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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Prof. Celius A. Magalha˜es Ca´lculo III Notas da Aula 13∗ Integrac¸a˜o em Va´rias Varia´veis As integrais em uma varia´vel sa˜o usadas para medir quantidades como a´rea, centro de massa e temperatura me´dia de barras, etc. As integrais em va´rias varia´veis sa˜o uma genera- lizac¸a˜o natural dessas medidas para volume, centro de massa e temperatura me´dia de chapas ou so´lidos, etc. O curioso e´ que, para isso, na˜o e´ necessa´rio nada de muito novo! Lembrando: Integrac¸a˜o em Uma Varia´vel Suponha que, ate´ o momento, so´ se conhec¸a a a´rea de retaˆngulos, que e´ o produto da base pela altura. A partir da´ı, como calcular, por exemplo, a a´rea A abaixo do gra´fico da func¸a˜o g : [0, 2]→ R dada por g(x) = 1 + x2? 2 2 2 1 1 1 5 5 5 A a´rea A O retaˆngulo menor O retaˆngulo maior O problema, claro, e´ que o gra´fico de g na˜o e´ uma reta, e a a´rea A na˜o pode ser calculada imediatamente. No entanto, ela pode ser aproximada observando o seguinte: como a func¸a˜o e´ crescente, tem-se que g(0) ≤ g(x) ≤ g(2) para todo x ∈ [0, 2]. Logo, a a´rea A esta´ entre as a´reas de dois retaˆngulos, o menor de base 2 e altura g(0) e o maior de base 2 e altura g(2). Veja as figuras acima. Da´ı segue-se que 2 = 2× 1 = 2× g(0) ≤ A ≤ 2× g(2) = 2× 5 = 10 (1) Bem, concluir que a a´rea A esta´ entre 2 e 10 na˜o chega a ser emocionante! Mas o importante e´ que esse e´ o primeiro passo de aproximac¸o˜es cada vez melhores. 1 12 2 2 1 1 1 5 5 5 A a´rea A Uma soma inferior Uma soma superior O segredo esta´ em dividir o domı´nio em intervalos menores, e aplicar o passo acima em cada um desses pequenos intervalos. Por exemplo, considere a partic¸a˜o 0 < 1 < 2 do intervalo [0, 2]. Enta˜o, como g e´ crescente, tem-se que g(0) ≤ g(x) ≤ g(1) para todo x ∈ [0, 1] e g(1) ≤ g(x) ≤ g(2) para todo x ∈ [1, 2]. Com o auxilio das figuras acima, da´ı segue-se que ∗Texto digitado e diagramado por Deivid Vale a partir de suas anotac¸o˜es de sala 3 = g(0)× 1 + g(1)× 1 ≤ A ≤ g(1)× 1 + g(2)× 1 = 7 (2) O´timo. Apesar de ainda na˜o ser uma boa aproximac¸a˜o, ja´ melhorou em relac¸a˜o a` anterior. Ale´m disso, repetindo-se esses passos as aproximac¸o˜es ficam cada vez melhores. O lado esquerdo das desigualdades (1) e (2) e´ dito uma soma inferior da func¸a˜o g, por calcular aproximac¸o˜es a menor da a´rea A. Como no caso acima, passando do valor 2 para o 3, essas somas aumentam com o aumento do nu´mero de partic¸o˜es do intervalo. O lado direito das desigualdades (1) e (2) e´ dito uma soma superior da func¸a˜o g, por calcular aproximac¸o˜es a maior da a´rea A. Tambe´m como no caso acima, passando do valor 10 para o 7, essas somas diminuem com o aumento do nu´mero de partic¸o˜es do intervalo. Esta e´ uma boa maneira de calcular aproximac¸o˜es, por meio das somas inferiores e supe- riores. As primeiras aumentam e as segundas