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Ética, Legislação e Exercícios de enfermagem
Prof. Cristiano Saldanha
Aula - revisão 06 a 10
Ao final dessa aula, você será capaz de:
1- Relacionar os aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem com a prática assistencial nas Resoluções 1456/2014 e 299/2005
2- Estudar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem na Resolução 223/99;
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Com a expansão da Enfermagem, tornou-se necessário um código de ética e a sanção de leis que norteiem a categoria. 
Em primeiro lugar, levou-se em consideração o direito da população de receber assistência de enfermagem; mas também são considerados os interesses do profissional e de sua organização.
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Resolução COFEN 1456/2014
Lei 7.498/86
A Lei 7.498/86  descreve bem sobre o exercício profissional da Enfermagem: 
“compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços ao ser humano, no seu contexto e circunstância de vida".
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Resolução COFEN 1456/2014:
A primeira resolução que veremos nessa aula é Resolução COFEN 225/2000:
RESOLUÇÃO COFEN Nº 225/2000.
Que dispõe sobre o cumprimento de prescrição medicamentosa/ terapêutica a distância.
Art. 1º               Art. 2º               Art. 3º
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Resolução COFEN 1456/2014 - Dispõe sobre cumprimento de Prescrição medicamentosa/Terapêutica à distância.
O Plenário do Conselho Federal de Enfermagem-COFEN, no uso das suas atribuições legais e regimentais, em cumprimento ao deliberado na ROP 282;
CONSIDERANDO ser dever profissional, cuidar do cliente sob nossa responsabilidade, oferecendo ao mesmo uma Assistência de Enfermagem segura e livre de riscos;
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Art. 1º - É vedado ao profissional de Enfermagem aceitar, praticar, cumprir ou executar prescrições medicamentosas/ terapêuticas oriundas de qualquer profissional da área de saúde, através de rádio, telefonia ou meios eletrônicos, onde não conste a assinatura dos mesmos.
Art. 2º. Não se aplica ao artigo anterior as situações de urgência, na qual, efetivamente, haja iminente e grave risco de vida do cliente.
Art. 3º - Ocorrendo o previsto no artigo 2º, obrigatoriamente deverá o profissional de Enfermagem elaborar relatório circunstanciado e minucioso, onde devem constar todos os aspectos que envolveram a situação de urgência, que o levou a praticar o ato vedado pelo artigo 1º.
RESOLUÇÃO COFEN 1456/2014 - antiga COFEN Nº 225/2000 - 
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RESOLUÇÃO COFEN-299/2005 – Revogada pela RESOLUÇÃO COFEN Nº 371/2010.
Dispõe sobre indicativos para a realização de estágio curricular supervisionado de estudantes de enfermagem de graduação e do nível técnico da educação profissional
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Estágio extra-curricular pelos acadêmicos nos hospitais
 Ex: de procedimento de 
 enfermagem
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Assistência a gravidez
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Amparo do enfermeiro
Esta ocasião deve ser encarada pelos profissionais de enfermagem como uma excelente oportunidade para a manutenção preventiva de saúde.
Assistência á gestante 
Ausculta ao BCF – batimento cardio-fetal
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 Resolução COFEN-223/99 
Dispõe sobre a atuação de Enfermeiros na Assistência à Mulher no Ciclo Gravídico Puerperal. 
O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso de suas atribuições legais e regimentais; 
CONSIDERANDO o que dispõe o artigo 5º, XIII, da 
Constituição da República Federativa do Brasil; 
CONSIDERANDO o que dispõe a Lei nº 7.498/86, inciso I, alíneas "l" e "m", c/c as alíneas "g", "h", "i", e "j", do inciso II, e ainda o disposto no parágrafo único, todos do art. 11; 
 CONSIDERANDO a resultante das discussões ocorridas nos trabalhos integrados entre o COFEN e a Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstetras - ABENFO Nacional; 
CONSIDERANDO deliberação do Plenário na 279ª Reunião Ordinária, e tudo o que mais consta do PAD COFEN nº 56/94; 
RESOLVE: 
Art. 1º - A realização do Parto Normal sem Distócia é da competência de Enfermeiros, e dos portadores de Diploma, Certificado de Obstetriz ou Enfermeiro Obstetra, bem como Especialistas em Enfermagem Obstétrica e na Saúde da Mulher; 
Art. 2º - Compete ainda aos profissionais referidos no artigo anterior: 
a) assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; 
b) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; 
c) execução e assistência obstétrica em situação de emergência. 
