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3
CONTRIBUIÇÃO DA MUSICALIZAÇÃO PARA A EDUCACÃO INFANTIL
Autor Larissa de Siqueira Galimberti
Prof. Orientador Anderson Rui dos Anjos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLEX 0010) – Trabalho de Graduação 
20/09/2020
RESUMO
Este Projeto tem o objetivo de trabalhar através da musicalização o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, também contribuição para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. Bem como, a aproximação de forma lúdica da criança com o projeto trabalhado. Deste modo, é importante explorar o efeito da música durante essa fase e de que forma esta contribui para o efetivo aprendizado. A partir disso, será abordado a seguir o tema musicalização dentro da Educação Infantil. Na educação infantil a escola e o professor devem trabalhar juntos para propiciar espaços e situações de aprendizagens que envolvam todas as capacidades humanas, como, afetivas, cognitivas, emocionais e sociais. O trabalho com Música deve garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferecer condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos.
Palavras-chave: Musicalização; Música; Aprendizado; Educação Infantil.
1. INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem o objetivo de trabalhar através da musicalização o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, também contribuição para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. Bem como, a aproximação de forma lúdica da criança com o projeto trabalhado.
Nesta fase as crianças reconhecem inúmeras informações sonoras, pois os sons estão presentes diariamente em nossas vidas. Ao incluir a música na rotina dessas crianças é de suma importância “como recurso pedagógico no aprimoramento da expressão infantil, visa beneficiar as crianças, não só para o seu desenvolvimento intelectual, social e físico, mas também para a melhoria da sua qualidade de vida” (BERTINI e RODRIGUES, 2011. pág. 12).
Na rotina dessas crianças a musicalização deve se fazer presente em vários momentos, é importante que diariamente essas crianças possam cantar quando tem que se locomover dentro da escola, geralmente com músicas que fazem ponte com o assunto do projeto trabalhado, sendo algumas de cumprimento da rotina e outras por recreação. Também é importante que estas tenham uma aula específica de Musicalização, onde exploram os sentidos, ritmos, movimentos, memorização, entre outros.
Deste modo, é importante explorar o efeito da música durante essa fase e de que forma esta contribui para o efetivo aprendizado. A partir disso, será abordado a seguir o tema musicalização na Educação Infantil.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
O som se dá também através do gesto e movimento vibratório, sendo assim, o gesto e o movimento corporal estão conectados a música também. Para as crianças é extremamente importante essa relação com a música e a arte. 
As crianças são muito atentas e observadoras, principalmente durante a fase de desenvolvimento e descobertas na aprendizagem, elas observam tudo que é novo, todas as coisas e cores ao redor, e principalmente os sons, seja eles a voz dos pais, as músicas infantis, o barulho dos brinquedos e assim vão construindo seu conhecimento. 
Logo no primeiro contato com o mundo já ouvem tudo que há ao seu redor, até mesmo o próprio choro se torna algo relevante para criança. 
Ao longo da vida vão conhecendo outros sons, brinquedos, se interessando por outras músicas, e assim, cada fase vai sendo bem vivenciada. 
Aos poucos, eles também descobrem que não existe só o grito, descobrem que podem balbuciar palavras e sons com a boca e assim inicia-se o processo de fala. 
“A realização musical implica tanto em gesto como em movimento os diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexão, balanceio, torção, estiramento etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros.” (BRASIL,1998, p.61).
Perceber gestos e movimentos sob a forma de vibrações sonoras é parte de nossa integração com o mundo em que vivemos: ouvimos o barulho do mar, o vento soprando, as folhas balançando do coqueiro [...]. [...] Entendemos por silêncio a ausência de som, mas, na verdade, a ele correspondem os sons que já não podemos ouvir, ou seja, as vibrações que o nosso ouvido não percebe como uma onda, seja porque têm um movimento muito lento, seja porque são muito rápidas. (BRITO, 2003, p.17).
