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RESUMO T.G.P.

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T.G.P. – MAIRA
Marcos Vinicius - Rodolfo hartmam
16/08/2016
RECONVENÇÃO: é o réu fazer a sua resposta, seria o ato que o réu tem para inverter os polos, passando de réu para “autor”.
No código de 1973 a reconvenção deveria ser dada no mesmo momento da contestação em peças autônomas, já no NCPC deve ser feita na mesma peça, ou seja, não é mais peça autônoma.
A jurisdição penal é uma coisa e a civil é outra. A jurisdição civil vai responder para a outra parte do polo de uma demanda, a demanda é aquele conflito que foi levado ao conhecimento do Estado personificado pelo juiz.
TRILOGIA DO PROCESSO
O direito processual se desenvolve com três pilares, três bases, essas três bases são chamadas de jurisdição, ação e processo. As normas de direito processual são normas cogentes, ou seja, não pode ser alterada pela vontade das partes. Existe um rito a ser seguido, esse rito está disciplinado no direito processual, e assim não pode ser modificado.
JURISDIÇÃO: poder, atividade, função do Estado, somente o Estado tem esta função, que é a de dizer o direito. É o Estado que vai falar qual é a lei que vai se aplicar no caso concreto, ninguém mais vai dizer isso. O Estado tem a questão da separação dos poderes, que faz com ele exerça todas as suas funções, os poderes são o executivo, legislativo e judiciário. 
O poder de jurisdição é do Estado, que vai se instrumentalizara através do poder judiciário. O juiz é chamado de Estado-juiz, o juiz caracteriza o Estado na primeira instancia. 
Portanto, jurisdição é uma atuação estatal em que cabe ao Estado através do estado juiz, ou seja, da personificação do estado no juiz, aplicar o direito no caso concreto. Direito no caso concreto é o direito escrito, mas não somente o positivado, também as fontes secundarias: analogia, costume, princípios gerais do direito e equidade. Uma vez que chega um caso concreto ao juiz que não está tratado na lei, ele não pode simplesmente se negar a resolver, ele vai ter que se utilizar das formas de integração das leis, que são: analogia, costumes, princípios gerais do direito e equidade quando a lei permitir.
Muito antigamente se entendia que uma das características da jurisdição era a existência da lide, e hoje se coloca a existência ou não da lide. Na solução de conflito pode ser que haja um conflito ou não, na verdade pode ser um conflito ou um impedimento legal daquilo se resolver por conta própria.
Quando o direito material é resistido, quando a pretensão é resistida se leva a demanda ao conhecimento do Estado, ou seja, quando alguém lhe retira algum direito ou faz algo que não gosta se leva a insatisfação para o juiz decidir. Toda vez que se falar em pretensão resistida significa que o direito material está sendo negado ou retirado por alguém. 
Outro elemento desse conceito é dizer que ele precisa solucionar conflitos, então é atividade do Estado de aplicar a lei ao caso concreto para resolver os conflitos. Conflito ou lide, conflito sob fato jurídico, não é qualquer tipo de conflito, é quando se tem duas pessoas que não entram em um acordo. 
Jurisdição voluntária ocorre quando duas pessoas querem resolver um assunto de forma amigável, sem lide, sem nenhum obstáculo. Exemplo: um casamento onde ambos querem se separar amigavelmente. Está no Código Civil, que para dissolver o casamento precisa pedir, o juiz precisa declarar a dissolução do casamento, mesmo não tendo conflito.
Jurisdição contenciosa: existe uma lide aparente, existe uma briga, um conflito de interesses. Exemplo: quando uma pessoa quer se divorciar e seu cônjuge não aceita. Para resolver esse conflito precisa-se de uma lide.
A pacificação social era a finalidade. O direito vem de um fator social para disciplinar a conduta das pessoas, para fazer uma organização de determinado Estado, uma vez que uma sociedade em conflito é uma sociedade de injustiças. 
Em uma demanda se tem o polo passivo e o ativo, ativo é chamado de autor, passivo é o réu. Em vários tipos de ação as partes levam outros nomes. 
Tutela jurisdicional: é pedir uma resposta do estado. Ou seja, é o dever do estado em dar uma resposta.
AÇÃO: A ação que é o segundo pilar é quando se observa que a parte exerceu o seu direito de pedir a tutela jurisdicional, que é o pedido de resposta do Estado. Então ação seria o exercício de um direito, o direito de agir. Sendo assim, se alguém causou dano à outra pessoa, cabe a essa pessoa decidir se vai levar ao conhecimento do Estado ou não. 
Em suma, ação é um direito que se exerce através de uma petição inicial. Todo mundo que entra com uma petição inicial está buscando uma resposta.
Para exercer o direito de ação, desde o momento em que exerce de fato o direito de ação até chegar à tutela jurisdicional terá que se percorrer um caminho, ou seja, vai se utilizar de algum instrumento, esse instrumento é o processo. 
PROCESSO: instrumento a ser utilizado para que a pessoa possa de fato exercer o seu direito de ação em busca da tutela jurisdicional. O processo é de fato a garantia do cumprimento do direito material. Diz que é a garantia porque depois que se chega a decisão final, que a sentença transita em julgado, ou seja, não cabe mais recurso, não tem mais o que fazer, somente cumprir o que foi determinado. 
ANALISE HISTORICA
Autotutela: Primeiramente não se tinha um Estado definido e se tinha que agir por autotutela. 
Auto composição: as pessoas se deram conta que se fossem partir sempre para morte ou agressão física, iria se chegar ao momento em que o mais forte iria sobreviver e toda a humanidade estaria aniquilada, então se chegou ao momento de auto composição que é resolver o conflito onde as partes cedem um pouco. 