diminuem, e a a´rea esta´ sempre entre elas. No entanto, as somas inferiores e superiores apresentam um problema pra´tico importante. E´ necessa´rio saber o mı´nimo e o ma´ximo da func¸a˜o em cada subintervalo do domı´nio. No exemplo acima isso foi fa´cil porque a func¸a˜o e´ crescente: o mı´nimo ocorre no lado esquerdo de cada subintervalo, e o ma´ximo no lado direito. Mas isso na˜o seria ta˜o fa´cil, por exemplo, para a func¸a˜o cujo gra´fico esta´ ilustrado ao lado. A figura mostra uma soma inferior, e percebe-se que, dependendo da partic¸a˜o do domı´nio, na˜o e´ tarefa fa´cil determinar o valor mı´nimo da func¸a˜o em cada subintervalo. As Somas de Riemann O problema com as somas inferiores e superiores pode ser contornado usando-se as somas de Riemann, como indicado abaixo. Considere uma partic¸a˜o P = {0 = x0 < x1 < · · · < xm−1 < xm = 2} do intervalo [0, 2]. Para cada i = 1, 2, . . . , m escolhe-se um ponto qualquer si ∈ [xi−1, xi]. Com essas escolhas, e com a mesma func¸a˜o g acima, forma-se a soma de Riemann SR(g,P) = m∑ i=1 g(si)∆xi onde ∆xi = xi − xi−1 e´ o comprimento do intervalo [xi−1, xi]. Cada termo desta soma representa a a´rea de um retaˆngulo de altura g(si) e base ∆xi, e a soma dessas a´reas e´ uma aproximac¸a˜o para a a´rea A. As figuras abaixo ilustram essas somas no caso da partic¸a˜o 0 < 1 < 2 e com duas escolhas diferentes dos si’s. 1 1s1 s2 s1 s22 2 2 A a´rea A Uma soma de Riemann Outra soma de Riemann A partir das figuras percebe-se que, se forem escolhidos s1 = 0 e s2 = 1, enta˜o a soma de Riemann coincide com a soma inferior. Analogamente, se forem escolhidos s1 = 1 e s2 = 2, enta˜o a soma coincide com a soma superior. Ca´lculo III Notas da Aula 13 2/7 Assim, as somas inferiores e superiores sa˜o casos particulares das somas de Riemann. E´ claro que sa˜o casos particulares importantes porque, para cada partic¸a˜o P, a soma inferior e´ o menor, e a soma superior o maior, valor que as somas de Riemann podem assumir. Em particular, uma soma de Riemann qualquer esta´ entre a soma inferior e a superior. Da´ı segue-se que tambe´m as somas de Riemann se aproximam da a´rea a` medida que se aumenta o nu´mero de pontos da partic¸a˜o. De fato, o que e´ importante na˜o e´ aumentar o nu´mero de pontos da partic¸a˜o, mas diminuir os tamanhos ∆xi dos intervalos [xi−1, xi]. O que se pretende e´ que todos esses tamanhos diminuam. Para isso, dada uma partic¸a˜o P = {0 = x0 < x1 < · · · < xm−1 < xm = 2}, define-se a sua norma por ‖P‖ = maior dos comprimentos ∆xi com i = 1, 2, ..., m E´ claro que, se ‖P‖ diminui, enta˜o todos os comprimentos ∆xi tambe´m diminuem, e pode-se finalmente definir a integral como sendo o limite∫ 2 0 g(x)dx = lim ‖P‖→0 SR(g,P) Esta e´ a definic¸a˜o da integral, e dela decorre todas as propriedades que a integral tem. 2 Por exemplo, e´ fa´cil deduzir da definic¸a˜o que a integral de uma soma e´ a soma das integrais. Pode-se tambe´m cal- cular boas