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Breve Histórico da Genética

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Um breve histórico da genética
As questões referentes ao processo de reprodução dos seres vivos e da hereditariedade têm intrigado pensadores e pesquisadores desde a antiguidade.
	Hipócrates, em 410 a.C, postulou a hipótese da Pangênese para explicar a hereditariedade. De acordo com essa hipótese, a transmissão das características hereditárias baseava-se na produção, por todas as partes do corpo, de partículas muito pequenas (gêmulas) que eram transmitidas para a descendência no momento da concepção. A pangênese permaneceu como a única teoria geral de hereditariedade até o final do século XIX.
 Hipócrates escreveu: “A semente vem de todas as partes do corpo, as saudáveis das partes saudáveis, as doentes das partes doentes. Pais com pouco cabelo têm, em geral, filhos com pouco cabelo, pais com olhos cinzentos têm filhos com olhos cinzentos, pais estrábicos têm filhos estrábicos.”
	
	Aristóteles (384-322 a.C.) conhecia a hipótese da pangênese e apesar de relacionar argumentos importantes que apoiavam a pangênese como uma hipótese plausível, ele a rejeitou. Para Aristóteles existia uma base física da hereditariedade no sêmen produzido pelos pais. O termo “sêmen” foi usado por Aristóteles com o sentido de semente. 
Algumas características não estruturais, como a voz ou o jeito de andar, que eram herdadas levaram Aristóteles a se perguntar como essas características poderiam produzir material para o sêmen. Além disso, filhos de pais com cabelos e barbas grisalhos não são grisalhos ao nascer.
	
	
	
	No século XVII dois grupos de cientistas que defendiam duas orientações distintas: um,, que futuro ser se encontrava, em miniatura, dentro do óvulo e outro, que o novo ser encontrava-se preformado, dentro do espermatozoide. (Cientistas ovistas e espermistas).
	Charles Bonnet, sec. XVIII, apresenta a teoria do preformismo. Nessa teoria admite a existência de um ser, em miniatura, dentro de um espermatozoide: o Homúnculo. Este ser, quando transferido para o ventre materno, cresceria. É uma teoria determinista em que o indivíduo é produto a herança paterna e é uma amplificação de estruturas preexistentes. Nesta teoria apenas o componente hereditário tem importância no desenvolvimento do novo ser.
	
	
	Em 1759, o preformismo é negado por Caspar Friedrich Wollf , que apresenta uma nova concepção: Teoria da epigênese. Nesta teoria, o “ovo” (célula feminina) apresenta uma estrutura desorganizada (sem organismo preformado) que , quando entra em contato com a “força essencial masculina, permite o desenvolvimento de um indivíduo. O desenvolvimento, crescimento e diferenciação do novo ser, depende de fatores genéticos e ambientais.
	
	 
 
	No século XIX Charles Darwin em sua obra “A Origem das Espécies” (publicado em 1859) , explicou o processo evolutivo das espécies pela Seleção Natural. Sua teoria propõe que todos os organismos possuem uma elevada capacidade reprodutiva, porém o número de indivíduos de uma mesma espécie tende a permanecer constante, por causa das pressões do ambiente (competição, predação, alimentação, sobrevivência, etc) numa constante luta pela Vida.
	
	No mesma época Gregor Mendel (1865) , um monge Austríaco, realizou experiências sobre a herança de várias características de ervilha. Descreveu a unidade de herança como um fator que, não muda, é passado para a prole (geração para geração) Seu trabalho é considerado a base dos princípios de genéticas até hoje. Consequentemente, Gregor Mendel é considerado o Pai da Genética. 
	
	Miescher isolou o DNA pela primeira vez. A descoberta do DNA ocorreu em 1869 e foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher. Ele queria determinar os componentes químicos do núcleo celular e utilizava glóbulos brancos provenientes do pus em sua pesquisa. A escolha desta célula deveu-se à disponibilidade e tamanho do núcleo. Analisando os núcleos, Miescher descobriu a presença de um composto de natureza ácida que era desconhecido até o momento. Era rico em fósforo e em nitrogênio, desprovido de enxofre e resistente à ação da pepsina (enzima proteolítica). Esse composto, que aparentemente era constituído de moléculas grandes, foi denominado, por Miescher, nucleína.
	
	Em 1882, o alemão Walter Flemming descobriu corpos com formato de bastão dentro do núcleo das células, que denominou "cromossomos” 
	
	Em 1902, o norte-americano Walter Sutton (1877-1906) e o alemão Theodor Boveri (1862-1915) dão início à teoria cromossômica da hereditariedade (as "partículas" da hereditariedade estariam localizadas nos cromossomos) 
	 
Walter Sutton
	
	
	Em 1909 o dinamarquês Wilhelm Johannsen (1857-1927) introduz o termo "gene" para descrever a unidade mendeliana da hereditariedade. Ele também usa os termos "genótipo" e "fenótipo" para diferenciar as características genéticas de um indivíduo de sua aparência externa.
	
	Em 1949, o austríaco Erwin Chargaff (1905-1992) descobre, nos EUA, uma relação quantitativa entre as bases que compõem os cromossomos (o DNA): a proporção (razão molar) entre adenina e timina é sempre igual, e o mesmo ocorre entre guanina e citosina
	 
	
	O norte-americano James Watson (1928- ) e o britânico Francis Crick (1916-) decifram, em 7 de março de 1953 a estrutura de dupla hélice para o DNA e a publicam na revista "Nature" de 25 de abril, na qual saem também outros dois artigos sobre o DNA, um de Maurice Eilkins (1916- ), Alexandre Stokes (1919-2003) e Herbert Wilson (1929- ), e outro de Rosalind Franklin e Raymond Gosling, ambos descrevendo resultados experimentais de difração do DNA com raios X que eram compatíveis com a estrutura proposta por Watson e Crick.

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