Estado Liberal: separa totalmente a relação privada da relação estatal, o Estado não intervinha na vida das pessoas, ele só interferia quando era levado até ele alguma questão, e decidia seguindo exatamente a lei, era a boca da lei, se estava na lei aplicava a lei, se não estava na lei se eximia de decidir, ou seja, quando existia um caso concreto que o direito ainda não havia tutelado o juiz não resolvia a questão, ele se eximia de responder ao conflito.
Estado Social: o Estado entra na relação privada, existe uma função social, neste momento o estado participa dos conflitos, ou seja, era levado até ele um conflito e ele precisa resolver de acordo com, primeiramente, a lei, não estando a resolução na lei buscava nos costumes, nas analogias É um período em que o juiz podia agir de forma discricionária, da forma que achasse melhor. 
Estado Democrático de Direito: começa no ordenamento jurídico a partir da Constituição Federal de 1988 e se visualizado finalmente com o Código de Processo Civil de 2015, pois com sua entrada em vigor se tem uma participação efetiva da população no poder judiciário, a começar pela sua elaboração, Código de processo civil foi elaborado após varias audiências públicas, a comissão que tinha a obrigação de fazer uma nova lei processual andou pelo país fazendo audiências públicas (juízes, promotores, professores de direito) para todos darem palpites do que seria realmente necessário. 
23/08/2016
Direto Processual: A importância do direito processual é a garantia do direito substancial, a garantia do direito material, pois o direito material vem disciplinando o dever ser, só que no momento em que uma pessoa não age da forma disciplinada há a necessidade da outra parte se socorrer do direito processual, é o direito processual que vai mostrar os caminhos que serão percorridos para atingir a tutela jurisdicional, este caminho que vai ser percorrido é o que se chama de processo, são todos os meios que serão utilizados e descritos na lei processual para atingir aquilo que foi pedir ao Estado, ou seja, se o CPC diz que há a necessidade da pessoa iniciar o processo, tirar o Estado da inercia, ele se faz de alguma forma, e essa forma é a petição inicial, e não se pode fazer de forma contraria, o que significa que está norma é cogente, aquelas hiperativas que tem uma certa generalidade, afeta a todos, “erguaominis” e não pode ser mudada, alterada de acordo com a vontade das partes. 
O direito material se relaciona diretamente com o direito processual no momento em que se observa um conflito ou quando a lei assim determina, que são os casos de jurisdição voluntaria. 
Processo civil é o ramo do direito que contêm as regras e os princípios que tratam da jurisdição civil, isto é, da aplicação da lei aos casos concretos, para a solução dos conflitos pelo Estado-Juiz. O processo civil estabelece as regras que balizarão a relação entre Estado-Juiz e as partes no processo.
Jurisdição civil é a que está relacionada as pretensões de cunho privado (direito civil e comercial) ou público (constitucional, administrativo e tributário). A jurisdição penal é aquela em que a pretensão é de aplicação da pena, em decorrência de crimes ou contravenções penais. As regras de direito processual não são o objetivo procurado por aquele que ingressa em juízo, mas apenas é o meio de obter a efetividade do direito substancial. Quer dizer que é obvio que quando se demanda em juízo se está buscando uma resposta para o direto material e não processual.
O juiz deve estar sempre atento ao fato de que o processo não é um bem a que se aspira por si mesmo, mas um meio de obter a solução dos conflitos e a pacificação social, por isso trata-se de dizer que o processo é o instrumento da jurisdição.
EXPOSIÇÕES DE MOTIVOS DO NOVO CPC: o que levou o legislador a criar uma nova lei a respeito de determinado assunto. 
A partir de 1988 há a intenção do legislador de tornar o processo civil também constitucional, sempre com fundamentos nos princípios constitucionais, nas garantias fundamentais. O CPC de 1973 ele vem com toda a característica desse estado social e ele permanece até 2015 mesmo já tendo entrando em um estado democrático de direito, o problema de se rever essa legislação é porque o CPC de 1973 já não se relacionava com a sociedade que estava em vigor, contemporânea, então houve uma necessidade de alteração porque desde 1994 o CPC antigo já vinha se fragmentando, varias eram as leis que existiam no ordenamento jurídico que tiravam os efeitos de alguns artigos do CPC antigo e trazia em outra lei como deveria agir.
O estado democrático de direito serve no processo civil para provar que o juiz não é mais o centro da relação, até o novo CPC se tinha a relação triangular, e o juiz era o centro, hoje ainda existe esse tipo de relação, mas o centro não é mais o juiz é o Estado, não é observar o que o Estado quer para a sociedade, é observar isso também, mas principalmente o que é mais adequado e justo para as partes, tanto é que o novo CPC trás para dento dele algumas possibilidade que não existia, como a figura do “amicus curis” que era a intervenção de um terceiro no processo somente quando se tratasse de ação direta de inconstitucionalidade, ou seja, somente no controle difuso, agora é em qualquer momento. 
NORMAS CONGENTES E NÃO COGENTES: normas cogentes são de ordem pública, que se impõe de modo absoluto, e que não podem ser derrogadas pela vontade dos particulares. As normas não cogentes, também chamadas de dispositivas, são aqueles que não contêm um comando absoluto, sendo dotadas de imperatividade relativa. 
Visto isto são cogentes as que têm por objetivo assegurar o bom andamento do processo e a aplicação da jurisdição, como as que dizem respeito ao tipo de procedimento a ser observado. 
FONTES FORMAIS DA NORMA PROCESSUAL CIVIL: são consideradas fontes formais de direito lei (fonte direita ou primaria), a analogia, o costume, os princípios gerais do direito e ainda as súmulas vinculantes do STF (artigo 4° da LINDB; artigo 140 do CPC; artigo 103, item A da CF). 