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Episiotomia 
Episiorrafia
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Gravidez ectópica ou tubária
Mola hidatiforme
Aborto espontâneo 
Diabetes gestacional
Hipertensão gestacional
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Hipertensão gestacional
 Ética, legislação 
e exercício de enfermagem
Prof. Cristiano Saldanha
Aula 7
Nesta aula, você irá:
 1- Estudar o Código de Ética dos Profissionais de
 Enfermagem na Resolução 358/2009;
2- Relacionar os aspectos éticos e legais do 
 exercício profissional da Enfermagem com a 
 prática assistencial nas Resoluções 389/2011 e 
 292/2004.
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Lei COFEN COFEN 389/2011 e Processo de enfermagem
A resolução COFEN 358/20 estabelece a disposição sobre a sistematização da assistência de Enfermagem e a implantação do processo de enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências.
Foram importantes na operacionalização do processo de enfermagem:
A transformação dos conceitos da consulta de enfermagem ao longo dos tempos;
A evolução da sistematização da assistência de enfermagem.
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Processo de Enfermagem
	
Coleta de dados 
(ou histórico)
Exame Físico 
Diagnóstico (NANDA)
Planejamento
Implementação (NIC)
Avaliação (NOC) ou resultados esperados
Processo de Enfermagem
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Resolução 389/2011
A Resolução 389/2011 fixa como especialidades de Enfermagem, de competência do enfermeiro, as nominadas a seguir:
Especialidades materno-infantil (assistência de enfermagem a criança e ao adolescente)
Especialidade em Emergência
Atendimento pré-hospitalar – ambulância 
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Especialidade Obstétrica – assistência de enfermagem a gestante, parturiente e binômio mãe e filho; 
Banco de leite humano- normalmente inserido nas maternidades públicas e privadas;
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Enfermaria de Clínica cirúrgica – setor de pós-operatório – tratamento de paciente que realizaram cirurgia.
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Centro cirúrgico ou operatório – destinado a realização de cirurgias
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Enfermaria de Clínica médica – destinada ao tratamento de pacientes com distúrbios clínicos
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Resolução 292/2004
A resolução 292/2004 normatiza a atuação do Enfermeiro na Captação e Transplante de Órgãos e Tecidos. O profissional de enfermagem também precisa considerar os preceitos éticos e legais do seu exercício profissional no que se refere à Lei nº 7.498/86.
	Ao enfermeiro cabe o planejamento, execução, coordenação, avaliação dos procedimentos de enfermagem prestados para ao doador de órgãos/ tecidos. Este deverá notificar as centrais de captação e garantir ao responsável legal o direito e o dever de discutir com a família sobre a doação.
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 Ética, legislação 
e exercício de enfermagem
Prof. Cristiano Saldanha
Aula 8
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Relacionar os aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem com a prática assistencial nas Resoluções 300 a 304/ 2005.
2 - Resolução 301/ 2005 – Conceito
3 - Resolução 303/ 2005 - 375/2011
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	Resolução 375/ 2011 - Conceito
Dispõe sobre a atuação do profissional de Enfermagem no atendimento pré-hospitalar e inter-hospitalar.
Segundo o Ministério da saúde, o atendimento pré-hospitalar pode ser definido como a assistência prestada, em um primeiro nível de atenção, aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática e psiquiátrica, ocorridos fora do ambiente hospitalar, evitando sequelas e até mesmo a morte.
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Atendimento pré- hospitalar 
33Transporte aeromédico 
Resolução 301/2005
O CFE, no exercício pleno de sua profissão, estabelece a sua competência com a Lei nº 5.905/73, resolução 375/2011, que atualiza os valores mínimos da tabela de honorários de serviços de enfermagem. Fundamentado pelo 
Decreto-Lei 94.406/87, dispõe sobre a necessidade de normatizar a remuneração pelos serviços prestados à comunidade, acompanhando para isso os indicadores financeiros vigentes.
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Resolução 302/ 2005 - art. 5º
O art.5° diz:
A carga horária máxima para cada responsabilidade técnica, bem como o quantitativo de Certidão de Responsabilidade Técnica (CRT) que o profissional poderá requerer, será avaliado pelo COREN, devendo para tanto ser baixado um Ato Decisório específico, que será submetido ao COFEN para homologação.
Anotação da responsabilidade técnica
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Resolução 303/ 2005
Esta resolução do COFEN dispõe sobre a autorização para o enfermeiro assumir a coordenação como responsável técnico do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS).
 
Esta responsabilidade do enfermeiro é um desafio tanto para o profissional e para as instituições geradoras desses resíduos.
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Resolução 304/2005 – Conceito
A resolução dispõe sobre a atuação do enfermeiro na coleta de sangue do cordão umbilical e placentário
O profissional enfermeiro está centrado em questões relevantes, contemplando a bioética e práticas que permeiam suas ações construtivas e reflexivas que perpassam a dignidade humana. 