Segundo Brito (2003, p. 9) “O Universo vibra em diferentes frequências, amplitudes, durações, timbres e densidades, que o ser humano percebe e identifica, conferindo-lhes sentidos e significados” o silêncio é muito importante também para a construção do aprendizado da criança e ajuda na organização musical que elas precisam ter ao longo da vida.
2.1 A MÚSICA, SAÚDE E A EDUCAÇÃO
	A música está presente em varios momentos da vida do homem em sociedade, sejam elas melodias apropriadas para casamento, aniversários, cultos, músicasde ninar, músicas educativas, entre outras; sendo encontrada em culturas diversas de todo o mundo.
	Fisiologicamente falando, a música é processada pelo hemisfério direito onde ocorre a apreciação musical, mas a identificação da música emerge da atividade conjunta dos dois hemisférios. No córtex frontal tem também um papel ativo na apreciação da melodia e do ritmo, é nesta região onde as memórias são arquivadas (AREIAS, 2016). 
	O termo música , vem associado a 10 significados, pelo dicionário Michaelis:
1 Arte de expressar ideias por meio de sons, de forma melodiosa e conforme certas regras.
2 Composição harmoniosa e envolvente de sons.
3 Obra musical.
4 Interpretação de obra musical.
5 Acompanhamento musical.
6 Partitura musical.
7 Conjunto ou grupo de músicos.
8 Qualidade musical; musicalidade.
9 Lamentação prolongada e incomodativa; choro, lamúria, manha.
10 Algo repetitivo.
	
	Como podemos ver, a diferentes formas de se manifestar a música, vivê-la e expressa-la. Mas o importante nesta pesquisa é entende-la diante dos seus benefícios para a saúde e educação da criança.
	Há inúmeras experiências na área de saúde, trabalhos em hospitais que utilizam a música como elemento fundamental para o controle da ansiedade dos pacientes. A origem deste trabalho remonta à Segunda Guerra Mundial, quando músicos foram contratados para auxiliar na recuperação de veteranos de guerra por hospitais norte-americanos.
	A musicoterapia é a ciencia que estuda os efeitos terapeuticos da música sobre as pessoas. Já a Biomúsica vem para atender a pacientes sadios, que usam como forma de reequilibrio emcional frente as pressões dodia-a dia, sendo benefica no que diz respeito ao controle da respiração, aumento da resistência às excitações sensoriais; combate ao estresse; domínio das forças afetivas e auxílio no bom funcionamento da fisiologia (TABARRO et e tal, 2010).
	Percebemos aqui os multiplos beneficios da musica para a saude, sendo que também é utilizadas em casos de hospitalização, onde diminui significativamente o nível de ansiedade nos pacientes em cuidados pré-operatórios, ”por vezes com uma eficácia superior à utilização de certos fármacos, como o midazolam, uma benzodiazepina com efeitos na ansiedade e relaxamento muscular” (AREIAS, 2016). Ainda conforme este autor:
Tem ainda um efeito muito positivo na diminuição da intensidade ou frequência da dor e na medicina intensivista, para além de prazer e bem estar que a todos nós pode proporcionar na diminuição do stress ou desgaste diário, contribuindo significativamente para uma eficaz regulação emocional.
	Diante de tantos benefícios, não seria indispensavél na educação. Na educação com o aparato tecnológico, pode-se ter acesso a diversas músicas que o professor pode usar em sala de aula, como ponte ao que vem sido trabalhado. Alémdisso, durante a infância a utilização da música promove o desenvolvimento dos processos psíquicos, dos movimentos físicos, acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem, socialização e a aprendizagem de conteúdos de área especificas.
	Muitas atividades podem ser manuseadas com as crianças especialmente no estímulo da memória. Com objetos que provoquem sons (chocalhos, latas, sons onomatopaicos, músicas e ruídos naturais dos ambientes), localizar e treinar, identificação, reprodução e execução dos diferentes sons.
