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FÁBIO HIDEO HAIBARA INGRID RANGEL SANTIAGO ISABELLE PONTES LOBO SÃO PAULO 2016 DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS FLEXÍVEIS: ESTUDO DE VIAS URBANAS 2 FÁBIO HIDEO HAIBARA INGRID RANGEL SANTIAGO ISABELLE PONTES LOBO Orientador: Célio Daroncho SÃO PAULO 2016 DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS FLEXÍVEIS: ESTUDO DE VIAS URBANAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi 3 FÁBIO HIDEO HAIBARA INGRID RANGEL SANTIAGO ISABELLE PONTES LOBO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Graduação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2016. ______________________________________________ Célio Daroncho ______________________________________________ Nome do professor da banca DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS FLEXÍVEIS: ESTUDO DE VIAS URBANAS Comentários:_________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4 AGRADECIMENTOS Ao Professor Me. Célio Daroncho, pela orientação, compreensão e disponibilidade durante a execução deste trabalho. A Professora Dra. Rita Moura Fortes que esteve presente em muitas fases e ajudou em algumas definições deste trabalho. As Profa. Dra. Lívia Passari e Luciana Tiemi Kataoka de Freitas por todo empenho e paciência com grupo. Aos nossos familiares pelo apoio, compreensão e incentivo aos estudos. 5 RESUMO Este estudo tem como foco principal fazer a análise dos defeitos de pavimentos flexíveis, fundamentada em bibliografias e normas atualizadas e em estudo prático de campo. Para tal, foram escolhidas algumas vias urbanas com trechos críticos de patologias, localizadas no distrito de Rio Pequeno, na zona Oeste da cidade de São Paulo. Através de visitas realizadas no local, foi feita avaliação funcional do pavimento, onde pode-se perceber diversos defeitos superficiais, que foram contados e classificados, afim de se obter o IGG (Índice de Gravidade Global) que permite a verificação da condição real do pavimento. Após as análises dos resultados foram propostas de soluções cabíveis para as patologias de acordo com a bibliografia consultada. A análise final permitiu verificar que as condições dos pavimentos da região estudada estão bastante precárias, onde pode-se observar a falta de cuidado e manutenção. Palavras Chave: Pavimento Flexível. Patologias. Defeitos. 6 ABSTRACT This study is mainly focused to the analysis of flexible pavements defects, based on updated bibliographies and standards and practical field of study. To this end, they were chosen some urban roads with critical sections of pathologies located in Rio Pequeno district, in the western part of the city of São Paulo. Through visits on site, it was made functional evaluation of the floor, where one can see many surface defects, which were counted and classified, in order to obtain the IGG (Global Severity Index) that allows the verification of the actual condition of the pavement . After analyzing the results were proposals for appropriate solutions to the pathologies according to the bibliography. The final analysis has shown that the conditions of the studied area floors are very precarious, which can be seen the lack of care and maintenance. Keywords: Flexible pavement. Pathologies. Defects. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 - Camadas genéricas de um pavimento flexível. ...................................... 22 Figura 3.2 - Esforços em pavimentos flexíveis: pressões concentradas. .................. 24 Figura 3.3 - Esforços em pavimentos rígidos: pressões distribuídas. ....................... 24 Figura 3.4 - Trinca isolada transversal. ..................................................................... 29 Figura 3.5 - Trinca isolada longitudinal. ..................................................................... 29 Figura 3.6 - Trinca interligada tipo bloco. .................................................................. 30 Figura 3.7 - Trinca interligada tipo jacaré. ................................................................. 30 Figura 3.8 - Afundamento de trilha de roda. .............................................................. 31 Figura 3.9 - Afundamento local. ................................................................................ 32 Figura 3.10 - Ondulação. ........................................................................................... 32 Figura 3.11 - Escorregamento. .................................................................................. 33 Figura 3.12 - Exsudação. .......................................................................................... 33 Figura 3.13 - Desgaste. ............................................................................................. 34 Figura 3.14 - Panela / buraco. ................................................................................... 34 Figura 3.15 - Remendo. ............................................................................................ 35 Figura 3.17 - Exemplo de demarcação de áreas para inventário de defeitos. .......... 38 Figura 3.18 - Treliça utilizada para medição de trilha de roda. .................................. 39 Figura 4.1 - Distrito de Rio Pequeno. ........................................................................ 44 Figura 4.2 - Trechos das vias que serão estudadas. ................................................. 46 Figura 4.3 - Trecho estudado do Segmento 1. .......................................................... 49 Figura 4.4 - Remendo de 2m..................................................................................... 50 Figura 4.5 - Remendo de 4m..................................................................................... 50 Figura 4.6 - Trinca Longitudinal. ................................................................................ 51 Figura 4.7 - Afundamento Plástico. ........................................................................... 51 Figura 4.8 - Remendo de 6m..................................................................................... 52 Figura 4.9 - Trinca longitudinal. ................................................................................. 52 Figura 4.10 - Remendo com fissuras e apresentando desgaste. .............................. 53 Figura 4.11 - Trincas transversais. ............................................................................ 53 Figura 4.12 - Trecho estudado do Segmento 2. ........................................................ 54 Figura 4.13 - Trinca transversal com erosão. ............................................................ 55 Figura 4.14 - Trincas tipo jacaré com afundamento e remendos. ............................. 56 Figura 4.15 - Remendo e trincas transversais. .......................................................... 56 8 Figura 4.16 - Afundamento e remendo. ..................................................................... 57 Figura 4.17 - Trincas e Exsudação. ...........................................................................57 Figura 4.18 - Trinca longitudinal e Afundamentos. .................................................... 58 Figura 4.19 - Trincas tipo jacaré e Afundamentos. .................................................... 58 Figura 4.20 - Remendo ............................................................................................. 59 Figura 4.21 - Fissuras e Trincas longitudinais. .......................................................... 59 Figura 4.22 - Fissuras e trincas tipo jacaré................................................................ 60 Figura 4.23 - Trecho estudado do Segmento 3. ........................................................ 61 Figura 4.24 - Remendo. ............................................................................................ 61 Figura 4.25 - Desgaste do Revestimento. ................................................................. 62 Figura 4.26 - Afundamento e Exsudação. ................................................................. 62 Figura 4.27 - Remendo ............................................................................................. 63 Figura 4.28 - Trincas e Remendo. ............................................................................. 63 Figura 4.29 - Trinca longitudinal, Exsudação, Desgaste e Remendo. ....................... 64 Figura 4.30 - Revestimento. ...................................................................................... 64 Figura 4.31 - Exsudação e Desgaste. ....................................................................... 65 Figura 4.32 - Remendo. ............................................................................................ 65 Figura 4.33 - Trincas, Afundamento, Desgaste e Remendo...................................... 66 Figura 4.34 - Trecho estudado do Segmento 4. ........................................................ 67 Figura 4.35 - Fissuras, Desgaste e Remendos. ........................................................ 67 Figura 4.36 - Trincas, Desgastes e Remendos ......................................................... 