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Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Prof. Celius A. Magalha˜es Ca´lculo III Notas da Aula 32∗ Integrais de Superf´ıcie As integrais de linha, a um paraˆmetro, medem comprimento, massa ou fluxo ao longo de curvas. As integrais de superf´ıcie sa˜o uma generalizac¸a˜o dessas integrais para as superf´ıcies. Sa˜o integrais a dois paraˆmetros que, agora, medem a´rea, massa ou fluxo atrave´s de superf´ıcies. Superf´ıcies Parame´tricas O primeiro exemplo de uma superf´ıcie e´ o gra´fico de uma func¸a˜o diferencia´vel f : D → R, com D ⊂ R2, que e´ o conjunto S = {(x, y, f(x, y)) ∈ R3; (x, y) ∈ D}. A superf´ıcie S pode ser descrita por meio da func¸a˜o vetorial ϕ : D → R3 dada por ϕ(x, y) = (x, y, f(x, y)) Com essa notac¸a˜o tem-se que S = ϕ(D), a imagem de D por ϕ, o que e´ uma maneira de descrever S por meio dos paraˆmetros x e y. Assim, ϕ e´ dita uma parametrizac¸a˜o de S, ou que S e´ uma superf´ıcie parame´trica. Para x = x0 fixo, y 7→ ϕ(x0, y) = (x0, y, f(x0, y)) e´ uma func¸a˜o que descreve um caminho sobre a superf´ıcie S, e e´ dito um caminho coordenado. A figura ao lado ilustra o caminho juntamente com o seu vetor velocidade no ponto y0, que e´ o limite do quociente de Newton x0 y0 ϕy D S ϕy(x0, y0) = lim ∆y→0 ϕ(x0, y0 +∆y)− ϕ(x0, y0) ∆y (1) = lim ∆y→0 ( 0, 1, f(x0, y0 +∆y)− f(x0, y0) ∆y ) = (0, 1, fy(x0, y0)). Analogamente, para y = y0 fixo, a func¸a˜o x 7→ ϕ(x, y0) = (x, y0, f(x, y0)) e´ tambe´m um caminho coordenado cujo vetor velocidade no ponto x0 e´ ϕx(x0, y0) = lim ∆x→0 ϕ(x0 +∆x, y0)− ϕ(x0, y0) ∆x (2) = lim ∆x→0 ( 1, 0, f(x0 +∆x, y0)− f(x0, y0) ∆x ) = (1, 0, fx(x0, y0)). ϕx ϕy ϕx × ϕy Tanto ϕx como ϕy sa˜o vetores do plano tangente, e portanto ϕx×ϕy e´ um vetor normal a` superf´ıcie. Usando as expresso˜es obtidas acima segue-se que ϕx × ϕy = det i j k1 0 fx 0 1 fy = (−fx,−fy, 1) Em particular a norma ‖ϕx × ϕy‖ = √ 1 + f 2x + f 2 y e´ sempre diferente de zero, o que sera´ usada logo adiante. ∗Texto digitado e diagramado por Ange´lica Lorrane a partir de suas anotac¸o˜es de sala Ana´logo aos caminhos no plano, que podem ou na˜o ser gra´ficos de func¸o˜es, tambe´m as superf´ıcies podem ou na˜o ser gra´ficos de func¸o˜es. Por exemplo a esfera, que na˜o e´ gra´fico, pode ser parametrizada usando as coordenadas esfe´ricas. Para isso, considere o domı´nio D = (0, 2pi)× (0, pi) e a func¸a˜o vetorial ϕ : D → R3 dada por ϕ(θ, φ) = (R sen(φ) cos(θ), R sen(φ) sen(θ), R cos(φ)) que sa˜o as coordenadas esfe´ricas com raio constante ρ = R. Enta˜o a imagem S = ϕ(D) e´ a esfera