	No espaço escolar, principalmente nas séries iniciais as crianças passam a desenvolver suas perspectivas intelectuais, motores, linguísticas e psicomotoras. Mas, a música também deveria ser praticada como matéria em si, como linguagem artística, forma de cultura e expressão. A escola deve ampliar o conhecimento do aluno, favorecendo a convivência com os diferentes gêneros musicais, apresentando novos estilos, proporcionando um diagnóstico reflexivo do que lhe é apresentado, permitindo que o aluno torne-se um ser crítico. 
	A LDB n. 9.394/96 já traz que:
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. § 2 O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. § 6 A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2 deste artigo. (LDB n. 9.394/96) (grifos meus)
	
	Pode-se atestar que através da música as distintas áreas do conhecimento podem ser incitados. Podemos trabalhar matemática, português e todas as outras disciplinas envolvendo a música, contribuindo assim para uma aprendizagem significativa. Tem-se na musicalização um apetrecho para amparar os educandos a desenvolverem o espaço que une expressão de sentimentos, valores culturais, ideias e facilitação da comunicação própria do indivíduo. Portanto cabe a nós buscarmos a maior variedade de informações e inserirmos o conhecimento no nosso convívio para que assim interfiramos positivamente e provoquemos nos alunos a verdadeira motivação.
 	Faz-se importante também, uma aula direcionada. As aulas de música vem trazer para o aluno opções de expressão e linguagens que o ajudarão a desenvolver o gosto pela cultura e assim futuramente expressar-se através dela. A musicalização é um poderoso instrumento que aumenta, na criança, além da sensibilidade a audição, qualidades como: concentração, coordenação motora, sociabilização, respeito a si próprio e aos outros, esperteza, raciocínio, disciplina, equilíbrio emocional e inúmeros outros atributos que colaboram na formação do ser humano. O processo de musicalização deve alcançar a todos, buscando desenvolver esquemas de absorção da linguagem musical.
	Como recurso pedagógico, a música vem como fator reflexivo, já pode exibir como o cidadão vê a sociedade em que está inserido, e é a partir do diagnóstico da expressão corporal e argumentação crítica que aluno pode demostrar o que subtende-se ser a visão que o mesmo tem do mundo e dos valores humanos.
	Os assuntos trabalhados em cada matéria podem ser fontes para criação de músicas, tudo depende da criatividade de cada professor. Este pode não criar, mas assumir o papel de pesquisador e procurar músicas que possam ser utilizadas, oportunizando a inserção da musicalização. “A prática de aula é resultante da combinação de vários papéis que o professor pode desempenhar antes, durante e depois de cada aula” (BRASIL, 1998, p.99 – 100 apud SILVA, 2010,p.21).
	O professor deve estar atento é muito importante observar se os alunos estão interagindo e participando das atividades propostas para que haja um aproveitamento positivo no processo de ensino aprendizagem. A avaliação ocorrerá em toda a aula, enfatizando se o aluno ouviu e memorizou as músicas cantadas. Se houve interação e participação de forma global, sendo também importante observar as reações individuais e grupais a fim de fazer novas intervenções em relação à aula.
Henri Wallon (1953) nos lembra de que a criança pequena utiliza seus gestos e movimentos para apoiar seu pensamento, como se este se projetasse em suas posturas. O movimento é uma linguagem, que chamamos de linguagem corporal, esta comunica estados, sensações, ideias: o corpo fala. Assim, é importante que na Educação Infantil o professor possa organizar situações e atividades em que as crianças possam conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo.
As crianças pequenas adoram se movimentar quando ouvem uma música. Elas vivem e demostram seus estados afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, pulam, correm e brincam ruidosamente e se estiverem tímidas ou tristes, encolhem-se e sua expressão corporal é reveladora do que sentem. Por isso é importante essa valorização das possibilidades expressivas do próprio corpo.
Neste contexto ainda, pode seobservara questão do auto conhecimento, pois as aulas de musicalização trabalham, também, os limites de cada criança, dando espaço a ela interagir comolhe convém e dentro de sua subjetividade. Vendo até onde as criançasestão dispostas, pode-se criar espaços em que elas possam se expressar livremente ou ficarem quietas, mas éimportante sempre o incentivo a participação dos alunos, já que como vimos a música traz varios beneficios pro corpo e pra mente.