São fontes não formais a doutrina e a jurisprudência, ressalvadas as sumulas vinculantes.
O artigo 22, I da CF prescreve que compete a União legislar sobre direito processual e outros ramos do direito. Toda via, no artigo 24, XI da CF atribui competência concorrente a União e aos estados para legislar sobre procedimento em matéria processual. Isso significa que somente através de lei federal é que pode haver regras de processo, a dificuldade é separar o que é regra de processo e de procedimento. Processo é o instrumento que o estado e as partes se utilizam para se chegar a tutela jurisdicional; procedimento são vários atos praticados dentro desse ramo que é o processo, então só a União pode falar a respeito de matéria processual, contudo, os estados podem tratar de procedimento. 
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO tem competência em todo território nacional. Quando existe uma sentença ou lei estrangeira para surtir efeito no território nacional há de ser recepcionada primeiramente pelo STJ, então não é qualquer lei internacional que vai surtir efeito de imediato dentro do território brasileiro. Existem alguns dispositivos da LINDB que vão trazer uma noção de quando automaticamente uma lei estrangeira vai surtir efeito, por exemplo, um estrangeiro que morre no Brasil e vai deixar bens no Brasil, o direito sucessório, o direito material vai ser regido pelo direito do seu país, contudo, a norma processual vai ser regida pela lei brasileira porque dentro do território nacional quem trata de lei processual é a União e vai ser de acordo com o CPC. 
O Código de Processo Civil em seu artigo 16 não deixa duvida quanto à extensão territorial da aplicação das normas processuais. Isso significa que em todos os processos que correm em território nacional devem respeitar as normas do Código de Processo Civil. Nada impede que elas sejam aplicadas fora do território nacional, desde que o país em que o processo tramita consinta nisso, recepcione a lei.
OBS.: há casos de processos que tramitam no Brasil, mas que devem ser resolvidos de acordo com a lei material de outro país, como é o caso do artigo 10 da LINDB.
01/09/2016
PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS MAIS RELEVANTES
	- Devido Processo Legal art.5°, LIV da CF: É uma aglutinação, reunião de todos os demais princípios processuais, indica que a lei não deve simplesmente ser observada, mas sim observada em conjunção com princípios, para que assim se possa falar em Estado Democrático de Direito. Ou seja, existe uma reunião de atos, de coisas que devem ser observadas dentro do processo (conjunto de atos processuais), isso traz a ideia de que ninguém será privado de seus direitos sem o devido processo legal.
O devido processo será uma "garantia de justiça" e "direito ao serviço jurisdicional corretamente prestado" a partir das normas processuais constitucionais
- Isonomia art. 5° da CF e art. 7º do NCPC: é o mesmo que o principio do principio da igualdade. No processo esse principio vai ser tratado com prioridade, esse princípio consiste em tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas igualdades. Esse princípio consiste em dar ás partes a mesma situação processual.
- Contraditório e ampla defesa – art. 9º e art. 10º do NCPC: 
Ampla Defesa: é dar direito às partes de se pronunciarem, de falarem no processo antes do juiz julgar determinada causa. O juiz não pode dar uma decisão importante no processo sem que as partes se manifestem e produzir argumentos para o convencimento do juiz. Antes do NCPC existia sim a contestação, mas a forma que isso era feito negava a ideia de estado democrático de direito, pois algumas decisões eram tomadas pelo judiciário sem que a parte pudesse ter conato com a decisão. 
Exemplo: quando há uma sentença e uma das partes não está satisfeita com a sentença e observa que há uma contradição pode se utilizar de um recurso. Até o antigo CPC quando era pedido ao juiz uma manifestação sobre a contradição, ele o fazia sem dar satisfação a outra parte, dando satisfação somente aquele que pediu. Então o juiz decidia e modificava a sentença sem dar oportunidade da outra parte falar primeiro. Hoje, a ampla defesa significa que as partes vão participar do próprio convencimento do juiz, ou seja, no momento de um embargo o juiz vai dar vistas ao réu para que ele também se manifeste. 
Contraditório:é o principio que garante aquele que será demandado em juízo de conhecer que existe uma demanda contra ele. A citação tem que ocorrer para que o processo comece a ter andamento, pois é o primeiro ato em que a outra parte vai tomar o conhecimento de que existe algo correndo da justiça contra ela. Depois que o réu é citado, todas as vezes que são chamadas é intimação, não mais citação; citação é somente a primeira. 
A diferença do processo civil e do processo penal é que no direito civil se a parte ré é citada e não se manifesta vai ocorrer a revelia, que consiste em o juiz considerar todos os fatos narrados na inicial, ou seja, na petição do autor como verdadeiros, não significa dizer que o autor vai ter razão, significa dizer que o juiz vai analisar o direito, ou seja, uma vez que ocorre a revelia é o momento que o réu foi citado e não se manifestou. 
No direito penal não existe isso, pois por mais que a pessoa não queira se defender é obrigação do Estado prestar esse acesso a justiça, então se no processo penal o réu não consistir advogado o Estado vai constituir um advogado para essa pessoa. Se ele constituir advogado e esse não for competente 
TUTELA ANTECIPADA OU PROVISÓRIA: quando as tutelas antecipadas são “inaudita altera parte”, significa dizer que o juiz vai deferir a tutela provisória sem que a outra parte tenha prévio conhecimento. Para isso é preciso que a parte autora prove “periculum in mora” que significa perigo na demora e também mostrar a verossimilhança ou o “fumos boni iuris” que significa fumaça do bom direito. Ou seja, tem que mostrar que a demora pode causar dano e que esse direito é verdadeiro. 