de raio R menos o meridiano correspondente ao aˆngulo θ = 0. θ φ ϕθ ϕφ D Sϕ As figuras acima ilustram a esfera juntamento com alguns caminhos coordenados e seus respectivos vetores velocidades, que sa˜o dados por ϕθ(θ, φ) = (−R sen(φ) sen(θ), R sen(φ) cos(θ), 0) ϕφ(θ, φ) = (R cos(φ) cos(θ), R cos(φ) sen(θ),−R sen(φ)) Um ca´lculo longo mostra que ϕθ(θ, φ)× ϕφ(θ, φ) = −R sen(φ)ϕ(θ, φ). Como sen(φ) > 0 para φ ∈ (0, pi), daqu´ı segue-se que ‖ϕθ × ϕφ‖ = |R sen(φ)|‖ϕ(θ, φ)‖ = R2 sen(φ) e, em particular, ‖ϕθ × ϕφ‖ na˜o se anula no domı´nio D. Em geral, uma superf´ıcie parame´trica e´ aquela que pode ser descrita por meio de uma parametrizac¸a˜o regular, segundo a pro´xima definic¸a˜o. Definic¸a˜o 1. A func¸a˜o vetorial ϕ : D → R3 e´ uma parametrizac¸a˜o regular de S = ϕ(D) se i) ϕ e´ diferencia´vel; ii) ‖ϕθ × ϕφ‖ na˜o se anula em D; iii) ϕ : D → S e´ injetiva e ϕ−1 : S→ D e´ cont´ınua. ϕθ ϕφ A A condic¸a˜o de que ‖ϕθ × ϕφ‖ na˜o se anule esta´ relacionada com uma comparac¸a˜o entre a´reas a ser vista a seguir. Com efeito, segundo o Lema 1 da Aula 22, A = ‖ϕθ×ϕφ‖ e´ a a´rea do paralelogramo gerado por ϕθ e ϕφ, a´rea que pode ser calculada diretamente a partir do vetor ϕθ × ϕφ, ou enta˜o indiretamente pela fo´rmula ‖ϕθ × ϕφ‖ = √‖ϕθ‖2‖ϕφ‖2 − 〈ϕθ, ϕφ〉2. Revendo os exemplos acima, do gra´fico e da esfera, verifica-se que eles satisfazem as condic¸o˜es para serem parametrizac¸o˜es regulares. De fato, isso e´ claro para o caso de gra´ficos. Para o caso da esfera, e´ importante observar que a retirada de um meridiano e´ o que garante que a func¸a˜o inversa ϕ−1 : S→ D e´ cont´ınua. Lembrando: Comprimento de Arco Como guia para o que se vai fazer adiante, vale lembrar como e´ calculado o comprimento de um caminho C de parametrizac¸a˜o P (t) = (x(t), y(t)), com ‖P ′(t)‖ 6= 0 ∀t ∈ [a, b]. O primeiro passo e´ fazer um ca´lculo local, comparando o comprimento de um pequeno intervalo [t, t +∆t] do domı´nio com o comprimento do caminho entre P (t) e P (t+∆t). Ca´lculo III Notas da Aula 32 2/6 t t+∆t P P ′(t)∆t P (t) P (t+∆t) Usando a figura como guia, e lembrando da definic¸a˜o do vetor velocidade lim ∆t→0 P (t+∆t)− P (t) ∆t = P ′(t) pode-se usar a aproximac¸a˜o P (t + ∆t) − P (t) ≈ P ′(t)∆t no caso em que ∆t e´ pequeno. Assim, nesse caso, o comprimento entre P (t) e P (t+∆t) pode ser aproximado por ‖P (t+∆t)− P (t)‖ ≈ ‖P ′(t)‖∆t Feito o ca´lculo local, o passo seguinte e´ a globalizac¸a˜o por meio das somas de Riemann. Para isso escolhe-se uma partic¸a˜o [a, b] = ∪Ii do intervalo [a, b], onde cada Ii = [ti, ti +∆ti] e´ um pequeno intervalo. O comprimento