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MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS PELO USO DO FRIO Profª MSc. Denise Andrade Disciplina: Tecnologia de Alimentos FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE • Retardar as reações químicas e a atividade enzimática; • Retardar ou inibir o crescimento e a atividade dos microrganismos; • Prolongar a vida útil dos alimentos aumentando as possibilidades de conservação; • Associado a outras técnicas de conservação; • Custo elevado, pois o produto deve obedecer à cadeia do frio. • Temperatura acima do ponto de congelamento do produto (8ºC e – 1ºC); • Produto se mantém vivo, conservando as características do produto “in natura”; • Método temporário (dias ou semanas); • Eficiente para conservação de frutas e hortaliças; • Reduz a velocidade das reações químicas e enzimáticas; • Controla a perda da qualidade dos alimentos decorrente das atividades fisiológicas; • Retarda as atividades microbianas. • Alimentos constituídos por tecidos mantêm atividade metabólica após o sacrifício ou a colheita; • Deve-se considerar as peculiaridades de cada produto para realizar a refrigeração de forma adequada; • Em carne, o encurtamento pelo frio, se caracteriza pelo endurecimento e pela menor capacidade de retenção de água; • Ocorre quando as carcaças resfriam rapidamente de 0ºC a 5ºC antes da resolução do rigor mortis; • Em peixes, especialmente o de águas frias, a refrigeração é menos eficaz, pois seu metabolismo está adaptado às baixas temperaturas e tem elevado conteúdo em gorduras insaturadas; • Nos tecidos vegetais, a respiração aeróbica prossegue após a colheita; • Isso implica a transformação de carboidratos e de ácidos orgânicos em dióxido de carbono, água, calor, e pequenas quantidades de compostos voláteis e outras substâncias; • A velocidade de respiração varia de um vegetal a outro. • Rápida remoção do calor que o produto traz do campo; • Procura diminuir a velocidade das transformações metabólicas que ocorrem após a colheita; • Ação de microrganismos. • Resfriamento a ar • Resfriamento com circulação natural de ar • Resfriamento com ar forçado • Resfriamento a água • Resfriamento com gelo • Resfriamento a vácuo • Temperatura do produto na altura da colheita; • Natureza e tipo do produto; • Quantidade e volume do produto; • Mistura de produtos (compatibilidade entre diferentes produtos); • Exigências de embalagem do produto; • Restrições econômicas. Seleção do método Fatores considerados no armazenamento por refrigeração: • Temperatura; • Umidade relativa; • Circulação de ar; • Atmosfera de armazenamento. • Reduz processos metabólicos, diminui perda de água, textura, atividade de microorganismos; • Depende do tipo de produto e do tempo e condições do armazenamento; • Variedades diferentes podem ter temperaturas de armazenamento diferentes; • Evitar flutuações de temperatura (Variação < 0,5°C). Figura 1. Condições para o armazenamento refrigerado de maçãs. De acordo com (BRACKMANN, 1995) algumas variedades de maçãs não toleram temperaturas menores que 3ºC, para a maçã Mc Intosh, a melhor temperatura oscila entre 2,5 e 4,5 ºC. FONTE: Grupo Cultivar Provoca desidratação da fruta; Perda de peso de 2-5% afeta a qualidade; • Elevada Favorece o crescimento de microrganismos; Aparecimento de rachaduras em algumas frutas; Aumenta incidência de podridões; • Baixa • Ajuda na distribuição de calor dentro da câmara; • Mantem uniforme a temperatura; • Eliminar gradientes de umidade; • Favorece a renovação do ar diariamente. • Atmosfera normal: 21% O2; 0,03% CO2; 78%N2 • Potencializado com o controle da composição dos gases da atmosfera; • Atmosfera Controlada: 1-2% O2 e 3-5% CO2 • Atmosfera Modificada: 5-15% O2; 5-20% CO2 • Composição ideal, de caráter geral: 3% O2, 5% CO2 e 92% N2 TABELA 1 - Vida útil de produtos de origem vegetal e animal, a várias temperaturas. ALIMENTO Dias de vida útil média, sob armazenamento refrigerado 0ºC 22ºC 38ºC Carne de vaca 6 – 8 1 < 1 Pescado 2 – 7 1 < 1 Aves 5 – 18 1 < 1 Frutas 2 – 180 1 – 20 1 – 7 Hortaliças de folhas 3 – 20 1 – 7 1 – 3 Raízes e tubérculos 90 - 300 7 - 50 2 – 30 • Danos provocados nas membranas celulares; • Escurecimento interno e ou externo; • Perda de cor, odor e sabor característicos; • Superfícies definhadas; • Escaldamento superficial e interno; • Aromas estranhos; • Amolecimento. Danos pelo frio “chilling injury” • Utiliza temperaturas menores de 0ºC; • Método eficiente para conservação de carnes, hortaliças e pescado; • Conservação é por tempos mais prolongados (meses ou anos); • Reduz reações enzimáticas, porém não inativa; • Normalmente armazena-se os alimentos a –18ºC, assim os psicrófilos não resistem e morrem. Carnes e produtos cárneos Alimentos preparados (pizzas, sobremesas, sorvetes, refeições completas e pratos prontos congelados). Frutas e Vegetais Filés de peixe e frutos do mar • Produção de pouco e grandes cristais de gelo; • Principalmente no interior das células. • Há formação de inúmeros cristais de gelo de tamanho reduzido, no interior das células, mas principalmente nos espaços intercelulares; • Os cristais afetam fisicamente as células, assim podendo causar reações indesejáveis. Congeladores por ar; Congeladores por contato indireto; Congeladores por imersão. • Utiliza-se gases liquefeitos, com ponto de ebulição muito baixo; • Nitrogênio (-195ºC), o dióxido de carbono líquido (-80ºC) e outros; • Não tóxico, inerte para os constituintes do alimento e ausência de odores e sabores; • Fornece um produto de melhor qualidade por causa do seu tempo de congelação ultra-rápido (1 a 3 min.); • Utilizado no transporte de alimento congelado. • Associação frio mecânico e frio criogênico; • Objetiva aproveitar as vantagens de cada uma delas; • Frio criogênico antes do frio mecânico; • Frio criogênico após ao túnel mecânico; • Vantagens no que se refere à qualidade do produto e rendimento da capacidade de produção de congelamento do sistema. • Aplica-se bem ao congelamento de pães de queijo; • Alimentos frágeis são melhor preservados. DANOS ACARNES • Queimaduras por congelação • Escurecimento ósseo • Rancidez oxidativa • Rigor da descongelação DANOS A VEGETAIS • Queimaduras por congelação • Escurecimento • Amolecimento dos tecidos BRACKMANN, Auri et al . Armazenamento de tomate cultivar "Cronus" em função do estádio de maturação e da temperatura. Cienc. Rural , Santa Maria, v. 37, n. 5, 2007 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 84782007000500012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 22 Jun 2008. doi: 10.1590/S0103- 84782007000500012 CHITARRA, M. I. F. & CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. 2. ed. Lavras-MG:ESAL/FAEPE, 2005. 785p. FELLOWS, P. Tecnologia de alimentos: Princípios e práticas. Porto Alegre: Artmed, 2006. http://www.grupocultivar.com.br/arquivos/hf11_maca_sempreemforma.pdf ORDONEZ, P. J. A.; RODRIGUEZ, M. I. Tecnologia de alimentos. Porto Alegre: ARTMED, 2005.
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