TUTELA DE EVIDENCIA: no antigo código estava no artigo 285, no atual CPC está no artigo 332. Tutela de evidencia é o direito do juiz de oficio de decidir sem provocação de nenhuma das partes uma determinada coisa. Esse artigo diz que o juiz de oficio pode extinguir o processo com julgamento do mérito sem mandar citar o réu. 
06/09/2016
Extinção do processo com resolução do mérito: ocorria quando o juiz avaliava o pedido e dava uma decisão procedente ou improcedente, desta decisão cabia recurso, mas se a pessoa não entrava com recurso transitava em julgado. Quando o juiz extingue o mérito com resolução dele por conta da prescrição, e fez isso de oficio, e se fez de oficio não chamou as partes. Hoje isso não acontece, o juiz deve mostrar as partes que vai extinguir o processo com resolução do mérito com base na prescrição, isso porque pode ser que não tenha ocorrido a prescrição, que durante aquela obrigação não cumprida a pessoa protestou aquele titulo e toda vez que protesta um titulo, ou seja, uma obrigação não cumprida se interrompe a prescrição. 
Hoje a intenção é fazer com que as partes trabalhem e funcionem no processo junto com o estado juiz. Antes essas atitudes que podiam ser dadas de oficio geravam um outro ato processual, pois o juiz fazia de oficio e as partes que corriam atrás dos recursos cabíveis; hoje ele chama as partes, elas falam primeiro e depois ele decide. 
 	- Princípio da fundamentação das decisões e da publicidade: veio com mais força no NCPC porque agora diz quais são as formas de fundamentação, mostra para o juiz como deve fundamentar cada decisão. Isso porque entendesse que a falta de fundamentação nas decisões dadas pelo juiz impedem o contraditório e ampla defesa, pois se o juiz não fundamenta corretamente sua decisão não dá suporte para a parte contra argumentar a decisão, ou seja, dificulta o recurso. Portanto, hoje há a necessidade de todas as decisões serem fundamentadas, mesmo as interlocutórias que são aquelas que não colocam fim no processo,
Publicidade: todos os atos, em regra, devem ser públicos porque a sociedade pode interferir e têm direito de conhecer as decisões do Estado. Ou seja, a sociedade é vigia, pois se for observado algo de errado na decisão todos podem interferir. A publicidade é para que haja alguém vigiando e que não haja parcialidade no processo, o juiz deve ser imparcial afinal está representando o Estado, por isso deve ser público. 
A exceção em relação ao principio da publicidade são os processos que correm em segredo de justiça, que estão no artigo 5°, LX e artigo 93, IX da CF e no artigo 189 do NCPC. Esses processos correm em segredo de justiça porque tem uma questão de dignidade da pessoa humana envolvida ou quando o caso tem determinada relevância para a sociedade e que pode prejudicar o próprio andamento do processo.
Exemplos: 1- dignidade da pessoa humana são os processos de família; 2- relevância para a sociedade é o caso Nardoni. 
Então corre em segredo de justiça quando vai ferir a norma constitucional da dignidade da pessoa humana, ou quando há interesse da sociedade e que pode interferir no andamento do processo. Segredo de justiça jamais é para os advogados e para as partes. 
CONCEITO do Princípio da fundamentação das decisões e da publicidade: já previsto anteriormente na constituição federal em seu artigo 93, IX, o dever de fundamentação constitui verdadeiro banco de provas do direito de contraditório das partes. No atual CPC inclusive a previsão das formas como serão fundamentadas tais decisões artigo 489, §1º e §2º do NCPC.
A publicidade é essencial ao princípio democrático sendo previsto no artigo 1º, caput da CF. Possui o significado de publicidade geral, que outorga direito de acesso ao conteúdo dos autos processuais e a publicidade imediata com exceção dos casos que correm em segredo de justiça.
- Princípio da duração razoável do processo: este princípio não se confunde com a celeridade processual. Duração razoável do processo significa dizer que este processo deve andar de acordo com todos os atos necessários a serem produzidos. É dizer que será feito tudo que for necessário para que o processo não pare. Toda vez que se diz em duração razoável do processo o que tem de ser impedido é que existam etapas mortas no processo. Então duração razoável do processo é andar conforme determina a lei processual e ter meios de impedir a ações protelatórias. 
Por exemplo: quando o advogado pede vista do processo é pedir que o juiz deixe carregar o processo físico, com prazo razoável de 5 dias. Se der o dia de devolver e o advogado que pegou o processo não devolver, a outra parte deve pedir ao juiz que determine a devolução do processo. Esse é um meio de protelar o processo. Processo não tem que ser célere, ele tem que andar. E o processo civil precisa ditar normas que impeça, portanto, as partes de protelar o processo. 
Princípio da duração razoável do processo não deve entrar em choque com o princípio da ampla defesa. 
A natureza temporal do processo constitui imposição democrática, ou seja, oriunda do direito das partes de nele participarem de forma adequada. O direito ao processo justo significa um processo sem dilações indevidas, que se desenvolva temporalmente dentro de um tempo justo.
Inclui-se neste contexto a economia processual, ou seja, o aproveitamento na maior medida possível dos atos processuais já praticados, sem decretação de nulidades e repetições desnecessárias de atos. 
Às vezes entra com uma peça processual e dá nome a ela que não condiz com o pedido, ao invés de o juiz indeferir e extinguir o pedido sem julgamento do mérito, quando extingue o processo sem julgar o mérito significa que pode entrar novamente, mas da forma adequada, ou seja, se é possível aproveitar o que já foi feito vai pedir apenas que adite. isso ocorre atualmente, a partir do NCPC. 