de cada imagem pode enta˜o ser aproximado por ‖P (ti +∆ti)− P (ti)‖ ≈ ‖P ′(ti)‖ ∆ti, e o comprimento total por comprimento de C ≈ ∑ ‖P (ti +∆ti)− P (ti)‖ ≈ ∑ ‖P ′(ti)‖ ∆ti aproximac¸a˜o ta˜o melhor quanto menor forem os ∆ti. O lado direito desta igualdade e´ uma soma de Riemann e, passando ao limite com a norma da partic¸a˜o tendendo a zero, obte´m-se comprimento de C = ∫ b a ‖P ′(t)‖ dt Essa integral e´ denotada por ∫ C ds, e ds = ‖P ′(t)‖ dt e´ o elemento comprimento de arco do caminho. Assim, se P : [a, b] → R2 e´ uma parametrizac¸a˜o regular de C = P ([a, b]), enta˜o∫ C ds = ∫ b a ‖P ′(t)‖ dt A´rea de Superf´ıcie Usando a estrutura acima como modelo, o primeiro passo para se calcular a a´rea de uma superf´ıcie e´ fazer um ca´lculo local, comparando a a´rea de um pequeno retaˆngulo R̂ do domı´nio com a a´rea da imagem R = ϕ(R̂). Considere enta˜o uma parametrizac¸a˜o regular ϕ : D → R3 de S = ϕ(D). Considere ainda um ponto (x, y) ∈ D e comprimentos ∆x e ∆y pequenos o suficiente para que o retaˆngulo R̂ = [x, x+∆x]× [y, y +∆y] esteja contido em D, e indique a imagem por R = ϕ(R̂). x y x+ ∆ x y +∆y ϕ(x, y) ϕ(x, y +∆y) ϕ(x+∆x, y) ϕy(x, y)∆y ϕ x (x , y )∆ x R̂ R ϕ Usando a figura como guia, e lembrando das definic¸o˜es dos vetores velocidades dadas em (1) e (2), para ∆x e ∆y pequenos tem-se que ϕ(x+∆x, y)− ϕ(x, y) ≈ ϕx(x, y)∆x e ϕ(x, y +∆y)− ϕ(x, y) ≈ ϕy(x, y)∆y Ca´lculo III Notas da Aula 32 3/6 de onde segue-se que a a´rea de R pode ser aproximada pela a´rea do paralelogramo gerado por ϕx(x, y)∆x e ϕy(x, y)∆y. Ora! Segundo o que foi lembrado acima, a a´rea deste paralelogramo e´ o mo´dulo do produto vetorial entre os dois vetores. Assim a´rea de R ≈ ‖(ϕx(x, y)∆x)× (ϕy(x, y)∆y)‖ = ‖ϕx(x, y)× ϕy(x, y)‖ ∆x∆y = ‖ϕx(x, y)× ϕy(x, y)‖ a´rea de R̂ (3) Surpresa! As duas a´reas podem ser comparadas por meio do fator ‖ϕx × ϕy‖. Assim, esse fator desempenha um papel semelhante ao do ‖P ′(t)‖ no caso de caminhos. Essa semelhanc¸a e´ ainda maior no caso de gra´ficos. Com efeito, se P (x) = (x, g(x)) parametriza o gra´fico da func¸a˜o g(x), enta˜o ‖P ′(x)‖ = √1 + g′(x)2. Analogamente, se ϕ(x, y) = (x, y, f(x, y)) parametriza o gra´fico da func¸a˜o f(x, y), enta˜o ja´ foi visto que ‖ϕx × ϕy‖ = √ 1 + f 2x + f 2 y nesse caso. Fica enta˜o claro que o caso de superf´ıcies e´ uma generalizac¸a˜o natural do caso de caminhos. A comparac¸a˜o vai inclusive mais longe. Nos dois casos, a partir do ca´lculo local, os resultados podem ser globalizados por meio das somas de Riemann.De fato, escolhendo-se uma partic¸a˜o D = ∪R̂ij do domı´nio D, onde cada R̂ij = [xi, xi +∆xi]× [yj, yj +∆yj] e´ um pequeno retaˆngulo, de (3) obte´m-se que a a´rea de Rij = ϕ(R̂ij) pode ser aproximada por a´rea de Rij ≈ ‖ϕx(xi, yj)× ϕy(xi, yj)‖ ∆xi∆yj Como S = ϕ(D) = ϕ(∪R̂ij) = ∪ϕ(R̂ij) = ∪Rij , a a´rea de S pode ser aproximada por a´rea de S = ∑∑ a´rea de Rij ≈ ∑∑ ‖ϕx(xi, yj)× ϕy(xi, yj)‖ ∆xi∆yj aproximac¸a˜o ta˜o melhor quanto menores forem os ∆xi e ∆yj. Como o lado direito da igualdade acima e´ uma soma de Riemann da func¸a˜o ‖ϕx × ϕy‖, passando ao limite com a norma da partic¸a˜o tendendo a zero deve-se ter que a´rea de S = ∫∫ D ‖ϕx(x, y)× ϕy(x, y)‖ dxdy Abreviadamente usa-se a notac¸a˜o ∫∫ S dS para indicar essa a´rea, e dS = ‖ϕx×ϕy‖ dxdy e´ dito o elemento de a´rea da superf´ıcie. Assim, por definic¸a˜o, se ϕ : D → R3 e´ uma parametriza- c¸a˜o regular de S = ϕ(D), enta˜o∫∫ S dS = ∫∫ D ‖ϕx(x, y)× ϕy(x, y)‖ dxdy Exemplo 1. Sejam D o disco de raio R e f : D → R a func¸a˜o f(x, y) = H R √ x2 + y2, cujo gra´fico e´ um cone de raio R e altura H > 0. Calcule a a´rea do gra´fico de f . Soluc¸a˜o. Esse exemplo e´ interessante porque permite comparar os resultados obtidos de duas maneiras diferentes: usando integrais de superf´ıcie e planificando o cone. R HA B C A B C √ R 2 + H 2 √ R2 + H 2 2piR Para planificar, basta cortar ao longo de AC, como indicado na figura da esquerda, para enta˜o transformar o cone no setor circular da figura da direita, e isso sem alterar sua a´rea. Ca´lculo III Notas da Aula 32 4/6 Na figura da esquerda o c´ırculo de raio R tem comprimento 2piR, c´ırculo que comec¸a no ponto A e termina no ponto B. Ale´m disso, por Pita´goras, o segmento AC tem comprimento√ R2 +H2. Estes sa˜o os mesmos comprimentos na figura da direita: √ R2 +H2 para o segmento AC e 2piR para o arco AB ) . Ora, por proporcionalidade, a´rea do setor circular comprimento 2piR do arco AB ) = a´rea do disco comprimento do c´ırculo = pi(R2 + h2) 2pi √ R2 + h2 de onde segue-se que a a´rea procurada e´ piR √ R2 +H2. Para usar integrais de superf´ıcie o primeiro passo e´ calcular as derivadas parciais fx(x, y) = H R x√ x2 + y2 e fy(x, y) = H R y√ x2 + y2 Em seguida, como o cone e´ o gra´fico da func¸a˜o f , o elemento de a´rea e´ dado por dS = √ 1 + f 2x + f 2 y dxdy = √ 1 +H2/R2 dxdy = 1 R √ R2 +H2 dxdy Da´ı segue-se que a a´rea do cone e´ igual a∫∫ S dS = ∫∫ D 1 R √ R2 +H2 dxdy = 1 R √ R2 +H2 ∫∫ D dxdy = 1 R √ R2 +H2 piR2 = piR √ R2 +H2 que e´ o mesmo valor obtido com a planificac¸a˜o. Essa comparac¸a˜o funciona como uma aˆncora, para esclarecer e dar seguranc¸a ao que se esta fazendo. � Exemplo 2. Calcule a a´rea da esfera de