo orgânico, no 
aproveitamento da água, do iodo, do cálcio, do fósforo, dos açúcares, 
das gorduras, das proteínas e das vitaminas. 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓFICO 
 
 O hormônio adrenocorticotrófico [ACTH] é o ativador da parte externa 
da glândula supra-renal, vital no controle da água, sais e outros 
elementos e regula produção e secreção de cortisol. 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 O HORMÔNIO SOMATOTRÓFICO (STH) ou HORMÔNIO DE CRESCIMENTO 
(GH) 
 
 O sexto hormônio, o somatotrófico, ou hormônio do crescimento, 
estimula o crescimento de todos os tecidos do corpo e também tem 
grande importância no aparecimento do diabetes. 
 Embora o ganho de altura seja o melhor efeito conhecido do GH, o 
hormônio também assiste muitas outras funções metabólicas: 
 O GH aumenta a retenção de cálcio e aumenta a mineralização dos 
ossos; aumenta a massa muscular; induz a síntese de proteínas e o 
crescimento de vários órgãos do corpo. 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 O HORMÔNIO SOMATOTRÓFICO (STH) ou HORMÔNIO DE 
CRESCIMENTO (GH) 
 
 Estimula o sistema imunológico e tem um papel na homeostase de 
energia do organismo: ele reduz o consumo de glicose por parte 
do fígado, que é um efeito oposto ao da insulina. 
 
 Aumenta a utilização de gorduras e inibe a captação de glicose 
plasmática pelas células, aumentando a concentração de glicose 
no sangue (inibe a produção de insulina, predispondo ao 
diabetes). 
 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 O HORMÔNIO SOMATOTRÓFICO (STH) ou HORMÔNIO DE 
CRESCIMENTO (GH) 
 
 Também contribui para a manutenção e funcionamento 
das ilhotas pancreáticas; tende a promover lipólise, que 
resulta em alguma redução do tecido adiposo (gordura 
corporal) e no aumento de ácidos graxos livres e glicerol 
na corrente sanguínea. 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 O HORMÔNIO SOMATOTRÓFICO (STH) ou HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) 
 
 AÇÕES: 
 Promove o crescimento linear (IGF1) 
 Aumenta glicemia e diminui sensibilidade à insulina 
 Aumenta lipólise 
 Aumenta síntese proteica. 
 REGULAÇÃO: 
 Aumento: Sono, exercício físico, hipoglicemia, 
 Diminuição: Hiperglicemia, corticóides, obesidade, hipotireoidismo 
ADENOHIPÓFISE OU HIPÓFISE ANTERIOR 
 O HORMÔNIO SOMATOTRÓFICO (STH) ou HORMÔNIO DE CRESCIMENTO (GH) 
 
HIPÓFISE INTERMEDIÁRIA E O HORMÔNIO 
MELANOTRÓFICO 
 Estimulam a pigmentação da pele (aceleram a síntese natural de 
melanina) e a síntese de hormônios esteróides pelas glândulas 
adrenal e gonadal. 
 
 Ainda interferem na regulação da temperatura 
 corporal, no crescimento fetal, secreção de 
prolactina, proteção do miocárdio em caso de 
isquemia, redução dos estoques de gordura corporal. 
HIPÓFISE POSTERIOR ou NEUROHIPÓFISE 
 Localiza-se no lobo posterior, sendo constituída por fibras 
nervosas desprovidas de mielina (desmielinizadas) e por células 
da neurologia. 
 
 Os hormônios neurohipofisários são: 
 Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH), ambos 
produzidos no hipotálamo e armazenados no lobo posterior da 
hipófise, que controla o equilíbrio hídrico do organismo. 
 
 Atua sobre os rins, aumentando a retenção de água pelo corpo e 
a concentração de íons e, consequentemente, elevando a 
pressão arterial. 
 
 
HIPÓFISE POSTERIOR ou NEUROHIPÓFISE 
 A Ocitocina age na musculatura lisa da parede do útero, 
facilitando a expulsão do feto e da placenta. 
 Estimula os músculos mamários para facilitar a libertação do 
leite materno; 
 Desenvolve apego e empatia entre pessoas; 
 Produz parte do prazer do orgasmo; 
 Produzir medo do desconhecido. 
 
 
CENTROS DE REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
E DA EMOÇÃO 
 No tronco encefálico estão localizados vários núcleos de 
nervos cranianos, viscerais e somáticos. Ativando-se essas 
estruturas ocorrem estados emocionais, resultando diversas 
manifestações como: o choro, alterações fisionômicas, 
sudorese, salivação, aumento do ritmo cardíaco. 
 
 Além de sua participação nos fenômenos emocionais, estas 
áreas relacionam-se também com comportamentos ligados às 
necessidades básicas do organismo tais como a sede, a fome e 
o sexo, importantes para a preservação do indivíduo e da 
espécie. 
CENTROS DE REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
E DA EMOÇÃO 
 As áreas encefálicas que regulam o comportamento 
emocional também regulam o sistema nervoso autônomo, 
assim, as emoções se expressam através de manifestações 
viscerais [choro, aumento de salivação, eriçar de pelos em 
um gato com raiva] e são acompanhadas de alterações da 
pressão arterial, do ritmo cardíaco e respiratório. 
 
 Torna-se claro também que muitos distúrbios emocionais 
graves resultam de afecções viscerais, 
 sendo um exemplo clássico o caso das 
 úlceras gástricas e duodenais. 
 
 
CENTROS DE REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
E DA EMOÇÃO 
 A hipófise é muitas vezes marcada nas tradições como o 
“Terceiro Olho”. 
 Inúmeras obras de arte sacra e crenças místicas indígenas 
representam essa marca entre as sobrancelhas, na testa, 
assim como todas as religiões reconhecem sua importância 
espiritual. 
 Esta nobre glândula governa também a memória, a sabedoria, 
a inteligência e o pensamento. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Endocrinologia. I. Lipner, Harry. – São Paulo: Edgard Blücher, 
Ed. Da Universidade de São Paulo. 
 GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Fisiologia humana e mecanismo das 
doenças. Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1997 
 CONSTANZO, L. Fisiologia. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2012.

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