20/09/2016
Principio da inafastabilidade do controle jurisdicional: está definido na CF. Qualquer conflito que exista necessidade de ser resolvido não pode ser resolvido mediante autotutela. “Artigo 5°, XXXV da CF: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”
Se há cláusulas que afastem o poder judiciário em um contrato considera-se nula uma vez que só o estado pode aplicar a lei ao caso concreto. Uma vez que é só ao caso concreto e os meios alternativos (mediação, conciliação e arbitragem)somente através desses meios que vai ter a definitividade da prestação jurisdicional. 
Qualquer decisão que não seja do poder judiciário é algo possível de levar ao reconhecimento ou destituição do poder judiciário. As decisões do poder judiciário são as únicas decisões que são definitivas, nenhuma outra decisão tem esse caráter de definitividade, somente aquela decisão que é prestada por um órgão jurisdicional, por isso que se diz que não pode ser afastado nenhum assunto de ser apreciado pelo poder judiciário. 
Ninguém vai ser proibido de levar o seu conflito, a sua pretensão resistida ao conhecimento do poder judiciário. O poder judiciário tem que resolver a questão se utilizando da completude do ordenamento jurídico.
- Principio da imparcialidade do juiz: não existe de forma especifica na Constituição que vai trazer esse principio, fato é que são vários os artigos que levam a tratar dessa questão.
Exemplo: quando se trata de tribunal de exceção, tribunal de exceção é especifico para julgar determinados crimes. No ordenamento brasileiro só pode criar tribunais de exceções em caso de guerra, a regra é que já exista um órgão competente para julgar a demande de todos, seja ela qual for. 
“Artigo 5°, XXXVII da CF - não haverá juízo ou tribunal de exceção”. 
Em razão da imparcialidade do juiz não se escolhe o juiz que vai julgar. 
“Artigo 5°, LIII: LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” 
Esse artigo fala do juiz natural. Para todo caso existe um juiz cometente para julgar a demanda, é isso que esse inciso diz. 
- Principio do Duplo Grau de jurisdição: de todas as decisões de primeira instancia cabe recurso. É para trazer maior segurança jurídica, ou seja, se tem um caso decidido por um juiz único e não fica satisfeito então entra com recurso onde vai ser julgado por desembargadores de forma colegiada, no mínimo 3 e no máximo 5, daí para cima só se tiver na Constituição, para ir para o TSJ e STF só se tiver matéria especifica na Constituição. 
É a possibilidade de revisão da matéria, da decisão dada em primeiro instancia, então no mínimo se tem o duplo grau de jurisdição. 
ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
Instancia supero é na 3° linha. 
Toda a estrutura do poder judiciário está descrita necessariamente a partir da CF.
“Artigo 92 da CF: São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça;
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais (duplo grau de jurisdição).
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; (duplo grau de jurisdição)
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; (duplo grau de jurisdição)
VI - os Tribunais e Juízes Militares; (duplo grau de jurisdição)
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. (duplo grau de jurisdição)”
A primeira instancia é um órgão monocrático, que significa que é decidido por uma pessoa, chamada de juiz.
A segunda instancia é um órgão colegiado, pois são decididos por varias pessoas, de 3 a 5 pessoas, chamadas de desembargadores. 
A instância superior de ministro. 
O único órgão do poder judiciário que não tem poder de jurisdição é o CNJ, que é um órgão administrativo do poder judiciário, nunca vai ser órgão competente para decidir uma lide, ele pode lançar interpretação, dar entendimentos, mas nunca vai ser órgão competente para decidir uma lide, está ali para fiscalizar a organização do poder judiciário, para fiscalizar os juízes, os desembargadores, verificar as contas do poder judiciário, então ele apesar de ser um órgão do poder judiciário tem caráter administrativo e não jurisdicional.
A justiça estadual é determinada por lei estadual, então a organização da justiça estadual depende de cada estado. A lei processual civil é única para o Brasil inteiro, o que é competência concorrente dos estados é disciplinas procedimentos e organização da estrutura do seu judiciário. 
Artigo 102 da CF ler.
Artigo 104 da CF ler.
Julgar originalmente significa que não está exercendo a função recursal, só quando diz que está julgando recurso é que houve processo que veio de instâncias inferiores e por algum motivo subiu para as superiores. 
Os órgão superiores podem funcionar como órgão de primeira instância também. Por exemplo, declarar a inconstitucionalidade de uma lei, ela vai direto para o STF.
Juízo a quo: é quem julga originalmente.
Juízo ad quem: é quem julga o recurso. 
04/10/2016
No tribunal de justiça todos são chamados de desembargadores. 
A competência de cada órgão está na Constituição Federal. 
JUIZADOS ESPECIAIS: foram criados por lei. O juizado especial cível e criminal, no caso do criminal vai julgar crimes de menor potencial ofensivo, no caso do cível, questões que são complexas e que na verdade o valor do pedido seja até 40 salários mínimos. 
Até 20 salários mínimos essa demanda cível pode ser sem advogado, ou seja, a pessoa pode entrar com a demanda sem advogado. Acima de 20 até 40 salários mínimos há necessidade de advogado. 
No juizado especial ser tratado de uma forma mais célere, simples, regido pelo principio da oralidade, quando se entra com uma demanda no juizado especial civil não é preciso levar uma petição inicial, pois a atendente vai reduzir a termo aquilo que a pessoa relata e esse termo é o pedido, dessa forma, a pessoa já sai dali sabendo qual o dia da audiência de conciliação. Também não tem todas as formalidades do processo comum. E uma escolha da pessoa que deseja litigar, isso porque a parte decide se quer entrar na justiça comum ou nos juizados especiais. 
