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Data: 15/06/2016 Bioquímica Fundamental e Experimental 21106NI_1 ALUNAS: Jéssica Muchinski, Maria Carolina e Michele Lau. LIPÍDEOS 1. OBJETIVO Verificar a presença de lipídeos e sua solubilidade em diferentes solventes, verificar emulsões, realizar uma reação de saponificação (hidrólise alcalina). 2. METODOLOGIA Lipídeos são substâncias caracterizadas pela baixa solubilidade em água e outros solventes polares e alta solubilidade em solventes apolares. São vulgarmente conhecidos como gorduras e suas propriedades físicas estão relacionadas com a natureza hidrófoba das suas estruturas. Na verdade, todas as relevâncias do metabolismo lipídico advém desta característica hidrófoba das moléculas, que não é uma desvantagem biológica (mesmo o corpo possuindo cerca de 60% de água). Justamente por serem insolúveis, os lipídios são fundamentais para estabelecer uma interface entre o meio intracelular e o extracelular, francamente hidrófilos. São saponificáveis (reação de um ácido graxo + base), pois reagem com bases formando sabões. São as biomoléculas mais energéticas, fornecendo acetil-coA para o Ciclo de Krebs. 3. MATERIAIS E MÉTODOS I. Tubos de ensaio; II. Água destilada; III. Etanol; IV. Éter; V. Óleo de soja; VI. Pipetas volumétricas; VII. Na2CO3 – 5%; VIII. KOH – 10%. 3.1 - Teste da Solubilidade Neste experimento identificamos a presença de lipídios nas amostras. Para isso utilizamos algumas substâncias como óleo de soja, éter, água e álcool. Sabemos que os lipídios são moléculas apolares e conhecendo a lei de dissolução "semelhante dissolve semelhante", certamente as amostras que contém lipídios formarão soluções de apenas uma fase com as substâncias apolares; e com as substâncias polares soluções onde observaremos mais de uma fase. Reativos: óleo de soja, álcool etílico (etanol), éter e água. Procedimento: Reativos Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Água 1 mL Etanol 1 mL Éter 1 mL Óleo de soja 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL - Agitado vigorosamente todos os tubos ; - Deixado em repouso por 1 minuto; - Observado quantas fases se formaram em cada tubo e analisado a solubilidade do óleo em cada um dos solventes. 3.2 – Teste de formação de emulsão Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo. Reativos: óleo de soja, água e solução de Na2CO3 a 5%. Procedimento: Reativos Tubo 4 Tubo 5 Água 1 mL Etanol 1 mL Éter - Agitado e verificado a formação da emulsão; - Verificado o tempo de duração da emulsão em cada um dos tubos. 3.3 - Teste da Saponificação O teste da saponificação identifica a presença de ácido graxo. Para isso colocamos a amostra na presença de uma base como solução alcoólica de Hidróxido de Potássio (KOH) 10%. O produto final da saponificação é uma molécula anfipática, com uma "cabeça" polar (COO- K+) e uma cauda apolar formada pelo radical "R". Quando em meio aquoso moléculas anfipáticas tendem a se agrupar formando estruturas esferóides, as micelas. Este é o princípio da limpeza de gorduras produzida pelo sabão. Reativos: Solução alcoólica de KOH a 10% e óleo de soja. Procedimento: Reativos Tubo 6 Óleo de soja 1 mL Sol. Alcoólica KOH a 10% 2mL - Aquecido cautelosamente em banho-maria fervente por 10 minutos até evaporar todo o líquido; - Depois foi adicionado 10ml de água quente e agitado com um bastão de vidro. Mantido em banho-maria fervente por mais 10-15 minutos; - Observado a formação de sabão. 4. RESULTADOS 4.1 Teste de solubilidade Reativos Tubo 1 Fases Tubo 2 Fases Tubo 3 Fases Água 1 mL 2 2 1 Etanol 1 mL Éter 1 mL Óleo de soja 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL Figura 1: Tubo 1, tubo 2 e tubo 3. 4.2 Teste de emulsões Reativos Tubo 4 Tempo Tubo 5 Tempo Água 1 mL 1’41’’ Não se desfez a emulsão. Etanol 1 mL Éter 5. DISCUSSÃO TESTE DE SOLUBILIDADE No tubo 1 não houve mistura entre a água e óleo, pois o óleo é menos denso que a água. Por isso, o óleo é chamado de hidrofóbico, as moléculas se atraem mais com as de água do que com as suas próprias moléculas. A atração entre as moléculas de água é feita por meio de ligações de hidrogênio, que é o tipo mais intenso de força intermolecular. Portanto, apesar de as moléculas de óleo serem atraídas pelas moléculas de água, essa força de atração é menor. Assim, as moléculas de água se atraem e se agrupam com mais força e as moléculas de óleo não conseguem ficar entre duas moléculas de água vizinhas. No tubo 2 foi adicionado etanol e óleo e não houve mistura entre os dois , isso ocorre devido a polaridade de suas moléculas, que são diferentes. Etanol é uma mistura homogênea, pois ele apresenta uma única fase. No tubo 3 houve a mistura do éter com o óleo, como ambos são hidrocarbonetos apolares, ocorreu a mistura, possuem a mesma densidade e massa. TESTE DE EMULSÃO No Tubo 4, foi possível ver que logo após agitar vagarosamente, ambos os líquidos se separavam em um tempo relativamente curto, mas nesse período foi possível averiguar que houve a certo ponto o poder emulsionante dos compostos testados, a fase dispersa (óleo), formou uma camada visível de microgotículas que estavam dispersas na fase contínua (água) .Já no Tubo 5, observou-se que a solução permaneceu com a fase dispersa (óleo) por um tempo maior. TESTE DE SAPONIFICAÇÃO A formação de sabão a partir de hidrolise alcalina (saponificação) utiliza um éster e uma base inorgânica (Hidróxido de potássio– KOH) na reação.Foi feito uma única averiguação desse processo, onde no tubo de ensaio foi misturado 2ml de solução alcoólica de hidróxido de potássio 10% (etanol e KOH) e 1ml de óleo de soja, que foi aquecido para ebulir parte do liquido, assumindo assim uma textura viscosa, após esse processo foi adicionado 10ml de água quente, que após ser agitado vagarosamente, passou a apresentar espuma na superfície, evidenciando a formação de sabão no teste. Figura 2: Tubo 4 e tubo 5. 6. CONCLUSÃO Essa prática nos possibilitou entender mais sobre a estrutura dos lipídios, indo além do que foi exposto em sala de aula. Entendemos também os fundamentos bioquímicos de uma reação de saponificação, onde houve uma hidrólise com formação de glicerol. Na pratica de sabão insolúvel, verificamos na prática diversas propriedades dos sabões e o seu comportamento em presença de óleos ou gorduras. Presenciamos ainda a formação de um sabão de água dura, um tipo de sabão mais insolúvel e que não forma espuma. Isso porque há a presença de cálcio na estrutura. Por fim, compreendemos a formação de micelas e como isso influi na emulsificação de uma solução.
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