67 Figura 4.37 - Trincas, Desgastes e Remendo. .......................................................... 68 Figura 4.38 - Trincas, Panela e Desgaste. ................................................................ 69 Figura 4.39 - Trincas tipo jacaré. ............................................................................... 69 Figura 4.40 - Trinca, Jacaré e Remendo. .................................................................. 70 Figura 4.41 - Fissura, Trinca e Desgaste. ................................................................. 70 Figura 4.42 - Trinca, Afundamento e Remendo. ....................................................... 71 Figura 4.43 - Trincas tipo jacaré e Desgaste. ............................................................ 71 Figura 4.44 - Trincas ................................................................................................. 72 Figura 4.45 - Trecho estudado do Segmento 5. ........................................................ 73 Figura 4.46 - Trincas, Panela e Desgaste. ................................................................ 74 Figura 4.47 - Trincas longitudinais. ........................................................................... 74 Figura 4.48 - Fissuras, Trincas e Ondulação. ............................................................ 75 Figura 4.49 - Fissuras, Afundamentos, e Desgaste. ................................................. 75 Figura 4.50 - Trincas tipo jacaré, Escorregamentos, Desgaste e Remendo. ............ 76 9 Figura 4.51 - Fissuras, Afundamento e Remendo. .................................................... 76 Figura 4.52 - Trincas Longitudinais. .......................................................................... 77 Figura 4.53 - Afundamento. ....................................................................................... 77 Figura 4.54 - Trincas e Afundamentos. ..................................................................... 78 10 LISTA DE TABELAS Tabela 3-1 - Quadro resumo dos defeitos – Codificação e Classificação ................. 36 Tabela 3-2 - Valor do Fator de Ponderação .............................................................. 40 Tabela 3-3 - Conceitos de degradação do pavimento em função do IGG ................. 41 Tabela 3-4 - Quadro de diagnósticos de defeitos em pavimentos flexíveis ............... 42 Tabela 3-5 - Soluções leves para pavimentos sem problemas estruturais – Correções funcionais ................................................................................................. 43 Tabela 4-1 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 1 .......... 54 Tabela 4-2 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 2 .......... 60 Tabela 4-3 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 3 .......... 66 Tabela 4-4 - Inventário da Superfície do Pavimento – Segmento 4 .......................... 72 Tabela 4-5 - Inventário da Superfície do Pavimento – Segmento 5 .......................... 78 Tabela 4-6 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 1 ............................................ 80 Tabela 4-7 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 2 ............................................ 82 Tabela 4-8 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 3 ............................................ 83 Tabela 4-9 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 4 ............................................ 85 Tabela 4-10 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 5 .......................................... 86 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ALC Afundamento de Consolidação Local ALP Afundamento Plástico Local ATC Afundamento de Consolidação da Trilha ATP Afundamento Plástico da Trilha CAP Cimento Asfáltico de Petróleo CBUQ Concreto Betuminoso Usinado à Quente D Desgaste/ Desagregação DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte E Escorregamento EX Exsudação Média Aritmética dos valores médios das flechas medidas em mm nas TRI e TRE a Frequência Absoluta F Soma da Média entre as flechas e o desvio padrão médio em mm FI Fissuras fp Fator de Ponderação fr Frequência Relativa Média Aritmética das variâncias das flechas medidas em ambas as trilhas IGG Índice de Gravidade Global IGI Índice de Gravidade Individual J Trincas Interligadas tipo couro de Jacaré (sem erosão acentuada) JE Trincas Interligadas tipo couro de Jacaré (com erosão acentuada) n Número de estações inventariadas O Ondulação/ Corrugação P Panela ou Buraco PMF Pré Misturado à Frio PMQ Pré Misturado à Quente R Remendo RP Remendo Profundo 12 RS Remendo Superficial TB Trincas Isoladas de Bloco (sem erosão acentuada) TBE Trincas Isoladas de Bloco (com erosão acentuada) TRE Trilha de Roda Externa TLC Trincas Isoladas Longitudinais Curtas TLL Trincas Isoladas Longitudinais Longas TRI Trilha de Roda Interna TRR Trincas Isoladas de Retração TS Tratamentos Superficiais TTC Trincas Isoladas Transversais Longas TTL Trincas Isoladas Transversais Curtas 13 SUMÁRIO p. 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15 1.1 Objetivos ................................................................................................... 17 1.2 Justificativas ............................................................................................. 18 1.3 Abrangência .............................................................................................. 19 2 MÉTODO DE TRABALHO............................................................................. 20 3 PAVIMENTO .................................................................................................. 21 3.1 Classificação dos Pavimentos ................................................................ 23 3.2 Defeitos em Pavimentos Flexíveis .......................................................... 27 3.3 Avaliação Funcional de Pavimentos Flexíveis ....................................... 37 3.4 Restauração dos Defeitos em Pavimentos Flexíveis ............................ 41 4 AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM VIAS URBANAS .......................................... 44 4.1 Localização ............................................................................................... 45 4.2 Histórico e Características da Região .................................................... 46 4.3 Características das Vias .......................................................................... 47 4.4 Avaliação Funcional da Superfície ......................................................... 48 4.5 Resultados ................................................................................................ 49 5. CONDIÇÕES FUNCIONAIS DOS PAVIMENTOS DAS VIAS ........................ 79 5.1 Segmento 1 ................................................................................................ 79 5.2 Segmento 2 ................................................................................................ 82 5.3 Segmento 3 ................................................................................................ 83 14 5.4 Segmento 4 ................................................................................................ 84 5.5 Segmento 5 ................................................................................................ 85 5.6 Análise Geral ............................................................................................. 86 6. CONCLUSÕES .............................................................................................. 90 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 91 8. ANEXOS ......................................................................................................... 93 15 1 INTRODUÇÃO As estradas brasileiras pavimentadas, de um modo geral, são comumente executadas em pavimentos de tipo flexível. Ao passar do tempo, meados da década de 80, o investimento para manutenção e construção caíram, a partir desse momento grande parte dessa malha rodoviária necessita de investimentos para restauração. (BERNUCCI, et al. 2008). Atualmente, observa-se que o principal modal de transporte no Brasil é o rodoviário, seja para transporte de pessoas ou cargas. Isso se deve provavelmente, aos avanços tecnológicos dos veículos e a implantação das malhas rodoviárias. Entretanto, grande parte dos pavimentos deste modal é considerada de baixo conforto ao rolamento, encontrando-se em estado deficiente, com muitos defeitos e irregularidades. Isso torna o transporte rodoviário dispendioso, com crescentes índices de acidentes e congestionamentos. De fato, muitos desses defeitos encontrados podem estar relacionados a erros de projeto, falhas de execução, ou ainda falta de manutenção. (BERNUCCI, et al. 2008). Após estudos de materiais para melhorar a qualidade e durabilidade das pistas, foram desenvolvidos os revestimentos asfálticos juntamente com a sua estrutura, cujo estão presentes a base, sub-base, reforço do subleito e o subleito. Estes estão presentes em rodovias, que se danificam de forma relativamente lenta nos anos iniciais de sua vida de projeto, porém ao fim de sua vida útil, a deterioração é mais rápida. Se a manutenção for adequada, prolonga-se significativamente a vida do pavimento, no entanto para executar a manutenção ou restauração é preciso identificar e analisar o problema a fim de diagnosticar o tipo de patologia para a determinação da melhor técnica e soluções de manutenção sob o ponto de vista econômico e funcional. (BERNUCCI, et al. 2008). A ausência de diretrizes ou técnicas para a análise e avaliação das condições dos pavimentos urbanos e, consequentemente, a falta de parâmetros que possivelmente são utilizados na manutenção dos pavimentos brasileiros nos dias atuais, constituem a importância do trabalho desenvolvido. 