aproximac¸o˜es para a integral. Conforme a figura ao lado, obte´m-se uma boa aproximac¸a˜o para a a´rea A di- vidindo o intervalo [0, 2] em 10 subintervalos e escolhendo os si ′s como sendo os pontos me´dios desses intervalos. Neste caso o valor da soma e´ SR(g,P) = 10∑ i=1 g(si)∆xi = 4, 660 O Teorema Fundamental do Ca´lculo As somas de Riemann, ou equivalentes, ja´ eram conhecidas dos antigos gregos, que cal- cularam a a´rea do c´ırculo com ideias semelhante. A novidade do Ca´lculo e´ que a integral pode ser calculada de uma forma indireta, mais fa´cil que a definic¸a˜o. Para isso, e´ importante lembrar um outro resultado, conhecido como o Teorema 1 (do Valor Me´dio). Se G(x) e´ cont´ınua em [a, b] e deriva´vel em (a, b), enta˜o existe s ∈ (a, b) tal que G(b)−G(a) b− a = G′(s) A figura ilustra o significado geome´trico do teorema. Ele afirma que a inclinac¸a˜o da reta por (a,G(a)) e (b, G(b)) (o lado esquerdo da igualdade acima) e´ igual a` inclinac¸a˜o da tangente ao gra´fico em algum ponto s ∈ (a, b). a s b G(a) G(b) Pode-se ainda escrever a igualdade como G(b)−G(a) = G′(s)(b− a) e interpreta´-la assim: a diferenc¸a G(b)−G(a) (no eixo Oy) e´ proporcional a` diferenc¸a b−a (no eixo Ox), com constante de proporcionalidade igual a` derivada G′(s) para algum s ∈ (a, b). Ca´lculo III Notas da Aula 13 3/7 O surpreendente e´ que esse teorema faz uma ponte extremamente elegante entre as derivadas e as integrais. De fato, suponha que G seja uma primitiva de g(x) = 1 + x2, isto e´, tal que G′(x) = g(x). Por exemplo, pode-se escolher G(x) = x + x3/3, mas poderia ser qualquer outra primitiva. Enta˜o, existe algum s ∈ [0, 2] tal que G(2)−G(0) = G′(s)(2− 0) = g(s)(2− 0) Veja que igualdade interessante. No gra´fico de G(x), ela significa uma proporc¸a˜o entre os tamanhos G(2)− G(0) e 2 − 0. Ja´ no gra´fico de g(x) ela significa uma a´rea retangular, de base 2− 0 e altura g(s). Esta situac¸a˜o esta´ ilustrada na coluna do meio da figuraa seguir. s s g(s) s1 1 s2 s1 1 s2 G(2) G(2) G(2) g(s1) g(s2) 2 2 2 2 2 2 A a´rea A Gra´fico de G Primeiro passo Segundo passo Acompanhe agora a terceira coluna. Ela ilustra o uso do Teorema do Valor Me´dio nos subintervalos da partic¸a˜o 0 < 1 < 2. Assim, existem s1 ∈ [0, 1] e s2 ∈ [1, 2] tais que G(2)−G(0) = G(2)−G(1) +G(1)−G(0) = G′(s2)(2− 1) +G ′(s1)(1− 0) = g(s2)(2− 1) + g(s1)(1− 0) = g(s2)∆x2 + g(s1)∆x1 em que o u´ltimo termo e´ uma soma de Riemann da func¸a˜o g. O truque usado acima, de somar e subtrair G(1), e´ conhecido como uma soma telesco´pica. E´ claro enta˜o que, dada uma partic¸a˜o P = {0 = x0 < x1 < · · · < xm−1 < xm = 2} de [0, 2], pode-se somar e subtrair G(xi) e concluir que existem si ∈ [xi−1, xi] tais que G(2)−G(0) = m∑ i=1 G(xi)−G(xi−1) = m∑ i=1 G′(si)∆xi = m∑ i=1 g(si)∆xi Resumindo: para cada partic¸a˜o P de [0, 2], existem si ∈ [xi−1, xi] tais que G(2)−G(0) = m∑ i=1 g(si)∆xi = SR(g,P) Agora fica claro que, passando ao limites com ‖P‖ → 0, obte´m-se