Neste cenário, o profissional constrói questões que direcionam o seu pleno exercício.
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coleta de sangue do cordão umbilical e placentário
Por quanto tempo as células-tronco do sangue do cordão umbilical podem ficar armazenadas?
O processo de armazenamento de células-tronco se faz em nitrogênio líquido, sendo esse processo denominado criogênese 
Até o momento, a mais antiga amostra de células-tronco de sangue do cordão descongelada tinha 15 anos e estava intacta. Outros tipos de células humanas preservadas com sucesso por criogênese mantêm-se viáveis por mais de 55 anos, inclusive células-tronco. Por isso, em tese, quando processadas corretamente, as células progenitoras podem ficar preservadas por décadas.
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Células tronco e benefícios
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Aspectos éticos e legais na pesquisa em Enfermagem e Biomédica
Prof. Cristiano Saldanha
Aula 9
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1- Avaliar a Resolução nº 466/2012 - Conselho Nacional de Saúde;
2- Relacionar os aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem com a prática assistencial nessa Resolução.
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Não há sombra de dúvidas que a pesquisa em saúde deve estabelecer conhecimentos que venham a contribui para o desenvolvimento da área. O objetivo é possibilitar aos profissionais alcançar todas as etapas do conhecimento acadêmico na sua trajetória acadêmica, dentro e fora da Universidade.
Divulgar uma pesquisa científica para alavancar e introduzir conhecimentos específicos é tarefa de responsabilidade moral de natureza de qualquer profissão. Porém, existem mais cobranças por parte dos enfermeiros, pelo fato de lidarem com vidas humanas. 
Há também a obrigação de lançar mão da pesquisa como instrumento para alcançar novos meios em ciências e métodos mais práticos, na tentativa de melhorar a prática assistencial da profissão.
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Pesquisa em Saúde
Resolução nº 466/12
A Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, traz em seu bojo a prerrogativa de se trabalhar com determinadas normas e diretrizes que de certa forma dão sustentação à pesquisa em saúde.
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Grupo de pesquisadores
Locais de pesquisa
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O que significam vulnerabilidade e grupos vulneráveis?
É quando um determinado grupo se encontra em risco por ter um poder aquisitivo bem inferior ao seu grau educacional ou não apresenta nenhuma condição de ofertar suas condições espontâneas mediante a sua participação ou vinculação de um estudo em que foi pesquisado.
Exemplos de grupos vulneráveis: clientes com transtornos mentais, em coma e detentos.
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Importância do Consentimento livre e esclarecido – 
O consentimento esclarecido é um processo pelo qual os pesquisadores asseguram que os sujeitos das pesquisas serão informados sobre os riscos potenciais, desconfortos, incômodos e benefícios de participarem de um estudo, além de seu direito de não participar.
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Ética e pesquisa em Enfermagem
Dois documentos simples orientam e ordenam o desenvolvimento das normas e códigos de ética na investigação da biomedicina e da saúde:
Código de Nuremberg
Surgiu na Segunda Guerra Mundial (1947)– seus aspectos éticos envolvem a experimentação com seres humanos
Declaração de Helsinque ((1964 e suas versões posteriores de 1975, 1983 e 1989)
Trabalha as diferenças do ambiente terapêutico e não-terapêutico, que delineiam os aspectos norteadores da pesquisa clínica – é justificada pelos resultados;
Omissão de socorro
Prof. Cristiano Saldanha
Aula 10
Conteúdo programático desta aula
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1- Analisar os aspectos éticos e legais do exercício profissional da Enfermagem sobre a omissão de socorro;
2- Identificar as implicações éticas e legais através do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
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Conceito de omissão de socorro
É obrigação do enfermeiro prestar socorro a quem se apresenta em situação gravíssima e em iminente perigo de vida. 
Se o profissional de enfermagem descumprir uma determinada ação, está praticando a omissão de socorro.
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O Código Penal vigente conceitua o crime de omissão de socorro em seu artigo 135: 
“Deixar de prestar assistência, quando possível de fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”.
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Prestando socorro á vítima - resgate
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Omissão de Socorro é um dos crimes previstos no Código Penal brasileiro, em seu art. 135.
É o exemplo clássico do crime omissivo. Deixar de prestar socorro a quem não tenha condições de socorrer a si próprio ou comunicar o evento a autoridade pública que o possa fazê-lo, quando possível, é crime.
Bem Jurídico: A vida e a saúde da pessoa humana.