16 Visando a melhoria dos pavimentos foram efetuados estudos quanto à reparos de fissuras, trincas, desgastes precoces, fornecendo dados necessários para executar os serviços da forma mais adequada. Além disso, foi conduzida uma pesquisa de campo cuja análise foi executada através da avaliação funcional de trechos específicos de vias urbanas no distrito de Rio Pequeno, situado na zona oeste da cidade de São Paulo, a fim de identificar e diagnosticar suas patologias e indicar possíveis técnicas de correção adequadas. 17 1.1 Objetivos Objetivo Geral Apresentar as patologias decorrentes do tempo de vida do asfalto, levando-se em conta a falta de manutenção no pavimento flexível. Objetivos Específicos Fazer a análise dos levantamentos de dados e de condições das vias, para mostrar as possíveis soluções cabíveis em cada situação, de acordo com os resultados do levantamento executado, para solucionar os defeitos na pista da forma mais eficiente e duradoura. 18 1.2 Justificativas De forma geral, o transporte rodoviário é o meio de transporte mais utilizado pela sociedade. O pavimento é parte integrante e de grande importância desse modal, esse por sua vez tem que ser seguro, eficiente em suportar o tráfego, ter uma durabilidade aceitável, além de ter o menor impacto ambiental possível. A malha rodoviária brasileira encontra-se em condições insatisfatórias no que diz respeito ao desempenho quanto a conforto ao rolamento e à segurança, apresentando diversos tipos de patologias, por diversas causas. Quando o conforto é afetado têm-se como resultado maiores custos operacionais, seja com peças e manutenção dos veículos ou ainda por consuma maior de combustível, além de aumentar o tempo de deslocamento de viagem. Diante disso, verificou-se a necessidade de analisar as formas de manutenção, com foco inicial na avaliação do pavimento. 19 1.3 Abrangência Nesta pesquisa acadêmica será desenvolvido um estudo de caso que apresenta a análise dos defeitos superficiais de pavimentos flexíveis através da avaliação objetiva dos trechos de vias urbanas. Neste sentido, tem-se como resultado o diagnóstico da patologia existente nos trechos, bem como as possíveis correções das ocorrências identificadas, tendo como escopo melhorar as condições de segurança ao tráfego de veículos e proporcionar maior conforto ao rolamento e, consequentemente diminuir os custos de transporte. Questões relacionadas a pavimentos rígidos, que tem outro tipo de comportamento e composição, não serão contempladas, igualmente não serão citados assuntos que envolvem métodos de avaliação subjetiva e estrutural, estendendo também levantamento visual contínuo para avaliação de superfície, técnicas essas normatizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e Departamento Nacional de Estradas de Rodagem, que exigem o uso de equipamentos específicos diversos para análise ou para execução de ensaios laboratoriais. Não serão explanados conteúdos como gerenciamento de pavimentos, levantamento de custos e viabilidade de execução de manutenções, além de não ser detalhados métodos de restaurações em pavimentos. 20 2 MÉTODO DE TRABALHO A metodologiaestabelecida para o desenvolvimento da pesquisa inclui duas fases principais: estudo e definição de procedimentos para estudo dos pavimentos e levantamentos de campo e aplicações práticas. Neste trabalho de pesquisa serão apresentados estudos e técnicas que visam obter diagnósticos de defeitos nos pavimentos flexíveis, com dados obtidos nos estudos de campo, dados de livros, avaliações das propriedades físicas e coletas dos materiais, artigos e publicações, possibilitando assim a execução deste. 21 3 PAVIMENTO “Pavimento é a estrutura construída sobre a terraplanagem e destinada, técnica e economicamente, a: a- resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-los; b- melhorar as condições de rolamento quanto ao conforto e segurança; c- resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a superfície de rolamento. É um sistema de várias camadas de espessuras finitas que se assenta sobre um semi-espaço infinito e exerce a função de fundação da estrutura, chamado de subleito.” (SENÇO, 2007, p.6-7). Para Balbo (2007), o pavimento possui uma estrutura criada para receber e transmitir esforços de maneira a minimizar pressões sobre as camadas inferiores, que comumente são menos resistentes, ainda que não seja uma regra. Para que funcione devidamente, todas as camadas que o constituem devem trabalhar de forma correspondente à sua natureza e capacidade portante, de forma que não haja ruptura ou danos prematuros nos materiais que compõe a estrutura de um pavimento. As cargas aplicadas sobre a superfície do pavimento geram determinado estado de tensões em sua estrutura, que muito dependerá do comportamento mecânico de cada uma das camadas e a estrutura como um todo. Tais cargas são geradas pelos veículos e pelo ambiente, normalmente de forma transitória, portanto são cíclicas, porém não são constantes (BALBO, 2007). De acordo com Silva (2008), as camadas que constituem os pavimentos são diversas e podem ser revestimento, base, sub-base e de reforço do subleito (Figura 3.1). Cada uma dessas camadas tem uma função particular importante para a composição do pavimento. 22 Figura 3.1 - Camadas genéricas de um pavimento flexível. Fonte: Balbo, 2007. A funcionalidade da camada de revestimento é de impermeabilização do pavimento, aumentar a resistência à derrapagem, estabelecer a melhora do conforto ao rolamento, resistir à ação das cargas causada pelo tráfego e às ações do tempo (Silva, 2008). Para Silva (2008), a camada de base tem por finalidade o alívio de tensão nas camadas inferiores, possibilitar o escoamento das águas que penetram no pavimento, através de drenos, e ainda resistir às tensões e deformações exercidas. Ainda segundo Silva (2008), a finalidade da camada de sub-base, a princípio, é diminuir a espessura da camada anterior (base, que é constituída por materiais mais nobres), efetuar a proteção do subleito. Para Senço (2007) e Balbo (2007) subleito é a área mais superficial do terreno de fundação do pavimento, formado de material natural consolidado e compactado, que recebe cargas aliviadas pelas demais camadas. Caso esta superfície tenha resistência inferior às cargas aplicadas, é necessário executar uma camada de reforço, com solo de melhor qualidade, esta camada denomina-se reforço de subleito. 23 3.1 Classificação dos Pavimentos Segundo Senço (2007), podem-se classificar os pavimentos em dois grupos, sendo eles: pavimentos rígidos e pavimentos flexíveis. O pavimento rígido se caracteriza por ser pouco deformável, constituído principalmente de concreto de cimento Portland, que rompe por tração na flexão, quando sujeito a deformações (SENÇO, 2007). Segundo Senço (2007), o pavimento flexível é definido por suas deformações que, até certo limite, não leva ao rompimento. É dimensionado normalmente à compressão e à tração na flexão, provocada pelo aparecimento das bacias de deformação sob as rodas dos veículos, que levam a estrutura à deformações permanentes, e ao rompimento por fadiga. Para Senço (2007), a dificuldade maior de adotar essa classificação é a liberdade de utilizar camadas flexíveis e rígidas numa mesma estrutura de pavimento. Assim, nada impede a execução de uma camada de revestimento de concreto asfáltico, que é flexível, sobre uma camada de base de solo cimento, que é rígida, tornando uma estrutura mista. Para Balbo (2007), a classificação dos pavimentos é relativa, pois há diversos tipos de materiais em suas camadas que não definem o pavimento em sua totalidade, tornando a classificação confusa e ineficiente por vezes. A forma pela qual Balbo (2007) difere pavimento flexível de pavimento rígido é a distribuição dos esforços sobre si aplicados na camada de subleito. Em pavimento flexível a carga atuante impõe na estrutura um campo de tensões concentrado, nas proximidades de aplicação da carga, já em um pavimento rígido, verifica-se um campo de tensões disperso, com efeito de carga distribuídos de maneira semelhante em toda extensão da placa como pode ser observado nas figuras 3.3 e 3.4. 24 Figura 3.2 - Esforços em pavimentos flexíveis: pressões concentradas. Fonte: Balbo, 2007. Figura 3.3 - Esforços em pavimentos rígidos: pressões distribuídas. Fonte: Balbo, 2007. 