raio R. Soluc¸a˜o. A a´rea da esfera pode ser justificada por meio de um racioc´ınio simples, que na˜o chega a ser uma demon- strac¸a˜o, mas da´ uma boa ideia do que esta´ acontecendo. Para isso, considere a concha esfe´rica entre os raios R e R+∆R, conforme ilustra a figura. Apesar de na˜o ser plana, a concha tem a propriedade interessante de que, em cada ponto, a sua altura e´ constante e igual a ∆R. R R+∆R Pode-se enta˜o imaginar uma a´rea plana A(R,∆R), que dependa tanto de R como de ∆R, que fosse a “a´rea da base” do volume da concha. Nesse caso, o volume seria “a´rea da base vezes altura”, isto e´, A(R,∆R)∆R, e e´ claro que A(R,∆R) deve aproximar a a´rea da esfera. Ora, o volume da concha e´ V (R+∆R)−V (R), onde V (R) = 4 3 piR3 e´ o volume da esfera de raio R. Igualando esses volumes e dividindo por ∆R obte´m-se que A(R,∆R) = V (R +∆R)− V (R) ∆R Caramba! A “a´rea da base” e´ o quociente de Newton da func¸a˜o V (R). Passando ao limite com ∆R→ 0, deve-se ter que a a´rea da esfera e´ igual a` derivada A(R) = V ′(R) = 4piR2. Este valor esta´ mesmo correto, conforme os ca´lculos com as integrais de superf´ıcie. De fato, se parametrizada pelas coordenadas esfe´rica ϕ : D → R3, onde D = (0, 2pi) × (0, pi), o elemento de a´rea da esfera e´ dS = R2 sen(φ) dθdφ, conforme o que foi visto acima. Da´ı segue-se que a a´rea da esfera de raio R e´ dada por∫∫ S dS = ∫∫ D R2 sen(φ) dθdφ = R2 ∫ 2pi 0 (∫ pi 0 sen(φ) dφ ) dθ = R2 ∫ 2pi 0 2 dθ = 4piR2 � Ca´lculo III Notas da Aula 32 5/6 Exemplo 3. Calcule a a´rea do gra´fico de f(x, y) = 1 2 (x2 + y2) definida no disco de raio R. R R2/2 Soluc¸a˜o. O domı´nio e´ D = {(x, y) ∈ R2; x2 + y2 ≤ R2}, e o gra´fico de f e´ um paraboloide, conforme ilustra a figura. Este exemplo e´ interessante porque, agora, na˜o se tem nada com o que comparar! O jeito e´ confiar nas integrais de superf´ıcie, nada mais. De fato, a comparac¸a˜o so´ pode ser feita em casos muito simples. Na maioria das vezes a integral de superf´ıcie e´ o u´nico ca´lculo poss´ıvel, e isso quando a integral pode ser calculada! No caso do exemplo, entretanto, os ca´lculos sa˜o bem simples: calcula-se as derivadas parciais fx(x, y) = x e fy(x, y) = y e o elemento de a´rea da superf´ıcie dS = √ 1 + f 2x + f 2 y dxdy = √ 1 + x2 + y2 dxdy Em seguida, usando coordenadas polares e a substituic¸a˜o u = 1 + r2, obte´m-se que a a´rea e´∫∫ S dS = ∫∫ D √ 1 + x2 + y2 dxdy = ∫∫ D̂ √ 1 + r2 r drdθ = 2pi ∫ R 0 √ 1 + r2 r dr = pi ∫ 1+R2 1 u1/2 du = 2pi 3 ((1 +R2)3/2 − 1) � Ca´lculo III Notas da Aula 32 6/6
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