o Ca´lculo III Notas da Aula 13 4/7 Teorema 2 (Fundamental do Ca´lculo). Se g : [a, b]→ R e´ cont´ınua com primitiva G, enta˜o∫ b a g(x) dx = G(b)−G(a) Em particular, como G(x) = x+ x3/3 e´ uma primitiva de g(x) = 1 + x2, segue-se que a a´rea A sob o gra´fico de g no intervalo [0, 2] e´∫ 2 0 g(x) dx = G(2)−G(0) = 2 + 23/3 ≈ 4, 66667 Integrac¸a˜o em Va´rias Varia´veis Suponha que, ate´ o momento, so´ se conhec¸a a integral de func¸o˜es de uma varia´vel. A partir da´ı, como calcular, por exemplo, o volume V abaixo do gra´fico da func¸a˜o f : D → R, onde D = [0, 2]× [0, 2] e f(x, y) = 1 + x2 + y2? x x xy y y O volume V O paralelep´ıpedo menor O paralelep´ıpedo maior O problema, claro, e´ que o gra´fico de f na˜o e´ um plano, e o volume V na˜o pode ser calculado imediatamente. No entanto, ele pode ser aproximado observando o seguinte: a func¸a˜o e´ tal que f(0, 0) ≤ f(x, y) ≤ f(2, 2) para todo (x, y) ∈ D; logo, o volume V esta´ entre os volumes de dois paralelep´ıpedos, o menor de base 2× 2 e altura f(0, 0) e o maior de base 2× 2 e altura f(2, 2). Veja as figuras acima. Da´ı segue-se que 4 = 2× 2× f(0, 0) ≤ V ≤ 2× 2× f(2, 2) = 36 Bem, de novo, concluir que o volume V esta´ entre 4 e 36 na˜o parece muito animador! Mas agora ja´ se sabe que o segredo esta´ em dividir o domı´nio em retaˆngulos menores, e aplicar o passo acima em cada um desses pequenos retaˆngulos. 2 x2 x4x1 x1 x2 x3 2 y3 y3 y2 y2 y1 y1 As figuras acima ilustram algumas partic¸o˜es poss´ıveis do domı´nio. Em geral, sejam P1 = {0 = x0 < x1 < · · · < xm−1 < xm = 2} uma partic¸a˜o de [0, 2] ao longo do eixo Ox e P2 = {0 = y0 < y1 < · · · < yn−1 < yn = 2} uma partic¸a˜o de [0, 2] ao longo do eixo Oy, e indique por ∆xi = xi − xi−1 e ∆yj = yj − yj−1 os comprimentos dos respectivos intervalos. A partic¸a˜o P = P1 × P2 do domı´nio D corresponde a fazer o produto cartesiano dos intervalos Rij = [xi−1, xi] × [yj−1, yj], obtendo retaˆngulos Rij de a´reas ∆xi ∆yj. A norma desta partic¸a˜o e´, por definic¸a˜o, o nu´mero ‖P‖ = √ ‖P1‖2 + ‖P2‖2 de modo que ‖P‖ → 0 se, e somente se, ‖P1‖ → 0 e ‖P2‖ → 0. Ca´lculo III Notas da Aula 13 5/7 Correspondente a` partic¸a˜o P podem ser definidas a soma inferior, a soma superior, ou mesmo uma soma de Riemann qualquer. Essas u´ltimas sa˜o mais fa´ceis e, para isso, devem ser escolhidos si∈ [xi−1, xi] e tj∈ [yj−1, yj]. Enta˜o, a soma de Riemann correspondente e´ SR(f,P) = n∑ j=1 m∑ i=1 f(si, tj)∆xi ∆yj Cada termo desta soma representa o volume de um paralelep´ıpedo de altura f(si, tj) e a´rea da base ∆xi ∆yj, e a soma desses volumes e´ uma aproximac¸a˜o para o volume V . x y A figura ao lado ilustra essa soma no caso das partic¸o˜es P1 = 0 < 1/2 < 1 < 3/2 < 2 e P2 = 0 < 2/3 < 4/3 < 2 e com (si, tj) sendo o centro do retaˆngulo Rij . Neste caso, ∆xi = 1/2 e ∆yj = 2/3 para todo i e j, e na˜o e´ dif´ıcil verificar que a aproximac¸a˜o correspondente para o volume e´ SR(f,P) = 3∑ j=1 4∑ i=1 f(si, tj)∆xi ∆yj ≈ 14, 44 Exatamente como antes, define-se a integral dupla de f sobre o domı´nio D como sendo∫∫ D f(x, y) dxdy = lim ‖P‖→0 SR(f,P) Desta definic¸a˜o seguem todas as propriedades da integral dupla, o que sera´ visto adiante. No entanto, tambe´m como no caso de uma varia´vel, a definic¸a˜o na˜o e´ uma maneira pra´tica de calcular a integral dupla, e vale procurar maneiras alternativas de se fazer esse ca´lculo. As Integrais Iteradas As integrais duplas podem ser calculadas, e de maneira mais fa´cil que a definic¸a˜o, por meio das integrais iteradas, como indicado a seguir. Para isso, considere a partic¸a˜o P = P1×P2 como definida acima, onde P1 e´ uma partic¸a˜o de [0, 2] ao longo do eixo Ox e P2 uma partic¸a˜o de [0, 2] ao longo do eixo Oy. A soma de Riemann correspondente pode ser organizada na forma n∑ j=1 m∑ i=1 f(si, tj)∆xi ∆yj = n∑ j=1 ( m∑ i=1 f(si, tj)∆xi ) ∆yj (3) o que corresponde a, primeiro, fixar o ı´ndice j e somar em i de 1 a m e, em seguida, somar os resultados em j de 1 a n. Organizando a soma desta forma obte´m-se que a soma interna∑m i=1 f(si, tj)∆xi e´ uma soma de Riemann da func¸a˜o de uma varia´vel g(x) = f(x, tj). Muito interessante, pois ja´ se sabe tudo sobre func¸o˜es de uma varia´vel! De fato, cada termo ( ∑m i=1 f(si, tj)∆xi)∆yj da soma em (3) e´ o volume de um so´lido formado por paralelep´ıpedos, de largura ∆yj e laterais que sa˜o aproximac¸o˜es da a´rea abaixo do gra´fico da func¸a˜o g(x) = f(x, tj). Este so´lido esta´ ilustrado na figura do meio a seguir. x x xy y y ∆yj ∆yj Ca´lculo III Notas da Aula 13 6/7 Passando ao limite com ‖P1‖ → 0 obte´m-se o so´lido que esta´ ilustrado a` direita, de volume( lim ‖P1‖→0 m∑ i=1 f(si, tj)∆xi ) ∆yj = (∫ 2 0 f(x, tj) dx ) ∆yj = A(tj)∆yj onde foi usada a notac¸a˜o A(y) = ∫ 2 0 f(x, y) dx, que e´ a a´rea abaixo do gra´fico da func¸a˜o g(x) = f(x, y). Esta a´rea e´ tambe´m dita a a´rea da sec¸a˜o transversal pelo ponto (0, y). Finalmente, como ‖P‖ → 0 se, e somente se, ‖P1‖ → 0 e ‖P2‖ → 0, segue-se que∫∫ D f(x, y) dxdy = lim ‖P‖→0 n∑ j=1 m∑ i=1 f(si, tj)∆xi ∆yj = lim ‖P2‖→0 n∑ j=1 ( lim ‖P1‖→0 m∑ i=1 f(si, yj)∆xi ) ∆yj = lim ‖P2‖→0 n∑ j=1 A(tj)∆yj Ora! O u´ltimo termo desta igualdade e´ o limite das somas de Riemann da func¸a˜o A(y). Por definic¸a˜o, este limite e´ a integral da func¸a˜o A(y) no intervalo [0, 2], e portanto∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ 2 0 A(y) dy = ∫ 2 0 (∫ 2 0 f(x, y) dx ) dy Surpresa! A integral dupla pode ser calculada iteradamente por meio de integrais simples. Calcula-se a integral da func¸a˜o f(x, y) na varia´vel x para se obter a a´rea da sec¸a˜o transversal; em seguida, integra-se essas a´reas para se obter o volume. No exemplo em estudo, em que f(x, y) = 1 + x2 + y2, tem-se que∫∫ D f(x, y) dxdy = ∫ 2 0 (∫ 2 0 (1 + x2 + y2) dx ) dy = ∫ 2 0 ( 2 + 23/3 + 2y2 ) dy = 44/3 ≈ 14, 6667 Ca´lculo III Notas da Aula 13 7/7
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