2.2 MUSICALIZAÇÃO NA EDUCACÃO INFANTIL
Durante a educação infantil que deve-se propiciar as crianças um espaço em que se possa explorar as mais diversas situações de musicalização. Usar além das músicas, a exploração auditiva através de diversos sons, produzidos através de instrumentos, objetos, partes do corpo, entre outros. A lei 11.769/08 altera a lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica. Assim, a própria Lei e o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil justificam a finalidade da música nas escolas, e firma sua importância na educação.
O Referencial Curricular Nacional da educação Infantil. Brasil, (1998) afirma “O fazer musical requer atitudes de concentração e envolvimento com as atividades propostas, postura que devem estar presentes durante todo o processo educativo, em suas diferentes fases”. (BRASIL, 1998, p. 60).
No documento do MEC RCNEI, (1998), a música aparece como um eixo do conhecimento, de mundo, quanto, matemática, natureza e sociedade, movimento, linguagem oral e escrita, identidade e autonomia, artes. Neste estudo, consideramos a música como eixo do conhecimento, mas que também pode, por meio de cantigas diversas, tornar-se uma estratégica integradora das demais áreas do conhecimento.
O trabalho com Música proposto por este documento fundamenta-se nesses estudos, de modo a garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos (BRASIL, 1998, pg. 48)
De acordo com Gardner (1995, apud BERTINI e RODRIGUES, 2011, pág.30):
“O ser humano apresenta pelo menos oito inteligências (...) A competência musical é considerada uma das inteligências múltiplas, que se traduz em diferentes formas sonoras, capazes de expressar e comunicar-se por meio de sensações, sentimentos, e pensamentos”.
Assim sendo, a criança ao experimentar sensações sonoras, o modo como aprendem e se relacionam com os sons, compreendem e interagem com a realidade do mundo que exploram a cada dia (BRITTO, 2003 apud BERTINI e RODRIGUES, 2011, pág.30). Essa interação com o mundo que a rodeia, torna-se mais acessível quanto integrada a outras disciplinas, promovendo ao educando a competência de desenvolver um olhar global. A música também, além de conteúdoespecífico, pode contribuir no processo de alfabetização e raciocínio lógico.
Pode-se observar ainda que o primeiro contato com o mundo sonoro ocorre dentro do útero da mãe, onde o bêbe escuta quando a mãe canta suavemente para o acalentar: é neste momento que a memória sonora das crianças começa ser formada. Ou seja, a música se faz presente no desenvolvimento humano até após seu nascimento, quando os pais cantam ao ninar a criança. Daí a acontece a inicialização do processo de musicalização na vida de cada indivíduo.
Jeandot (1993) alega que “quando a criança nasce, entra imediatamente em contato com o universo sonoro que a cerca”. Ou mesmo antes de nascer, ainda no útero materno, a criança já toma contato com um dos elementos fundamentais da música o ritmo, através da pulsação do coração de sua mãe. (JEANDOT 1993, p.18).
Após esse período,a criança começa o processo de socialização, onde terá diversas vivências com a música, por exemplo, quando ouve as músicas que seus avós escutam, ou quando no carro escutam as músicas que os pais colocam, ou até mesmo em interação com outras crianças ouvem músicas durante os momentos de brincadeira, através de jogos e brincadeiras de roda. Atualmente, tambem, temos o avanço tecnológico que permite que as crianças através de tablets e celulares ouçam músicas, através de diversos aplicativos, mas principalmente o youtube, que possue uma vasta coleção de músicas infantis que podem ter cunho educativos ou apenas de entretenimento.
Porém, para que o aprendizado da música seja eficiente ou eficaz no desenvolvimento das crianças como cidadãos, é fundamental que estas tenham a oportunidade de participar ativamente no ensino da música, proporcionando um enriquecimento cultural. Britto (2003, apud BERTINI e RODRIGUES, 2011, pág.29) salienta sobre a função da musicalização, onde não há finalidade de elencar “talentos naturais”, mas proporcionar as crianças momentos de prazer integrado ao lúdico, e também salienta que a linguagem musical é construída através das reflexões dirigidas pelo educador.