Sujeitos: ATIVO, qualquer pessoa desde que não tenha provocado dolosamente ou culposamente a situação de perigo. O dever de agir como ocorre no art. 133 e 134 do CP não decorrem de um vínculo especial entre os sujeitos ativo e passivo e sim do próprio ordenamento jurídico diante do caso concreto. 
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Pena/Ação Penal: Pena na forma simples, detenção de 1 a 6 meses ou multa. Se resulta lesão grave, reclusão de 1 a 4 anos. Se resultar morte, reclusão de 4 a 12 anos. Ação penal pública incondicionada.
- Classificação: Comum (suj. ativo) e próprio (suj. passivo), perigo abstrato (1ª parte) e concreto (2ª parte), doloso, instantâneo, unisubjetivo, unisubsistente ou plurisubsistente. Em regra não admite tentativa.
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Evitando a Omissão de socorro
Para o enfermeiro evitar a omissão de socorro, ele deve partir do princípio da dignidade e solidariedade. 
Protocolo do BLS e ACLS
Diante de uma pessoa que se apresente em situação de grave e iminente perigo de vida, não existe uma competência ética, nem legal, de que as condições das ações apresentadas pelos profissionais de saúde sejam eficientes.
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Corrente da Sobrevivência
Reconhecimento Imediato
Pedir Ajuda
RCP Precoce
Rápida Desfibrilação
Suporte Avançado
 Cuidados pós-RCP
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Ação solidária
O encaminhamento a outro estabelecimento de saúde é validado, tanto ética como juridicamente, quando objetiva resolver problemas que ocasionam a situação de emergência do paciente, quando é a favor deste para obtenção de recursos técnicos e profissionais que respondam as necessidades de saúde do paciente. 
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Segredo Profissional
O segredo profissional se estabelece por confiança, confidência e justiça. Opaciente possui total direito à privacidade, ao bem-estar e à segurança em virtude de sua individualidade e de sua dignidade humana.
 
A privacidade e a intimidade são direitos que não se pode alienar ao enfermeiro, por ter obrigação de considerar um profissional de extrema confiança de todas as informações que apresenta o seu cliente.
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Revelação inoportuna de segredo
A revelação inoportuna de um segredo nos corredores do hospital pode prejudicar a recuperação do paciente, por levá-lo ao desespero e, muitas vezes, até mesmo ao suicídio. Então, se faz necessário questionar:
O que revelar?   A quem revelar?   O que revelar?
Para fundamentar a base da legalidade como preceito constitucional, a visão da legislação civil e penal se caracteriza por fator de ordem moral e social, que orienta a conduta do profissional. 
Portanto, o enfermeiro pode revelar o segredo quando se tratar de agravos a saúde, relacionados à notificação compulsória.
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Notificação compulsória
Atualmente, é obrigatória a notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes da portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011, do Ministério da Saúde. 
A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, do rol de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doença ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória.
 Ética, legislação 
e exercício de enfermagem
Prof. Cristiano Saldanha
Atividade proposta – marque a afirmativa correta
Um bebê com apenas dois anos de vida, foi atendido em um centro de saúde e considerado em estado grave. Porém, o centro não dispunha de recursos para uma ação eficaz. Então,, ela foi encaminhada para a Santa Casa da localidade, com informações escritas sobre o seu estado clínico.
No estabelecimento hospitalar, os pais do recém-nascido foram recebidos por uma enfermeira, que apelou aos serviços do médico de plantão, mas este alegando estar almoçando, avisou que somente atenderia a criança depois de terminada a refeição. Entre a comunicação feita ao profissional e o atendimento prestado, passaram-se entre 10 e 35 minutos e o bebê veio a falecer.
Pergunta: O retardo no atendimento para a prestação da assistência à pessoa em perigo grave e iminente, quando doloso, pode equivaler à omissão de socorro? 
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Gabarito: 
O profissional tentou se justificar perante o tribunal, afirmando que havia atendido a criança, mas os julgadores consideraram que a demora caracterizara em uma situação de omissão de socorro, pois o profissional havia recebido informações adequadas pela enfermeira do estado grave e iminente perigo por que passava a criança. 
"Quando o enfermo dá entrada em um hospital, ele passa a ser responsabilidade dos profissionais de saúde vinculados ao seu tratamento". Não se justifica o consentimento da falta ética e jurídica por não ser o profissional de saúde especialista no tratamento daquela condição de saúde da criança. Não se exige eficácia da conduta tomada, mas sim o cumprimento do dever de assistir, e para isso se faz necessária a presença dos profissionais de saúde. 
FONTE: FORTES, Paulo Antônio de Carvalho. Ética e saúde: questões éticas, deontológicas e legais, tomada de decisões, autonomia e direitos do paciente, estudo de casos. São Paulo: EPU, 1998.

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