3.1.1 Revestimentos flexíveis Nos revestimentos betuminosos, como o nome indica, o aglutinante utilizado é o betume, seja asfalto ou ainda alcatrão. Têm merecido a preferência dos projetistas e dos construtores, muito embora deva ser considerada boa norma administrativa e técnica o uso do concreto de cimento, deixando alternativa válida para que as decisões não se restrinjam a um tipo único. (SENÇO, 2007). Para Senço (2007), o concreto betuminoso a quente (CBUQ) é o mais nobre dos revestimentos flexíveis. Consiste na mistura íntima de agregado, satisfazendo rigorosas especificações, e betume devidamente dosado. A mistura é feita em usina, 25 com rigoroso controle de granulometria, teor de betume, temperaturas do agregado e do betume, transporte, aplicação e compressão, sendo mesmo o serviço de mais acurado controle dos que compõem as etapas da pavimentação. Em razão disso, o concreto betuminoso, concreto asfáltico, quando o ligante é o asfalto, tem sido preferido para revestimento das autoestradas e das vias expressas (SENÇO, 2007). Para Senço (2007) o pré-misturado a quente (PMQ), também é uma mistura, obtida em usina, de agregado e asfalto ou alcatrão. No entanto, as especificações quanto ao PMQ são menos rigorosas do que as do CBUQ, quer quanto à granulometria, quer quanto à estabilidade, ou quanto ao índice de vazios. No PMQ, o agregado é aquecido até uma temperatura próxima da temperatura do betume, como no concreto betuminoso, justificando o nome dado ao produto. A expressão "a quente", assim, refere-se a uma exigência quanto ao agregado. De acordo com Senço, (2007), pré-misturado a frio (PMF) pode ser definido como a mistura de agregado e asfalto ou alcatrão, em que o agregado é empregado sem prévio aquecimento, ou seja, à temperatura ambiente. É um produto menos nobre que o PMQ e CBUQ. Segundo Senço (2007) tratamentos superficiais (TS), consistem na aplicação de uma ou mais camadas de agregado ligadas por pinturas betuminosas. Quando a pintura correspondente a uma camada de agregado e é aplicada sobre essa camada, diz-se que o tratamento superficial é de penetração direta. Quando a pintura correspondente a uma camada de agregado é aplicada sob essa camada, diz-se que o tratamento superficial é de penetração invertida. Em ambos os casos, os tratamentos superficiais podem ser: Simples: uma camada de agregado e uma pinturade betume; Duplo: duas camadas de agregado e duas pinturas de betume; Triplo: três camadas de agregado e três pinturas de betume. É o mais utilizado para pavimentação; 26 Quádruplo: quatro camadas de agregado e quatro pinturas de betume. (SENÇO, 2007). Conforme Senço (2007) calçamentos constituem-se, em revestimentos aplicados exclusivamente em zonas urbanas. Pequenos inconvenientes, como certa lentidão na execução, a trepidação e sonoridade que provocam, são pouco sentidos ou altamente atenuados em locais que, por natureza, não permitem altas velocidades, como devem ser as zonas urbanas. Ademais, esses inconvenientes podem ser muito bem compensados pelas facilidades que esses pavimentos oferecem quando da necessidade de retiradas para serviços no subsolo, inclusive permitindo reaproveitamento praticamente total. Os paralelepípedos representam a Senço (2007) um revestimento de extraordinária durabilidade, podendo, inclusive, ser reaproveitados com mudança da face exposta ao rolamento. Pode-se definir paralelepípedo como uma peça de pedra paralela c om a forma d o sólido que lhe empresta o nome. Revestimento de paralelepípedos é a camada dessas pedras assentadas sobre base de areia, rejuntadas de preferência com material betuminoso — asfalto de alta resistência à penetração (SENÇO, 2007) Senço (2007) afirma que alvenaria poliédrica é um revestimento de pedras irregulares, assentadas lado a lado sobre uma base de solo escolhido, formando um autêntico mosaico. O assentamento é iniciado com as pedras-guias, que dão, em intervalos prefixados, o nivelamento do pavimento. Segundo Senço (2007) blocos de concreto pré-moldados e articulados é um pavimento construído com blocos de concreto de dimensões e formas definidas, produzidos em fábricas próprias. Geralmente as formas, dimensões, espessuras e esquemas de articulação são patenteados. As formas mais comuns são de blocos quadrados ou retangulares, Torcret, e sextavados, Blokret. Têm sido empregados com muita frequência em vias urbanas, pátios de estacionamento, acostamentos de rodovias, paradas de ônibus e oferecem um aspecto bastante agradável, permitindo ainda a formação de desenhos no pavimento. Quanto a serviços no subsolo, 27 oferecem as mesmas vantagens dos paralelepípedos quanto à retirada e reaproveitamento. (SENÇO, 2007). Muito embora não se constitua num revestimento propriamente dito, pode-se citar a lama asfáltica, que é uma mistura de agregado fino e asfalto diluído derramado, praticamente no estado líquido, sobre um revestimento já gasto pelo uso, com a finalidade de melhorar as condições de rolamento e o próprio aspecto da pista. Em casos de tráfego muito intenso, os métodos de dimensionamento de pavimentos podem levar a espessuras elevadas das capas de rolamento. Pode-se, nesses casos, dividir essa capa de rolamento em duas camadas: a superior, exercendo essencialmente a função de resistir ao desgaste e, para tanto, obedecendo a todos os requisitos fixados para esse tipo de serviço, e a inferior, construída com agregado de granulometria mais graúda que a da capa e exercendo uma função intermediária, ou seja, é um complemento do revestimento, mas sua função no conjunto do pavimento assemelha-se mais às funções de uma base. Essa camada recebe o nome de "binder" e geralmente é considerada parte do revestimento, embora possa ser considerada também uma segunda ou primeira base. (SENÇO, 2007). 3.2 Defeitos em Pavimentos Flexíveis Defeitos em pavimentos são degradações ou deteriorações que o pavimento apresenta, seja por tempo de vida útil, erro de projeto ou ainda por falha de execução. Abaixo estão classificados os principais defeitos em pavimentos flexíveis. 3.2.1 Classificação dos Defeitos Utiliza-se a norma DNIT 005/2003 – TER: Defeitos nos pavimentos flexíveis e semirrígidos: terminologia para fazer a classificação das patologias, que são fendas (F), afundamentos (A), corrugações e ondulações transversais (O), exsudação (EX), desgaste ou desagregação (D), panela ou buraco (P) e ainda remendos (R). (BERNUCCI, et al. 2008) 28 Fendas são descontinuidades na superfície do pavimento, que conduza a aberturas de menor ou maior porte, apresentando-se sob diversas formas (DNIT, 2003a). Conforme Bernucci et al. (2008) as fendas podem ser classificadas como fissuras, quando a abertura é notável a olho nu apenas à distância inferior a 1,50 m, ou ainda como trincas, quando a abertura é superior à da fissura. Ainda com base em Bernucci et al. (2008), é possível subdividir o grupo das fendas quanto à gravidade e a tipologia. Quanto à gravidade, existe a classe 1 (fendas com abertura não superior a 1mm), a classe 2 (fendas com abertura superior a 1mm), e a classe 3 (fendas com abertura superior a 1mm e desagregação ou erosão junto às bordas). Quanto à tipologia, as trincas isoladas podem ser: transversais curtas (TTC) ou transversais longas (TTL), como mostra a Figura 3.4, longitudinais curtas (TLC), ilustradas na Figura 3.5, ou longitudinais longas (TLL), ou ainda de retração (TRR). As trincas interligadas são subdivididas em: trincas de bloco (TB) quando tendem a uma regularidade geométrica, como pode ser visto na Figura 3.6, ou ainda (TBE) quando as trincas de bloco apresentam complementarmente erosão junto às suas bordas; ou trincas tipo couro de jacaré (J), Figura 3.7, quando não seguem um padrão de reflexão geométrico de trincas como as de bloco e são comumente derivadas da fadiga do revestimento asfáltico, ou ainda (JE) quando as trincas tipo couro de jacaré apresentam complementarmente erosão junto às suas bordas. (BERNUCCI, et al. 2008). 