Além disso, ao expressar o que seria a busca por uma escuta ampla do ambiente que nos cerca tem como objetivo o máximo de harmonia possível entre o som e o ruído (Ecologia sonora). Ou seja, ao usar o sentido da audição, já estamos selecionando os estímulos recebido, de forma que juntos funcionem harmoniosamente, e neste caso também, a criatividade. Por isso, a música se traduz na “arte de combinar os sons simultânea e sucessivamente, com ordem, equilíbrio e proporção dentro do tempo” (Med, 1996, p.11 apud ROBERTY, 2006, p. 17).
Deste modo entende-se o trabalho com musicalização como um laboratório que nos permite experimentar, pela vivência, a ligação entre a idéia musical (linguagem), sentimento (expressão), codificação e interpretação (leitura) (CAMPOS, 2000 apud ROBERTY, 2006, p.22). Evidenciando aqui, a importância deste momento musical na vida escolar do aluno, pois explora múltiplos sentidos, como também, trabalha com a expressão de movimento e de sentimento deste.
Tratando-se da postura do educador neste processo “é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente” (SNYDERS, 1997, p. 14, apud BERTINI e RODRIGUES, 2011, pág.28). Ou como aponta o autor:
O professor entra como mediador entre a criança e o objeto do conhecimento, propiciando espaços e situações de aprendizagens que envolvam todas as capacidades como, afetivas, cognitivas, emocionais, sociais, etc., explorando os diferentes campos de conhecimentos humanos. O professor tem a função de propiciar à criança, uma ambiente saudável, sem descriminação, rico, prazeroso, onde é possível explorar as variadas práticas educativas e sociais” (UBALDO, 2009. p. 1411). 
O professor neste momento deve usar da sua criatividade e de busca de ferramentas, no caso músicas, que façam ponte com os projetos trabalhados. Inserindo, através da música, os temas são melhores assimilados, pois de forma lúdica e repetitiva, permitem a memorização da música, bem como aumentar o vocabulário e pode viver o que é cantado, dentro e fora da escola.
Todas essas conexões que a música propõe, contribuem para que ocorra uma aprendizagem significativa às crianças dependem dos estímulos. A partir desse ponto:
O educador deve atuar como um animador, estimulador, provedor de informações e vivências que irão enriquecer e ampliar o conhecimento das crianças, não apenas no alvo musical, mas refletindo em formar pessoas integrais, o que deve ser um objetivo principal de toda proposta pedagógica, especialmente na etapa da educação infantil (BRITTO,2003, apud BERTINI e RODRIGUES, 2011, pág.31).
	Segundo Fonterrada (2008), a educação infantil, a musicalização, a afetividade, e as atividades lúdicas se integram, pois têm como objetivo o desenvolvimento sócio-afetivo e cognitivo da criança. Assim sendo, a música junto com uma postura adequada do professor e interesse, bem como ponte entre outras disciplinas propicia a criança a oportunidade de desenvolvimento pessoal, cognitivo, emocional, bem como trabalha o sentido da audição, além o desenvolvimento da criatividade, capacidade de memorização e ludicidade.
	Na educação infantil a escola e o professor devem trabalhar juntos para propiciar espaços e situações de aprendizagens que envolvam todas as capacidades humanas, como, afetivas, cognitivas, emocionais e sociais. Fonterrada (2008), fala da importânciada integração entre a educação infantil, a musicalização, a afetividade e as atividades lúdicas, e de como tal integração favorecem o desenvolvimento das crianças, processo este que a autora chama de educar, aprender, cuidar e brincar (OLIVEIRA; FERNANDES; FARIA, 2013).
3. MATERIAL E MÉTODOS
O material utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa foram livros didáticos e internet com o intuito de enriquecer futuros conhecimentos. Realizou-se uma abordagem explicatória e investigativa com o objetivo de sanar todas as eventuais dúvidas sobre a temática abordada.