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL: é obrigatório entrar pelo juizado especial federal se a demanda for de até 60 salários mínimos, já no estadual é uma escolha. Acima de 60 salários mínimos se entra na própria vara federal. Aqui é obrigatório o advogado.
Lei 10,259/2001 essa é a lei referente aos juizados especiais 
As ações que entram nos juizados federais são as que tratam de empresa pública ou autarquias federais. Por exemplo: tem que entrar com uma ação contra o INSS e o valor é até 60 salários mínimo vai entrar pelo juizado especial federal. 
OBS.: O Banco do Brasil não é empresa pública e bem autarquia federal, é uma sociedade anônima (SA). Então tudo que é contra ele é na justiça estadual. 
SA = sociedade anônima. 
REVISÃO
Trilogia do processo: jurisdição, ação e processo.
Processo: instrumento para alcançar um direito subjetivo, material, o direito que está sendo resistido por alguém. 
Jurisdição contenciosa: é aquela que se verifica uma lide, que existe uma pretensão que está sendo resistida por alguém, e leva essa lide ao estado para que ele declare quem está com a razão. 
Jurisdição voluntaria: é aquela que precisa do poder judiciário meramente para homologar uma questão. Não há lide, não há briga. Por exemplo: divorcio consensual. 
Normas cogentes: são normas de direito público, normas que não podem alterar. O direito processual é uma norma cogente, pois não é possível alterar.
Diferença direito processual para o direito material: o direito material é o que regula a vida de todos no dia a dia, é o direito substancial. O processual é o que vai dar o meio para alcançar o direito material, então a norma processual serva para dizer quais os passos que devem ser seguidos para ter a declaração do Estado, para que dê a tutela jurisdicional, já que uma vez que entra no poder judiciário é necessária uma resposta. 
Principio da inafastabilidade do poder judiciário: ninguém vai ser afastado do poder judiciário, do estado, de demandar na justiça. Mesmo que se tenha um contrato dizendo que se houver problemas ninguém pode recorrer a justiça, isso porque é uma norma cogente, e dessa forma, não se pode dispor sobre isso, então mesmo que tenha em contrato não pode impedir alguém de ir ao poder judiciário. 
Quando se tem uma clausula arbitral, que qualquer problema vai ser resolvido em tribunal arbitral, a pessoa que tem o seu direito atingidose quiser ela não vai não ao tribunal arbitral e vai direto para a justiça, o único problema é que se o réu citar a clausula que diz que o conflito deve ser resolvido em tribunal arbitral o juiz extingue o processo sem resolução do mérito e manda ao tribunal arbitral; se o réu nada falar, o juiz vai ter que aceitar aquele demanda mesmo que observe que tem uma clausula arbitral, isso porque as partes podem destratar. Ou seja, nem através de clausula arbitral se consegue afastar de forma absoluta o poder judiciário, pois as partes podem distratar. 
01/11/2016
JURISDIÇÃO
Os poderes do Estado são uno e indivisível, a questão da tripartição dos poderes é só para que tenha uma ordem na questão prática, mas não se fala que existe repartição de poderes em si. Assim como o poder de jurisdição é uno e indivisível, o que se divide é a extensão desse poder, que na verdade se chama de competência. 
Jurisdição é uma atividade tão somente do poder judiciário e também um dever porque uma vez provocado que o poder judiciário é provocado ele precisa dar uma tutela, que é a chamada tutela jurisdicional. Se não encontrar na lei positivada uma resposta deve utilizar de toda a completude do ordenamento jurídico: costumes, princípios gerais, analogias, equidade. Jurisdição tem o objetivo de alcançar a paz social.
Os princípios constitucionais não são principio gerais do direito. Principio constitucional está na constituição, portanto, é principal e por isso estão inserido antes da lei positivada infraconstitucional. 
CARACTERISTICAS 
DEFINITIVIDADE: Existe jurisdição onde tem e onde não tem lide, isso porque existe uma característica que é somente da jurisdição e não decorre de nenhum outro poder do Estado que é a definitividade.
Quando uma decisão do poder judiciário transita em julgado não tem mais o que fazer, ou seja, não pode recorrer mais ao poder judiciário para a demanda especifica. Demanda especifica significa mesmas partes, mesmos pedidos, mesmo objeto de pedir. 
A própria lei quando não tem lide estipula que é o poder judiciário que tem que decidir, por exemplo, um divorcio consensual com interesses de menores envolvido. 
INERCIA: significa dizer que o poder judiciário precisa necessariamente ser provocado para que possa decidir alguma coisa. Na inercia é o momento em que se observa o principio da correlação ou congruência, esse principio significa que o poder judiciário só pode decidir dentro dos limites do que foi pedido, ou seja, apresentado ao estado-juiz; tudo que estiver fora desse limite significa que o estado-juiz não observou a característica da inercia, o juiz tem o dever de dar a resposta dentro dos limites que foi apresentado. 
“Extra petita” significa além do que foi pedido. Isso significa que o juiz dá algo em que não foi não se encontrava no pedido. Por exemplo: alguém entra no poder judiciário pedindo indenização por danos morais em razão de um acidente de carro, mas o juiz observa que além do dano moral teria direito também ao dano matéria e, dessa forma, sentencia o dano moral e material. Isso não pode pois a pessoa não pediu. 
“Citra petita” menos do que foi pedido. Significa que o estado-juiz não dá a tutela jurisdicional a todos os pedidos. Por exemplo: a pessoa pede indenização por danos morais e danos materiais, mas o juiz decide só decide em relação ao dano moral e esquece de fazer referencia ao dano material. 
Aqui não entra valor menor, entra somente quando o juiz não responde algum pedido, seja positivo ou negativamente. 