29 Figura 3.4 - Trinca isolada transversal. Fonte: DNIT, 2003a. Figura 3.5 - Trinca isolada longitudinal. Fonte: DNIT, 2003a. 30 Figura 3.6 - Trinca interligada tipo bloco. Fonte: DNIT, 2003a. Figura 3.7 - Trinca interligada tipo jacaré. Fonte: DNIT, 2003a. 31 Segundo o DNIT (2003a) afundamento é a deformação permanente caracterizada por depressão da superfície do pavimento, acompanhada, ou não, de solevamento, conforme mostram as Figuras 3.8 e 3.9, podendo apresentar-se sob a forma de afundamento plástico ou de consolidação. O afundamento plástico é causado pela fluência plástica de uma ou mais camadas do pavimento ou do subleito, acompanhado de solevamento. Quando ocorre em extensão de até 6m é denominado afundamento plástico local, caso ocorra quando a extensão for superior a 6m e estiver localizado ao longo da trilha de roda é denominado afundamento plástico da trilha de roda. Afundamento de consolidação é circunstanciado pela consolidação diferencial de uma ou mais camadas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de solevamento. Quando ocorre em extensão de até 6m é denominado afundamento de consolidação local, porém quando a extensão for superior a 6m e estiver localizado ao longo da trilha de roda é denominado afundamento de consolidação da trilha de roda. Figura 3.8 - Afundamento de trilha de roda. Fonte: DNIT, 2003a. 32 Figura 3.9 - Afundamento local. Fonte: DNIT, 2003a. Outro tipo de patologia em pavimentos flexíveis é a corrugação. Corrugações são causadas por má execução, são ondulações transversais ao eixo da via com menos de 3m de intervalo, como é visto na Figura 3.10. Estão relacionadas às tensões cisalhantes horizontais produzidas pelos veículos em áreas de aceleração e frenagem. (BERNUCCI, et al. 2008). Figura 3.10 - Ondulação. Fonte: DNIT, 2003a.33 De acordo com a denominação do DNIT (2003a) escorregamento é o deslocamento do revestimento em relação à camada subjacente do pavimento, com aparecimento de fendas em forma de meia-lua, como é observado na Figura 3.11. Figura 3.11 - Escorregamento. Fonte: DNIT, 2003a. Conforme definição contida em DNIT (2003a), exsudação se caracteriza pelo excesso de ligante betuminoso na superfície do pavimento, causado pela migração do ligante através do revestimento, conforme Figura 3.12. Figura 3.12 - Exsudação. Fonte: DNIT, 2003a. 34 O desgaste, considerado outro defeito em pavimento flexível, é o desprendimento progressivo do agregado do pavimento, é caracterizado por aspereza superficial do revestimento, e é provocado por esforços tangenciais causados pelo tráfego, como ilustra a Figura 3.13. (DNIT, 2003a). Figura 3.13 - Desgaste. Fonte: DNIT, 2003a. Segundo DNIT (2003a), panela é uma cavidade que se forma no revestimento por diversas causas, podendo alcançar as camadas inferiores do pavimento, provocando a desagregação dessas camadas, conforme observa-se na Figura 3.14. Figura 3.14 - Panela / buraco. Fonte: DNIT, 2003a. 35 Para DNIT (2003a) remendo define-se como o preenchimento de panelas ou outro orifício com uma ou mais camadas de pavimento, Figura 3.15. Está subdividido em remendo profundo ou superficial. Aquele em que há substituição do revestimento e, eventualmente, de uma ou mais camadas inferiores do pavimento. Usualmente, apresenta forma retangular é considerado remendo profundo. Quando há correção, em área localizada, da superfície do revestimento, pela aplicação de uma camada betuminosa denomina-se remendo superficial. Figura 3.15 - Remendo. Fonte: Bernucci et al., 2008. 3.2.2 Codificação e Classificação dos Defeitos em Pavimentos Flexíveis O DNIT (2003a) normatiza a codificação e classificação dos defeitos em pavimentos flexíveis conforme tabela 3-1. 36 Tabela 3-1 - Quadro resumo dos defeitos – Codificação e Classificação Fonte: DNIT, 2003a. NOTA 1: Classe das trincas isoladas FC-1: são trincas com abertura superior à das fissuras e menores que 1,0mm. FC-2: são trincas com abertura superior a 1,0mm e sem erosão nas bordas. FC-3: são trincas com abertura superior a 1,0mm e com erosão nas bordas. NOTA 2: Classe das trincas interligadas As trincas interligadas são classificadas como FC-3 e FC-2 caso apresentem ou não erosão nas bordas. 37 3.3 Avaliação Funcional de Pavimentos Flexíveis Segundo Bernucci et al. (2008) e Balbo (2007), a função principal dos pavimentos é a melhoria operacional para o tráfego sob quaisquer condições climáticas, afim de proporcionar aos usuários conforto no deslocamento do veículo, através de uma superfície regular, segurança por meio de uma superfície mais aderente, e conforto ambiental mediante uma superfície menos ruidosa. Na perspectiva do usuário, as condições da superfície do pavimento é o item de maior importância, isso porque os defeitos e irregularidades nessa superfície são notáveis, uma vez que influenciam diretamente o seu conforto. Com o conforto afetado, tem-se também o aumento dos custos operacionais, isto é, maiores custos relacionados a peças de manutenção dos veículos, consumo de combustível e de pneus, bem como aumento do tempo de viagem. Portanto, ao se dar condição de uma via de melhor qualidade de rolamento, também proporciona-se aos usuários uma expressiva economia nos custos de transporte (Bernucci et al., 2008 e Balbo, 2007). A avaliação funcional está diretamente relacionada à apreciação da superfície dos pavimentos e sua influência no conforto ao rolamento. A seguir serão destacados o método de avaliação funcional e seus procedimentos normatizados pelo DNIT. 3.3.1 Avaliação Objetiva A Avaliação objetiva do estado da superfície do pavimento flexível segue as considerações e exigências da norma DNIT 006/2003 – PRO. A avaliação consiste na contagem e classificação de ocorrências aparentes de defeitos no revestimento asfáltico e em médias das deformações permanentes nas trilhas de roda. Com esses dados é possível calcular o Índice de Gravidade Global (IGG) de cada segmento, possibilitando uma visualização global do estado do pavimento no trecho em análise. (DNIT, 2003b). 38 Para o levantamento dos defeitos são utilizadas planilhas (ANEXO 1 e ANEXO 2) para registro das ocorrências, material para demarcação de estacas e áreas da pesquisa, e treliça metálica para determinação do afundamento nas trilhas de roda das áreas analisadas (BERNUCCI, et al. 2008). As ocorrências a serem registradas encontram-se definidas na tabela 3-1, citada no item 3.2.2. Em linhas gerais são avaliadas: trincas, afundamento, ondulação ou corrugação, escorregamento, exsudação, desgaste, panelas ou buracos. São demarcadas estações a serem inventariadas (ou locais de análise). A extensão a ser analisada, em cada estação inventariada, é de 3,00m antes e 3,00m depois. Essas estações são marcadas a cada 20m alternados em relação ao eixo da pista de rolamento (40m em 40m em cada faixa de tráfego), conforme é mostrado na Figura 3.17. As superfícies a serem avaliadas devem ser delimitadas por meio de pintura com tinta de demarcação e numeradas com clareza para evitar dúvidas no momento do levantamento (SENÇO, 2001). Figura 3.16 - Exemplo de demarcação de áreas para inventário de defeitos. Fonte: BERNUCCI, et al. 2008 O objetivo é determinar a flecha na trilha de roda, através de uma treliça de alumínio padronizada (Figura 3.18). A flecha de trilha de rodas é a medida, em milímetros, da deformação permanente no sulco formado nas trilhas de roda interna (TRI) e externa (TRE), correspondente ao ponto de máxima depressão, medida sob o centro de uma régua de 1,20m. 39 Conjuntamente são identificados, delimitados e registrados todos os outros defeitos. Figura 3.17 - Treliça utilizada para medição de trilha de roda. Fonte: Senço, 2001 Ao final do trabalho é identificado o parâmetro fr, que é a frequência relativa, obtida através da fórmula, a seguir. Onde: fa (frequência absoluta) é o número de vezes em que a ocorrência foi verificada; n é o número de estações inventariadas, BERNUCCI, et al. (2008). 40 Tabela 3-2 - Valor do Fator de Ponderação Fonte: DNIT, 2003b Com valor de fr definido, obtém-se o IGI (índice de gravidade individual) com a relação fr × fp (fp - fator de ponderação, indicado na tabela 3-2) para cada defeito e o IGG (índice de gravidade global) que é a soma dos IGIs parciais, conforme se verifica nas equações a seguir. Para obter o valor de IGG, há dois fatores importantes que contribuem para o cálculo: a média aritmética entre os valores médios das flechas medidas de TRE e TRI, e a média das variâncias entre das flechas medidas de TRE e TRI, seguindo as equações abaixo. Em que: x - média aritmética dos valores das flechas medidas (TRI e TRE); 41 x i - valores individuais; s - desvio padrão dos valores das flechas medidas (TRI e TRE); s² - variância. Esses valores obtidos são considerados IGIs, a partir das somas de todos os IGIs, resulta-se no valor de IGG. Os valores de IGG são associados aos conceitos na tabela 3-3. (DNIT, 2003b). Tabela 3-3 - Conceitos de degradação do pavimento em função do IGG Conceitos Limites Ótimo 0 < IGG ≤ 20 Bom 20 < IGG ≤ 40 Regular 40 < IGG ≤ 80 Ruim 80 < IGG ≤ 160 Péssimo IGG > 160 Fonte: DNIT, 2003b. Tendo em vista os limites anteriormente apresentados,as tomadas de decisões poderão ser mais bem embasadas em relação à manutenção ou ao gerenciamento de pavimentos. 3.4 Restauração dos Defeitos em Pavimentos Flexíveis Segundo BERNUCCI, et al. (2008), para determinação de alternativas de restauração é necessário o estudo do estado em que o pavimento se encontra. Para tanto, é necessário a execução de avaliação funcional, conforme descrito no item 3.3 do capítulo 3, e avaliação estrutural, que pode ser feita por métodos destrutivos, semi-destrutivo ou não destrutivo através de utilização de materiais e equipamentos para análises e ensaios laboratoriais, de forma que seja verificada a condição da estrutura. Análise dos dados levantados com essas avaliações fornece as melhores soluções para restauração de cada situação, podendo ser de natureza funcional ou estrutural. 