O presente trabalho tem uma abordagem qualitativa. Na pesquisa qualitativa se faz necessário respeitar a subjetividade do assunto pesquisado, sendo realizado inicialmente em estudo bibliográfico sobre a Educação Infantil e musicalização.
A pesquisa foi de caráter teórico bibliográfico, e será realizada fundamentalmente através de análises de textos. Nesta busca-se atingir as justificações que os autores dão as razões levantadas por eles. Portanto, a metodologia adotada foi à qualitativa, onde se buscou reaprender, conforme as intenções dos autores.
De acordo com Gil, (2011, p. 50): (...) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. 
Uma das principais vantagens de se realizar uma pesquisa bibliográfica é o fato de que o se pode dar uma cobertura de uma gama de fenômenos bem mais ampla do que se poderia pesquisar diretamente (GIL, 2011).
Por fim, cabe aqui ressaltar que a escola e os educadores tem a responsabilidade de fazer acontecer à educação, incluindo métodos e metodologias que facilitem a aprendizagem dos educandos. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	Os resultados foram satisfatórios, pois obtivemos conhecimento de que a música deve ser ensinada através de um propósito não sem sentido, pois cada situação apresenta resultados diferentes e cabe a sabedoria do mediador para ensinar a criança a ter o prazer de escutar a música e saber interpretá-la de forma agradável e satisfatória.
Espera-se com essa pesquisa que uma eventual transformação aconteça da parte dos educadores que atuam dentro das creches e escolas de educação infantil, para que assim a educação de qualidade comece de uma vez por todas a “aparecer” em nosso país.
Este trabalho buscou entender os aspectos favoráveis que o ensino de música pode proporcionar às crianças da educação infantil, bem como verificar a importância do seu aprendizado e sua contribuição na socialização das crianças e perceber as formasde interação desta com os demais eixos de trabalho. 
A música deve ser trabalhada com brincadeiras e canções, aqui compreendidas como atividade de canto liderado pelo educador e acompanhadas pelas crianças de forma criativa. Concluo esta pesquisa destacando que é preciso debater a formação do professor em relação ao uso da música na educação infantil e o caminho deve ser uma formação no período da graduação talvez seja importante, porém sem compartimentar essa formação. É com base no dia a dia com a música na sala de aula, com as atividades desenvolvidas pelos professores no cotidiano da educação infantil e das experiências pessoais com a música, que nascerá uma prática pedagógica que contemple a música como elemento importante que venha a colaborar com o trabalho e o desenvolvimento da criança. 
A música aliada ao ensino é entendida por muitos autores pesquisados como importante ferramenta pedagógica. O ensino de música aqui discutido não é o de formação de instrumentistas, concertistas e nem dominar instrumentos ou cantar almejando uma carreira profissional como músico. 
O aluno pode sim no futuro almejar uma dessas carreiras, mas o ato do professor cantar, trabalhar a música ou tocar alguns instrumentos, deve ter como objetivo o desenvolvimento da criança, aliando a música a elementos pertinentes do currículo da educação infantil. Assim concluo que essa pesquisa pode contribuir para que seja repensado o papel da música na educação infantil, não só criticando os professores, mas revendo sua formação, os recursos que eles têm a sua disposição, e tentando resinificar a música na educação infantil, mostrando que é possível uma prática consistente com a música na educação infantil. 
Acredito ser importante que as professoras tenham essa consciência, mas ainda são necessárias politicas que envolvam a formação dos professores para atuação com música e melhores recursos para seu trabalho em sala.	
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É indiscutível que a música esta presente na vida nas pessoas. Ela acompanha a vida das pessoas e esta inserida nas culturas de forma artística por todo o planeta. A linguagem da música no Brasil está presente em todas as classes sociais, se fazendo presente nas manifestações religiosas pelo país. Apesar da linguagem da música ser diversificada, pois agregam expressões culturais, a música acompanha o desenvolvimento e as relações interpessoais em suas comunidades, bairros e cidades. 