“Ultra petita” mais do que foi pedido: Significa que ele dá resposta ao pedido, contudo, de uma a mais do que foi pedido. Por exemplo: a pessoa pede 10 mil reais de indenização e o juiz dá 20 mil reais. 
SUBSTITUTIVIDADE: é quando o estado-juiz substitui as vontades das partes decidindo a questão apresentada da melhor forma possível com todas as garantias constitucionais. 
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO 
Investidura: está ligado a forma de ingresso dos legitimados a exercer o poder. O juiz precisa estar investido na função jurisdicional para exercer a jurisdição (exemplo: aprovado em concurso de provas e títulos de acordo com o artigo 37, II da CF). Aqui se discute os casos dos juízos arbitrais, se entra ou não aqui; a doutrina mais moderna entende que a arbitragem também é uma função jurisdicional de certa forma, contudo, existem casos em que a decisão em juízo arbitral pode ser anulada e levada a justiça comum. 
Territorialidade: O juiz só pode exercer a jurisdição dentro de um limite territorial fixado na lei (competência). 
Indeclinabilidade: o juiz não pode se furtar de julgar a causa que lhe é apresentada pelas partes. Trata-se da chamada proibição do juiz proferir o “non liquet”, ou seja, afirmar a impossibilidade de julgar a causa por inexistir dispositivo lega (artigo 140 no NCPC). 
Indelegabilidade: significa que o exercício da função jurisdicional não pode ser delegado. Essa vedação se aplica integralmente no caso do poder decisório, pois violaria a garantia do juiz natural. Existem algumas exceções, como exemplo, os casos previstos no artigo 102, I, linha M e no artigo 93, XI da CF. Então esse principio é para proteger outro principio, o principio do juiz natural, significa que não se pode delegar a função para outro. 
Inafastabilidade: artigo 5°, XXXV da CF. Esse já foi falado nos princípios constitucionais. Esse princípio também entra na jurisdição porque ninguém, lei, contrato pode proibir alguém de recorrer ao pode judiciário quando quiser exercer o seu direito de ação. 
Juiz-natural: é o principio que diz que o juiz precisa ser imparcial. Não existe escolha possível de qual vai ser o órgão que vai apreciar determinada demanda. O juiz natural impede a criação de tribunais de exceção, ou seja, aconteceu um crime e se cria um tribunal somente para julgar esse crime.
Obs. Existe exceção quando a proibição da criação de tribunais de exceção. 
08/11/2016
ESPECIES DE JURISDIÇÃO
Espécie Civil e Penal: a doutrina assim define porque existe o artigo 935 do Código Civil que dá uma ideia de separação, dizendo que a responsabilidade civil é diferente da responsabilidade penal, ou seja, significa dizer que se pode demandar em juízo nessas duas esferas de forma independente, tendo as mesmas partes, mas tendo causa do pedido diferente, pois em uma se pede a condenação do sujeito na outra pede a condenação dele, mas não como pena restritiva de liberdade, mas sim em ordem privada, pois o que se quer é que o sujeito restitua a coisa ou lhe indenize o dano causado. Existem determinadas sentenças transitadas em julgado da esfera penal que fazem coisa julgada também na esfera civil, pois quando se tem um fato reconhecido na esfera penal tem reflexo direto na esfera cível porque se o sujeito praticou o ato danoso não tem porque discutir sobre isso na esfera civil, o mesmo vale se o sujeito for absorvido na esfera penal. 
OBS.: pode ser que o sujeito seja absorvido na esfera penal porque não exista tipificação para o ato praticado, contudo, isso não significa que ele não tenha praticado ilícito e, dessa forma, pode vir a ser condenado na esfera cível. 
Se o sujeito estiver sofrendo processo nas duas esferas ao mesmo tempo, provavelmente o juiz do cível vai parar o processo e esperar a decisão na esfera criminal. 
O CPC é mais completo, faltando algo no CPP vai ser verificado no CPC; quando falta algo nos Códigos de processos especiais se completa com o civil. 
Comum e Especial: olhar foto da organização do poder judiciário, lá mostra a divisão entre a justiça comum e especial. 
Quando se entra com uma demanda no poder judiciário é necessário analisar qual o juízo competente para questão, e começasse pelas especialidades, se for de matéria eleitoral vai ser julgada na justiça eleitoral, se for matéria de trabalho na justiça do trabalho, se for matéria militar na justiça militar, se não matéria da justiça especial será da justiça comum. Na justiça comum vai ser verificada quais as pessoas envolvidas no processo, se for empresapública federal, autarquia ou União é na justiça federal, se não for nenhum desses vai ser justiça estadual. 
Esfera comum: justiça estadual e federal; 
Esfera especial: matéria do trabalho, matéria eleitoral e matéria militar. 
Obs.: Mesmo quando o envolvido envolver a União, ou autarquia federal ou empresa pública federal, maso assunto for de matéria especial vai sair da esfera federal e vai ficar na esfera especial. 
Então existem dois critérios de avaliação para determinar a competência desse órgão: 1 – em razão da matéria que vai ser discutida; 2 – observar quais as pessoas envolvidas no processo. 
Superior e Inferior: olhar foto da organização do poder judiciário, lá mostra a divisão entre a justiça superior e inferior.
Sempre que o caso concreto estiver falando em apelação se está falando necessariamente de uma instancia superior, superior porque esta relacionada com uma inferior; mas uma instancia superior também pode ser inferior a uma instancia que vem acima dela. 
Existem determinadas demandas que vão diretamente para órgãos superiores, quando se tem uma homologação de sentença estrangeira, por exemplo, ela vai direto para o STJ; questão de inconstitucionalidade vai direto ao STF. Então quando se tem uma questão originária daquele órgão superior já não se indica mais como superior ou inferior, pois ele é o único grau para decidir aquela questão.