42 Para este trabalho será executada apenas a avaliação funcional, onde é verificada a condição de superfície do pavimento. Diante disso, as soluções aplicáveis a cada caso serão de cunho funcional. Na tabela 3-4, é verificado um quadro de resumos de diagnósticos e prognósticos para determinados defeitos em pavimentos flexíveis, a serem tratados individualmente conforme a seu aparecimento. Tabela 3-4 - Quadro de diagnósticos de defeitos em pavimentos flexíveis Tipo de defeito Causa provável Tratamento Superfície gasta Asfalto insuficiente ou super- aquecimento do asfalto (se for misturado em usina), idade do pavimento ou agregados porosos. Pulverização com emulsão asfáltica diluída, de ruptura lenta na base de 0,45 l/m²; se existirem áreas com perda de material, necessitando enchimento, usar lama asfáltica ou uma capa selante convencional. Panelas Qualquer das causas citadas aqui levam ao aparecimento de buracos; também a filtração de água, base instável, deficiência de asfalto para manter a liga, mistura aberta ou segregada. Cortar o buraco em forma retangular, tornando as faces quase verticais; reponha o material de base perdido, se necessário; pulverizar ligeiramente a cavidade com asfalto diluído, encher com pré- misturado, compactando até uma altura que permita compactação adicional pelo tráfego; finalmente, selar com 0,4 a 1,1 litro de asfalto, e 5,5 a 13,5kg/m² de agregado. Pode-se usar também remendo de penetração. Trincas (couro de jacaré) Saturação de base, falta de suporte de base, ou espessura insuficiente da capa. Verificar e corrigir as falhas de drenagem; aplicar camada fina de asfalto líquido com cobertura de agregados minerais nas proporções dadas acima. (Se preciso, repetir o tratamento para conseguir o reforço necessário). Algumas vezes é indicado executar um remendo. Exsudação e instabilidade Um excesso de asfalto, mudando seu caráter de elemento de ligação para lubrificante, ou presença de grande quantidade de silte ou argila na capa, com cascalho arredondado necessitando de interligação. Muitas vezes, a umidade acumulada sob a capa destrói a ligação e o tráfego calca o pavimento para formar ondas ou saliências. Escarificar, remisturar e reespalhar, adicionando areia, se houver excesso de asfalto; onde a causa for base fraca e/ou drenagem pobre, a falha subsuperficial deve ser corrigida em primeiro lugar. Algumas vezes, a ondulação pode ser corrigida pela raspagem com lâmina, remendo e capa selante. Desagregação de superfície Falta de asfalto ou mistura superaquecida. Aplicar material betuminoso pulverizado, capa selante normal com cobertura mineral, ou lama asfáltica. Trincas longitudinais e transversais Contração ou movimento do sub- greide. Enchimento de trincas e selamento. Ondulação e depressão Compactação Inadequada do sub- greide ou base. Nivelamento local e remendo de superfície. Fonte: SENÇO, 2001 (adaptado). 43 Para determinar a melhor forma de execução de serviços de restauração em pavimentos flexíveis com problemas exclusivamente funcionais de forma adequada, pode-se utilizar a tabela 3-5, desenvolvida por NEVES et al. (2005). Tabela 3-5 - Soluções leves para pavimentos sem problemas estruturais – Correções funcionais Discriminação Restrição: Não executar quando: % da área com IGG F (mm) FC-2 (%) FC-3 (%) Fresagem + reposição de CBUQ em parte da área > 30 > 20 > 80 > 7 Lama Asfáltica Fina > 50 > 0 > 80 > 7 Lama Asfáltica Grossa > 50 > 0 > 80 > 7 Tratamento Superficial Simples > 50 > 0 > 80 > 7 Tratamento Superficial Duplo > 50 > 10 > 80 > 7 Microrevestimento asfáltico a frio (com emulsão modificada por polímero) > 50 > 10 > 80 > 7 Reperfilamento com CBUQ tipo "Massa Fina" > 50 > 10 > 80 > 15 Microfresagem + microrevestimento asfáltico a frio (com emulsão modificada por polímero) > 70 > 15 > 100 > 7 Microrevestimento asfáltico a frio (com emulsão modificada por polímero) + camada porosa de atrito (com CAP modificado por polímero) > 50 > 10 > 100 > 5 Reperfilamento com CBUQ tipo "Massa Fina" + camada porosa de atrito (com CAP modificado por polímero) > 50 > 10 > 100 > 5 Fresagem + reposição de CBUQ em parte da área + reperfilamento com CBUQ tipo "Massa Fina" > 50 > 15 > 150 > 15 Fresagem + reposição de CBUQ em parte da área + microrevestimento asfáltico a frio (com emulsão modificada por polímero) + camada porosa de atrito (com CAP modificado por polímero > 50 > 20 > 120 > 7 Fresagem + reposição de CBUQ em parte da área + reperfilamento com CBUQ tipo "Massa Fina" + camada porosa de atrito (com CAP modificado por polímero) > 50 > 20 > 120 > 7 Fresagem em toda a área + reperfilamento com CBUQ tipo "Massa Fina" > 30 > 150 > 20 Fresagem em toda a área + microrevestimento asfáltico a frio (com emulsão modificada por polímero) + camada porosa de atrito (com CAP modificado por polímero) > 30 > 150 > 15 Fonte: NEVES et al., 2005 (adaptado). A tabela apresentada leva em consideração os parâmetros funcionais como: a percentagem de área contendo trincas da classe 2 e classe 3 (FC-2 e FC-3), valor do IGG calculado e flecha nas trilhas de roda, em mm (média mais desvio padrão). 44 4 AVALIAÇÃO FUNCIONAL EM VIAS URBANAS O estudo de caso em questão tem como base a escolha de trechos de vias urbanas para análise superficial do pavimento. Foram analisados alguns trechos do distrito de Rio Pequeno, Zona Oeste de São Paulo, ilustrado através da Figura 4.1. Figura 4.1 - Distrito de Rio Pequeno. Fonte: Google Maps, 2016. Os critérios usados para a escolha dessa região foram: a falta de manutenção e a degradação visível com diversos tipos de patologias. A metodologia utilizada para o estudo foi baseada na norma DNIT - 006/2003 - PRO - Avaliação objetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semirrígidos – Procedimento, que estrutura a técnica de avaliação funcional. No estudo de caso realizado foram verificados e analisados os defeitos no pavimento flexível como fissuras, trincas isoladas e interligadas, desgaste, panela, remendo, etc. As dimensões destes defeitos foram medidas in loco com drena. Após esta checagem, identificação, classificação e conhecimento de suas causas, os trechos foram avaliados e estudados, indicando-se possíveis propostas de soluções técnicas para recuperação do pavimento. 45 4.1 Localização O distrito de Rio Pequeno está localizado na zona oeste da cidade de São Paulo, faz divisa com os distritos do Jaguaré, Raposo Tavares, Butantã e Vila Sônia, além da Cidade Universitária, e o município de Osasco. A localização foi feita de modo com que se possa chegar ao local avaliado, sem checagem de topografia ou coordenadas geográficas, utilizando os nomes das ruas e a numeração das casas. As viasurbanas selecionadas destacadas na Figura 4.2 estão listadas e separadas por segmentos (1 à 5). Segmento 1 – Rua Dr. Manoel de Paiva Ramos, trecho entre a Rua Dr. Manoel Paiva Ramos ao n°265, aproximadamente 260m de extensão; Segmento 2 – Rua Vicente Oropallo, trecho do n°70 à Rua Conde Luiz E. Matarazzo, aproximadamente 240m de extensão; Segmento 3 – Rua Dr. Hélio Fidelis, trecho entre os n°26 à n°152, aproximadamente 240m de extensão; Segmento 4 – Rua Conde Luiz E. Matarazzo, trecho entre a Rua Vicente Oropallo à Rua Pedro Inácio de Araújo, aproximadamente 260m de extensão; Segmento 5 – Rua Pedro Inácio de Araújo, trecho entre a Rua Conde Luiz E. Matarazzo ao n°369, aproximadamente 260m de extensão; Somando todos os trechos estudados, tem-se a extensão total aproximada de 1.260m. 46 Figura 4.2 - Vias selecionadas para estudo. Fonte: Google Maps, 2016. 4.2 Histórico e Características da Região O distrito de Rio Pequeno originou-se das grandes divisões do Butantã. Tal separação aconteceu nos anos 1980. O motivo foi crescimento desordenado da região, que resultou em expansão tardia na infraestrutura, de forma que atendesse somente as necessidades mínimas dos moradores. O bairro tem uma origem humilde, idealizado por trabalhadores das olarias e pedreiras da região, operários que trabalhavam nos bairros próximos e que trabalhavam na construção civil. Atualmente conta cerca de 100.000 habitantes. 47 Os acessos facilitados para a avenida Escola Politécnica e para a rodovia Raposo Tavares, fazem o distrito se transformar em áreas de difusão para classe média e classe média-alta. Apesar disso, a região abriga cerca de dezoito favelas com milhares de moradores de classe média e média baixa. Entre essas favelas há a passagens de córregos que funcionam como esgoto à céu aberto. Uma das principais características da região é a presença de áreas verdes. Desta forma, o local oferece qualidade de ar e temperatura mais amena do que em outras regiões de São Paulo. Um dos problemas da região são as violentas chuvas e vendavais que causam estragos nas imediações. As formas de chegar ao bairro de transporte público são: ônibus e Metrô, linha amarela, que chega até o bairro de Butantã. 4.3 Características das Vias As vias analisadas possuem volume de tráfego leve, ou seja, são ruas com características essencialmente residenciais, para as quais não é previsto o tráfego de veículos pesados, podendo existir ocasionalmente passagens de ônibus e caminhões, e são classificadas como vias locais residenciais. As vias do distrito de Rio Pequeno são pavimentadas com CBUQ, pavimento mais utilizado nas vias e rodovias do Brasil. As dimensões das vias variam entre 8,40m e 16,12m de largura, sendo todas de mão dupla, com uma faixa de rolagem em cada sentido. 