Dentro desta perspectiva entende-se que existem inúmeras possibilidades de se buscar as contribuições da música no desenvolvimento de uma criança, uma vez que ela se faz presente em suas vidas antes de sua alfabetização. O fato é que a relação da criança com a música, às vezes, já se inicia no ventre materno e segue no decorrer da sua infância. Nas brincadeiras infantis, as crianças usam a música como forma de expressão e também para estabelecer regras, relações sociais, diversão, alegria e aprendizagem. Estes exemplos dão um breve panorama da importância da música na educação infantil, seja na vida escolar ou na vida familiar da criança. 
Através deste trabalho de graduação, descobri que introduzir a música na prática educativa é estimulante em varias áreas do conhecimento. Com a música pode ser aceito como um universo que conjuga a expressão do conhecimento, ideais, valores culturais e facilita sua comunicação com os outros a sua volta. Atendendo diferentes aspectos de conhecimento humano físico, mental, social, emocional espiritual. A música pode ser considerada um agente facilitador na educação. Poderíamos fazer uma sensibilização dos educadores para a conscientização da importância da música para trazer melhorias no bem estar e o crescimento das potencialidades dos alunos, pois ela fala diretamente ao corpo, e a mente das crianças, mexendo profundamente com suas emoções.
Esta pesquisa mostrou-me que há diferentes caminhos para educação musical. A música nos mostra há importância da escolha que fazemos hoje. E sabendo no que propósitos querem chegar. E saber o momento certo de colocar uma música para seus alunos, para atingir o proposito certo. Mostrou positivamente que não pode ser qualquer pessoa que conseguimos estimular o gosto pela música. Quando atinge as emoções da maioria das crianças, aí sim o projeto se torna positivo. 
O professor tem que gostar de música, para incluir na educação infantil como matéria e dar sua importância, pois com a música podemos trabalhar vários temas com as crianças, para que ela tenha um aprendizado muito mais agradável e significativo em sua vida de desenvolvimento. 
6. REFERÊNCIAS
AREIAS, J. C. A música, a saúde e o bem estar. Revista Nascer e crescer.vol.25 no. 1. Porto Alegre. Março, 2016. Disponível em: (http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000100001) Acessado em 04/10/2020.
BERTINI; RODRIGUES, 2011. Musicalização na educação infantil. Monografia. Faculdade de Pindamonhangaba. Pindamonhangaba – SP (http://177.107.89.34:8080/jspui/bitstream/123456789/118/1/RodriguesBertini.pdf). Acessado em 22/09/2020.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL, Ministério da educação e do Deporto Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Parecer CBE n° 022/98 aprovado em 17 de dezembro de 1998. Relato: Regina Alcântara de Assis. Brasília, DF, 1998. Disponível em: www.mec.gov.br/cne/CEB/CEB022. Acesso em: 24/09/2020.
FONTERRADA, M. T. O. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2, ed. São Paulo: Unesp, 2008.
MARSICO, LEDA OSÓRIO. A criança e a Música. Porto Alegre-Rio de Janeiro, Globo, 1982.
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. Ed. São Paulo: Altas, 2010.
JEANDOT, Nicole. Explorando o universo da música. São Paulo: Scipione, 1993
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Disponível em: (http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php) Acessado em:25/09/2020.
OLIVEIRA; FERNANDES; FARIA, 2013. A musicalizaçao, o ludico e a afetividade na educação infantil. Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão. Presidente Prudente – SP. (http://www.unoeste.br/site/enepe/2013/suplementos/area/Humanarum/Artes/A%20MUSICALIZA%C3%87AO,%20O%20LUDICO%20E%20A%20AFETIVIDADE%20NA%20EDUCA%C3%87%C3%83O%20INFANTIL.pdf) Acessado em 18/09/2020.
ROBERTY, Bruno Boechat. O desenvolvimento da grafia a partir do trabalho da Oficina de musicalização. 2006. Monografia (Licenciatura Plena em Educação Artística –Habilitação em Música). Instituto Villa-Lobos, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. (http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/brunoroberty.pdf) Acessado em 26/09/2020.
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