Contenciosa e Voluntária: voluntaria é aquela que antigamente a doutrina falava que é uma mera atividade administrativa do poder judiciário, hoje esse conceito não é mais possível, pois não existe conflito de interesse, mas existe uma imposição da lei que aquele caso deve ser resolvido em juízo. 
Contenciosa é aquela em que se visualiza uma lide, um conflito de interesse. Alguém está resistindo a pretensão de outro. 
Uma vez que tem que ser pelo poder judiciário, uma vez que existe uma sentença, essa transita em julgado, o que significa que ninguém mais pode fazer revisão daquela questão. A regra é que se transita em julgado, mas existe exceção, por exemplo, no caso de alimentos. 
COMPETÊNCIA
Jurisdição não se confunde com território. A demarcação territorial é a competência, a competência é delimitação da jurisdição. 
Foro: é exatamente o que se encontra no CDC como comarca. O foro competente tem haver com o território. Por exemplo: demandas que são de Ribeirão Preto vão ser julgadas pelo foro, pela comarca de Ribeirão Preto.
Foro competente = comarca
Juízo: é a divisão da comarca. Por exemplo: em Ribeirão Preto se tem a vara cível, a vara criminal, a vara de família. Inclusive dentro da vara há divisão em juízo, por exemplo, na vara cível pode ter o juiz da primeira vara cível, da segunda vara cível. 
É a lei de organização judiciária de cada estado que define a divisão das suas comarcas. 
Foro e juízo delimita a jurisdição. 
CRITERIOS DE COMPETENCIA: os critérios definidos pelo CDC indicam três critérios.
OBJETIVO
Em Razão do Valor: dependendo do valor é possível escolher qual juízo se quer demandar, e também dependendo do valor a pessoa está obrigada a demandar em determinado lugar. A justiça comum tem apêndice que são os juizados especiais cíveis e juizados especiais criminais (não estão abaixo). A justiça especial tem uma apêndice que é o juizado especial federal. 
Quando se trata de justiça estadual, demandas até 40 salários mínimos pode-se escolher se deseja demandar no juizado especial cível ou se quer ir direto para a justiça estadual.
Quando se trata de justiça federal é obrigatória até 60 salários mínimos demandar no juizado especial federal. O juiz federal não é competente para julgar ações com valor abaixo de 60 salários mínimos. 
Ou seja, vai observar o valor da causa e dependendo do juízo se pode escolher ou vai ser obrigado.
Em Razão da Matéria: verificar o que se quer, qual é o pedido, qual a comarca competente para julgar a demanda, faz parte de qual ramo do direito o pedido pertence. Por exemplo, se é de família vai e verificar se na comarca existe um juízo competente que trata especificamente do direito de família, se não tiver vai demandar na vara cível porque direito de família está dentro de direito de civil.
Prevenção: o juiz se torna prevento no momento em que tem a distribuição no registro, no momento em que faz o registro da demanda aquele juiz se tornou prevento, é ele que vai decidir obrigatoriamente aquilo que se está pedindo. O juízo que recebeu primeiro a demanda tem que decidir até o final a demanda. 
Em Razão da Pessoa: na maioria das vezes as ações são demandas no domicilio do réu. Quando se tem menor envolvido vai demandar onde mora o representante do menor. Se se tratar de questões de casal vai se verificar o domicilio do casal, não conseguindo verificar o do réu. 
Se deve verificar onde é o domicilio do réu. Se se tratar de menor no domicilio do representante do menor. Se tratar de casal domicilio do casal.
Obs.: no CDC antiga dizia que quando se tratava de uma ação que envolvia mulher a demanda deveria ser no domicilio da mulher, atualmente isso não existe mais, salvo se a mulher comprovar que corre risco de vida em ir até o domicilio do réu. 
FUNCIONAL: verificar qual a função de cada órgão. Ela se divide horizontalmente ou verticalmente. Horizontalmente é justiça especial ou justiça comum. Verticalmente se é uma demanda que deve ser proposta em primeiro grau de jurisdição, ou no segundo ou nos tribunais superiores. A competência funcional vai ser encontrada na CF. Competência funcional é absoluta. 
TERIITÓRIAL: verificar que algumas demandas têm territórios específicos, por exemplo, se for tratar de direitos reais sobre imóveis tem que demandar no local do imóvel. O CPC vai dizer quais as ações que estão devidamente relacionadas ao território. 
Competência absoluta: a norma que não pode ser alterada, porque é de ordem pública, não pode dispor ao contrário. Está descrita pela lei, e por uma questão de ordem pública, segurança inclusive, não pode alterar. A competência absoluta por der de ordem pública e não poder ser alterada ela pode ser reconhecida a qualquer momento, sem qualquer formalidade expressa, inclusive reconhecida de oficio pelo juiz, desde que esteja dentro de um processo. 
Os casos de competência absoluta: em razão da matéria, ou seja, por exemplo, se a matéria é de direito penal nunca pode ser decidida por um juiz de civil; em razão da pessoa; questão funcional; em razão do valor na justiça federal. 
Competência relativa: é o que se pode escolher, por exemplo, o juizado especial cível.
Prorrogação da competência: é que o juiz era possível ser declarado incompetente, mas a outra parte não pediu a analise dessa incompetência, e o juiz prorrogou sua competência.
Obs.: prazo da contestação é no momento da contestação. Se contestou no 1° dia é no 1° dia, se contestou no ultimo, ou seja, n o 15° dia é no 15° dia, é nesse momento que tem que ir o pedido de analise de competência relativa.

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