48 4.4 Avaliação Funcional da Superfície O objetivo geral da avaliação funcional da superfície é determinar as condições atuais do pavimento, através do IGG, que busca quantificar o estado geral do segmento estudado para fins de avaliação do seu desempenho em face das cargas do tráfego. Para determinar o IGG é preciso fazer o levantamento no local, conforme a norma DNIT- 006/2003 – PRO, que determina que o inventário da superfície de rolamento deve ser feito com observações espaçadas de tal maneira que permitam uma extrapolação estatisticamente válida para toda a superfície. Este procedimento foi adotado e como as vias possuem duas faixas de tráfego, adotaram-se estações de 20 em 20m, em formação ziguezagueada, ora na faixa de tráfego da direita, seguida de outra na faixa da esquerda e assim continuamente, de acordo com o descrito no item 3.3.1 deste documento. Conforme a norma DNIT – 006/2003 – PRO, as estações deverão ser demarcadas na pista com uma faixa de tinta, na direção perpendicular à borda pista. Devido a inviabilidade deste quesito, este procedimento não foi executado. Ainda assim, a verificação visual foi realizada abrangendo um retângulo de 6,0m de comprimento e 3,50m de largura, de acordo com a norma, com 3,0m antes e 3,0m depois de onde deveria haver a faixa de tinta. A norma menciona ainda, que é necessário fazer o levantamento de medidas de flechas em cada estação, fazendo o uso de treliça mencionada em 3.3.1. No entanto, como este equipamento está inacessível ao grupo, foi feito uma adaptação utilizando drena e uma régua com superfície reta para que o dado em questão fosse anotado. Os resultados observados foram lançados e classificados na planilha conforme modelo apresentado do ANEXO 1 e 2. 49 4.5 Resultados Com base nos registros dos defeitos levantados nos trechos das vias mencionadas, foi possível a determinação do IGG de cada segmento, determinado através do levantamento das deflexões. Abaixo estão descritos os detalhes dos levantamentos. 4.5.1 Segmento 1 A via que compõe o Segmento 1 é a Rua Dr. Manoel de Paiva Ramos, observada na Figura 4.3 que apresenta largura igual a 9,10m. Figura 4.3 - Trecho estudado do Segmento 1. Fonte: Google Maps, 2016. Para este o segmento foi feito levantamento em 13 estações, conforme descrição abaixo. Na estaca de nº 1 foi encontrado uma trinca longitudinal curta de 30cm, desgaste no revestimento e dois remendos de 2m de comprimento, conforme Figura 4.4. 50 Fonte: o autor. Para a estaca nº 3 a avaliação apresentou um afundamento de consolidação local de 3mm e de 1,5m de comprimento e um remendo de 4m (Figura 4.5). Fonte: o autor. Na estaca nº 4 foi constatado uma trinca longitudinal longa de 2m, Figura 4.6. Figura 4.4 - Remendo de 2m. Figura 4.5 - Remendo de 4m. 51 Figura 4.6 - Trinca Longitudinal. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº 5 há um afundamento plástico da trilha de 4m, além de remendo de 8m, conforme mostra a Figura 4.7. Figura 4.7 - Afundamento Plástico. Fonte: o autor. 52 Foi observado que a estaca nº 7 possui duas trincas transversais longas de 2,5m, uma trinca longitudinal longa de 5m, um afundamento plástico local na transversal e um remendo de 6m, como ilustra a Figura 4.8. Figura 4.8 - Remendo de 6m. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº 10 havia uma trinca longitudinal longa de 2,5m, ilustrada na Figura 4.9. Figura 4.9 - Trinca longitudinal. Fonte: o autor. 53 Na estaca 11 foi analisado que havia fissuras de no máximo 5 cm, uma trinca longitudinal longa de 2,5m, uma retração térmica de 1m, desgaste no revestimento e um remendo de 2m, conforme mostra a Figura 4.10. Figura 4.10 - Remendo com fissuras e apresentando desgaste. Fonte: o autor. Para estaca 12 averiguou-se diversas trincas transversais com cerca de 3m cada uma e retração térmica, conforme figura 4.11. Figura 4.11 - Trincas transversais. Fonte: o autor. Nas estacas n° 2, 6, 8, 9 e 13 não foram encontrados defeitos. 54 O resumo dos defeitos encontrados neste segmento encontra-se na Tabela 4-1, normatizada pelo DNIT. Tabela 4-1 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 1 VIA: 001 REVESTIMENTO: CBUQ SUBTRECHO: SEGMENTO 1 FI TTC TTL TLC TLL TR ALP ATP ALC ATC O P E EX D R TRI TRE J TB JE TBE mm mm 2 2 3 3 1 X X X X 0 0 2 X 0 0 3 X X 0 3 4 X 0 0 5 X X 2 2 6 X 0 0 7 X X X X 0 0 8 X 0 0 9 X 0 0 10 X 0 0 11 X X X X X 0 1 12 X X 0 0 13 X 0 0 Estac a ou km Se çã o Te rra p. OK ISOLADAS TRINCAS FC-2 FC-3 TRINCAS RODAS DATA:RUA DR. MANOEL DE PAIVA RAMOS 7 8 INVENTÁRIO DO ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO INTERLIGADAS AFUNDAMENTOS ESTACA OU QUILOMETRO FOLHA: 1/1 ESTACA OU QUILOMETRO PLASTICO CONSOL TRECHO: OPERADOR: Observações: OUTROS DEFEITOS 20/09/2016 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 5 55 6 4.5.2 Segmento 2 A via que correspondente ao Segmento 2 é a Rua Vicente Oropallo, observada na Figura 4.4 que dispõe de largura igual a 8,97m. Figura 4.12 - Trecho estudado do Segmento 2. Fonte: Google Maps, 2016. Para este trecho foi executada avaliação em 12 estações. Abaixo está detalhado o que foi encontrado em cada estaca estudada. 55 Na estaca de nº 1 foi possível averiguar uma trinca transversal com erosão de 1,5m (Figura 4.13), desgaste no revestimento e remendos. Figura 4.13 - Trinca transversal com erosão. Fonte: o autor. A estaca nº 2 apresentou trincas do tipo jacaré de 1m, afundamento plástico local, afundamento de consolidação da trilha de 2mm em uma extensão de 4m e remendos, conforme mostra a Figura 4.14. 56 Figura 4.14 - Trincas tipo jacaré com afundamento e remendos. Fonte: o autor. Para a estaca nº 3 a avaliou-se trincas transversais de 40cm e remendos, como mostra figura 4.15. Figura 4.15 - Remendo e trincas transversais. Fonte: o autor. 57 Na estaca nº 6 foi constatado fissuras, trincas transversais curtas, afundamento plástico local de 1,5m e remendos, conforme Figura 4.16. Figura 4.16 - Afundamento e remendo. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº7 há fissuras, trincas longitudinais curtas e exsudação do revestimento, conforme Figura 4.17. Figura 4.17 - Trincas e Exsudação. Fonte: o autor. 58 Foi observado que a estaca nº8 possui uma trinca longitudinal longa com 3,5m, retração térmica, afundamento por consolidação na trilha de 3mm, conforme Figura 4.18. Figura 4.18 - Trinca longitudinal e Afundamentos. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº 9 havia trincas tipo jacaré de 1m² e um afundamento plástico da trilha de 1mm, conforme Figura 4.19. Figura 4.19 - Trincas tipo jacaré e Afundamentos. Fonte: o autor. 59 Na estaca 10 foi visto que a via possui diversos remendos, conforme Figura 4.20. Figura 4.20 - Remendo Fonte: o autor. Para estaca 11 pode ser observado fissuras, trincas longitudinais longas de 1,5m e remendo, como ilustra a Figura 4.21. Figura 4.21 - Fissuras e Trincas longitudinais. Fonte: o autor. 60 A estaca 12 apresentou fissuras, trincas tipo jacaré, desgaste do revestimento e remendo, conforme Figura 4.22. Figura 4.22 - Fissuras. Fonte: o autor. Nas estacas n° 4 e 5 não foram encontrados defeitos. A Tabela 4-2 mostra o resumo do inventário do estado de superfície, conforme DNIT regulamenta. Tabela 4-2 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 2 VIA: 001 FI TTC TTL TLC TLL TR ALP ATP ALC ATC O P E EX D R TRI TRE J TB JE TBE mm mm 2 2 3 3 1 X X X 0 0 2 X X X 2 2 3 X X 0 1 4 X 0 0 5 X 0 0 6 X X X 0 0 7 X X X 0 0 8 X X X 0 0 9 X X 0 0 10 X 0 0 11 X X X 0 1 12 X X X X 1 0 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 5 55 6 INVENTÁRIO DO ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO INTERLIGADAS AFUNDAMENTOS ESTACA OU QUILOMETRO FOLHA: 1/1 ESTACA OU QUILOMETRO PLASTICO CONSOL SUBTREC TRECHO: OPERADOR: DATA: Observações: OUTROS DEFEITOSEstac a ou km Se çã o Te rra p. OK ISOLADAS TRINCAS FC-2 FC-3 TRINCAS RODAS RUA VICENTE OROPALLO SEGMENTO 2 7 8 20/09/2016 REVESTIMENTO: CBUQ 61 4.5.3 Segmento 3 A Rua Dr. Hélio Fidelis que possui 8,40m de largura, compõe o Segmento 3 e é observada na Figura 4.23. Figura 4.23 - Trecho estudado do Segmento 3. Fonte: Google Maps, 2016. Para o este trecho foi feito levantamento em 12 estações. Na estaca de nº 1 foi verificado um remendo de 2,5m, como mostra a Figura 4.24. Figura 4.24 - Remendo. 62 Fonte: o autor. A estaca nº 2 apresentou apenas desgaste do revestimento, conforme Figura 4.25. Figura 4.25 - Desgaste do Revestimento. Fonte: o autor. Para a estaca nº 4 a avaliou-se afundamento plástico local de 1mm e exsudação do revestimento, conforme Figura 4.26. Figura 4.26 - Afundamento e Exsudação. Fonte: o autor. 63 Na estaca nº 6 foi constatado somente um remendo, conforme Figura 4.27. Figura 4.27 - Remendo Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº7 há trinca longitudinal de 2m, desgaste do revestimento e um remendo, conforme Figura 4.28. Figura 4.28 - Trincas e Remendo. Fonte: o autor. Foi observado que a estaca nº8 possui uma trinca longitudinal de 2m, exsudação, desgaste do revestimento e um remendo, conforme Figura 4.29. 64 Figura 4.29 - Trinca longitudinal, Desgaste e Remendo. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº 9 havia desgaste do revestimento, conforme Figura 4.30. Figura 4.30 – Desgaste Fonte: o autor. Na estaca 10 foi visto que havia exsudação e o desgaste do revestimento, conforme Figura 4.31. 65 Figura 4.31 - Exsudação e Desgaste. Fonte: o autor. Para estaca 11 observado um remendo, conforme Figura 4.32. Figura 4.32 - Remendo. Fonte: o autor. A estaca 12 apresentou trincas transversais, afundamento plástico local de 2mm, desgaste e remendo, conforme Figura 4.33. 66 Figura 4.33 - Trincas, Afundamento, Desgaste e Remendo. Fonte: o autor. A tabela 4-3 apresenta o resumos de defeitos levantados para este segmento. Tabela 4-3 - Inventário do estado de superfície do pavimento – Segmento 3 VIA: 001 FI TTC TTL TLC TLL TR ALP ATP ALC ATC O P E EX D R TRI TRE J TB JE TBE mm mm 2 2 3 3 1 X 0 0 2 X 0 1 3 X 0 2 4 X X 0 0 5 X 1 0 6 X 1 0 7 X X X 0 0 8 X X X X 0 0 9 X 0 3 10 X X 1 0 11 X 0 0 12 X X X X 0 0 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 5 55 6 INVENTÁRIO DO ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO INTERLIGADAS AFUNDAMENTOS ESTACA OU QUILOMETRO FOLHA: 1/1 ESTACA OU QUILOMETRO PLASTICO CONSOL TRECHO: OPERADOR: DATA: 8 Observações: OUTROS DEFEITOSEstac a ou km Se çã o Te rra p. OK ISOLADAS TRINCAS FC-2 FC-3 TRINCAS RODAS RUA DR. HELIO FIDELIS SUBTRECHO: SEGMENTO 3 7 20/09/2016 REVESTIMENTO: CBUQ 4.5.4 Segmento 4 O Segmento 4 é constituído por um trecho da Rua Conde Luiz E. Matarazzo (Figura 4.34), que possuí 16,12m de largura, dividida em apenas 2 faixas de rolando em sentidos opostos, igualmente as demais vias. 67 Figura 4.34 - Trecho estudado do Segmento 4. Fonte: Google Maps, 2016. A descrição abaixo apresenta o levantamento dos defeitos da superfície do Segmento 4, em 13 estações de análise. Na estaca de nº 1 foram verificadas fissuras isoladas, fissuras interligadas tipo jacaré, panela, desgaste do revestimento e remendos, conforme Figura 4.35. Figura 4.35 - Fissuras, Desgaste e Remendos. Fonte: o autor. A estaca nº 2 apresentou trinca tipo jacaré, panela, desgaste e remendos no revestimento, conforme Figura 4.36.Figura 4.36 - Trincas, Desgastes e Remendos 68 Fonte: o autor. A estaca nº 3 apresentou os seguintes defeitos: trincas interligadas do tipo bloco, desgaste e remendos do revestimento, conforme Figura 4.37. Figura 4.37 - Trincas, Desgastes e Remendo. Fonte: o autor. Paraa estaca nº 5 a avaliou-se a existência de trincas transversais, trincas interligadas do tipo bloco, panela e desgaste do revestimento, conforme Figura 4.38. 69 Figura 4.38 - Trincas, Panela e Desgaste. Fonte: o autor. Na estaca nº 6 foi constatado trincas do tipo jacaré por toda a extensão da estação, conforme Figura 4.39. Figura 4.39 - Trincas tipo jacaré. Fonte: o autor. 70 Verificou-se que na estaca nº8 havia uma trinca de retração térmica, trinca interligada tipo jacaré e remendo, conforme Figura 4.40. Figura 4.40 - Trinca, Trinca tipo Jacaré e Remendo. Fonte: o autor. Foi observado que a estaca nº9 possui fissura, trinca de retração térmica e desgaste, conforme Figura 4.41. Figura 4.41 - Fissura, Trinca e Desgaste. Fonte: o autor. 71 Na estaca 10 foi visto que havia trincas tipo jacaré, afundamento local por consolidação de 2mm e remendo, conforme Figura 4.42. Figura 4.42 - Trinca, Afundamento e Remendo. Fonte: o autor. Para estaca 11 é observado a existência de trincas tipo jacaré e desgaste, conforme Figura 4.43. Figura 4.43 - Trincas tipo jacaré e Desgaste. Fonte: o autor. 72 A estaca 12 apresentou trincas de retração térmica e trincas interligadas do tipo bloco, conforme Figura 4.44. Figura 4.44 - Trincas Fonte: o autor. A tabela 4-4 abaixo representada resume os tipos defeitos localizada em cada estaca para o Segmento 4. Tabela 4-4 - Inventário da Superfície do Pavimento – Segmento 4 VIA: 001 FI TTC TTL TLC TLL TR ALP ATP ALC ATC O P E EX D R TRI TRE J TB JE TBE mm mm 2 2 3 3 1 X X X X X 1 1 2 X X X X 2 0 3 X X X 0 0 4 X 0 0 5 X X X X 0 0 6 X X 0 0 7 X 0 0 8 X X X 0 2 9 X X X 0 0 10 X X X 0 2 11 X X 0 0 12 X X 0 0 13 X 0 0 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 5 5 5 6 7 8 Observações: OUTROS DEFEITOS TRINCAS RODAS INVENTÁRIO DO ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO INTERLIGADAS AFUNDAMENTOS ESTACA OU QUILOMETRO FOLHA: 1/1 ESTACA OU QUILOMETRO Estac a ou km Se çã o Te rra p. OK FC-3 TRECHO: OPERADOR: DATA: RUA CONDE LUIZ E. MATARAZZO REVESTIMENTO: CBUQ 20/09/2016SUBTRECHO: SEGMENTO 4 PLASTICOCONSOLIISOLADAS TRINCAS FC-2 73 4.5.5 Segmento 5 A via que compõe o Segmento 5 é a Rua Pedro Inácio de Araújo, observada na Figura 4.45 que possui largura igual a 9,40m. Figura 4.45 - Trecho estudado do Segmento 5. Fonte: Google Maps, 2016. Igualmente aos demais segmentos, foi executado levantamento em campo para verificações de defeitos anotadas na Tabela 4-9, e detalhados a seguir. Na estaca de nº 1 foi encontrado trincas longitudinais longas de 2m, panela, desgaste e remendos, conforme Figura 4. 74 Figura 4.46 - Trincas, Panela e Desgaste. Fonte: o autor. A estaca nº 2 apresentou fissuras, trincas longitudinais curtas de 30cm, conforme Figura 4.47. Figura 4.47 - Trincas longitudinais. Fonte: o autor. A estaca nº 3 apresentou os seguintes defeitos: fissuras, trincas longitudinais curtas de 30cm e ondulações, conforme Figura 4.48. 75 Figura 4.48 - Fissuras, Trincas e Ondulação. Fonte: o autor. Na estaca nº 4 foi encontrado fissuras, afundamento plástico local de 3mm e desgaste do revestimento, conforme Figura 4.49. Figura 4.49 - Fissuras, Afundamentos, e Desgaste. Fonte: o autor. Para a estaca nº 5 avaliou-se a existência trincas do tipo jacaré, escorregamento, desgaste e remendo do revestimento, conforme Figura 4.50. 76 Figura 4.50 - Trincas tipo jacaré, Escorregamentos, Desgaste e Remendo. Fonte: o autor. Na estaca nº 6 foi possível identificar fissuras, afundamento plástico da trilha de 1mm e remendo, conforme Figura 4.51. Figura 4.51 - Fissuras, Afundamento e Remendo. Fonte: o autor. Verificou-se que na estaca nº8 havia trincas longitudinais curtas, conforme Figura 4.52. 77 Figura 4.52 - Trincas Longitudinais. Fonte: o autor. Para estaca 11 observado afundamento plástico da trilha de 8mm, conforme Figura 4.53. Figura 4.53 - Afundamento. Fonte: o autor. A estaca 12 apresentou trincas de retração térmica e afundamento plástico da trilha de 6mm, conforme Figura 4.54. 78 Figura 4.54 - Trincas e Afundamentos. Fonte: o autor. Todos os defeitos levantados são anotados em tabelas normatizadas, como apresenta a tabela 4-5, o inventário da superfície do pavimento no Segmento 5. Tabela 4-5 - Inventário da Superfície do Pavimento – Segmento 5 VIA: 001 FI TTC TTL TLC TLL TR ALP ATP ALC ATC O P E EX D R TRI TRE J TB JE TBE mm mm 2 2 3 3 1 X X X X 1 1 2 X X 0 0 3 X X X 1 0 4 X X X 0 3 5 X X X X 1 0 6 X X X 0 1 7 X 0 0 8 X 0 0 9 X 0 0 10 X 0 0 11 X X 8 0 12 X X 0 6 13 X 0 0 TRINCAS RODAS DATA: RUA PEDRO INÁCIO DE ARAÚJO 7 8 OUTROS DEFEITOS REVESTIMENTO: CBUQ 20/09/2016 Se çã o Te rra p. OK ISOLADAS TRINCAS FC-2 FC-3 INVENTÁRIO DO ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO INTERLIGADAS AFUNDAMENTOS ESTACA OU QUILOMETRO FOLHA: 1/1 ESTACA OU QUILOMETRO PLASTICO CONSOL TRECHO: OPERADOR: SUBTRECHO: SEGMENTO 5 Observações: Estac a ou km 1 1 1 1 1 1 4 4 4 4 5 55 6 79 5. CONDIÇÕES FUNCIONAIS DOS PAVIMENTOS DAS VIAS Através da análise de campo e do preenchimento do inventário da superfície do pavimento, verifica-se nas vias em estudo as condições do pavimento por meio do cálculo de IGG normatizado pelo DNIT (ANEXO 2 deste documento). Nos tópicos seguintes encontram-se as análises efetuadas após o cálculo do IGG, conforme os conceitos demonstrados em 3.3.1 deste trabalho. 5.1 Segmento 1 Para o preenchimento da tabela de cálculo do IGG é necessário conhecer os defeitos e quantificá-los, conforme foi executado e mostrado no capítulo anterior. A Planilha de cálculo de IGG classifica os defeitos conforme sua natureza, de forma que estão agrupados em 8 tipos. Os itens 9 e 10 tratam de relações matemáticas que envolvem as medidas de TRE e TRI anotadas na planilha de Inventário do Estado de Superfície do Pavimento. Como pode ser visto na tabela 4-6. 80 Tabela 4-6 - Planilha de Cálculo do IGG – Segmento 1 Data: 24/09/2016 Folha: 1/1 VIA: TRECHO: Item Natureza do defeito Frequência absoluta (fa) Frequência absoluta considerada Frequência relativa (fr) Fator de ponderação (fp) Índice de gravidade individual (IGI) Observações 1 Trincas Isoladas FI, TTC, TTL, TLC, TLL, TRR 10 6 46,15% 0,2 9,23 2 (FC-2) J, TB 0 0 0,00% 0,5 0,00 3 (FC-3) JE, TBE 0 0 0,00% 0,8 0,00 4 ALP, ATP, ALC, ATC 4 X 30,77% 0,9 27,69 5 O, P, E 0 X 0,00% 1,0 0,00 6 EX 0 X 0,00% 0,5 0,00 7 D 2 X 15,38% 0,3 4,62 8 R 5 X 38,46% 0,6 23,08 TRE= TRI= F = 1 A ( X ) 0,46 0,15 0,31 1 B ( ) TREv= TRIv= FV= 2 A ( X ) 0,94 0,31 0,62 2 B ( ) 13 65,6 Conceito: REGULAR 1A) IGI = x 4/3 quando ≤ 30 2A) IGI = quando ≤ 50 Operador Cálculo 1B) IGI = 40 quando > 30 2B) IGI = 50 quando > 50 Visto 0,41 0,62 Estaca ou Quilômetro Estaca ou Quilômetro RUA DR. MANOEL DE PAIVA RAMOS Nº TOTAL DE ESTAÇÕES Ʃ IND. GRAVID. IND. = IGG PLANILHA DE CÁLCULO DO ÍNDICE DE GRAVIDADE GLOBAL (IGG) 9 Média Aritmética dos valores médios das flechas medidas em mm nas TRI e TRE 10 Média Aritmética das variâncias das flechas medidas em ambas as trilhas
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